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O Modelo Paranaense de Estímulo à Inovação

29 de Novembro de 2012, 22:00 , por Castor Filho - 1Um comentário | No one following this article yet.
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Coluna Econômica - 30/11/2012

 

 

Uma boa política pública demanda alicerces bem montados e, depois, o desafio da construção bem feita e da continuidade assegurada.


Pelo menos no primeiro quesito, o estado do Paraná está com uma experiência estimulante na área de estímulo à inovação e ao empreendedorismo.


***


Trata-se do programa Parque Virtual Tecnológico, tocado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e pela Tecpar, empresa pública criada em 1940, mistura (guardadas as proporções) de um Instituto Butantã, Adolfo Lutz e IPT. A ideia é estimular a inovação nas pequenas e micro empresas.


***


Consiste em montar uma estrutura estadual virtual, tendo como âncoras sete universidades estaduais instaladas em polos regionais relevantes. As cidades-sede são Maringá, Londrina, Cascavel, Guarapuava, Jacarezinho, Ponta Grossa e Curitiba.


O projeto segue o modelo contemporâneo de ser um agente de coordenação de estruturas já existentes. No primeiro círculo, as diversas Secretarias estaduais ligadas ao tema – Ciência e Tecnologia, Trabalho, Desenvolvimento Urbano, Planejamento, Indústria e Comércio, Agência de Fomento e Agência de Desenvolvimento. A ideia é ampliar a sinergia entre elas.


Numa segunda roda, as universidades, institutos de pesquisa e setor produtivo.

No último elo, os grandes programas estratégicos do governo do Estado incorporados ao projeto. Como o Programa Smart Energia, de energia alternativa, e o Programa Bom Negócio, de capacitação  e orientação às pequenas e micro empresas.


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Cada universidade se incumbiu de preparar um estudo sobre sua região, identificando setores em que dispõem de cursos especializados, cujos alunos acabam migrando por falta de emprego.


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Unindo esses sete polos haverá uma plataforma tecnológica, já licitada, e que entrará no ar em maio próximo, bancada por recursos da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e da própria Tecpar.


Desenvolvida em software livre, a plataforma ligará as sete regiões, mapeará as principais pesquisas e pesquisadores das universidades e identificará as demandas dos pequenos e micro empresários paranaenses. Será ao mesmo tempo uma plataforma científica e de negócios.


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Um dos passos prévios do projeto foi a aprovação de uma Lei de Inovação estadual, visando viabilizar a parceria com municípios e empresas. Depois,  uma minuta de lei de inovação municipal, casada com a estadual, para municípios que quiserem aderir ao programa.


Essas leis permitirão repassar recursos (inclusive a fundo perdido) para empresas consideradas inovadoras. O conceito de empresa inovadora será a mesma da lei federal.


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Cada polo terá representantes do poder municipal, das universidades e do setor produtivo – em geral, a associação comercial e industrial das cidades. Conseguiu-se também a adesão da FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) que, nos últimos anos, decidiu interiorizar mais suas ações. A ideia é garantir uma governança própria que sobreviva às mudanças de governo.


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Foi firmado também um convênio com a Universidade Compiegne, da França, que serviu de modelo para os CEFETs (centros federais de educação tecnológica) brasileiros


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É um bom alicerce. Agora, trata-se de aguardar os resultados para avaliar a eficácia da implementação.


 

IGP-M tem deflação de -0,03% em novembro


O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) teve uma deflação de -0,03% em novembro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado perdeu força ante os 0,02% de outubro. Com isso, a taxa no ano chegou a 7,09%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) ficou em -0,19%, ante -0,20% no mês anterior Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou 0,33%, abaixo dos 0,58% de outubro. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) atingiu 0,23%, abaixo dos 0,24% do mês anterior.


Preços ao produtor oscilam 0,21%


O Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 0,21% no mês de outubro em comparação com o visto em setembro, quando o resultado apurado chegou a 0,69%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No acumulado em 12 meses, os preços variaram 6,37% em outubro, contra 6,95% em setembro. Já a variação vista em 2012 foi de 6,54% em outubro e 6,31% no mês anterior. Ao longo do período, 14 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços, contra 15 do mês anterior.


BC 01: Estoque de crédito atinge R$ 2,269 tri


O estoque total de crédito do sistema financeiro situou-se em R$ 2,269 trilhões em outubro, com elevações de 1,4% no mês e 16,6% em doze meses. Os dados foram divulgados pelo Banco Central. Os empréstimos com recursos direcionados registraram crescimento mais expressivo, com ênfase para a expansão dos créditos rurais e habitacionais. No segmento com recursos livres, a evolução permanece sendo determinada pela demanda das famílias.


BC 02: Crédito pessoal em destaque entre PFs


A expansão de 1,2% no crédito pessoal foi o destaque entre as operações registradas com as pessoas físicas: segundo o Banco Central, o montante movimentado chegou a R$ 278 bilhões, favorecido pelas concessões de empréstimos consignados, que aumentaram 26,4%. Consideradas as operações com atrasos superiores a noventa dias, a inadimplência no crédito referencial subiu 0,1 ponto entre as pessoas jurídicas, atingindo 4,1%, e manteve-se estável em 7,9% nos créditos a pessoas físicas.


Superávit do Governo Central em outubro é o pior em dois anos


O Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou seu pior superávit primário em dois anos: segundo dados do Tesouro Nacional, o esforço fiscal no mês passado somou R$ 9,914 bilhões. É o pior resultado para o mês desde 2010, e foi 13,8% menor do que no mesmo mês do ano passado. Nos dez primeiros meses de 2012, o esforço fiscal soma R$ 64,712 bilhões, 25,4% a menos do que os R$ 86,796 bilhões economizados no mesmo período de 2011.


PIB dos EUA avança 2,7% no trimestre


A economia norte-americana apresentou um crescimento acima das expectativas no terceiro trimestre, mas o quadro não deve se manter devido a expectativa de cortes dos gastos do governo e aumentos tributários no começo de 2013. Segundo o Departamento do Comércio, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou a uma taxa anual de 2,7%, conforme o acúmulo de estoques e o avanço das exportações compensaram os menores gastos do consumidor e a queda do investimento empresarial.

 

Blog: www.luisnassif.com.br

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Tags deste artigo: nassif economia índices paraná parque virtual tecnológico pib

1Um comentário

  • Liberte se minorBertoni
    2 de Dezembro de 2012, 11:42

    Antes de embarcar no entusiasmo do Nassif

    Seria elogiável a iniciativa paranaense de estimular a inovação não fosse o fato de que o mesmo governo que tenta se mostrar inovador capa o ensino básico e desestimula a formação de qualidade de nossos futuros inovadores.

    A propalada inovação é propaganda enganosa que chega a iludir até experientes e críticos jornalistas.

    Leia e comprove que a iniciativa "inovadora" descrita no artigo acima é acompanhada de uma sistemática destruição do educação básica:
    blog​oosf​ero.​cc/m​idia​cruc​is/b​log/​absu​rdo-​matr​iz-c​urri​cula​r-un​ica-​do-p​r-se​ed
    blog​oosf​ero.​cc/m​idia​cruc​is/b​log/​alun​os-p​rote​stam​-no-​para​na-c​ontr​a-se​ed

    Todos sabemos que uma construção sem um alicerce sólido, tende a ruir.

    O governo tucano do Paraná está de fato a construir castelo de areia.


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