RodapéNews - Edição de quinta-feira, 19/07/2012 (informações de rodapé e outras que talvez você não viu, associando os fatos)
18 de Julho de 2012, 21:00 - Um comentárioSegundo morador de rua, a GCM não revela como é possível recuperar os pertences que são levados. "Eles não dizem! Eles só pegam e jogam tudo dentro do caminhão. Agora, pra onde vai, ninguém fala".
De acordo com a Defensoria Pública, a ação de retirada de objetos dos mendigos pode ser enquadrada como roubo pela lei brasileira, mesmo sendo feita por um agente público.
Para o Ministério Público, a subtração de objetos e as agressões aos moradores de rua, feitas pela Guarda Civil Metropolitana, são mais do que agressões.
Em um documento entre a guarda e a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, está escrito que a GCM tem que retirar do centro as "pessoas em situação de rua acampadas ou deitadas nos bancos, plantas, jardins ou os trechos de uso público". Ordem deve ser cumprida pelos guardas civis "mediante a utilização dos meios necessários".
http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/?c=22270&t=Imagens+flagram+GCM+tirando+roupas+e+documentos+de+mendigos
Conversa Afiada recebeu sete transcrições de gravações do sistema “Guardião”, da Polícia Federal.
O alvo é Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, na Operação Monte.
Elas mostram, em primeiro lugar, que o Cachoeira e sua turma tinham uma impressionante capacidade de acompanhar e antecipar os passos do brindeiro Gurgel – aquele que o Senador Fernando Collor chama ode prevaricador.
Collor acusou Policarpo de ser o “mastermind” que coordenava a troca de informações entre o crime organizado, o Ministério Público e a Polícia – com o poder de publicar na Veja que fosse melhor para o crime organizado e para o Robert(o) Civita
A carteirada, em nome da FGV
18 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
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[Minha Mosca] Notícias do Dia 19/07/2012
18 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Notícias do Dia 19/07/2012by minhamosca |
* Germany’s twin euro-martyrs tell Merkel to put up or break up
(A ordem democrática da Europa do pós-guerra já estava bem estabelecida muito antes de Maastricht, assim como um sistema de segurança comum, a livre circulação de bens e serviços, e concorrência livre e ampla. A Europa estava a funcionar muito bem sem a moeda comum, e poderá voltar a fazer o mesmo.)
* Euro Crisis Means More Power for European Commission (O plano?)
(O Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, tem uma reputação de evitar o conflito. Mas com a agravar da crise do euro, o seu poder foi crescendo. Ele é um dos poucos vencedores que a moeda única da Europa enfrenta.)
* Is Italy Just Spain With Better PR?
* Sicily in danger of default, says Italian PM (Tic,tac,tic,tac...)
* Monti plans 'Greek-style' takeover of Sicily to avert default
(«Somos vítimas de desinformação, mentiras e falsidades. O que é suposto fazermos? Cortar ainda mais? Detonar uma explosão social na Sicília? Transformar a Sicília numa terra de desespero onde tudo será destruído?» [...] as medidas de austeridade foram longe demais.)
* Pressure up on Spanish and Italian bonds (Tic,tac,tic,tac...)
* Dire Signs for Spanish Economy (Tic,tac,tic,tac...)
* German investor optimism drops unexpectedly
* Bavaria Mulls an End to Solidarity Hmmm
* End of the siesta! Cash-strapped Spanish workers forced to abandon the traditional afternoon nap
* Spain banks owe more than bailout loan total (Resultado?)
* Financial sector must be boosted, says IMF (Ao gosto dos donos do FMI...)
* Ratification of 'Law of the Sea' advances world government (O fim de mais uma ex-teoria da constipação?)
* Pimco’s El-Erian: More Fed Action May Cause ‘Collateral Damage’ to US
* America Heading Towards a Collapse Worse Than 2008 AND Europe! Says Peter Schiff
* City of Compton may declare bankruptcy by September: officials (EUA)
* Plan to Raze Detroit Empty Homes in Final Stages (EUA)
* China's Rate Cuts Fall Flat as Small Firms Bypass Banks
* When Safe Havens Become Bubbles
* Lax Controls at Banks, or Systemic Rot?
(A última revelação envolve a recusa do Royal Bank of Scotland em cooperar com as autoridades canadianas que investigam a possível participação do banco no escândalo da manipulação das taxas de juro. A falta de cooperação do banco, atendendo ao facto de ser em 82% pertença do governo britânico, é de pasmar [...] tudo isto levanta uma série de questões: Serão os reguladores e por conseguinte os governos cúmplices (na melhor das hipóteses) na corrupção que grassa o sistema financeiro global; e até que ponto é o sistema capitalista coloca em causa? Até que ponto não serão estes escândalos o resultado dos valores do sistema?)
* HSBC money laundering scandal draws in trade minister
* ‘Lie’-bor, or the art of the lie and your money
* Banks face billions more in Libor losses
* Banks still seen as risky five years after start of crisis (A sério? Quem diria...)
* Privy council blocks 'vulture fund' from collecting $100m DRC debt (Parasitas...)
* Hedge Funds Future: Time to 'Separate Men From Boys'
* Millions of savers face pension values being HALVED due to cheating fund managers
* US food aid programme criticised as 'corporate welfare' for grain giants (As ajudas...)
* Transparency in Corporate Reporting index ranks the world's 105 largest companies. Use our interactive to see which fare best and worst
* Brazil Corruption Trial Looms (As nossas demo-cracias...)
* Former Berlusconi MP gets 5-yr jail sentence for mafia links
* Mexico presidential runner-up alleges money laundering in election
* Obama birth certificate ‘definitely fraudulent’
* Journalists revolt against Obama-Romney censorship (Os demo-cratas...)
* Banned in the UK! BBC fights for right to air riot docudrama Shhh...
* Rotten Tomatoes suspends comments on 'Dark Knight'
* FBI Experts’ mistakes that cost lives
* Goldman Sachs: Fed Will Roll Out More Stimulus After Elections
* U.S. dollar breaks NIS 4 for first time in three years
* Q&A: World food and fuel prices
* In-Q-Tel: The CIA's Tax-Funded Player In Silicon Valley
* Sound of irony: Copyright firm fined after stealing music for anti-piracy ad
* Ice island snaps off Greenland: Just a fifth the size of 1962 whopper
* Could dumping iron in the oceans cure climate change? First 'geo-engineering' trial is hailed a success (Os deuses do aDeus...)
* British drug firm to pay millions to Thalidomide victim born without arms and legs in landmark compensation case that could result in thousands of similar claims
* The Einsteins of the deep: Dolphins can perform feats of maths that would baffle human computer systems
* Shell angry at $5 bln fine demanded for spill in Nigeria (Enfim...)
* Russian research project offers 'immortality' to billionaires - by transplanting their brains into robot bodies
* The lamps of Dendera
* UK spending cuts risking nukes safety: Report
* Nine Mile Point Unit 1 shuts down (EUA)
([...] o encerramento deveu-se a um fluxo elevado de neutrões no reactor da central [...])
* ‘Unusual event’ reported at Limerick power plant (EUA)
([...] acontecera uma explosão [...])
* Japan’s powerful typhoon causes more peril
* Workers remove 2 nuclear fuel rods from Fukushima reactor (Expostas ao ar?!?!?)
* Probe into fault beneath Oi plant ordered as No. 4 reactor restarted (No verdadeiro mundo dos insanos!)
* Come on in, the water's not radioactive: Families flock to Fukushima beach after officials declare it safe to swim in sea 16 months after nuclear disaster (Futuro...)
* Oil ends higher for sixth day after supply data
* U.S. court protects Iraqi oil contracts
* Thermal power plants hit by problems (Japão)
* Offshore Wind Slump Means No Firm Orders for GE, Siemens (Puff...)
* Moscow, Minsk sign nuke power plant deal
* UAE OKs 1st reactor plan after Fukushima accident
* Attack on Israeli tourist bus in Bulgaria kills 7 (Rufam os tambores!!! False flag?!?! Uma certeza tão rápida...)
(Israel prometeu esta quarta-feira atacar o Irão, culpando a República Islâmica pelo atentado bombista [...])
* Bulgarian president: Mossad did not warn attack was coming (Tanta certeza...)
* US attack on fishing boat in PG, false-flag ops to engage Iran: Analyst
* Yemen uncovers, arrests Iranian-led spy ring
* US, allies to hold Persian Gulf minesweeping drill
* Syrian Politician Stresses Foreign Intelligence Involvement in Damascus Blast
* Al-Qaeda could get Syria’s chemical weapons, Jordan King warns Hmmm
* Mali – one more victim of the Western “peace crusade”?
(Primeiro, é reconhecido que a desestabilizarão do Mali foi resultado da intervenção da NATO na Líbia [...] Segundo, a solução proposta para a solução da crise. fortemente impulsionada pela França é... outra intervenção militar.)
* Pentagon, CIA Sued for Lethal Drone Attacks on U.S. Citizens
* Filmmaker: US Shooting Down of Iran's Passenger Plane No Different from 9/11
* German Arms Firms Seek Cooperation with India
* Britain admits atrocities in Kenya (Os reis da hipocrisia...)
* New inquiry set up into death of UN secretary general Dag Hammarskjöld
* Mexican protesters slam US arms trade policy (Os reis da hipocrisia...)
([...] por bloquearem os esforços para banir a exportação de armas.)
Monsanto to get immunity from federal laws?
Brazil's overcaffeinated economy
Como o Estado gasta o nosso dinheiro...efeitos da medidas...
A Lei de Responsabilidade Educacional
18 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
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Declaração final do 18º Encontro do Foro de São Paulo - 4-6/7/2012, Caracas, Venezuela
18 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaOs povos do mundo, contra o neoliberalismo e pela paz
1. O 18º Encontro do Foro de São Paulo, reunido em Caracas, dias 4, 5 e 6 de julho de 2012, acontece em meio a forte crise estrutural do capitalismo, acompanhada da disputa por espaços geopolíticos e geoestratégicos, a emergência de novos polos de poder, ameaças contra a paz mundial e a agressividade militar e ingerencista do imperialismo que tenta reverter o próprio declínio. Adicionalmente, à crise econômica deve-se somar a ambiental, a energética e a crise de alimentos, assim como a crise dos sistemas de representação política. Todas estas situações exigem uma firme resposta dos povos latino-americanos e caribenhos e uma eficaz atuação das forças progressistas, populares e de esquerda.
2. A crise econômica mundial está muito longe de ser superada. os responsáveis por dirigir as instituições financeiras internacionais seguem presos ao dogma neoliberal. O efeito da contração da economia nos EUA e a paralisia do motor europeu, já se manifestam em vastas regiões, inclusive na pujante economia chinesa. A região latino-americana e caribenha não escapa do impacto negativo da crise mundial, embora as políticas econômicas e sociais de boa parte dos governos da região tenham impedido impacto maior da crise.
3. Enquanto em regiões como Europa e Estados Unidos, o neoliberalismo segue sendo fundamento ideológico da política econômica, com suas políticas de austeridade permanente e prioridade para o capital financeiro, na América Latina as forças progressistas e de esquerda dirigem os destinos de uma parte importante das nações da área e lançam iniciativas que têm permitido superar em alguma medida “a longa noite neoliberal”, que destroçou planos sociais de grande envergadura. Nossos governos vêm obtendo êxitos indiscutíveis na luta contra a pobreza e impulsionando como nunca antes o processo de integração. O desafio é seguir insistindo e aprofundando as mudanças nas atuais condições de agravamento da crise.
4. Ao crescimento das forças democráticas, populares, progressistas e de esquerda na América Latina e Caribe, a direita e o imperialismo respondem de diversas formas, dentre outras com a agressão sistemática pelo governo de Estados Unidos, a manipulação e criminalização das demandas sociais, para gerar enfrentamentos violentos e uma contra-ofensiva golpista.
5. Deve-se considerar que: na Bolívia houve tentativas de golpe e uma de magnicidio, além do motim policial que recentemente foi derrotado pela ação dos movimentos sociais; em 2002, o presidente Chávez foi mantido fora do poder por 47 horas; em junho de 2009, o Presidente Zelaya foi deposto; em setembro de 2010, houve tentativa de golpe de Estado no Equador que não se consolidou graças à imediata mobilização do povo equatoriano e à rápida atuação da comunidade internacional. Há apenas poucas semanas, o Presidente paraguaio, Fernando Lugo, foi derrubado. O golpe de Honduras e a deposição de Fernando Lugo mostram que a direita está disposta a utilizar vias violentas e a manipulação das vias institucionais para derrubar governos que não sirvam aos seus interesses.
6. Em todos os casos, a direita desencadeou ampla campanha mediática instrumentada internacionalmente mediante poderosos consórcios comunicacionais. A atitude dos meios de comunicação da direita é tema recorrente da agenda política regional. Grandes corporações desenvolvem planos de desestabilização e movimentam-se como fatores de poder, capazes de colocarem-se acima dos poderes públicos que emanam do sufrágio universal. Grandes empresas mediáticas desafiam dia a dia a democracia e suas instituições. Esse talvez seja um dos maiores desafios que os governos da esquerda têm a enfrentar: democratizar a comunicação.
7. Ao mesmo tempo, recentemente se registraram vitórias eleitorais significativas, como a de Dilma Rousseff no Brasil, Daniel Ortega na Nicarágua, Cristina Fernández de Kirchner na Argentina e de Danilo Medina na República Dominicana, triunfos contundentes que falam do avanço das forças progressistas e de esquerda.
8. As Presidentas Dilma Rousseff e Cristina Fernández de Kirchner, com o Presidente José Mujica, há poucos dias, decidiram suspender do MERCOSUL o governo golpista de Paraguai até que seja restaurada a democracia naquele país; ao mesmo tempo, aprovaram a incorporação da Venezuela como membro pleno do bloco político e econômico mais importante desta parte do mundo.
9. Deve-se prever que a incorporação do Equador ao Mercado Comum do Sul seja aprovada em tempo relativamente curto , com o que se cria nova realidade. Com a incorporação da Venezuela, o bloco do sul ganha saída para o Pacífico e já está no Caribe.
10. Assim, os Chefes de Estado dos países que integram a Comunidade Andina de Nações tentam dar um salto na trilha da integração, embora tenham de superar enormes dificuldades.
11. Por outra parte, a Aliança Bolivariana dos Povos de Nuestramérica, ALBA, vem conjugando políticas econômicas comuns como o Sucre [moeda], o Fundo de Reservas, Petrocaribe e, recentemente, seus Presidentes decidiram criar uma zona econômica ALBA, que marca um novo momento nesse esforço para integrar Antigua e Barbuda, Bolívia, Cuba, Equador, Dominica, Nicarágua, San Vicente e as Granadinas, e Venezuela.
12. Aampliação dos esforços da União de Nações Sul-americanas, UNASUL, surpreende e dá alento renovado. Um conjunto de iniciativas integradoras foram postas em andamento, como a construção de uma política de defesa na qual se vinculam a defesa do desenvolvimento e a preservação da América Latina como zona de paz, livre de armamento nuclear. Ao mesmo tempo, registram-se avanços na construção de uma nova arquitetura econômica que parta do critério da complementaridade, cooperação, respeito à soberania e à solidariedade.
13. Com a reunião constitutiva da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, CELAC, realizada em Caracas, em dezembro de 2011, marca-se um ponto de inflexão no processo integrador. O acordo subscrito marca o início de um programa de trabalho que busca os pontos de encontro que põem em destaque a necessidade de unidade, dado que todos reconhecem que os grandes problemas comuns só têm saída com a integração.
14. Por outra parte, ante o fracasso da Área de Livre Comércio das Américas, ALCA, e os limitados sucessos dos Tratados de Livre Comércio bilaterais, o imperialismo busca debilitar os mecanismos de integração latino e sul-americanos, impulsionando a Aliança do Pacífico.
15. Aintegração tem base política, responde a uma realidade em mutação; e tem base material, que são as forças produtivas e os recursos naturais abundantes e diversos, os bosques, o petróleo, minerais de todo tipo, terras raras, o gás, amplas extensões de terra para o cultivo e a criação de animais, e, o mais importante, a integração conta com a diversidade cultural e humana de mais de 500 milhões de pessoas.
O processo de integração deve buscar políticas comuns para o manejo e uso soberano dos recursos naturais – o que inclui a defesa da água e o reconhecimento de que essa defesa é direito humano fundamental.
16. Um tema transcendente, que faz parte da agenda do Foro de São Paulo, é a necessidade de contar com uma política comum de desenvolvimento sustentável, com ciência e tecnologia, desenvolvimento humano inclusivo, com prioridade para as mulheres, a infância e a juventude.
17. Devido à magnitude dos recursos naturais renováveis e não renováveis que existem em nossa região, temos que reforçar a defesa do meio ambiente, empreender uma via de desenvolvimento industrial, tecnológico e científico de grande envergadura e fazer respeitar os direitos dos povos originários e seu direito a serem ouvidos em consulta.
18. A direita tenta apropriar-se simbolicamente do discurso em defesa do meio ambiente, esquecendo as políticas neoliberais de depredação da Mãe Terra e a dívida ambiental que o capitalismo tem com o mundo. Há intensa luta pelo controle dessas riquezas.
19. Os partidos de esquerda, populares, progressistas e democráticos do Foro de São Paulo reafirmam seu apoio às relações de amizade, fraternidade, cooperação solidária, integracionista e de absoluto respeito à soberania dos países, que o governo da República Bolivariana de Venezuela promove. Nessa linha, rejeitam firmemente as infundadas acusações de intervencionismo/ingerencionismo que o ilegítimo governo do Paraguai formulou contra do Chanceler Nicolás Maduro.
20. Os desafios táticos e estratégicos do Foro de São Paulo são enormes. Para enfrentá-los com êxito, contamos com a força manifestada pelo comparecimento a esse 18º Encontro, do qual participam 800 delegados e delegadas, provenientes de 100 partidos e organizações de 50 países dos cinco continentes.
21. Durante os dias 4, 5 e 6 de julho, essa potente delegação cumpriu dezenas de atividades, entre as quais se destacam: as reuniões das Secretarias Regionais do Cone Sul, Andino-Amazónica e Meso-América e o Caribe; as oficinas temáticas de Afrodescendentes; Autoridades Locais e Subnacionais; Defesa; Democratização da Informação e da Comunicação; Fundações, Escolas ou Centros de Capacitação; Meio Ambiente e Mudança Climática; Migrações; Movimentos Sindicais; Movimentos Sociais e poder popular; Povos originários; Seguridade Agroalimentar; Seguridade e Narcotráfico; Trabalhadores de Arte e Cultura; União e integração Latino-americana e Caribenha. O I Encontro das Mulheres, o IV Encontro das Juventudes, o 2º Seminário sobre Governos Progressistas e de Esquerda, e o Seminário sobre Paz, Soberania Nacional e Descolonização.
22. Arelatoria de cada uma dessas reuniões e atividades, os respectivos resolutivos, o Documento Base, assim como as moções e a Declaração Final serão publicadas nos Anais do 18º Encontro. Entre estas resoluções, há alguns temas que aqui destacamos.
23. Os partidos membros do Foro de São Paulo, de esquerda, progressistas e anti-imperialistas reconhecem que: a presença e participação das mulheres nos diferentes setores da sociedade, incluindo os partidos, são imprescindíveis para seu fortalecimento, crescimento e desenvolvimento. Não é possível construir o socialismo (ou uma sociedade socialista, justa, equitativa) se não se modificam os papéis e padrões tradicionalmente atribuídos e assumidos de formas diferentes, historicamente, por homens e mulheres, e se não se criam condições necessárias para desenterrar as bases da discriminação contra a mulher e que ambos participem em condições de igualdade, tanto no âmbito público como privado. Continua a ser um desafio a incorporação de um correto enfoque de gênero e da agenda das mulheres de esquerda e revolucionarias nas políticas, programas e ações que se desenham na luta contra a direita e o capitalismo depredador e patriarcal, e a construção do socialismo.
24. Desde a constituição do Foro, o reconhecimento da soberania da República Argentina sobre as Malvinas é claro e contundente. O 18º Encontro acompanha a solicitação para que se abram negociações diplomáticas entre Argentina e Reino Unido, e reitera o protesto latino-americano contra ações empreendidas pelo governo britânico ha em zona declarada livre de armas nucleares. Assim também, o Foro de São Paulo condena a situação de colonialismo na qual se encontram ainda várias nações latino-americanas e caribenhas. Rechaçamos igualmente todas as tentativas de recolonização.
25. O Foro de São Paulo respalda a reivindicação do povo e do governo da Bolívia, de uma saída soberana para o Oceano Pacífico.
26. Os partidos e movimentos agrupados no Foro e outros movimentos sociais temos a tarefa de empreender todas as iniciativas possíveis para que o tema da independência de Puerto Rico converta-se em ponto essencial da agenda da Organização das Nações Unidas. É inconcebível que, no século 21, persistam enclaves coloniais em nossa região e no mundo. Unimos-nos ao clamor pela libertação do prisioneiro político puertorriquenho Oscar López Rivera, mantido preso em prisões dos EUA já há mais de 31 anos, pelo único ‘delito’ de lutar pela independência de sua pátria.
27. Este Encontro deve implementar novas tarefas e um plano de ação conjunto contra o bloqueio norte-americano a Cuba e pela liberdade dos Cinco Heróis, bandeira comum de todos e todas.
28. O Foro de São Paulo expressa seu apoio ao povo da Nicarágua e a seu governo, ante a ameaça de embargo financeiro. O embargo se caracterizaria se os EUA negassem a dispensa que, todos os anos, tem de ser solicitada. A exigência opera, anualmente, como arbitrário instrumento de chantagem, que os EUA usam, quando exercem seu poder de veto nos organismos multilaterais. Os EUA insistem na pretensão de impor decisões políticas que são direito e competência exclusivos dos nicaraguenses, no exercício de sua soberania.
29. O Foro de São Paulo expressa seu apoio ao povo boliviano e a seu presidente, companheiro Evo Morales Ayma, na defesa da democracia e do processo de mudanças profundas que encabeça, com os movimentos sociais e setores populares.
30. O Foro de São Paulo expressa seu apoio e ativa solidariedade ao povo paraguaio, à Frente Guasú e à Frente pela Defesa da Democracia, e ao movimento camponês mobilizado, desconhecendo o governo de facto encabeçado pelo golpista Federico Franco. Anunciamos ações continentais a favor da democracia, do respeito à vontade popular manifesta em abril de 2008 e pela unidade e integração dos povos e governos de América Latina e Caribe.
31. O Foro de São Paulo expressa sua solidariedade com o povo haitiano, em sua luta pela recuperação da dignidade e da soberania nacional. Só a consolidação das estruturas estatais permitirá que o Haiti supere a crise pela qual passa. O êxito desse processo exige o apoio dos governos de esquerda e dos povos latino-americanos e caribenhos, assim como a retirada programado das forças estrangeiras do território haitiano. A superação da situação de crise que o Haiti vive exige nosso apoio tecnológico, humanitário e material.
32. O Foro de São Paulo expressa seu apoio ao processo de paz na Colômbia, onde continua a luta em busca de solução política para o conflito armado, que crie paz com justiça social e por um novo modelo econômico e social que garanta os direitos humanos e a proteção da natureza, e decide constituir uma comissão representativa dos movimentos e partidos políticos do Foro de São Paulo, para que, de comum acordo com os partidos e movimentos colombianos, visite o país e proponha uma agenda de estudo, contato e apoio com vistas a construir a unidade.
33. O Foro de São Paulo manifesta sua solidariedade com a Frente Ampla da Guatemala, como referência para a esquerda guatemalteca, e saúda a convicção de seus partidos integrantes – WINAQ, ANN e URNG – de continuar a trabalhar pela unidade da esquerda guatemalteca, na busca de alianças com forças democráticas e progressistas. Por isso mesmo, condena o uso da força repressiva pelo governo guatemalteco contra os setores populares.
34. O Foro de São Paulo expressa sua solidariedade com a luta do povo de Honduras, por respeito aos direitos humanos. Oferece seu total apoio à companheira Xiomara Castro De Zelaya candidata à Presidência da República de Honduras, como candidata de consenso das forças da Resistência.
35. O Foro de São Paulo expressa seu total apoio e solidariedade com a luta do povo Saharauí em defesa de sua autodeterminação, soberania e independência nacional.
36. O Foro de São Paulo expressa seu total apoio à luta pela soberania e autodeterminação da Palestina e seu ingresso à ONU, como membro de pleno direito.
37. Opomo-nos firme e rigorosamente a qualquer intervenção armada externa na Síria e no Irã. Convocamos as forças progressistas e de esquerda, a defender a paz naquela região.
38. Nos próximos meses, haverá várias eleições – em novembro de 2012, na Nicarágua, haverá eleições municipais; em fevereiro de 2013, haverá eleições gerais no Equador, onde o Presidente Rafael Correa está sendo apresentado para a reeleição. O Foro de São Paulo manifesta seu compromisso de solidariedade e total apoio.
39. O Foro de São Paulo convoca também para a luta em defesa da democracia no México. Uma vez mais, a direita mexicana recorreu à manipulação, pelos meios de comunicação, com divulgação de pesquisas viciosas, massiva compra de votos e outros tipos de fraudes que distorcem o resultado da eleição presidencial realizada dia 1º de julho. Tudo isso, para tentar impor na presidência um candidato divorciado dos melhores interesses do povo mexicano. O Foro de São Paulo declara que é indispensável que se investiguem a fundo todas as denúncias de fraude apresentadas pelos partidos progressistas.
40. A principal batalha dos próximos meses é a disputa eleitoral na Venezuela, marcada para 7/10/2012. A campanha iniciou-se com potentes mobilizações populares em apoio à candidatura de Chávez e ao seu programa. Todas as pesquisas de intenção de voto indicam clara vantagem de cerca de 20 pontos, a favor do candidato Hugo Chávez sobre o candidato da direita. A poucos meses dos comícios, a direita já dá como certa a vitória de Hugo Chávez. Por isso, a mesma direita participa do processo eleitoral, mas tentando criar condições para ignorar o resultado e o Conselho Nacional Eleitoral. Ante essa situação, o Foro de São Paulo convoca as forças progressistas e de esquerda a apoiar a democracia venezuelana e a rechaçar as tentativas de desestabilização que surjam pela direita.
41. O 18º Encontro do Foro de São Paulo conclui, convocando os povos a lutar contra o neoliberalismo e todas as guerras, a construir um mundo de paz, democracia e justiça social. Outro mundo é possível e nós, companheiros e companheiras, o estamos construindo: um mundo socialista.
Enviado por Acilino Ribeiro: p\Coordenação Nacional do MDDe p\ Direção Geral da UNIPOP BRASIL.