Nota de Esclarecimento
27 de Fevereiro de 2014, 11:39 - sem comentários aindaEm relação às informações que foram divulgadas acerca do conceito que tenho da Justiça do Estado do Amazonas, gostaria de prestar osseguintes esclarecimentos: - Eu disse que havia uma “frouxidão no encaminhamento dos processos pelo Poder Judiciário do Amazonas”, declaração decorrente da morosidade, inércia e lassidão na tramitação de processos contra o Prefeito de Coari/AM, Manoel Adail Amaral Pinheiro, o que foi constatado por ocasião das diligências da CPI no Estado do Amazonas em setembro de 2013. Esse entendimento é um espelho das declarações do próprio Presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, Desembargador Ari Jorge Moutinho da Costa, conforme se depreende de suas palavras na reunião desta CPI ocorrida em seu gabinete no dia 24 de setembro de 2013, extraídas da transcrição das notas taquigráficas publicadas no portal da Câmara dos Deputados: “O SR. ARI JORGE MOUTINHO DA COSTA- Adail. E o que é que chama a atenção, não apenas do Presidente, mas de qualquer pessoa que tenha um pouquinho de noção a respeito da tramitação de processo? A demora. Esse processo, o primeiro aqui — a própria Deputada estranhou —, chegou, foi cadastrado no dia 24 de maio de 2013. Qual é o motivo, a razão, de esse processo só ter sido levado para o seu distribuidor no dia 20 de setembro? Ao Relator? O que a senhora pode explicar por que demorou tanto?” O Presidente do Tribunal ainda afirmou que parecia que os processos estavam “dormindo nas prateleiras”, e só tramitaram quando da notícia de que a CPI estaria no Estado do Amazonas, além de ter considerado grave a situação, bem como ter levantado a hipótese de que o Prefeito Adail Pinheiro poderia estar exercendo influência na Justiça para segurar os processos, segundo se depreende de outro trecho de sua fala: “A SRA. PRESIDENTA (Deputada Erika Kokay) - Então, Sr. Desembargador, eu gostaria de pontuar aqui o que isso representa pra nós. Nós temos um caso. Nós não temos interesse, digamos, porque não é objeto da CPI, nos demais processos de improbidade administrativa. Mas nos causa estranheza o fato de todos terem começado a tramitar — uns deram entrada em julho, outros, em maio — apenas na semana passada. O SR. ARI JORGE MOUTINHO DA COSTA- Eu concordo plenamente com V.Exa. e digo uma coisa: vou apurar em profundidade, porque isso está muito estranho. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Erika Kokay) - Isso. O SR. ARI JORGE MOUTINHO DA COSTA- Parece que estava dormindo nas prateleiras do setor e, de repente, quando alguém tomou conhecimento de que vinha esta Comissão, empurraram para cá. Só que nãovai ficar assim. Não vai ficar assim. Eu vou identificar. (Intervenção fora do microfone. Inaudível.) O SR. ARI JORGE MOUTINHO DA COSTA- Vou saber quem foi que guardou, a razão e tudo. Eu não posso dizer que eu sabia disso porque não tenho uma bola de cristal para saber tudo o que se passa aqui no Tribunal. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Erika Kokay) - Claro. O SR. ARI JORGE MOUTINHO DA COSTA- Mas, a partir deste momento, eu tomo conhecimento e vejo, antecipo a V.Exa., como grave essa situação. Parece até que ele tem uma influência para segurar esses processos e ter uma demora tão longa como está acontecendo. Não vai ficar assim, não! A SRA. PRESIDENTA (Deputada Erika Kokay) - O senhor traduziu o nosso sentimento e o nosso pensar. Ou seja, o processo estava aqui desde abril e maio, o conjunto do processo, maio e julho, e apenas quandohouve o anúncio de que a CPI viria aqui, exatamente no mesmo dia em que nós anunciamos, na própria quinta-feira, que houve isso aí (ininteligível).” Diante da patente constatação dessa morosidade na tramitação dos processos na Justiça do Estado do Amazonas, bem como da possibilidade de que o Prefeito de Coari/AM, Adail Pinheiro, pudesse estar exercendo influência para impedir o andamento de processos na Justiça do Estado do Amazonas, esta CPI solicitou o deslocamento de competência com a consequente federalização dos processos de violência sexual que têm como réu o prefeito de Coari/AM.O mesmo pleito foi feito pelo Conselho Nacional de Justiça, que também incluiu os processos dessa ordem no programa Justiça Plena, que assegura prioridade de tramitação. Já na última reunião desta CPI no gabinete da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, no dia 21 de fevereiro, o Presidente afirmou que houve “leniência” na tramitação de processo contra o Prefeito de Coari/AM, Adail Pinheiro, bem como a “tibieza” da Justiça, conforme abaixo transcrito: “O SR. ARI JORGE MOUTINHO DA COSTA -Existem vários casos a respeito do réu Adail Pinheiro que já estão se arrastando ao longo de muitos anos, de muitos anos mesmo. Muitos até fugindo da esfera da pedofilia, mas na questão da improbidade administrativa, que recentemente foram declaradas prescritas pelo Tribunal do Amazonas, porque realmente houve a prescrição, e a relatora já solicitou providências ao Conselho Nacional de Justiça, ao Conselho Nacional do Ministério Público, para realmente apurar se houve, que houve, eu também acho que houve, a leniência na tramitação daquele processo e a própria tibieza da Justiça. Então, nós não podemos permitir um negócio desse.” - Reconheço que hoje o ritmo processual é outro, estando mais harmonizado com os interesses da sociedade, o que demonstra que o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas tomou as providências necessárias para que os processos tenham um rito digamos normal, conforme havia se comprometido a fazer perante esta Comissão. - Reafirmamos que nesse momento nossa atenção está concentrada no clima de terror e ameaças que verificamos em Coari/AM, atingindo fortemente o estado democrático de direito, a ordem pública e a correta instrução processual. Por isso nos somamos a todos e todas que defendem a intervenção naquele município, motivo pelo qual estamos preparando um pedido de intervenção no Município de Coari/AM, a fim de ser entregue aosMinistérios Públicos Federal e Estadual, inclusive com o objetivo de ampliar a abrangência do pedido de intervenção já em tramitação no Ministério Público Estadual do Amazonas. - Feitos esses esclarecimentos, vamos continuar acompanhando o desenvolvimento dos processos para que a justiça seja feita, de modo que os autores de crimes sejam efetivamente condenados, pois não se pode tolerar a impunidade, especialmente quando se trata de crimes de exploração e abuso sexual contra crianças e adolescentes, que tanto assolam nossa sociedade. Erika Kokay Deputada Federal (PT-DF)...
CPI da Exploração de Crianças defende intervenção do governo do Amazonas em Coari
27 de Fevereiro de 2014, 11:39 - sem comentários aindaIntegrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes da Câmara dos Deputados defenderam a intervenção do governo estadual no município de Coari, no Amazonas. Os deputados estiveram na cidade na última sexta-feira (21) acompanhados de membros do Ministério Público e do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) para acompanhar as ações que estão sendo desenvolvidas para acabar com o esquema de exploração de meninas naquela cidade. O prefeito de Coari, Adail Pinheiro, está preso desde o dia 8 de fevereiro. Adail é acusado de chefiar uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes no município. Mais cinco suspeitos foram presos a pedido do Ministério Público amazonense. Mesmo com a prisão do prefeito, muitas famílias reclamam que continuam sendo pressionadas para manter o silêncio e muitas vítimas tiveram que mudar da cidade por questões de segurança. Segundo a presidente da CPI, deputada Erika Kokay (PT-DF), processos sigilosos do Conselho Tutelar foram violados por funcionários da Secretaria de Desenvolvimento Social. " A prefeitura não pode invadir o conselho tutelar e vasculhar todas as fichas, porque isso quebra o sigilo, quebra a privacidade que é assegurada por lei. E não pode coibir, cercear o funcionamento do Conselho Tutelar desta forma, deixar de pagar conselheiros porque os conselheiros estão denunciando exploração sexual." Existem atualmente seis processos contra o prefeito de Coari. Dois deles foram incluídos no programa Justiça Plena, do Conselho Nacional de Justiça, o que vai garantir mais rapidez nas investigações. Segundo a relatora da CPI, deputada Liliam Sá (Pros-RJ), no entanto, outros investigados por supostamente participarem da rede de pedofilia na região ainda estão soltos. Ela destaca também que há indícios de favorecimento a Adail Pinheiro no Judiciário local, o que já foi, inclusive, denunciado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A parlamentar lembra, ainda, que a CPI pediu ao CNJ a federalização dos crimes relacionados à rede de pedofilia investigada em Coari. Operação Estocolmo Liliam Sá informou que a comissão de inquérito apura se os casos de exploração sexual de crianças e adolescentes em Coari têm relação com os fatos descobertos pela Operação Estocolmo, da Polícia Civil amazonense, que investigou em Manaus uma rede de pedofilia a qual contaria com a participação de um deputado estadual, um cônsul da Holanda e vários empresários. Agência Câmara ...
TJ-AM decreta prisão de prefeito de Coari e mais cinco pessoas
25 de Fevereiro de 2014, 11:34 - sem comentários aindaO desembargador Djalma Martins da Costa, decano do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), decretou a prisão preventiva do prefeito de Coari, Adail Pinheiro, acatando pedido do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM), nos autos de uma petição com oferecimento de denúncia contra o prefeito, entregue no TJAM no final da manhã de hoje. A decisão do magistrado saiu por volta das 16h desta sexta-feira (07) e deverá ser cumprida a qualquer momento pelas autoridades policiais. A deputada Erika Kokay (PT-DF), que preside a CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, se manifestou: “É essencial o afastamento do prefeito, para que se possa coibir as ameaças às testemunhas, da qual tivemos denúncias, e a utilização da máquina pública para impedir a isenção no desenvolvimento do processo judicial”, afirmou. A CPI já havia solicitado afastamento preventivo do prefeito, para análise do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH). A decretação da prisão preventiva atinge não apenas o prefeito Adail Pinheiro como também outras cinco pessoas. O tribunal explicou que o processo (nº 0003606-63.2014.8.04.0000) tramita sob segredo de justiça. Entrega da petição O presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembargador Ari Jorge Moutinho da Costa, recebeu no final da manhã desta sexta-feira (07), no gabinete da Presidência, mais um pedido de denúncia oferecido pelo Ministério Público do Estado (MPE/AM), contra o prefeito da cidade de Coari, Manoel Adail Pinheiro. Neste pedido, o MP também solicitava previsão preventiva dele e de mais cinco acusados. Com esse pedido, Adail Pinheiro agora tem, em tramitação na Justiça do Amazonas, relacionados crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes e favorecimento à prostituição, três inquéritos policiais em andamento, uma denúncia já recebida pela Corte, e agora mais este pedido, que, após a deliberação do relator e do Pleno do TJAM, poderá se transformar em outra ação penal contra o acusado. “Eu recebi a denúncia do MPE/AM, contra sete denunciados, que não posso mencionar os nomes por questão de sigilo, que deve ser mantido, e de imediato mandei proceder a distribuição dos autos. Após as formalidades legais, o setor de autuação fez rigorosamente o sorteio na forma regimental, e coube ao desembargador Cláudio Roessing a relatoria do processo. Ele é quem poderá conceder, a partir de agora, todas as informações sobre este pedido de denúncia”, explicou o presidente do TJAM, desembargador Ari Jorge Moutinho da Costa. O juiz Auxiliar da Presidência do TJAM Divaldo Martins explicou que até o momento trata-se de uma petição de oferecimento de denúncia pelo MPE/AM. “Agora, o relator irá examinar o pedido de liminar, que pede a prisão preventiva dos sete denunciados, decidirá a respeito, e em seguida levará a denúncia ao Pleno do TJAM, para a apreciação dos 19 desembargadores da Corte, que decidirão se recebem a denúncia ou não”, concluiu o juiz. Um pouco antes do encerramento do expediente forense nesta sexta-feira, o desembargador Cláudio Roessing determinou a redistribuição dos autos a um dos membros das Câmaras Criminais do Tribunal, de acordo com o art. 78, 6º, do Regimento Interno da instiuição. O processo foi para o desembargador Djalma Martins, que ao analisar os autos, decretou a prisão preventiva de Adail Pinheiro. Com informações TJ-AM ...
PT presidirá Comissão de Direitos Humanos
25 de Fevereiro de 2014, 11:34 - sem comentários aindaO Partido dos Trabalhadores oficializou que ficará com a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados. A decisão foi anunciada em reunião entre os líderes dos partidos da Casa nesta tarde (18/02) e oficializada na reunião da bancada do PT. A deliberação é fruto de acordo com o PTB, que ficará com a Comissão de Viação e Transportes. O nome para presidência está sendo discutido na reunião. A deputada Erika Kokay (PT-DF) destacou que “mais importante do que a discussão em torno de nomes é a discussão em torno de projetos”. A deputada pautou debate sobre a composição da CDHM para a reunião da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos que acontecerá nessa quarta (18/02), às 10h30. Thamara Pereira (61) 8250-6275 Assessoria Parlamentar...
PT está atento à indicação para a presidência da Comissão de Direitos Humanos
25 de Fevereiro de 2014, 11:34 - sem comentários aindaO Partido dos Trabalhadores está atento para a indicação do nome que vai ocupar a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados em 2014. No ano passado, o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) acabou sendo eleito, gerando uma série de protestos de grupos que o acusavam de homofobia. Maior bancada da Casa, com 88 deputados, o partido tem direito a pleitear o controle de três comissões permanentes e a de Direitos Humanos não está descartada, explica o líder, deputado Vicentinho (SP). "Nós não queremos aquela confusão do ano passado. A bancada tem refletido muito sobre isso e eu espero que a gente possa contribuir, ou sendo um deputado ou deputada do nosso partido, ou alguém de outro partido, mas que, de fato, tenha um compromisso histórico [com os direitos humanos]", diz Vicentinho. Uma das críticas mais ferrenhas da gestão Marco Feliciano, a deputada Erika Kokay (PT-DF) conta com o apoio de movimentos sociais para que o partido assuma a comissão, mas ela ressalta que os nomes só serão definidos pelo PT depois das discussões previstas para a próxima semana. "Nós estamos fazendo uma discussão de projetos. E nós estamos defendendo que o PT tenha como uma de suas prioridades a Comissão de Direitos Humanos, ocupando a presidência, mas essa discussão não está ainda deliberada e não está terminada dentro do partido". Interesse do PP De outro lado, o Partido Progressista (PP), com 40 deputados, não esconde seu interesse na Comissão de Direitos Humanos e já tem até um nome: Jair Bolsonaro (RJ). O deputado, um dos apoiadores do Pastor Marco Feliciano, ganhou notoriedade por suas opiniões polêmicas. "Ninguém acha justo você realizar um seminário LGBT infantil para estimular as crianças a serem homossexuais. Isso, como não houve com Feliciano, passa ao largo. Também não haverá comigo. Também não teremos mais emendas voltadas para passeata gay ou para confecção de kit gay. Eu não tenho briga contra homossexual. Minha briga é contra o material escolar. Não pode um pai de família saber que seu filho está sendo aliciado na escola para o homossexualismo com material didático confeccionado pelo governo", alega Bolsonaro. Denúncias de violência Criada em 1995, a Comissão de Direitos Humanos é uma das 21 comissões temáticas permanentes da Câmara dos Deputados. Anualmente, são recebidas, em média, 320 denúncias de violações dos direitos humanos. A maioria delas refere-se a violações de direitos de presos e detenções arbitrárias, vindo a seguir casos de violência policial e violência no campo. Também há registro de outros tipos de violações atingindo grupos vulneráveis como mulheres, indígenas, imigrantes, homossexuais e afrodescendentes. As denúncias são encaminhadas ao Ministério Público, Poder Judiciário, governos estaduais, diretores de presídios, delegados de polícias, entre outras autoridades. Cada denúncia dá origem à abertura de um processo administrativo, para facilitar o acompanhamento. Quando não há respostas por parte das autoridades, a comissão reitera os ofícios e solicitações até que haja manifestação do órgão ou autoridade pública. Agência Câmara ...