Ir para o conteúdo
ou

Thin logo

castorphoto

Dr. Cláudio Almeida

Tela cheia
 Feed RSS

Blog Castorphoto

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Blog dedicado à política nacional e internacional

As Águas Turvas da NESTLÉ

17 de Agosto de 2012, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda


Escrito por Carla Klein - Qui, 09 de Agosto de 2012

Enviado por Raul Longo e Leonardo Indrusiak

Artigo original em: Ensinamentos das Plêiades



 

RaulLongo

Há alguns anos, a Nestlé vem utilizando os poços de água mineral de São Lourenço para fabricar a água marca PureLife. Diversas organizações da cidade vêm combatendo a prática, por muitas razões. As águas minerais, de propriedades medicinais e baixo custo, eram um eficiente e barato tratamento médico para diversas doenças, que entrou em desuso, a partir dos anos 50, pela maciça campanha dos laboratórios farmacêuticos para vender suas fórmulas químicas através dos médicos. Mas o poder dessas águas permanece. Médicos da região, por exemplo, curam a anemia das crianças de baixa renda apenas com água ferruginosa.

 

Para fabricar a PureLife, a Nestlé, sem estudos sérios de riscos à saúde, desmineraliza a água e acrescenta sais minerais de sua patente. A desmineralização de água é proibida pela Constituição.

 

Cientistas europeus afirmam que nesse processo a Nestlé desestabiliza a água e acrescenta sais minerais para fechar a reação. Em outras palavras, a PureLife é uma água química. A Nestlé está faturando em cima de um bem comum, a água, além de o estar esgotando, por não obedecer às normas de restrição de impacto ambiental, expondo a saúde da população a riscos desconhecidos. O ritmo de bombeamento da Nestlé está acima do permitido.

 

São Lourenço

Troca de dutos na presença de fiscais é rotina. O terreno do Parque das Águas de São Lourenço está afundando devido ao comprometimento dos lençóis subterrâneos. A extração em níveis além do aceito está comprometendo os poços minerais, cujas águas têm um lento processo de formação. Dois poços já secaram. Toda a região do sul de Minas está sendo afetada, inclusive estâncias minerais de outras localidades.

 

Durante anos a Nestlé vinha operando, sem licença estadual. E finalmente obteve essa licença no início de 2004.

 

Um dos brasileiros atuantes no movimento de defesa das águas de São Lourenço, Franklin Frederick, após anos de tentativas frustradas junto ao governo e à imprensa para combater o problema, conseguiu apoio, na Suíça, para interpelar a empresa criminosa. A Igreja Reformista, a Igreja Católica, Grupos Socialistas e a ONG verde ATTAC uniram esforços contra a Nestlé, que já havia tentado a mesma prática na Suíça.

 

Em janeiro deste ano, graças ao apoio desses grupos, Franklin conseguiu interpelar pessoalmente, e em público, o presidente mundial do Grupo Nestlé. Este, irritado, respondeu que mandaria fechar imediatamente a fábrica da Nestlé em São Lourenço. No dia seguinte, no entanto, o governo de Minas (PSDB) baixou portaria regulamentando a atividade da Nestlé. Ao invés de aplicar multas, deu-lhe uma autorização, mesmo ferindo a legislação federal. Sem aproveitar o apoio internacional para o caso, apoiou uma corporação privada de histórico duvidoso.

 

Se a grande imprensa brasileira, misteriosa e sistematicamente, vem ignorando o caso, o mesmo não ocorre na Europa, onde o assunto foi publicado em jornais de vários países, além de duas matérias de meia hora na televisão. Em uma dessas matérias, o vereador Cássio Mendes, do PT de São Lourenço, envolvido na batalha contra a criminosa Nestlé, reclama que sofreu pressões do governo federal (PT), para calar a boca. Teria sido avisado de que o pessoal da Nestlé apóia o Programa Fome Zero e não está gostando do barulho em São Lourenço.

 

Diga-se também que a relação espúria da Nestlé com o Fome Zero é outro caso sinistro. A empresa, como estratégia de marketing, incentiva os consumidores a comprar seus produtos, alegando que reverte lucros para o Fome Zero. E qual é a real participação da Nestlé no programa? A contratação de agentes e, parece, também fornecendo o treinamento.

 

Sim, é a mesma famosa Nestlé, que tem sido há décadas alvo internacional de denúncias de propaganda mentirosa, enganando mães pobres e educadores, para substituir leite materno por produtos Nestlé, em um dos maiores crimes contra a humanidade.

 

São Lourenço - Vista aérea do Parque das Águas

A vendedora de leites e papinhas “substitutos” estaria envolvida com o treinamento dos agentes brasileiros do Fome Zero, recolhendo informações e gerando lucros e publicidade nas duas pontas do programa: compradores desejosos de colaborar e famintos carentes de comida e informação. Mais preocupante: o governo federal anuncia que irá alterar a legislação, permitindo a desmineralização “parcial” das águas. O que é isso? Como será regulamentado?

 

Se a Nestlé vinha bombeando água além do permitido e a fiscalização nada fez, como irão fiscalizar agora a tal desmineralização “parcial”? Além do que, “parcial” ou “integral”, a desmineralização é combatida por cientistas e pesquisadores de todo o mundo. E por que alterar a legislação em um item que apenas interessa à Nestlé? O que nós, cidadãos, ganhamos com isso?

 

É simples. Sabemos que outras empresas, como a Coca-Cola, estão no mesmo caminho da Nestlé, adquirindo terrenos em importantes áreas de fontes de água. É para essas empresas que o governo governa? Uma vergonha!

 

Carla Klein



O Cerco do Ocidente à Indústria Brasileira de Defesa

16 de Agosto de 2012, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

Publicado em 16/08/2012 no Blog do Mauro Santayana

Enviado por Beatrice

 

 

As forças militares brasileiras só dispõem de munições para uma hora de resistência, segundo declarou o general Maynard Santa Rosa a O Globo. No caso de uma situação de guerra, teríamos que contar com um grande esforço diplomático, a fim de ganhar tempo e mobilizar a Nação às pressas para a defesa do território. É certo que uma ocupação militar do Brasil por uma força invasora é quase impossível, e que teríamos condições de expulsa-la depois de imensos sacrifícios da população civil, mas com a destruição de nossos centros industriais mais importantes.

 

Guerra quer dizer tecnologia. Desde o arco e a flecha – invenção que surgiu, segundo os antropólogos, com o neolítico – os países mais poderosos são os que se mantêm na vanguarda da produção de armamentos. Preservar a paz é preparar-se para a guerra, conforme a constatação dos romanos. Seja por nossa índole, seja por desídia, ou por confiança na sorte, o Brasil talvez seja, relativamente, o país mais indefeso do mundo.

 

O país procura, agora, investir na defesa, mas está sendo muito moroso. E comete um erro crasso, o de não produzir seus próprios armamentos e petrechos de combate. Estamos desnacionalizando o pouco de indústria bélica de que dispomos, com a entrada maciça de empresas estrangeiras (entre elas, e de forma agressiva, as de Israel) no parque industrial brasileiro, mediante a aquisição de firmas nacionais ou de sua associação com nossos empreendedores.

 

No mundo inteiro, quem comanda a produção de armamentos – direta ou indiretamente – é o Estado. No Brasil, o melhor caminho deve ser o que o governo e o Congresso estão propondo, ainda que timidamente, com a criação da Amazul.

 

A cada ano, devido à Amazônia e ao Pré-sal, entre outras razões, cresce a importância de a Nação aumentar – como acontece na Europa com complexos industriais militares como a EADS, a Navantia e a Finmecannica - a participação direta do Estado na indústria brasileira de defesa, e o grau de conteúdo nacional nas encomendas que estão sendo contratadas junto a empresas estrangeiras.

 

Não se pode admitir - como ocorre com a projetada fabricação de 2.000 blindados ligeiros Guarani no município mineiro de Sete Lagoas, pela IVECO - que apenas 60% das peças utilizadas sejam fabricadas no Brasil.

 

Em caso de conflito, ou mera ameaça de confronto, entre o Brasil e qualquer país da OTAN (Europa e Estados Unidos) a produção desses tanques seria descontinuada, e não teríamos como substituir o material perdido em combate. É de se recordar o exemplo da Argentina, que ficou literalmente a ver navios – nesse, caso, britânicos – na guerra das Malvinas.

 

Por outro lado, há um verdadeiro cerco dos países geopoliticamente identificados como ocidentais à indústria bélica brasileira. Todas as empresas que desenvolveram tecnologia militar nos últimos anos tiveram o seu controle adquirido por grupos internacionais recentemente.

 

Com isso, essas multinacionais se apossaram do conhecimento desenvolvido por técnicos e engenheiros brasileiros, e agora podem decidir a seu bel-prazer, seguindo a orientação estratégica dos governos de seus países de origem, até que limite essas empresas que antes pertenciam a empresários nacionais poderão chegar, no desenvolvimento de novas tecnologias bélicas.

 

A Aeroeletrônica, empresa brasileira que há mais de duas décadas se dedica ao projeto, desenvolvimento, fabricação, manutenção e suporte logístico de produtos eletrônicos para veículos aéreos, marítimos e terrestres, e que forneceu sistemas de aviônica para o Tucano 27 e o Super Tucano, da Embraer, e para o caça ítalo-brasileiro AMX, foi adquirida, em 2001, pela ELBIT, empresa israelense criada, em 1967, sob o estímulo do Ministério da Defesa de Israel.

 

A ARES Aeroespacial e Defesa, que estava desenvolvendo a REMAX - estação de arma estabilizada servo-controlada, para metralhadoras, destinada a equipar os blindados Guarani dos quais falamos - e outros produtos, como colimadores, indicadores visuais de rampa de aproximação, sistemas óticos de pontaria para tiro indireto de morteiros, sistemas de lançamento de torpedos, e foguetes de chaff, para defesa de navios - também teve o seu controle adquirido pela ELBIT, no final de 2010, e foi rebatizada como AEL Sistemas.

 

Com isso, o REMAX, desenvolvido inicialmente por técnicos do CTEX, foi substituído pelo “UT30BR”, e o contrato para o equipamento dos blindados Guarani com essas torretas automatizadas de armamento, no valor de mais de 400 milhões de reais, foi repassado para os israelenses.

 

Apenas três meses depois, em janeiro de 2011, Israel dava mais um passo na sua estratégia de penetração na indústria bélica brasileira, com a compra da Periscópio Equipamentos Optrônicos S.A, especializada na área de defesa e sinalização aeroportuária.

 

O que causa revolta no observador mais atento, é o fato de que o retorno do baixo investimento feito por multinacionais estrangeiras para a compra dessas empresas, da ordem de algumas dezenas de milhões de reais, é líquido e certo.

 

O lucro, várias vezes maior do que os investimentos, está assegurado por encomendas já contratadas, pela Marinha, o Exército e a Força Aérea. Em muitos casos, nossas forças armadas já desenvolviam sistemas em parceria com as empresas que estão sendo desnacionalizadas quando elas ainda estavam sob controle local.

 

Empurrada pelas aquisições, a estratégia israelense no Brasil está indo de vento em popa. Em março de 2011, a AEL, controlada pela ELBIT, criou junto com a EMBRAER uma nova empresa, a HARPIA, para a fabricação de VANTS, veículos aéreos não tripulados para vigilância e ataque, do tipo utilizado pelos israelenses nos territórios palestinos e pelos norte-americanos no Paquistão e no Afeganistão.

 

Outra empresa israelense, a IAL – Israel Aircraft Industries, fabricante do míssil Rafael, fornece os aviões-robôs do mesmo tipo para o sistema de vigilância de fronteiras da Polícia Federal. Esses veículos telecomandados poderiam estar sendo desenvolvidos no Brasil, onde já existem empresas incipientes formadas por universitários para atuar nesse segmento da tecnologia aérea.

Assim, seja na área de blindados, na de aviônica, de optoeletrônica, como é o caso de periscópios, ou de aviões robóticos não tripulados, os israelenses – e, por meio deles, também seus aliados norte-americanos - podem monitorar, confortavelmente, da mesa de diretoria dessas empresas, cada passo que o Brasil dê nessas áreas.

 

Radares e helicópteros, e, agora, submarinos, são o campo de caça dos franceses, que completaram, em setembro de 2011, com o Grupo Thales, a aquisição, iniciada em 2006, de 100% do controle da brasileira OMNISYS, empresa especializada no desenvolvimento e fabricação de radares de longo alcance, sediada em São José dos Campos.

 

Em alguns casos a fabricação de armamentos é feita – sem subterfúgios ou hipocrisia – por empresas diretamente controladas por governos estrangeiros. Esse é o caso da DNCS, Direction des Constructions Navales, – que tem 75% de suas ações nas mãos do governo francês. Ela se “associou” à Odebrecht, para construir, em Itaguaí, no Rio de Janeiro, quatro submarinos da classe Scorpéne, e mais o casco do futuro submarino nuclear brasileiro – encomendados pela bagatela de 7 bilhões de dólares.

 

O mais perto que já cheguei de um submersível foi quando li 20.000 léguas submarinas, de Júlio Verne. Mas, como disse Arquimedes, referindo-se à alavanca, “dêem-me um ponto de apoio e moverei o céu e a terra”, se derem a qualquer governo de um país com um mínimo de planejamento, 7 bilhões de dólares, ele certamente construirá bela fábrica de submarinos, desde que haja tempo para contratar as pessoas certas - aqui e no estrangeiro - e adquirir os componentes adequados, sem precisar dividir o controle desse ativo estratégico com ninguém.

 

Com uma parcela desse dinheiro, o Brasil poderia montar uma completa universidade naval, formando centenas de engenheiros especialistas na construção de belonaves, entre elas, submarinos, por ano, no lugar dos 26 brasileiros que passaram alguns meses na França, em uma escola de submergíveis, por conta do acordo. Por aí se pode ver que os especialistas brasileiros formados no âmbito desse contrato milionário - negociado pelo então Ministro da Defesa Nelson Jobim - cabem todos em um micro-ônibus. Rezemos para que não aconteça um acidente.

 

Considerando-se, obviamente, que o Brasil ficou anos sem investir um centavo em armamentos, e que teve a sua indústria bélica desmantelada durante a tragédia neoliberal dos anos 1990, devido á ojeriza a qualquer coisa que se aproximasse de uma política industrial decente, compreende-se que o governo Lula esteve, nessa área, motivado por boas intenções.

 

Ocorre que a pressa não justifica a adoção de certo tipo de acordos, por parte do Brasil, principalmente quando se sabe que alguns contratos, como os assinados com os franceses, na área dos submarinos, ou com os italianos da IVECO, para a fabricação de blindados – com projeto do Exército Brasileiro - têm uma duração de 20 anos.

 

A Helibras, única fábrica latino-americana de helicópteros, é controlada, em mais de 75%, pela Eurocopter francesa, que por sua vez, pertence em 100% à EADS, com 15% das ações pertencentes ao governo francês. A EADS é um consórcio europeu, que conta com a participação, direta e indireta de outros governos, como o alemão e o espanhol.

 

Como muitos grupos de defesa multinacionais que funcionam no Brasil, a Helibras tem sido também irrigada com milionários contratos pelas Forças Armadas. É o caso da encomenda de 50 helicópteros pesados, destinados ás três forças, apesar do conteúdo nacional desses produtos ser mínimo e a da maior parte dos lucros seguir todos os anos para a Europa, infelizmente.

 

É fácil ver que o avanço dos franceses – assim como o dos outros países geopoliticamente classificados como “ocidentais” - sobre a indústria de nacional de armamento é um processo duradouro, organizado e persistente.

 

No dia 12 de junho de 2012, há menos de dois meses, portanto, a OPTOVAC Mecânica e Optoeletrônica Ltda, especializada em equipamentos de optrônica e visão noturna, e parte de um seleto grupo de pequenas e médias empresas inovadoras, assim classificadas pelo Ministério da Defesa, foi também comprada – sem qualquer oposição - pela SAGEN francesa, do grupo SAFRAN, controlado em mais de 30% pelo governo daquele país.

 

Os ingleses, naturalmente, também não poderiam ficar de fora do processo da tomada de controle de nossas empresas de defesa e das encomendas do governo. A British Aeroespace, ou BAE Systems, acaba de fornecer três navios de patrulha oceânica para a Marinha, por quase 400 milhões de reais, em uma compra de “oportunidade”. As naves estavam antes destinadas a Trinidad-Tobago.No final de 2011, essa empresa também assinou contrato – depois do necessário nihil obstat do governo norte-americano – para modernizar um primeiro lote de 150 veículos blindados sobre lagartas M-113, utilizados em transporte de tropas, avaliados em 43 milhões de dólares. O valor pode aumentar proporcionalmente, caso o processo se estenda para toda a frota brasileira desse tipo de veículos, que chega a 350 blindados.

 

Na área aeroespacial, a BAE inglesa foi selecionada para fornecer os sistemas de controle eletrônico de voo do novo jato militar de transporte KC-390 da EMBRAER, e agora, como informam meios especializados, busca “parcerias estratégicas”, para participar das licitações do Sisfron - Sistema Integrado de Fronteiras e do Sisgaaz - Sistema de Monitoramento da Amazônia Azul, avaliados em 15 bilhões de dólares.

 

Poderíamos falar aqui também dos planos e manobras da Finmeccanica, italiana, ou da Navantia, espanhola, no Brasil, ambas com participação acionária de seus respectivos governos.

 

É preferível, no entanto, lembrar a diferença entre o tratamento que damos aos grupos estrangeiros de defesa – aqui representados, ás vezes, por pessoal da reserva de nossas forças armadas que já serviu no exterior - e aquele que recebem as nossas empresas quando tentam penetrar no mercado de algum país do hemisfério norte.

 

Nos países ditos capitalistas e de suposto “livre mercado”, a compra de armamentos, e a propriedade empresas fabricantes de material bélico costumam ser tratados como assuntos estratégicos e de segurança nacional.

 

Na Europa, para comprar um projétil que seja, procura-se, primeiro, uma empresa local, depois, se a encomenda tiver de ser feita a uma empresa estrangeira, por uma questão de preço ou de escala, busca-se alguma que tenha participação acionária de algum grupo do país comprador, ou, em último caso, uma empresa que pertença a um dos enormes complexos militares controlados diretamente por governos europeus, como é o caso da EADS.

 

Os Estados Unidos são ainda mais curtos – e grossos – nesse aspecto. Para vender qualquer arma ao governo dos Estados Unidos ou às suas Forças Armadas, a empresa estrangeira terá que estar instalada nos Estados Unidos, onde obrigatoriamente deverá produzir a encomenda, e estar associada minoritariamente a uma empresa diretamente controlada por capitais norte-americanos.

 

Devido a essa postura – que deveríamos estar praticando aqui há muito tempo, se mais não fosse por uma questão de isonomia – a mera hipótese da entrada de uma empresa brasileira de tecnologia de defesa naquele mercado, como fornecedora das Forças Armadas norte-americanas, mesmo que cumprindo rigorosamente todos os requisitos a que nos referimos – acaba se transformando em uma questão nacional.

 

Foi o que descobriram os executivos da EMBRAER no ano passado quando, depois de se associar a uma parceira norte-americana, a Sierra Nevada Corporation, venceram uma licitação de menos de 400 milhões de dólares, para o fornecimento de 20 aviões ligeiros Super-Tucano para uso no Afeganistão e a concorrência foi anulada.

 

Uma campanha movida em todo o país, com o apoio de congressistas republicanos. pela Hawker Beechcraft, que tinha tido seu avião desclassificado por problemas técnicos na licitação, levou a Força Aérea norte-americana a anular a concorrência que beneficiava a Embraer.

 

Isso, apesar de que a fabricação do avião seria feita em território norte-americano e a maior parte das peças das aeronaves serem produzidas pelos Estados Unidos ou pelos seus parceiros do NAFTA.

 

Podemos imaginar o que não ocorreria no Brasil – e o escândalo que não fariam certos veículos de comunicação – caso viesse a ocorrer o mesmo por aqui, e um contrato de fornecimento de armamento norte-americano para nossas forças armadas fosse bloqueado no Congresso, devido ao pedido de uma empresa concorrente de capital 100% nacional.

 

A estratégia dos Estados Unidos e da Europa Ocidental, com relação ao Brasil, está cada vez mais clara:

 

  • - impedir o desenvolvimento de tecnologia nacional própria, com a compra de qualquer empresa que procurar desenvolvê-la;

 

  • - associar-se à empresa que não se puder comprar, oferecendo cooperação no desenvolvimento da tecnologia, com o intuito aparente de ajudar o país a queimar etapas, mas, na verdade, para impedir que qualquer avanço se faça à sua revelia, sem a sua vigilância ou participação.

 

  • - impedir que o dinheiro gasto com o reaparelhamento das Forças Armadas chegue às mãos de empresas sob controle nacional, e que esse dinheiro não seja investido para avanços de caráter tecnológico que coloquem em risco a hegemonia de suas empresas no mercado brasileiro e no exterior.

 

  • - cooptar, com associações ou contratos de representação e de “lobby”, pessoal da reserva das forças armadas, principalmente ex-adidos militares brasileiros no exterior, para vender, como uma coisa ideologicamente natural, a associação do Brasil com empresas ocidentais para a produção de armamento, de forma a impedir que a Nação recorra a outras opções.

 

  • - impedir a reunião, coordenada, de pequenas empresas brasileiras de grande potencial tecnológico, em grandes consórcios industriais militares de inspiração ou controle público, como os que existem no Ocidente, como a Lockheed Martin, ou a própria EADS.

 

  • - Diminuir, via participação na maioria dos contratos, a realização de parcerias entre empresas brasileiras de defesa de qualquer porte e empresas não ocidentais, como as existentes nos países BRICS, e, se não puder impedir a cooperação entre uma empresa brasileira de defesa e uma congênere do BRICS, estar presente acionariamente ou como participante do projeto, do lado brasileiro, para “controlar” essa aproximação.

 

  • - estabelecer, coordenadamente, via supervisão dos métodos de produção e administração e baixos índices de conteúdo nacional, um alto grau de dependência da indústria nacional de defesa com relação aos seus “parceiros” e controladores ocidentais, tornando-se capaz de paralisar as linhas de montagem de seus armamentos em nosso país, em caso de conflito, ou de potencial conflito, entre o Brasil e esses países.

 

Ao enfrentar uma situação absurda e desastrosa, com a criminosa aprovação, no Governo Fernando Henrique Cardoso de emenda constitucional que transformou, para todos os efeitos, em “brasileira” qualquer empresa instalada no Brasil - mesmo que controlada por capitais públicos ou privados estrangeiros – a Presidente Dilma tem tentado fazer o que pode, na área de defesa, embora não tenha conseguido impedir que o processo de desnacionalização tenha chegado ao ponto que chegou.

 

Temos uma legislação perversa, que faz com que o País, do ponto de vista da defesa do capital nacional, tenha que subir ao ringue com as duas mãos atadas. Somos obrigados a concorrer com empresas que contam com descarado apoio – direto e indireto – dos governos de seus países de origem.

 

As agências “reguladoras” nacionais, incluindo o CADE, não fazem nenhuma distinção entre empresas de capital nacional ou estrangeiro, até mesmo quando grandes grupos autenticamente nacionais tentam se expandir, via aquisições, no mercado internacional.

 

E, além disso, o Brasil precisa ainda enfrentar a oposição de seus inimigos internos.

 

Nesse sentido, a pior herança que nos deixaram os anos 1990, foi toda uma geração de presumidos formadores de opinião que insistem em ser mais realistas que o rei, e mais neoliberais do que os executivos de Wall Street, na defesa do entreguismo e da capitulação da Nação.

 

E isso em um mundo em que os países que mais intervêm na economia são justamente os que mais crescem, como é o caso da China, e em que os países mais poderosos são justamente os mais nacionalistas, como é o caso da própria China, dos Estados Unidos, da Alemanha e do Japão.

 

É nesse Brasil absurdo que alguns industriais defendem a elite paraguaia, que só nos manda armas e drogas e o mais maciço e rasteiro contrabando. É essa mesma gente que insiste que estreitar a “parceria” com os Estados Unidos - com quem temos mais de 5 bilhões de dólares de prejuízo no comércio exterior - enquanto ataca duramente a entrada da Venezuela - que nos compra quase 5 bilhões de dólares em alimentos e manufaturados com um superávit brasileiro de mais de 3 bilhões e 200 milhões de dólares - no MERCOSUL.

 

E o pior é que ninguém pergunta aos milhares de trabalhadores, empreendedores, pecuaristas, agricultores e empresários brasileiros que produziram e venderam esses 7 bilhões de reais aos venezuelanos em 2011 o que eles pensam sobre o assunto.

 

Voltando à questão do cerco ocidental à indústria bélica, a entrada do BNDES no capital da AVIBRAS, no final do governo Lula, ao permitir que essa empresa honrasse a entrega de importante pedido ao Governo da Malásia, e a encomenda de um sistema ASTROS 2020 para os fuzileiros navais, apontam para a direção correta.

 

A criação da AMAZUL – Amazônia Azul Tecnologias e Defesa, aprovada por uma Comissão Especial da Câmara dos Deputados no dia 30 de maio, para cuidar da produção do propulsor nuclear que irá equipar o futuro submarino nuclear brasileiro, também foi um passo fundamental para a independência do Brasil na área de defesa. Isso, embora já se organize a resistência de conhecidos grupos a fim de sabotar a empresa.

 

A AMAZUL, uma estatal, que não poderá ser vendida a nenhum grupo estrangeiro, poderá representar – se houver decisão política nesse sentido por parte do governo – um divisor de águas na política brasileira de defesa.

 

Ela poderá ser – e o Brasil precisa disso - a primeira de grandes empresas cem por cento nacionais, destinadas à produção de armamento. E se transformar no embrião de um grande estaleiro estatal, acoplado a uma importante escola de engenharia naval, para a Marinha, além de constituir exemplo para a criação de uma empresa desse porte também para a força terrestre.

 

Com complexos industriais desse nível, o Brasil estaria pronto para estabelecer parcerias com as grandes empresas estatais dos países BRICS, para desenvolver, ainda nas próximas décadas, toda uma nova geração de armamentos.

 

A cooperação de empresas brasileiras como a que está em curso entre a Mectron e a DENEL sul-africana para a construção de um míssil A-Darter pode quebrar um pouco da antipatia que ainda existe com relação à cooperação com a Rússia, a Índia e a China, os outros BRICS, no desenvolvimento de material de defesa.

 

Não se trata de recusar a tecnologia ocidental, mas sim de impedir que se tome de assalto o nosso sistema de produção de armamentos. Além disso, a subordinação do Brasil às empresas norte-americanas, européias e israelenses nos fechará o mercado de boa parte do mundo – como os próprios países árabes – que não são simpáticos a Israel ou aos Estados Unidos. Ou os próprios BRICS, com quem teremos que cooperar, caso não queiramos colocar os nossos ovos – ou nossas empresas de armamento – em uma só cesta.

 

Não podemos correr o risco de ficar desarmados e inermes frente a eventuais inimigos, por cooperar só com um lado do mundo, e com empresas que estão todas, política e corporativamente, ligadas entre si, até do ponto de vista acionário.

 

O Governo Federal está preparando novas medidas para a área bélica, que incluem maiores incentivos fiscais e de crédito para empresas que estejam baixo controle teoricamente brasileiro.

 

Com a aprovação, em, março, da Lei 12.958, grupos que atuam na área de infraestrutura e construção civil, como a Odebrecht (já associada à EADS), OAS, Engevix,Queiroz Galvão, Camargo Correa e Synergy, além da própria Embraer, terão vantagens tributárias e condições especiais de crédito para participar de licitações na área de defesa.

 

O problema é que todos esses grupos estão negociando a participação de empresas estrangeiras, todas dos Estados Unidos ou da Europa, na composição dessas novas empresas, em troca de “tecnologia”.

 

Estamos partindo do pressuposto de que a única maneira de ter acesso a tecnologia na indústria bélica mundial é se associar - minoritariamente, na maioria das vezes - a um parceiro mais forte, e, ainda por cima estrangeiro.

 

Essa é uma premissa absolutamente falsa, para não usar palavra mais forte. Com dinheiro e decisão política, qualquer um vai atrás da tecnologia, pesquisa planos, copia projetos, contrata especialistas, entre os milhares de engenheiros e cientistas estrangeiros que estão desempregados por causa da crise na Europa e nos Estados Unidos.

 

Ou associa-se, em igualdade de condições, com países que desenvolveram de forma autônoma a sua própria indústria de defesa, como a China e a Rússia, sem depender de associações desse tipo com os países ocidentais.

 

No entanto, no lugar de aproveitar a janela de oportunidade aberta pela crise para nos apropriarmos de pessoal especializado e da tecnologia que está disponível lá fora sem abrirmos mão de controlar, sozinhos, uma área que é estratégica para o país, o que estamos fazendo, e com financiamento público e benefícios fiscais ?

 

Aprofundando a nossa dependência do Ocidente, a longo prazo, e, como já acontece nas telecomunicações, por exemplo, usando o dinheiro do BNDES para a expansão e o fortalecimento em território nacional de empresas estrangeiras – “associadas” ou não a grupos nacionais – que em última instância não tem, e nunca terão, o menor compromisso estratégico com o Brasil.

 

Como lembra a fábula de Jean de La Fontaine, - ou a “joint venture” do porco com a galinha para vender ovos com bacon - não existe pacto possível entre lobos e cordeiros. Em uma associação de uma construtora brasileira e um grande grupo multinacional de defesa, com eventual participação estatal, ou “golden share”, do governo de seu país de origem, não seremos nós os lobos, e eles os cordeiros.

 

Essas “joint ventures”, se vierem a acontecer, para o fornecimento, sem garantia de 100% de conteúdo nacional e de 100% de controle brasileiro, de armamentos que levam décadas para ser desenvolvidos e produzidos, equivalerão à entrega e capitulação de nossa indústria bélica, agora e no futuro, à Europa e aos Estados Unidos, e o Governo Dilma Rousseff, por pressão, pressa ou ingenuidade, será responsabilizado perante a história se prosseguir nesse caminho.

 

Crédito e condições fiscais especiais devem ser entregues apenas a empresas que tenham 100% de capital nacional, com cláusulas que assegurem, se necessário, a intervenção soberana do Governo e impeçam a sua venda, como já aconteceu no passado e continua acontecendo agora, a capitais estrangeiros.

 

Tecnologia compra-se lá fora, quando existe dinheiro, sem ser preciso entregar uma única ação aos concorrentes. Além disso, a presença de empresas da Europa e dos Estados Unidos na composição acionária das futuras “superbélicas” “nacionais” irá impedir que essas empresas possam comprar tecnologia dos nossos parceiros nos BRICS, como a Rússia, a China e a Índia, caso não haja interesse de países como a França ou a Itália em fornecê-la.

 

É preciso romper o cerco ocidental à indústria brasileira de defesa. Estamos assinando acordos que equivalem a entregar a alma ao diabo, sem nenhuma garantia de que não iremos depender de peças ou de decisões estrangeiras para a fabricação das armas que teriam que nos proteger no futuro.



RodapéNews - Edição de Sexta-Feira, 17/08/2012

16 de Agosto de 2012, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda
(informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto, associando os fatos)

De: Paulo Dantas 
 
COM O MENSALÃO, ENTRE OUTRAS  CONSTATAÇÕES: JOAQUIM BARBOSA E ROBERTO  GURGEL NÃO TÊM ESTOFO PARA OCUPAR SEUS CARGOS ATUAIS
 
[Em maio de 2003, a indicação de Joaquim Benedito Barbosa Gomes para ministro do Supremo, pelo então presidente Lula, foi precedida de uma polêmica. Anos antes, Barbosa tinha sido acusado de  agredir sua ex-mulher, que registrou queixa em delegacia, por causa da disputa pela guarda do filho único. Superada a polêmica e por preencher os requisitos definidos por Lula, que queria um negro, de origem humilde e com boa formação acadêmica no Supremo, Barbosa foi aprovado pelo Senado. Porém, sua conduta como ministro, sem adotar um postura republicana e com inúmeros encaminhamentos equivocados e atuando com parcialidade no jugamento do mensalão, é sofrível e condenável, mostrando que sua indicação por Lula foi infeliz. 
Escolha igualmente infeliz, feita também por Lula, ocorreu com a indicação de Roberto Gurgel para o cargo de procurador-geral da República]
 
SUPREMO DESENTENDIMENTO: BARBOSA AMEAÇA ABANDONAR  JULGAMENTO, QUE PODE SER TRANSFORMAR NUMA BABEL
 
CartaMaior
Barbosa ameaça deixar corte antes do fim do julgamento
O ministro relator da ação penal 470, Joaquim Barbosa, ameaçou abandonar a corte antes do término do julgamento, caso os ministros não adotem a metodologia de votação em blocos, proposta por ele.
O ministro revisor, Ricardo Lewandowiski, reagiu e defendeu a votação integral por cada ministro.
Para colocar fim ao impasse, o presidente da Corte, Ayres Brito, sugeriu que cada um vote como quiser. E a maioria concordou. “Será uma Babel”, avaliou o ministro Marco Aurélio de Mello.
Brasília - O ministro relator da ação penal 470, Joaquim Barbosa, ameaçou abandonar a corte antes do término do julgamento do mensalão, caso os ministros não adotem a metodologia de votação em blocos, proposta por ele. Barbosa não deixou claro, entretanto, se o motivo seria seu conhecido problema de saúde ou suas divergências com os demais colegas, especialmente com o ministro revisor do processo, Ricardo Lewandowyski. “Advirto que corremos o risco de não ter o relator até o final”, afirmou, no calor da discussão. 
O impasse que dividiu a corte começou quando Barbosa, ao dar início ao seu voto, informou que iria estruturá-lo em oito blocos, tal como consta na denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF). Entretanto, ao invés de lê-lo na integralidade, como é prática da corte, propôs que, ao final de cada bloco, o ministro revisor também proferisse seu voto, seguido pelos demais, mas restringindo-se apenas aos réus e crimes abordados naquela etapa. 
Lewandowyski reagiu imediatamente. Segundo ele, a metodologia proposta afronta o devido processo legal previsto no regimento interno do Supremo Tribunal Federal (STF), que obriga cada ministro a apresentar seu voto na integralidade. “Não há nenhuma menção ao fatiamento”, rebateu. Ele argumentou também que trabalhou arduamente no seu voto, sempre com a perspectiva de fazê-lo na integralidade. “Eu analisei a conduta de cada réu, de forma a individualizar as condutas, como manda a constituição”, argumentou
 
Estadão
O defensor que dobrou o Supremo
O defensor-geral da União, Haman Córdova, fez o que nem o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos conseguiu: convenceu os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal a desmembrar o processo e a mandar o caso de seu cliente, Carlos Alberto Quaglia, para ser julgado em primeira instância.
Argumentou que falhas impediram o réu de se defender no processo
 
Folha - jornal impresso
Ministro critica tentativa de apressar o julgamento
Mello diz que relator, "o todo-poderoso" Joaquim Barbosa, precisa observar regras
 
TM / Sem Fronteiras - 17/08/2012

Supremo Tribunal vai mudar e João Paulo Cunha terá julgamento concluído na segunda feira

Ontem, por uma questão metodológica sobre o voto do relator Joaquim Barbosa, o revisor Lewandoviski falou em grave violação à garantia constitucional do devido processo legal, a gerar, evidentemente, nulidade atacável por habeas corpus. E, até, poderá gerar reclamo para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos provocar a Corte Interamericana da OEA.

Nesse clima e ainda ontem, os advogados enviaram um representante à tribuna do Supremo para avisar que estão perplexos com a falta de unidade no julgamento

http://terramagazine.terra.com.br/semfronteiras/blog/2012/08/17/supremo-tribunal-vai-mudar-e-joao-paulo-cunha-tera-julgamento-concluido-na-segunda-feira/

 

Valor - 17/08/2012

Ação Penal 470 é recordista em provocar discussões ríspidas no plenário da Corte

O mensalão é o processo que levou a um recorde de discussões tensas entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Desde 2005, sempre que o caso entra em pauta, surgem desentendimentos e debates ríspidos entre os integrantes da Corte.
Até o início do julgamento, neste ano, o maior dos embates foi o ocorrido em outubro de 2005, quando os ministros discutiram se a Câmara dos Deputados poderia julgar José Dirceu por quebra de decoro parlamentar. O debate era aparentemente simples: Dirceu teria cometido crimes quando ocupava a chefia da Casa Civil, e não quando deputado. Logo, seria possível julgar um deputado por quebra de decoro no Parlamento por causa de supostos crimes praticados quando era ministro de Estado?
Quando já havia maioria contra Dirceu, o então ministro Nelson Jobim começou a fazer duras advertências aos demais ministros. Ele afirmou que a decisão "retomou o processo de degola com relação ao Executivo" e que o STF estava abrindo espaço para que o Congresso iniciasse cassações até de ministros do próprio Supremo. Gilmar Mendes riu da advertência de Jobim, fazendo pouco caso da previsão dele e dizendo que não seria correta. "Você não perde por esperar", contra-atacou Jobim, sustentando sua posição

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/8/17/acao-penal-470-e-recordista-em-provocar-discussoes-rispidas-no-plenario-da-corte

 

Valor - 17/08/2012

Julgamento abala clima cordial entre os ministros

A votação do processo do mensalão vem trazendo à tona um lado inesperado do Supremo Tribunal Federal (STF). Normalmente alheios a discursos ríspidos e elevações de tom de voz, que caracterizam o Parlamento, os ministros estão travando intensos embates nas sessões e a expectativa é a de que o ambiente cordial da Corte seja rompido por novas divisões em seus votos

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/8/17/acao-penal-470-e-recordista-em-provocar-discussoes-rispidas-no-plenario-da-corte

 

Folha - 06/08/2012
Impressão preliminar - Barbosa e Gurgel não comprovam compra de votos pelo PT- Artigo de Janio de Freitas
As 50 horas de acompanhamento (sem cochilos) das sessões do Supremo Tribunal Federal não mudaram, a meu ver, o que me parece ser um aspecto crucial do caso: a falta de comprovação da alegada finalidade de compra de votos na Câmara, pelo PT
 
Estadão
Voto de Joaquim Barbosa 'é um absurdo', afirma defesa de João Paulo
O advogado Alberto Zacharias Toron, que defende o deputado federal petista, afirma que o relator do caso do mensalão no Supremo Tribunal Federal 'inverteu as coisas' e 'criou paralelos falsos'
 
Estadão
Em 'defesa relâmpago', advogado de ex-ministro diz que denúncia é 'falida'
Contraditório. Utilizando apenas 24 minutos da uma hora a que tinha direito, advogado do ex-titular dos Transportes Anderson Adauto afirma que Procuradoria-Geral da República não conseguiu comprovar a lavagem de dinheiro nos repasses do valerioduto
 
Agência Brasil
Joaquim Barbosa se indispõe com advogados e ministros do STF após acusação de parcialidade no mensalão
Brasília – O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), criticou duramente advogados que o acusaram de atuar com parcialidade na condução da ação penal. O ministro também se indispôs com os próprios colegas, que não acataram a proposta de retaliação a esses advogados sugerida por ele
 
iG
OAB reage a críticas de ministro do STF durante julgamento do mensalão
O presidente da OAB, Ophir Cavalcante, reagiu a pedido feito pelo ministro Joaquim Barbosa, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), para que a corte encaminhasse uma denúncia à Ordem dos Advogados do Brasil a respeito de supostas ofensas que teriam sido feitas a ele por três defensores em suas alegações finais. "No exercício da defesa, o advogado atuou conforme determina sua consciência. Diante dos fatos, é lamentável essa reação do ministro Joaquim  Barbosa. Não houve ofensa pessoal. Se o advogado for calado, é a cidadania que é calada. Não se pode restringir o exercício da ampla defesa", comentou Cavalcante
 
JB
STF nega preliminar de Joaquim Barbosa para punir advogados que pediram seu impedimento
O ministro-relator da ação penal do mensalão, Joaquim Barbosa, não conseguiu que seus pares apoiassem a sua proposta de enviar à Ordem dos Advogados do Brasil ofício para que fossem eventualmente punidos os advogados dos réus Enivaldo Quadrado e Breno Fischberg, que, nas suas alegações finais, pediram o “impedimento” do relator, sob o argumento de ter ele agido “de forma parcial, proferindo decisões com objetivos midiáticos”
 
Terra
Ministros rejeitam inclusão de Lula como réu no mensalão

Em mais uma questão preliminar apresentada pelo relator Joaquim Barbosa, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitaram a inclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como réu no processo do mensalão. A questão já havia sido definida em decisões anteriores, mas foi ratificada em plenário nesta quarta-feira

 
Estadão
STF mantém Barbosa como relator do mensalão
O Supremo Tribunal Federal decidiu mais uma vez pela manutenção de Joaquim Barbosa como relator do processo do mensalão, recusando declarações de impedimento ou parcialidade suscitadas por advogados.
Foi rejeitado, porém, pedido de Barbosa para que a corte denunciasse à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre supostas ofensas que teriam sido feitas a ele por três defensores em suas alegações finais
 
CA
DEM e PSDB põem STF sob suspeita
Mensalão põe em xeque confiança no Poder Judiciário, diz oposição
 
CPI DA VEJA / CACHOEIRA
 
DEPOIMENTOS MARCADOS DE PAULO PRETO, PAGOT, CAVENDISH & ADIR ASSAD
 
Estadão
CPI tenta ouvir dono da Delta e ex-chefes do Dnit e da Dersa
Na tentativa de dividir holofotes com o julgamento do mensalão, a CPI do Cachoeira marcou para a última semana de agosto o depoimento de quatro personagens polêmicos: Luiz Antonio Pagot, ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit); Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, ex-dirigente da Dersa no governo do PSDB em São Paulo; Fernando Cavendish, principal acionista da Delta Construções, e Adir Assad, dono da Rock Star, empresa com sede em São Paulo que recebeu recursos da Delta
 
ACN
Parlamentares divergem sobre foco de investigação na Delta
Integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira divergiram sobre colocar ou não a Delta Construções S.A. como centro das investigações. A Delta é a construtora campeã de contratos do governo federal no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Durante depoimento ontem, a empresária Roseli Pantoja convenceu os parlamentares de que teve seu nome usado sem sua autorização para criação de empresas de fachada. Já deputados e senadores qualificaram o contraventor Carlos Cachoeira de “sócio ultraminoritário da organização criminosa”.
 
Mais notícias sobre a CPI da Veja/Cachoeira
 
GREVE DOS SERVIDORES FEDERAIS CONTINUA
 
Viomundo

Celso Vicenzi: A greve e a desinformação jornalística

Governo deu mais de R$ 150 bi em isenções fiscais em dois anos, diz articulista; segundo ele, mídia não contextualiza informações sobre a greve

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/celso-vicenzi-a-greve-e-a-desinformacao-jornalistica.html

 

G1
Greve nas federais faz 3 meses com impasse entre governo e professores
Sindicatos pedem reabertura das negociações sobre salário e carreira. 
Governo diz que conversas acabaram e pressiona por volta às aulas
 
CANDIDATOS A PREFEITO DE SÃO PAULO
 
RACHA NO PSDB
Folha
Dirigentes do PSDB rompem com Serra e anunciam apoio a Chalita
Dirigentes do diretório zonal do PSDB do Jabaquara romperam com o candidato do partido à Prefeitura de São Paulo, José Serra, e anunciaram, na tarde desta quinta-feira (16), apoio ao adversário Gabriel Chalita (PMDB)
 
PESQUISA IBOPE: LUZ AMARELA PARA SERRA, HADDAD SOBE E RUSSOMANO VENCERIA EVENTUAL 2º TURNO
Terra
Ibope: Russomanno empata com Serra e venceria no 2º turno

Os candidatos à prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (PRB) e José Serra (PSDB) aparecem rigorosamente empatados com 26%, segundo pesquisa de opinião de votos divulgada pelo instituto Ibope nesta quinta-feira. A pesquisa encomendada pela Rede Globo e pelo jornal O Estado de São Paulo ainda aponta que Russomanno ganharia de Serra em um eventual 2º turno por 7 pontos de vantagens, com 42% para o candidato do PRB contra 35% para o tucano.

O Ibope também apontou um aumento de 3 pontos percentuais para o candidato do PT, Fernando Haddad, que passou de 6% para 9%, figurando na terceira colocação. Soninha Francine, Gabriel Chalita (PMDB) e Paulinho da Força aparecem empatados na quarta posição com 5%.

A pesquisa ainda confirmou o índice de rejeição de José Serra na cidade de São Paulo, com 37%, seguido de Paulinho da Força (PDT) e Soninha Francine (PPS) com 14%.

Carlos Giannazi (Psol) e Ana Luiza Figueiredo (PSTU) tiveram um ponto percentual. José Maria Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB), Miguel Manso (PPL) e Anaí Caproni (PCO), não pontuaram.

Votos brancos e nulos somam 12%, indecisos também somam 12%. A margem de erro e de pontos percentuais para mais ou para menos. O Ibope ouviu 805 entrevistados, entre os dias 13 e 15 de agosto. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), sob o número 00311/2012

 
Estadão
Haddad atribui crescimento na pesquisa Ibope à 'militância do PT'
Candidato petista subiu de 6% para 9% das intenções de voto e ocupa o 3º lugar
 
NA SABATINA DA FOLHA, SONINHA FRANCINE (PPS) DEFENDE PEDÁGIO URBANO E VENDA DE MACONHA EM BARES E DIZ QUE HÁ COMPRA DE VEREADORES
ASP / Folha
Soninha defende pedágio urbano e maconha em bares
A candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, defendeu ontem, na sabatina do jornal "Folha de S.Paulo" e do UOL, a realização de um plebiscito sobre a adoção do pedágio urbano no centro da cidade. Além da restrição ao tráfego de automóveis, ela defendeu a liberação da venda de maconha em bares.
Afirmou também que há compra de voto de vereadores.
Leia os principais trechos da entrevista
 
Estadão
Câmara de SP tem compra de voto, diz Soninha
 
HADDAD CRITICA SERRA E DIZ QUE GESTÃO KASSAB É CORRUPTA
Estadão
Haddad critica Serra por índice da rede municipal
O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, usou o resultado abaixo da meta da rede municipal de ensino no Ideb como munição contra o candidato tucano, José Serra, e seu vice, Alexandre Schneider (PSD), ex-secretário de Educação de Gilberto Kassab (PSD).
A solução apontada pelo petista para melhorar a educação municipal e superar a meta do Ideb até 2013 é a mesma que tem apresentado para os setores de transporte, moradia e saúde: mais parcerias com o governo federal. Haddad prometeu trazer os programas Universidade Aberta do Brasil, que oferece cursos de pós-graduação a professores da rede pública, e o Mais Educação, para instituir o ensino integral nas escolas com pior desempenho
 
Estadão
Haddad afirma haver corrupção na gestão Kassab
Declaração ocorre após Serra citar em evento escândalo do mensalão, dizendo que não precisa 'responder pela sua honra junto ao Supremo'
 
EXTINÇAO DO TCM
Estadão
Gianazzi propõe extinguir Tribunal de Contas de SP
Com repertório recheado de críticas ao que chamou de "a velha política", o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Carlos Gianazzi, afirmou durante entrevista ao Grupo Estado, nesta quinta (16), que pretende extinguir o Tribunal de Contas do Município (TCM), caso seja eleito no pleito de outubro deste ano. Para ele, o órgão representa "uma herança maldita do regime militar". "Vamos extinguir o TCM, que consome mais de R$ 230 milhões dos cofres públicos por ano. É um cabide de emprego (com as indicações dos conselheiros pela Prefeitura). A cidade toda lutando contra a especulação imobiliária e vai lá o (prefeito Gilberto) Kassab e indica o Domingos Dissei, um empreiteiro, para o cargo", criticou
 
SERRA DIZ QUE SITUAÇÃO DE TRÂNSITO É CRÍTICA EM SP, EMBORA USE HELICÓPTERO
Estadão
Serra defende política de trânsito e depois usa helicóptero
Minutos antes de deixar uma agenda de campanha a bordo de um helicóptero, o candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, afirmou ontem que a questão do transporte na capital é "crítica" e disse que o trânsito "não piorou, mas também não melhorou" desde 2005, quando assumiu a Prefeitura.
O tucano é o único dos 12 candidatos a prefeito que usa um helicóptero para se locomover pela cidade e cumprir a agenda de candidato
 
OUTRAS NOTÍCIAS DE SP
 
MAIOR DESMATAMENTO DA HISTÓRIA DA MATA ATLÂNTICA SERÁ PROMOVIDO PELA GESTÃO ALCKMIN
Estadão
"Será o maior desmatamento da história", diz prefeitura
A Prefeitura de São Sebastião classifica a construção do Contorno Sul como o "maior desmatamento da história" na Mata Atlântica do litoral norte e afirma que a licença emitida para a construção das pistas obedeceu a critérios "mais econômicos do que ambientais", segundo afirma o secretário do Meio Ambiente da cidade, Eduardo Hipólito Rego.
A área total a ser desmatada chega a 370 mil metros quadrados - espaço equivalente ao dos Parques da Independência e da Aclimação, ambos na zona sul da capital, juntos. Para o secretário, há duas questões "graves" que deveriam ser mais analisadas, sendo a primeira o próprio desmatamento. "A região afetada tem locais de Mata Atlântica nativa preservados, cachoeiras, nascentes. A área de Caraguatatuba é mais plana, mas em São Sebastião será preciso fazer cortes na serra, algo irreparável", afirma. Nessa área, ainda segundo o secretário, há pastos e moradias
 
VEREADORES PAULISTANOS SINTONIZADOS COM KASSAB E LOBBY IMOBILIÁRIO NA VERTICALIZAÇÃO DA CIDADE
Estadão
Plano libera mais prédios em bairros já saturados de SP
A pedido do prefeito Kassab, novas regras foram embutidas de última hora em projeto que já tem apoio de 24 dos 55 vereadores
 
CAMPANHA PARA PREFEITO DE RIO PRETO (SP)
 
NO TAPETÃO & SEM TRANSPARÊNCIA
Diário da Região
Prefeito aciona Rillo por uso de artistas na rua
O juiz da 267ª Zona Eleitoral, Antonio Carlos Táfari, deve analisar a representação hoje.
Por meio de nota, Joõ Paulo Rillo, deputado estadula (PT-SP) e candidato a prefeito de Rio Preto, disse que Valdomiro “tenta ganhar as eleições no tapetão, sem debates e sem transparência.”
 
CORRUPÇÃO NA GESTÃO DE VALDOMIRO LOPES (PSB), PREFEITO DE RIO PRETO
Diário da Região
Justiça nega liminar para quebrar sigilo de Tavolaro
O juiz da 2ª Vara da Fazenda, Luís Guilherme Pião, negou pedido de liminar para a quebra dos sigilos fiscal e bancário do ex-procurador-geral do município Luiz Tavolaro. O Ministério Público investiga suposto ato de improbidade praticado por Tavolaro no cargo público. Segundo o MP, Tavolaro teria ganho de “presente” uma mansão no condomínio Damha 3 no valor de R$ 780 mil. Desse total, R$ 680 mil foram pagos em dinheiro vivo, segundo confirmou o vendedor da casa. 
O promotor de Justiça Sérgio Clementino investiga se Tavolaro ganhou a residência da empresa Constroeste, em troca do contrato para coleta e destinação do lixo de Rio Preto. Apesar de admitir indícios de improbidade com base na documentação existente no município, Pião concluiu que não existe risco de prescrição para aplicação da lei, caso seja comprovada a irregularidade
 
 
EDUCAÇÃO EM SP
 
AVALIAÇÃO DAS ESCOLAS PÚBLICAS
ASP
Piores escolas públicas de SP sofrem com a falta de professores
As escolas públicas de São Paulo com pior desempenho no ensino fundamental no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) em 2011 sofrem com a falta de professores, dizem pais e alunos
 
ENTULHOS NA VOLTA ÁS AULAS
ASP
Estudantes voltam às aulas com colégio cheio de entulho
Os alunos da Escola Estadual Ana Siqueira da Silva, no Jaraguá (zona norte), voltaram de férias no início do mês e encontraram montes de entulho espalhados para todos os cantos do colégio, corredores sem piso e muita poeira.
A reforma do prédio, que deveria estar pronta no primeiro semestre, não foi concluída. A obra, avaliada em R$ 599 mil, começou em novembro de 2011
 
ONDA DE VIOLÊNCIA EM SP
 
JORNALÕES PRIORIZAM A VERSÃO OFICIAL DOS CONFLITOS E INCENTIVAM MILITARIZAÇÃO DO COTIDIANO
CartaMaior
Cobertura da onda de violência em São Paulo evidencia preconceitos da mídia
Cobertura de Folha e Estadão em geral prioriza a versão oficial dos conflitos, destacando sempre os supostos vínculos entre o tráfico de drogas e os mortos pela polícia.
Os jovens da periferia assassinados aparecem sem rostos e muitas vezes sem nomes.
Para o professor da PUC-SP Silvio Mieli, mídia incentiva a cultura da "militarização do cotidiano", herança da ditadura militar
 
SARGENTO DA PM SERIA CHEFE DE QUADRILHA
JR
Vídeo: Sargento da Polícia Militar é acusado de ser chefe de quadrilha de tráfico de drogas
A Polícia Federal procura o membro da Polícia Militar de São Paulo, que seria o responsável pela articulação de uma quadrilha de tráfico internacional de drogas. A cocaína saía do País pelo porto de Paranaguá, no Paraná. Saiba todos os detalhes na reportagem!
 
SAIDINHA DE BANCO EM ASCENSÃO
JT
Saidinha de banco volta a assustar paulistano
Em três semanas, pelo menos 43 pessoas foram alvo do crime conhecido como saidinha de banco em São Paulo. O número pode ser maior, pois muitas pessoas não chegam a registrar a queixa na polícia quando não são agredidas pelo ladrão. O levantamento obtido pelo JT compreende ataques ocorridos entre 15 de julho e 3 de agosto. No período, um policial civil e uma comerciante foram assassinados pelos criminosos
 
INTERNACIONAL
 
SUSPENSÃO DO PARAGUAI NO MERCOSUL
Viomundo

Dr. Rosinha: Batalha de Acosta Ñú e Dia da Criança no Paraguai

O massacre de Acosta-Ñu e o golpe de Estado recente que a direita aplicou no Paraguai, me deixam indignado.
 Não menos indignado também me deixa o populismo, o oportunismo e a má-fé da direita brasileira.
O dia da batalha de Acosta-Ñu, 16 de agosto, é hoje o Dia da Criança no Paraguai
 
ASILO POLÍTICO
CartaMaior
Equador rechaça ameaças e concede asilo a Assange
O governo do Equador anunciou oficialmente na manhã desta quinta-feira, por meio de um comunicado do ministro de Relações Exteriores, Ricardo Patiño, que aceitou o pedido de asilo apresentado pelo fundador do Wikileaks, Julian Assange. Além disso, reafirmou que as ameaças do governo britânico de invadir a embaixada equatoriana em Londres para prender o ativista australiano são inaceitáveis
 
CULTURA: 22ª BIENAL DO LIVRO EM SP VAI ATÉ DOMINGO, 19/08
Uol
Bienal do Livro oferece diversas atrações até domingo (19)
A 22ª Bienal do Livro reúne diversas atrações para os visitantes como livros infantis, e-books e livros em miniatura.
O evento vai até o próximo domingo (19), no Pavilhão de Exposições do Anhembi e funciona das 10h às 22h
 
Folha
Bienal do Livro de São Paulo está morrendo, diz editor em carta
O debate em torno do esgotamento do modelo da Bienal Internacional do Livro de São Paulo levou, ontem, o editor João Scortecci, que por quatro gestões bianuais participou da diretoria da Câmara Brasileira do Livro (CBL), a distribuir uma carta com questionamentos aos cerca de 400 expositores do evento, que termina neste domingo, no Anhembi.
"A Bienal do Livro de São Paulo como ela é está morrendo", escreveu. "O modelo não funciona mais e precisa de mudanças (...). O assunto está na mídia e nos corredores da feira. A insatisfação é geral."
Scortecci questiona, entre outras coisas, o preço do estacionamento (R$ 30) e do ingresso (R$12), desrespeitos ao regulamento ("Chegamos ao ponto de presenciar uma bateria bem na hora de uma contação de histórias para os pequenos") e o fato de a organização não ter previsto que o Dia dos Pais esvaziaria o evento no último domingo --os finais de semana são tradicionalmente os dias mais cheios das bienais
 
ESPORTES
 
TROCA-TROCA DE TÉCNICOS NÃO RESOLVE PROBLEMA DO OUTRORA ORGANIZADO SPFC
Folha
Ney Franco tem pior início de técnico após era Muricy
Ney Franco tem o pior início de um técnico no São Paulo desde a queda de Muricy Ramalho, no meio de 2009.
 partir de então, outros cinco treinadores se sentaram no banco do time, todos com aproveitamento melhor do que o do atual comandante nos dez primeiros jogos.  Franco assumiu o clube no dia 9 de julho e já dirigiu o São Paulo em nove partidas do Brasileiro, além do confronto de ida contra o Bahia pela Copa Sul-Americana
 
MELHORES MOMENTOS DOS JOGOS DA ÚLTIMA RODADA DO BRASILEIRÃO
G1
Escolha o vídeo de sua preferência
 
LEILÃO DE ESTÁDIO
Diário da Região
Justiça impede leilão do Teixeirão, do América de Rio Preto (SP)
O Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região acatou o pedido da diretoria do América e decidiu que o estádio Teixeirão é impenhorável. Com a decisão do desembargador federal Carlos Muta, do TRF, o leilão deve ser anulado. O leilão está marcado para o próximo dia 11 de setembro (não havendo interessados, a segunda praça será no dia 25 de setembro). No entanto, a União ainda pode recorrer
 


Os Modelos Econômicos Chineses

16 de Agosto de 2012, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

Coluna Econômica - 17/08/2012

 

No próximo mês de outubro o 18o Congresso do Partido Comunista Chinês. Nele, serão eleitos sete dos nove membros que compõem o comitê permanente do Politburo - conforme explica Ricardo Bacelette no trabalho "Eleições na China em 2012: reflexos nas mudanças sócio econômicas", publicado na revista do IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas).


O fortalecimento das lideranças provinciais


Há dois órgãos de poder na China: o Comitê Permanente, composto por 25 membros; e o Politburo, com 9 membros. Em 1992, dos 25 membros do Comitê Central, 50% possuíam experiência em liderança provincial. Em 2007, 76,6%. Atualmente, dos 9 membros do Politburo, 8 exerceram liderança provincial.


Esse aumento de influência das províncias é reflexo das políticas adotadas pela China a partir de 1993. Os governos provinciais ganharam autonomia e, em meados da década de 1990 foi lançado o programa Grande Desenvolvimento Ocidental, destinado a desenvolver o oeste da China.


Hoje, na China, convivem dois modelos


O modelo globalizado


O modelo globalizado é representado pela província de Guandong e seu líder Wang Yan. É umbilicalmente ligada ao modelo global de produção, como "oficina do mundo".


Wang concedeu relativa liberdade à imprensa e tem estimulado a organização sindical. Em 2010 houve greve dos trabalhadores contra as multinacionais, que permitiu ganhos de salário de 30 a 40%. A greve foi apoiada por Wang.


Apesar do sucesso econômico, no plano social o modelo deixou a desejar.


Houve enorme avanço no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).


Mas a concentração de renda aumentou de forma expressiva.


Em 1998, a renda dos 10% mais ricos era 7,3 vezes superior à dos 10% mais pobres. Em 2007 saltou para 23 vezes.


Parte dessa concentração se deve ao salário pago aos altos executivos: cerca de 128 vezes superior ao de um trabalho industrial médio, no caso das estatais; e ainda maior no caso das empresas privadas.


O modelo de desenvolvimento interno


O contraponto a Guandong é o modelo de Chongqing, liderado originalmente por Bo Xilai - e fruto da conquista do oeste empreendida nos anos 90.


Atualmente, Bo Xilai é carta fora do baralho depois de ter se envolvido em problemas de corrupção, ser deposto do cargo e expulso do PC.


Nos últimos anos superou a média nacional de crescimento de renda. Em 2008 cresceu 14,9% contra 9% de crescimento da China. Mesmo depois da eclosão da crise internacional, continuou crescendo a taxas de dois dígitos.


Xilai era o que se poderia denominar, por aqui, de político populista. Sua sensibilidade para com os problemas da população, no entanto, abriu espaço para uma experiência inédita.  O modelo desenvolvido teve maior participação do investimento e consumo doméstico, fortes incentivos ao crédito das famílias e das empresas e políticas sociais expressivas.


Na China, as exportações eqüivalem a 32% do PIB; em Chongqing, a 7,6%. Em 2007, o investimento correspondeu a 62% do PIB, contra 42% da China.


Em 1998 o PIB per capita da província era de 4.684 yuans, contra 6.038 da média nacional. Em 2010 atingiu 27.366 yuans.


Apesar de Bo Xilai ser carta fora do jogo, o modelo de Chongqing conquistou adesões.

 

IGP-10 avança, e encerra agosto em 1,59%


O IGP-10 (Índice Geral de Preços – 10) atingiu 1,59% em agosto, ante os 0,96% de julho, segundo dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas). No período, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 2,21%, bem acima dos 1,24% vistos em julho. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou 0,29%, ante 0,19% em julho, devido ao acréscimo em sete classes de despesa. Na outra ponta, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou para 0,49%, em relação ao total de julho (0,84%).

 

Clima econômico piora na América Latina


Após manter um ritmo de alta desde outubro de 2011, o Índice de Clima Econômico (ICE) da América Latina - elaborado em parceria entre o Instituto alemão Ifo e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) registrou queda em julho, ao passar de 5,2, em abril, para 4,8 pontos. A piora decorre de um recuo tanto no Índice da Situação Atual (ISA) como no Índice de Expectativas (IE), que passaram à zona desfavorável de avaliação, indicando que a região pode estar entrando na fase recessiva do ciclo econômico.

 

Endividamento das empresas começa a cair


A perspectiva de inadimplência das empresas e do consumidor aponta queda para o segundo semestre, segundo a consultoria Serasa Experian. O índice de perspectiva da inadimplência das empresas recuou 0,3% em junho no comparativo com maio, atingindo 102 pontos, enquanto a perspectiva para o consumidor recuou 1,5% ante maio, atingindo o total de 95,3 pontos. Fatores como a melhora da atividade econômica e a queda dos juros devem ajudar na melhora gradual dos índices.

 

Volume de vendas no varejo sobe 1,5% em junho


O comércio varejista do país ampliou seu volume de vendas em 1,5% no mês de junho em relação ao mês anterior, enquanto a receita nominal cresceu 1,9% no mesmo período, segundo a série com ajuste sazonal divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para o volume de vendas, tal resultado reverte o sinal negativo observado em maio, e para a receita nominal de vendas, representa o quarto mês consecutivo de taxas positivas.

 

Empresário industrial mais confiante em agosto


Após apresentar forte queda no mês de julho frente a junho, a confiança do empresário cresceu 1,2 ponto em agosto sobre o mês anterior, atingindo 54,5 pontos. Mesmo com esse aumento, o otimismo dos industriais neste mês está 1,8 ponto abaixo do registrado em agosto de 2011, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Além disso, o aumento do otimismo dos empresários de um mês para o outro não assegura mudança na trajetória de queda do índice, que vem ocorrendo desde o início de 2010.

 

Alimentação leva IPC-S a leve desaceleração


O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) atingiu 0,39% na segunda semana de agosto, queda de 0,01 ponto ante a última divulgação, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ao longo do período, três das oito classes de despesa que formam o índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, sendo que o principal destaque partiu do grupo Alimentação (de 1,62% para 1,27%), devido ao item hortaliças e legumes, cuja taxa de variação passou de 26,26% para 19,17%.

 

Blog: www.luisnassif.com.br

E-mail: luisnassif@advivo.com.br 

"Todos os direitos reservados, sendo proibida a reprodução total ou parcial por meio impresso."


Visite o BLOG e confira outras crônicas

 



Marighella, o filme

16 de Agosto de 2012, 21:00, por Castor Filho - 1Um comentário

 

Publicado em 16/08/2012 por Mair Pena Neto*

 

A história da ditadura implantada com o golpe de 1964 no Brasil, com suas conseqüências na vida das pessoas e do país, ainda está sendo contada. No período de uma geração em que se estendeu, afetou milhares de famílias e mudou o curso de existências, cujos detalhes vêm, aos poucos, à tona, através de livros, filmes, e, espera-se agora, com o trabalho da Comissão da Verdade.

 

O filme Marighella, de Isa Grispun Ferraz, se soma a este esforço com uma característica singular. Sua diretora é sobrinha do ex-inimigo número um da ditadura, e a história que leva à tela tem como ponto de vista original a admiração e a curiosidade de uma menina sobre um tio querido e misterioso, que aparecia e desaparecia de tempos em tempos, mas sempre de uma maneira marcante e afetuosa.

 

Marighella, o filme de Isa, não é sobre o guerrilheiro e, sim, sobre o homem, o tio Carlos, casado com a tia Clara (Clara Charf, companheira de Marighella e uma das depoentes do filme). O mérito de Isa é humanizar uma figura, publicamente exposta como terrorista pela ditadura, executado em 1969, numa emboscada armada pelo aparato repressivo, e essencialmente conhecido como o líder da ALN, que rompeu com o Partido Comunista e optou pela luta armada.

 

Isa fala de um tio carinhoso, que punha as crianças para dormir quando não estava em casa, que contava histórias fantásticas de viagens a lugares como a África para justificar os longos tempos de ausência e escrevia poemas. Ao mesmo tempo, o homem disciplinado, que acordava muito cedo e que se exercitava com afinco no jardim, o que a sobrinha descobriu, posteriormente, se tratar de uma maneira de se recuperar do tiro que levou de agentes do Dops que o caçaram em um cinema na Tijuca.

 

Isa vai saber pelo pai, num dia em que era levada para a escola, que o tio Carlos era o Carlos Marighella. Um segredo de família, que precisava ser mantido em sigilo absoluto. O filme atual é uma maneira de Isa compartilhar esse segredo 40 anos depois, revelando seu envolvimento com a história de um dos protagonistas da resistência à ditadura e apresentando a própria história de um humanista, mulato, filho de imigrante italiano com negra descendente dos haussás, povo famoso por levantes contra a escravidão. Um brasileiro típico, fruto das misturas que nos formaram como povo, amante do Carnaval e indignado com as injustiças de um país em que as crianças tinham que trabalhar para sobreviver.

 

Extremamente capaz e inteligente – a prova de física do ginásio em formato de poesia que pontua o filme é um primor – Marighella poderia ter se tornado um brilhante engenheiro, mas abandonou a faculdade para lutar pela transformação do país. Sua trajetória política, prática e teórica, vai dos anos 30 á sua execução na alameda Casa Branca, em São Paulo. Um percurso de acertos e erros. Mas como observa um dos depoentes do filme, muitos erros foram cometidos em revoltas importantes, como a dos Alfaiates, na Bahia, e em Canudos, mas elas fizeram história e foram por um motivo justo.

 

P.S. Quem for ver o filme, não saia antes dos créditos finais para não perder o petardo de Mano Brown armado sobre o manifesto gravado de Marighella e divulgado em 1969 na rádio Nacional por meio de uma ação da ALN.

 

Mair Pena Neto* é jornalista, carioca, trabalhou em: O Globo, Jornal do Brasil, Agência Estado e Agência Reuters. No JB foi editor de política e repórter especial de economia.

 

Enviado por Direto da Redação