Coluna Econômica - 30/11/2012
Uma boa política pública demanda alicerces bem montados e, depois, o desafio da construção bem feita e da continuidade assegurada.
Pelo menos no primeiro quesito, o estado do Paraná está com uma experiência estimulante na área de estímulo à inovação e ao empreendedorismo.
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Trata-se do programa Parque Virtual Tecnológico, tocado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e pela Tecpar, empresa pública criada em 1940, mistura (guardadas as proporções) de um Instituto Butantã, Adolfo Lutz e IPT. A ideia é estimular a inovação nas pequenas e micro empresas.
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Consiste em montar uma estrutura estadual virtual, tendo como âncoras sete universidades estaduais instaladas em polos regionais relevantes. As cidades-sede são Maringá, Londrina, Cascavel, Guarapuava, Jacarezinho, Ponta Grossa e Curitiba.
O projeto segue o modelo contemporâneo de ser um agente de coordenação de estruturas já existentes. No primeiro círculo, as diversas Secretarias estaduais ligadas ao tema – Ciência e Tecnologia, Trabalho, Desenvolvimento Urbano, Planejamento, Indústria e Comércio, Agência de Fomento e Agência de Desenvolvimento. A ideia é ampliar a sinergia entre elas.
Numa segunda roda, as universidades, institutos de pesquisa e setor produtivo.
No último elo, os grandes programas estratégicos do governo do Estado incorporados ao projeto. Como o Programa Smart Energia, de energia alternativa, e o Programa Bom Negócio, de capacitação e orientação às pequenas e micro empresas.
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Cada universidade se incumbiu de preparar um estudo sobre sua região, identificando setores em que dispõem de cursos especializados, cujos alunos acabam migrando por falta de emprego.
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Unindo esses sete polos haverá uma plataforma tecnológica, já licitada, e que entrará no ar em maio próximo, bancada por recursos da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e da própria Tecpar.
Desenvolvida em software livre, a plataforma ligará as sete regiões, mapeará as principais pesquisas e pesquisadores das universidades e identificará as demandas dos pequenos e micro empresários paranaenses. Será ao mesmo tempo uma plataforma científica e de negócios.
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Um dos passos prévios do projeto foi a aprovação de uma Lei de Inovação estadual, visando viabilizar a parceria com municípios e empresas. Depois, uma minuta de lei de inovação municipal, casada com a estadual, para municípios que quiserem aderir ao programa.
Essas leis permitirão repassar recursos (inclusive a fundo perdido) para empresas consideradas inovadoras. O conceito de empresa inovadora será a mesma da lei federal.
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Cada polo terá representantes do poder municipal, das universidades e do setor produtivo – em geral, a associação comercial e industrial das cidades. Conseguiu-se também a adesão da FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) que, nos últimos anos, decidiu interiorizar mais suas ações. A ideia é garantir uma governança própria que sobreviva às mudanças de governo.
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Foi firmado também um convênio com a Universidade Compiegne, da França, que serviu de modelo para os CEFETs (centros federais de educação tecnológica) brasileiros
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É um bom alicerce. Agora, trata-se de aguardar os resultados para avaliar a eficácia da implementação.
IGP-M tem deflação de -0,03% em novembro
O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) teve uma deflação de -0,03% em novembro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado perdeu força ante os 0,02% de outubro. Com isso, a taxa no ano chegou a 7,09%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) ficou em -0,19%, ante -0,20% no mês anterior Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou 0,33%, abaixo dos 0,58% de outubro. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) atingiu 0,23%, abaixo dos 0,24% do mês anterior.
Preços ao produtor oscilam 0,21%
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 0,21% no mês de outubro em comparação com o visto em setembro, quando o resultado apurado chegou a 0,69%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No acumulado em 12 meses, os preços variaram 6,37% em outubro, contra 6,95% em setembro. Já a variação vista em 2012 foi de 6,54% em outubro e 6,31% no mês anterior. Ao longo do período, 14 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços, contra 15 do mês anterior.
BC 01: Estoque de crédito atinge R$ 2,269 tri
O estoque total de crédito do sistema financeiro situou-se em R$ 2,269 trilhões em outubro, com elevações de 1,4% no mês e 16,6% em doze meses. Os dados foram divulgados pelo Banco Central. Os empréstimos com recursos direcionados registraram crescimento mais expressivo, com ênfase para a expansão dos créditos rurais e habitacionais. No segmento com recursos livres, a evolução permanece sendo determinada pela demanda das famílias.
BC 02: Crédito pessoal em destaque entre PFs
A expansão de 1,2% no crédito pessoal foi o destaque entre as operações registradas com as pessoas físicas: segundo o Banco Central, o montante movimentado chegou a R$ 278 bilhões, favorecido pelas concessões de empréstimos consignados, que aumentaram 26,4%. Consideradas as operações com atrasos superiores a noventa dias, a inadimplência no crédito referencial subiu 0,1 ponto entre as pessoas jurídicas, atingindo 4,1%, e manteve-se estável em 7,9% nos créditos a pessoas físicas.
Superávit do Governo Central em outubro é o pior em dois anos
O Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou seu pior superávit primário em dois anos: segundo dados do Tesouro Nacional, o esforço fiscal no mês passado somou R$ 9,914 bilhões. É o pior resultado para o mês desde 2010, e foi 13,8% menor do que no mesmo mês do ano passado. Nos dez primeiros meses de 2012, o esforço fiscal soma R$ 64,712 bilhões, 25,4% a menos do que os R$ 86,796 bilhões economizados no mesmo período de 2011.
PIB dos EUA avança 2,7% no trimestre
A economia norte-americana apresentou um crescimento acima das expectativas no terceiro trimestre, mas o quadro não deve se manter devido a expectativa de cortes dos gastos do governo e aumentos tributários no começo de 2013. Segundo o Departamento do Comércio, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou a uma taxa anual de 2,7%, conforme o acúmulo de estoques e o avanço das exportações compensaram os menores gastos do consumidor e a queda do investimento empresarial.
Blog: www.luisnassif.com.br
1Um comentário
Antes de embarcar no entusiasmo do Nassif
blogoosfero.cc/midiacrucis/blog/absurdo-matriz-curricular-unica-do-pr-seed
blogoosfero.cc/midiacrucis/blog/alunos-protestam-no-parana-contra-seed Todos sabemos que uma construção sem um alicerce sólido, tende a ruir. O governo tucano do Paraná está de fato a construir castelo de areia.
Por favor digite as duas palavras abaixo