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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Blog dedicado à política nacional e internacional

Os Dilemas Difíceis Da Política Econômica

6 de Junho de 2013, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

 

Coluna Econômica - 07/06/2013

 

Os dilemas da política econômica são da seguinte ordem.

Há três desafios centrais:


  1. Inflação.
  2. Crescimento.
  3. Contas externas.

É possível conviver com um pouco mais de inflação, um pouco menos de crescimento. Mas quando chega a hora da verdade das contas externas, o dólar explode e a economia é revirada de pernas para o ar.


***


É impossível atacar as três frentes simultaneamente, porque instrumentos utilizados para uma frente afetam a outra. Por isso mesmo, a política econômica terá que encontrar um equilíbrio, jamais uma solução ótima.


***


Se houver muito crescimento, a política econômica pressionará as contas externas e a inflação. As contas externas pelo fato de aumentar as importações, remessas de lucro e gastos de brasileiros no exterior. A inflação, pelo fato de, com mais consumo, os preços terem espaço para subir.


É óbvio que há limites de crescimento que não afetam a inflação nem pressionam tanto as contas externas. A questão central é encontrar o melhor ponto de equilíbrio.


***


No momento, a política econômica do Banco Central tem sido a de desestimular a demanda interna. Quando decidiu aumentar novamente a taxa Selic, apesar da elevação ser insignificante na estrutura de custos do crédito, sinalizou para o sistema bancário interromper a disputa por crédito.


***


O cenário para o ano, pela ata do Copom (Comitê de Política Monetária), por exemplo, aponta para um dólar na faixa de R$ 2,05. No entanto, aponta também os seguintes fatores, todos em direção contrária à estabilidade do dólar:


  1. Na parte internacional, prevê queda de preços de commodities e alta do petróleo pressionando ainda mais a balança comercial.
  2. Identificou a valorização do dólar. Como a cotação do real está atrelada ao dólar, a manutenção do valor em relação ao real significou uma valorização adicional da moeda brasileira.

***


Há um quadro claro de deterioração das contas externas brasileiras. E também dificuldades adicionais de colocar no mercado títulos públicos pré-fixados de prazo mais longo.


Foi esse quadro – não contemplado na ata do Copom – que levou o Banco Central a eliminar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em operações de prazo mais longo para facilitar o ingresso de capitais externos no país.


A alegação é que, caso não acontecer esse aumento do fluxo externo, o BC teria que aumentar a Selic para conseguir colocar os títulos públicos.


***


Sem mexer no câmbio, virá inevitavelmente uma crise externa dentro de alguns anos.

No plano político, tem-se uma aposta interessante.


Reajustando o câmbio, poderá haver uma pressão adicional sobre os preços, nada dramático mas algo desgastante para um ano eleitoral.


Não se reajustando o câmbio, tem-se uma crise contratada, que poderá chegar em 2014 ou 2015.


Na primeira hipótese, acaba com a possibilidade de reeleição; na segunda, acaba com um segundo governo Dilma, como acabou com o de FHC.


A estratégia mais prudente da política econômica seria:

 

  1. Promover nova desvalorização controlada do câmbio para patamares bem além dos R$ 2,05 – digamos R$ 2,60.
  2. Aproveitar a entrada da safras, mais a redução das cotações internacionais de commodities, para reduzir o impacto do câmbio sobre a inflação.

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A Lógica Do Dólar No Brasil

5 de Junho de 2013, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

 

Coluna Econômica - 06/06/2013

 

O investidor I.C. ficou rico jogando contra o Brasil. Ou melhor, apostando em sucessivas marchas da insensatez da política cambial. Ele espera esticar a corda do câmbio. Quando está bem esticada, e os buracos nas contas tornam-se cada vez maiores, passa a comprar títulos cambiais ou ativos expressos em dólar. Aí o dólar explode ele vende os ativos e, imediatamente, passa a comprar ativos em reais – ações de companhias.


No momento seguinte, os juros internos explodem, o câmbio começa novamente a apreciar e ele realiza o segundo movimento de lucro.


Ganhou muito dinheiro com a crise cambial de 1999 e com a crise cambial de 2008. Nesta última, o dólar explodiu devido à crise internacional. Não fosse a crise internacional, teria explodido com a deterioração nítida das contas externas brasileiros.


***


I.C. começou a se movimentar de novo. Ele olha os dados da balança comercial – caindo, caindo até entrar no vermelho ainda este ano. Nos aeroportos, vê o movimento de sacoleiros e de turistas deitando e rolando com as compras em Miami e Nova York.


Depois, olha os dados das contas correntes (toda a movimentação de entrada e saída de dólares). Olha a conta turismo tornando-se cada vez mais negativa. Sua última olhada é no IED (Investimento Externo Direto). Enquanto o IED conseguir cobrir os rombos das demais contas, ainda não é hora de se mexer.


Quando o IED não for suficiente, ele começa a agir.


***


O sinal amarelo acende quando o IED não conseguir dar conta mais dos saldos negativos das contas externas. É o que já está ocorrendo. No começo, será uma luz ainda fraca, porque o investidor sabe que o BC ainda conta com um colchão de reservas cambiais de US$ 400 bilhões.


À medida que o buraco aumenta, os investidores levam a mão ao coldre. Quem consegue sair na frente (isto é, recomprar os dólares e retirá-los do país) perde menos; quem demorar, perde mais. E quando começar o estouro, há grande probabilidade das reservas virarem fumaça.


**


O passo seguinte já é conhecido do nosso investidor. Os dólares saem em disparada do país. Há uma explosão nas cotações e um reflexo sobre os preços internos. Para combater risco de inflação, o BC jogará as taxas de juros nas alturas.


O investidor que saiu correndo, para, então e olha para trás. Percebe que, com a desvalorização expressiva do real, em pouco tempo as contas externas voltarão ao azul. Ao mesmo tempo, os juros explodirão internamente. Ele trará, então, de volta os dólares, venderá a preço alto, comprará títulos públicos com as novas taxas de juros. Ou então comprará ações de empresas brasileiras na bacia das almas, esperando sua recuperação futura.


Como o governo precisa controlar a inflação, o movimento seguinte será de nova apreciação do real. A cada rodada, ele ganhará com os juros e com a apreciação do real.


***


Na economia em geral haverá um trauma. Empresas endividadas em dólar quebrarão, a política econômica será desmoralizada, haverá traumas políticos de monta. Mas o Brasil continuará a ser o peru gordo do mercado financeiro internacional.


***


Antes de ontem, o Banco Central eliminou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) nas aplicações de recursos externos. Já entrou no primeiro estágio dos novos tempos.

 

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As Surpresas Na Recuperação Das Vendas Da Indústria

4 de Junho de 2013, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

 

Coluna Econômica - 05/06/2013

 

Pelos últimos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados ontem, a indústria finalmente começa a acordar.


São tempos curiosos. Os últimos dados do IBGE, divulgados semana passada, indicavam um quadro de estagnação da indústria. O único setor mais dinâmico foi o de caminhões e máquinas agrícolas , muito mais em função de demanda reprimida (no ano passado os financiamentos estiveram quase paralisados), havendo dúvidas se o crescimento se repetiria nos próximos meses.


Os dados referentes a abril, no entanto, mostram um quadro totalmente distinto, com o crescimento se refletindo em quase todos os setores industriais, insuficiente para repor ainda os níveis de 2011 mas suficiente para reverter a queda dos últimos meses


***


Em geral, essas dissintonias estatísticas ocorrem quando há inflexões agudas na economia – mudanças rápidas de patamar, para baixo ou para cima.


A pesquisa IBGE mostrou aumento de produção em 17 dos 27 ramos investigados. O crescimento no mês foi de 1,8%, puxado principalmente por veículos automotores (8,2%), máquinas e equipamentos (7,9%) e alimentos (4,8%).


Nos dois últimos meses, o setor de veículos automotores acumulou expressiva alta de 15,6%l e o de máquinas e equipamentos de 19,3%; enquanto o de alimentos eliminou  a perda de 4,5% registrada em fevereiro e março.


***


Em relação a abril de 2012, o avanço foi expressivo: no geral a indústria cresceu 8,4% com crescimento registrado em 23 das 27 atividades, 58 dos 76 subsetores e 63,4% dos produtos pesquisados. Ou seja, crescimento amplo e disseminado.


***


As quedas foram em poucos setores, entre os quais os da indústria extrativa (-8,3%), afetada pelas cotações internacionais, a da edição, impressão e reprodução de gravações (-5,8%) e metalurgia básica (-2,1%).


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Ainda não se produziram análises mais apuradas para explicar essa volatilidade dos indicadores.


Autor de uma avaliação bastante negativa da indústria, em cima dos dados anteriores, o IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) reformulou parte de suas previsões.

Registrou um conjunto de fatores excepcionais que ocorreram em abril, mas não pode fugir da conclusão final, de que abril foi positivo para todos os setores da indústria. Na margem, a indústria de bens de capital cresceu pelo terceiro mês seguido.


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Levará algumas semanas, ainda, até o mercado consolidar as novas expectativas em relação ao PIB de 2013. O próprio OBGE recomenda cautela na avaliação dos dados, devido aa extrema volatilidade dos indicadores e do tom negativo de alguns indicadores recentes, como a redução de 5,25% na venda de veículos em maio, e a volatilidade dos indicadores de confiança da indústria, medido pela Fundação Getúlio Vargas, do Rio de Janeiro.


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De qualquer modo, é o primeiro dado positivo sobre o PIB, desde a desaceleração ocorrida a partir de 2011, como reflexo das medidas prudenciais adotadas pelo Banco Central e pela Fazenda.

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Para Entender Os Juros, Fora Dos Manuais

3 de Junho de 2013, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

 

 

Coluna Econômica - 04/06/2013

 


No final de semana passada, dois jornais importantes – o Estadão e a Folha – abriram editoriais de apoio à política econômica, os primeiros em muitos e muitos meses. Neles, afiançam que finalmente o Banco Central encontrou o caminho da racionalidade econômica, ao decidir aumentar a taxa Selic em 0,5 ponto. Pelo tom dos editoriais, parece que os problemas da economia foram resolvidos.


***


Desde fins de agosto de 2011, o governo Dilma Rousseff montou uma operação complexa para desarmar a armadilha dos juros e dos spreads (a diferença entre o custo de captação e de aplicação dos depósitos bancários).


Primeiro, bancou a aposta de redução taxa Selic.


Também deu início a um movimento gradativo de desvalorização do câmbio, para arrefecer parte do sufoco que as importações chinesas trouxeram para a produção interna.


Ao mesmo tempo, Dilma acionou os dois bancos públicos – Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – a comandarem um movimento de redução dos spreads.


***


Os três movimentos iniciais foram bem sucedidos. No início do ano, pequenas empresas se surpreendiam com a visita de gerentes de bancos distintos, disputando sua conta através de um quase leilão de taxas de juros.


Parecia que a economia, pela primeira vez em décadas, retomava o caminho da normalidade, com o crédito farto e com taxas ainda distantes das internacionais, mas bem abaixo das taxas históricas, irrigando a economia.


***


Para se adaptar aos novos tempos, os bancos deram início a um rigoroso movimento de corte de custos. E esses cortes passaram pela redução das verbas de publicidade.


Para os jornais, desenhou-se o pior cenário. Numa ponta, perda de receita publicitária; na outra, a oneração de custos com a alta do dólar puxando os preços do papel.


***


Aí surgiu a oportunidade, um aumento de preços puxado pela alta das commodities. Criou-se um terrorismo econômico fantástico, impulsionado pela alta dos preços do tomate – que geraram duas capas, na Veja e na Época.


Diariamente o problema da inflação foi repercutida pelos jornais afim de criar um movimento de manada. A elevação de preços ampliou-se para outros produtos.


Na outra ponta, desde o momento em que o BC promoveu a primeira elevação da Selic – em meros 0,25 – a mudança de atitude sinalizou para todo o sistema bancário o fim da guerra de spreads. Os bancos passaram a elevar novamente o spread e a não aceitar disputas que pudessem reduzir sua margem de rentabilidade.


***


As empresas e pessoas físicas que dependem de crédito pagarão mais caro. O imposto juros recairá sobre todos os tomadores de crédito da economia.


Na outra ponta, a mídia torce para que, com parte da rentabilidade recuperada, as verbas publicitárias voltem aos níveis pré-queda de juros, objetivo final de sua campanha para a "volta da racionalidade do BC".


No mercado financeiro, mais informado e mais cético, atribuía-se a mudança de postura do BC – aumentando a Selic em 0,5 ponto – ao fato do governo ter “piscado” (termo que se usa para quando o governo vacila) depois que o candidato Aécio Neves inaugurou o horário gratuito com o tema da volta da inflação.


Em qualquer caso, demonstrou-se que o presidente do BC, Alexandre Tombini, no fundo, é menor do que a sombra inicial que projetava.

 

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Revolução Na Turquia

2 de Junho de 2013, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

Coleção “Brutalidade Policial”

#OccupyGeziPark

 

A brutalidade dos jagunços (milicanalhas em geral) das elites é IGUAL em TODOS os países do mundo. Incluindo o Brasil. Quando não dá certo e o povo resiste bravamente essa corja aplica um GOLPE de ESTADO.

 

Aqui entre nós temos o que há de mais moderno em tecnologia de repressão. São os produtos utilizados pelos sionistas contra os palestinos nas terras ROUBADAS por Israel em Gaza e na Cisjordânia. Tudo contratado pelo ínclito Governador PETISTA, Tarso Genro.

 

Qualquer manifestação popular com fundo social em TODO O MUNDO é, e será SEMPRE, reprimida como esta, de ontem (2/6/2013), na Turquia conforme se pode ver no vídeo a seguir.

 

 

 

Ver também: