O foco principal do Instituto Lula será a África, segundo informou na época do seu lançamento.
Nos 8 anos de governo, apoiado pela visão diplomática do chanceler Celso Amorim, Lula jogou pesado em favor da África. Primeiro, como estratégia de diversificação dos parceiros comerciais. Sem reduzir o comércio com Europa e Estados Unidos, aumentou a participação da África, Oriente Médio, América Latina e Ásia.
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A diplomacia revestiu-se, também, de inúmeros lances simbólicos.
Na posse da Ilha de Goré, na Porta do Nunca Mais - monumento que saudava as vítimas do tráfico negreiro - em nome do Brasil Lula pediu desculpas pela escravidão. E anunciou o lançamento de uma Universidade em Redenção, Ceará, para acolher alunos de países de língua portuguesa.
Gradativamente, consolidou-se a imagem da potência amiga, em contrapartida ao estilo bastante duro da China.
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Ao lado dos lances simbólicos, as ações efetivas.
A Embrapa instalou um escritório em Maputo, Moçambique - assim como uma fábrica de anti-retrovirais, da Farmanguinhos. Houve uma revoada de países africanos a Brasilia, solicitando o mesmo tipo de apoio.
Foram abertas embaixadas brasileiras em quase todos os países da África. E de 2003 para cá o número de embaixadas africanas no Brasil saltou de 30 para 54 países.
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Terminado o mandato, Lula sai do Palácio para São Bernardo, passa no Sírio-Libanes para visitar o vice José Alencar e, em seguida, em comício na sua casa, anuncia que irá se dedicar à África.
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A aproximação foi cuidadosa. Para opinar sobre a América Latina, nunca foi necessário pedir licença. No caso da África, havia a necessidade de bater à porta, apresentar-se e pedir licença.
O primeiro ponto da estratégia foi estabelecer relações com organizações que articulam países africanos. Uma delas foi a União Africana.
No ano passado, Lula foi convidado para uma reunião da União Africana em Malabo, Guiné Equatorial, único país de fala espanhola.
Havia 54 países. Lula discursou como convidado especial, traduzido em quatro línguas: árabes, francês, inglês e espanhol.
No discurso, bateu no bordão de que a África deveria assumir como o continente é visto. Sempre são americanos e ingleses mostrando sua visão do continente, agora é a vez dos africanos, foi a tônica. A reação foi imediata. Em um dos países da União, um dos hits musicais foi uma música falando de Lula e Mandela.
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Em janeiro passado, a União Africana iria aprovar o PIDA (o PAC da África), programa de infraestrutura e dedsenvolvimento.
Celso Marcondes, um dos membros do Instituto, foi ao encontro com a missão de convidar coordenadores a virem ao Brasil apresentar o projeto às empresas brasileiras. Resultou em um grande evento no BNDES.
Do encontro participaram a presidente da Petrobras, Graça Foster, da Vale, Murilo Ferreira e do Pactual, André Esteves, que montou um fundo para África.
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O Instituto consolidava seu papel, de se transformar em facilitador entre interesses brasileiros e africanos.
Junto aos investidores, Lula passou a enfatizar a visão da importância do investimento se legitimar, agregando emprego, tecnologia, respeito às tradições africanas etc.
Produção industrial recua 0,9% em maio
A produção industrial recuou 0,9% na passagem de abril para maio, na série livre de influências sazonais. Este é o terceiro resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação, acumulando nesse período perda de 2%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Frente a igual mês do ano anterior, a queda foi de 4,3%, a mais forte desde setembro de 2009 (-7,6%). A queda na passagem de abril para maio foi explicada pelo recuo na produção de 14 dos 27 ramos investigados.
Confiança do comércio perde força em junho
A variação interanual do Índice de Confiança do Comércio (ICOM) evoluiu desfavoravelmente em junho: o índice Trimestral ficou em -3,7%, contra -2,4% no período findo em maio, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ao todo, o Indicador Trimestral do ICOM de junho ficou em 126,4 pontos, contra 131,2 pontos em junho do ano anterior. Segundo a FGV, as variações interanuais do Indicador Trimestral de Confiança, entre maio e junho, melhoraram em cinco e pioraram em 12 dos 17 segmentos pesquisados.
IPC-S fica menor em seis capitais
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) diminuiu em seis das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas. De acordo com os dados divulgados, a redução mais intensa foi observada em Recife, que registrou deflação de 0,07% após alta de 0,11%. Por outro lado, a única capital que registrou elevação na taxa no período foi Belo Horizonte (de -0,08% para -0,02%), onde os preços diminuíram o ritmo de queda.
Aumenta venda de veículos no país, mostra Fenabrave
O número de automóveis e veículos comerciais leves (como vans e furgões) vendidos em junho cresceu 24,18%, com a comercialização de 340.706 unidades ante as 274.368 de maio. Na comparação com 2011, quando o comércio desses veículos chegou a 286.912 unidades, houve alta de 18,75%. O acumulado do ano aponta queda de 0,33%, com 1,632 milhão de unidades vendidas contra 1,637 milhão no mesmo período do ano passado, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
FMI vê piora no cenário de recuperação da economia dos EUA
O FMI (Fundo Monetário Internacional) rebaixou suas estimativas para o crescimento da economia norte-americana em 2012 e 2013, ressaltando seu pessimismo no relatório anual sobre a economia dos Estados Unidos. De acordo com as novas estimativas, a economia dos EUA deve avançar 2% em 2012 e 2,25% em 2013 - ficando um pouco abaixo das últimas previsões divulgadas menos de três meses atrás, em abril, que eram de 2,1% e 2,4%, respectivamente.
Governo grego prevê queda ainda maior do PIB no ano
O recuo do Produto Interno Bruto (PIB) da Grécia deve ficar acima do inicialmente esperado para este ano. A estimativa do novo governo grego é que a economia produza 6,7% a menos do que no ano passado, sendo que a projeção anterior era queda de 4,5%. Em abril, o Banco Central grego tinha já previsto o agravamento da recessão, ao admitir uma queda do PIB “perto dos 5 %”, superior às estimativas oficiais (3%). Nos últimos dois anos a redução do produto alcançou a 11%.