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Blogoosfero

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April 3, 2011 21:00 , von Unbekannt - | 2 people following this article.
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Quem manda no Shopping Center é o dono

June 24, 2013 11:47, von Unbekannt - 0no comments yet
crédito: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Villach_Atrio_Shopping_Center_11082007_11.jpg

Há muito acompanho organizações populares discutindo e promovendo as tecnologias livres como uma possiblildade para a criação de uma logística própria, no campo das lutas populares.

Recentemente saiu uma denúncia que o Sr. Barak Obama, presidente dos Estados Unidos da (norte) América vigia tudo que é postado nas redes sociais, como o Facebook.

Assange lançou há alguns meses um livro, que é uma coletânea de diálogos com amigos sobre o uso da Cryptografia e falando da lógica dos donos das infovias de coleta indiscriminada de dados, que podem ser usadas quando bem quiserem para vigiar.

Hoje vejo uma nota do brasildefato.com.br reclamando do facebook que lhes bloqueou a página na rede FB.

Alguém já leu o contrato do Google/Gmail?

As pessoas ainda não compreenderam a dimensão da coisa. O facebook, o G+, o Twitter, o Orkut, o Gmail, o Hotmail, o Yahoo, entre muitos outros são modernos Shopping Centers digitais, que atuam como prepostos do Departamento de Defesa Norte Americano, que suas máquinas estão em território norte-americano, e seu donos querem ganhar dinheiro e ponto. nada que atrapalhe a sensação de ilha da Fantasia é permitido, a não ser que seja de interesse dos "contratantes da banda". E para isso farão o que for necessário, como já é conhecido no Brasil o caso da Rede Globo em Além do Cidadão Kane - http://www.youtube.com/watch?v=049U7TjOjSA

Sim, isso mesmo, SHOPPING CENTERS, que vivem das visitações dos clientes e da venda de produtos ali ofertados.

Já viram alguma manifestação ser liberada em algum shopping como o Pátio Higienópolis, no Cidade Jardim, Ibirapuera, Shopping Paulista, Center Norte, e por aí vai? Claro que não. E nem verão.

O máximo que se permitiu foi o beijaço Gay alguns anos atrás no Shopping Frei Caneca - por conta da expulsão de dois homens vivendo sua homoafetividade "livremente" em um espaço "que imaginavam público", e que no fim das contas ao Shopping não interessava perder a clientela. Agora, se fosse o churrasco de gente diferenciada teria fechado as portas, afinal ali não é a rua, é propriedade privada.

E assim são as redes, infovias e sociais.

E para que fique mais claro: As infovias por onde circulam nossas idéias continuam sendo privadas - nos dois sentidos :), a saber: Telefônica/VivoC, Claro/Embratel/Net, Oi, Tim, Vivendi, Nextel e Sky - Link com ais detalhes http://www.teleco.com.br/operadoras/grupos.asp - ficando a mercê dos interesses dos seus controladores, afinal não temos uma Marco Civil da Internet nem um Plano Nacional de Banda Larga (mandem abraços ao petista Paulo Bernardo que este fim de semana abrilhantou as páginas amarelas daquela revista que não dá para ler).

Diante dessa democracia digital sugiro se unirem ao blogoosfero.cc e construir uma rede social que respeita a liberdade de expressão de verdade. E sabe de que lado está. Univos: ocupar, produzir e existir.

Deixo aqui uma enquete com duas opções para o problema do Brasil de Fato e tantos outros:

a) chamar o Celso Russomano com o Código de Defesa do Consumidor ou,

b) construir nossa logística própria.

Fica a dica: http://blogoosfero.cc/fundacao-blogoosfero/carta-de-principios-do-blogoosfero. Além do mais, desde esta rede qualquer leitor pode indicar o conteúdo para outras redes. Ai serão milhares indicando posts, e se eles não gostarem, como resultado, terão que bloquar os milhares de usuários.



Para refeletir e debater (16): Anonimato a serviço de quem???

June 23, 2013 8:32, von Unbekannt - 0no comments yet

Artigo sugerido por Ivo Pugnaloni

http://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2013/06/Captura-de-Tela-2013-06-22-%C3%A0s-22.22.41-e1371950879882.pngGráfico desenvolvido por Sergio Amadeu demonstra que os perfis ligados ao Anonymous Brasil e AnonymousBR foram os mais importantes para a disseminação de conteúdo relacionado às manifestações do Movimento Passe Livre no dia 17 de junho de 2013

Por Luiz Carlos Azenha, respondendo ao que me perguntaram aqui e ali e testando hipóteses

REVOLTA ANTICAPITALISTA?

Se fosse, os manifestantes teriam se dirigido à fábrica da Volks em São Bernardo, para cercá-la. É o símbolo do capitalismo industrial no Brasil e de onde saem os automóveis que entopem as ruas das metrópoles e inviabilizam o transporte público. Provavelmente os manifestantes teriam de enfrentar os trabalhadores da Volks, que não querem perder os próprios empregos.

Se fosse uma revolta anticapitalista, os manifestantes teriam cercado a sede do Itaú, que tem lucros bilionários graças aos juros e taxas escorchantes. Provavelmente seriam rechaçados pelos bancários, que não querem perder os próprios empregos. Uma coisa eu garanto: se a revolta se tornar anticapitalista, some do Jornal Nacional.

REVOLTA DA CLASSE MÉDIA?

O comando é da classe média urbana que tem bom acesso à internet nas regiões metropolitanas. Frações da classe trabalhadora remediada, aquela que ascendeu  ao longo do governo Lula, aderiram.

O lúmpen vai no bolo. Quando ele se manifesta politicamente através do saque, é reprimido.

Parar uma rodovia estratégica, causando milhões de reais em prejuízo para o público em geral, é aceitável; invadir uma loja de automóveis e “espancar” os veículos, causando um prejuízo de alguns milhares de reais, é um horror! O que guia esta rebelião juvenil são valores da classe média e seus interesses de classe — pelo menos é o que nos quer fazer crer a mídia.

CONTRA O ESTADO?

Os ataques se concentram em prédios públicos ou obras públicas consideradas desnecessárias pelos manifestantes, como os estádios da Copa. O ex-presidente Lula, em seus dois mandatos, trouxe o debate ideológico para dentro do governo, resolvido em conchavos de bastidores a portas fechadas.

Os manifestantes agora batem na porta, de forma espontânea e desarticulada. Só acredito tratar-se de um movimento progressista quando surgir algum cartaz pedindo a taxação da fortuna da família Marinho para financiar o transporte público gratuito;  quando os manifestantes se dirigirem às garagens das grandes empresas de ônibus que financiam campanhas políticas e tem lucros extraordinários para protestar; quando incluirem na pauta do debate sobre corrupção a Privataria Tucana, corruptores, empreiteiras e o jabá que a Globo paga às agências para manter o monopólio das verbas publicitárias. Por enquanto, só se debate a corrupção pública, nunca a corrupção privada.

NOSSO GUIA?

Um estudo de Sergio Amadeu demonstrou que vários perfis dos Anonymous são os mais influentes na disseminação das mensagens dos manifestantes que se organizam em redes sociais. Quem faz a cabeça dos Anonymous? A cabeça dos Anonymous é feita no Brasil ou fora do Brasil?

P2 E INFILTRADORES?

Houve várias denúncias de que infiltradores e provocadores agem em manifestações. Um grande número de despolitizados nas ruas, sem lideranças conhecidas e organizados de forma horizontal ficam sujeitos a todo o tipo de manipulação. São alvo fácil para todo tipo de agenda. Desde a dos militares que se revoltam contra a Comissão da Verdade a outros agentes interessados em criar algum tipo de instabilidade institucional.

Embora não haja provas disso, a denúncia de uma conspiração internacional foi assumida pelo primeiro ministro da Turquia, Recep Erdogan.

CONJUNTURA INTERNACIONAL INDICA CONSPIRAÇÃO?

O Brasil é o pilar central de sustentação de um projeto alternativo à hegemonia completa dos Estados Unidos na América do Sul. Não fosse Lula e Dilma, o risco de uma derrota de Nicolás Maduro em recentes eleições na Venezuela teria sido muito maior. O apoio do Brasil é essencial ao Mercosul, à Unasul e a outras iniciativas de caráter regional.

Desde a ascensão de Hugo Chávez os Estados Unidos desenvolvem planos abertos — via sociedade civil — e secretos para instalar um governo que garanta acesso às maiores reservas de petróleo do mundo em condições mais vantajosas para Washington. Pelo seu tamanho, as reservas da Venezuela são o fiel da balança na determinação dos preços internacionais do petróleo. Em menor escala, o mesmo podemos dizer sobre o pré-sal. Portanto, não devemos descartar 100% a possibilidade de ação subterrânea, especialmente através das redes sociais, onde muita gente atua atrás da cortina do anonimato. O ciberespaço é hoje território de guerra. Mas, repito, não há qualquer indício, nem prova de que isso de fato esteja acontecendo.

BOICOTE TARDIO À COPA?

Sei lá, mas o vídeo bombou.

REVOLUÇÃO COLORIDA?

Duvido. Ou, pelo menos, não existe qualquer prova disso. O dado concreto é de que temos um tremendo descontentamento dos jovens com as instituições brasileiras — e este é o motor principal. Porém, como se perguntou Gilberto Maringoni durante ato da Paulista: como explicar a revolta num país com alta taxa de emprego e com crescimento econômico razoável?

As revoluções coloridas, como se sabe, foram promovidas através de investimento direto ou indireto de ONGs dos Estados Unidos, algumas delas com financiamento público, como o National Endowment for Democracy (NED), que desenvolve programas de “promoção de democracia” em várias partes do mundo; ou a Open Society, do especulador George Soros. Há vários livros ou artigos, como este, descrevendo a atuação mundial destas organizações. Elas foram bem sucedidas em diversas rebeliões que derrubaram governos na Europa Oriental, com a mobilização de jovens através das mídias sociais.

As campanhas obedeciam técnicas inovadoras de marketing, símbolos e palavras de ordem de fácil entendimento. Também há relatos sobre a atuação destes grupos antes ou durante a Primavera Árabe. Argumenta-se que o objetivo dos Estados Unidos é promover governos mais dóceis ou causar instabilidade interna que deixe os governos mais vulneráveis a seus interesses. Na Líbia, a derrubada do ditador pela via militar teria tido o objetivo não de “promover a democracia”, mas de obter melhores condições na exploração do petróleo e eliminar um governo que sustentava o projeto político da África para os africanos, muito parecido com o papel que o Brasil desempenha na América do Sul.

A jornalista canadense Eva Golinger escreveu um livro, chamado USAID, NED e CIA, Uma Agressão Permanente, sobre a atuação destes organismos dos Estados Unidos na Bolívia, Cuba, Honduras e Venezuela (clique no link para baixar o livro em PDF). A possibilidade de um golpe institucional foi aventada por leitores depois que a embaixadora dos Estados Unidos no Paraguai, Liliana Ayalde, foi indicada para ocupar o cargo no Brasil. Ela teve uma longa trajetória na USAID, a agência de desenvolvimento internacional de Washington e estava em Assunção quando o presidente Fernando Lugo foi derrubado.

ATAQUES COMBINADOS?

Muito embora não exista uma coordenação nacional organizada, chama a atenção o fato de que ações parecidas tenham acontecido em lugares distintos, como a repressão a ativistas de esquerda ou de movimentos sociais que portavam seus símbolos. O mesmo se pode dizer dos ataques a viaturas da mídia, uma para cada emissora: Record, SBT e Bandeirantes. Isso é garantia de que a mídia não fará uma cobertura negativa dos acontecimentos? Não sei.

INFILTRADOS NA ESQUERDA? 

Nem um fio de indício ou prova desta teoria conspiratória. Ela é sustentada aparentemente pelos leitores do livro Quem Pagou a Conta? A CIA na Guerra Fria da Cultura. Este e outros livros demonstram que, ao longo da guerra fria, a agência de espionagem dos Estados Unidos financiou direta ou indiretamente muitas pessoas ou organizações tidas como “de esquerda”.

http://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2013/06/Captura-de-Tela-2013-06-19-%C3%A0s-16.58.26.png

AÇÃO CLANDESTINA NACIONAL?

Aí, sim. Improvável, mas possível. Hoje, pela segunda vez, a Globo mostrou em jogo da seleção brasileira a marca #ogiganteacordou em cartaz. A primeira foi no jogo Brasil vs. México. Agora, reaparece na partida Brasil vs. Itália. Onde anda aquele guru indiano do José Serra?

COINCIDÊNCIA?

Houve uma campanha midiática contra Lula no ano que antecedeu sua reeleição, em 2005. As denúncias foram formuladas no laboratório de Carlinhos Cachoeira e propagadas pela revista Veja. Dilma Rousseff vive o ano que antecede aquele em que poderá ser reeleita sob várias crises: apagão elétrico que nunca se materializou, hiperinflação do tomate de 5% ao ano e agora rebelião juvenil organizada através das redes sociais. Coincidência? Mas o cavalo-de-pau dado pela mídia na cobertura da rebelião juvenil reforça a tese do oportunismo, não de uma ação pré-organizada.

Leia também:

Em Minas, a faixa que não vai sair na Globo

Fonte:  www.viomundo.com.br



Para refletir e debater (15): Pronunciamento de Dilma em rede nacional de rádio e TV

June 22, 2013 15:08, von Unbekannt - 0no comments yet



Para refletir e debater (14): Está tudo tão estranho, e não é à toa

June 21, 2013 8:12, von Unbekannt - 0no comments yet

Artigo sugerido por Fábio Godoy, Luiz Rodrigues e Nelba Nycz

Por  Marília Moschkovich

Um relato do quebra-cabeças que fui montando nos últimos dias. Aviso que o post é longo, mas prometo fazer valer cada palavra.

[*nota da autora, adicionada após muitos comentários e compartilhamentos desviando um pouco o sentido do texto: este é um texto de esquerda]

Começo explicando que não ia postar este texto na internet. Com medo. Pode parecer bobagem, mas um pressentimento me dizia que o papel impresso seria melhor. O papel impresso garantiria maiores chances de as pessoas lerem tudo, menores chances e copiarem trechos isolados destruindo todo o raciocínio necessário.

Enquanto forma de comunicação, o texto exige uma linearidade que é difícil. Difícil transformar os fatos, as coisas que vi e vivi nos últimos dias em texto. Estou falando aqui das ruas de São Paulo e da diferença entre o que vejo acontecer e o que está sendo propagandeado nos meios de comunicação e até mesmo em alguns blogs.

Talvez essa dimensão da coisa me seja possível porque conheço realmente muita gente, de vários círculos; talvez porque sempre tenha sido ligada à militância política, desde adolescente; talvez porque tenha tido a oportunidade de ir às ruas; talvez porque pude estar conectada na maior parte do tempo. Não sei. Mas gostaria de compartilhar com vocês.

E gostaria que, ao fim, me dissessem se estou louca. Eu espero verdadeiramente que sim, pois a minha impressão é a de que tudo é muito mais grave do que está parecendo.


Tentei escrever este texto mais ou menos em ordem cronológica. Se não foi uma boa estratégia, por favor me avisem e eu busco uma maneira melhor de contar. Peço paciência. O texto é longo.


1. Contexto é bom e mantém a pauta no lugar

Hoje é dia 18 de junho de 2013. Há uma semana, no dia 10, cerca de 5 mil pessoas foram violentamente reprimidas pela Policia Militar paulista na Avenida Paulista, símbolo da cidade de São Paulo. Com a transmissão dos horrores provocados pela PM pela internet, muitas pessoas se mobilizaram para participar do ato seguinte, que seria realizado no dia 13. A pauta era a revogação no aumento das tarifas de ônibus, que já são caras e já excluem diversos cidadãos de seu direito de ir e vir, frequentando a própria cidade onde moram.

No dia 13, então, aconteceu a primeira coisa estranha, que acendeu uma luzinha amarela (quase vermelha de tão laranja) na minha cabeça: os editoriais da folha e do estadão aprovavam o que a PM tinha feito no dia 10 de junho e, mais do que isso, incentivavam ações violentas da pm “em nome do trânsito” [aliás, alguém me faz um documentário sensacional com esse título, faz favor? ]. Guardem essa informação.

Logo após esses editoriais, no fim do dia, a PM reprimiu cerca de 20mil pessoas. Acompanhei tudo de casa, em outra cidade. Na primeira hora de concentração para a manifestação foram presas 70 pessoas, por sua intenção de participar do protesto. Essa intenção era identificada pela PM com o agora famoso “porte de vinagre” (já que vinagre atenua efeitos do gás lacrimogêneo). Muitas pessoas saíram feridas nesse dia e, com os horrores novamente transmitidos - mas dessa vez também pelos grandes meios de comunicação, inclusive esses dos editoriais da manhã, que tiveram suas equipes de reportagem gravemente feridas -, muita gente se mobilizou para o próximo ato.

2. Desonestidade pouca é bobagem

No próprio dia 13, à noite, aconteceu a segunda “coisa estranha”. Logo no final da pancadaria na região da Paulista, sabíamos que o próximo ato seria na segunda-feira, dia 17 de junho. Me incluíram num evento no Facebook, com exatamente o mesmo nome dos eventos do MPL, as mesmas imagens, bandeiras, etc. Só que marcado para sexta-feira, o dia seguinte. Eu dei “ok”, entrei no evento, e comecei a reparar em posts muito, mas muito esquisitos. Bandeiras que não eram as do MPL (que conheço desde adolescente), discursos muito voltados à direita, entre outros. O que estava ali não era o projeto de cidade e de país que eu defendo, ou que o MPL defende.

Dei uma olhada melhor: eram três pessoas que haviam criado o evento. Fucei o pouco que fica público no perfil de cada um. Não encontrei nenhuma postagem sobre nenhuma causa política. Apenas postagens sobre outros assuntos. Lá no fim de um dos perfis, porém, encontrei uma postagem com um grupo de pessoas em alguma das tais marchas contra a corrupção. Alguma coisa com a palavra “Juventude”, não me lembro bem. Ficou claro que não tinha nada a ver com o MPL e, pior que isso, estavam tentando se passar pelo MPL.

Alguém me deu um toque e observei que a descrição dizia o trajeto da manifestação (coisa que o MPL nunca fez, até hoje, sabiamente). Além disso, na descrição havia propostas como “ir ao prédio da rede globo” e “cantar o hino nacional”, “todos vestidos de branco”. O alerta vermelho novamente acendeu na minha cabeça. Hino nacional é coisa de integralista, de fascista. Vestir branco é coisa de movimentos em geral muito ou totalmente despolitizados. Basta um mínimo de perspectiva histórica pra sacar. Pois bem.

Ajudei a alertar sobre a desonestidade de quem quer que estivesse organizando aquilo e meu alerta chegou a uma das pessoas que, parece, estavam envolvidas nessa organização (ou conhecia quem estava). O discurso dela, que conhece alguém que eu conheço, era totalmente despolitizado. Ela falava em “paz”, “corrupção” e outras palavras de ordem vazias que não representam reivindicação concreta alguma, e muito menos um projeto de qualquer tipo para a sociedade, a cidade de São Paulo, etc. Mais um pouco de perspectiva histórica e a gente entende no que é que palavras de ordem e reivindicações vazias aleatórias acabam. Depois de fazer essa breve mobilização na internet com várias outras pessoas, acabaram mudando o nome e a foto do evento, no próprio dia 13 de noitão. No dia seguinte transferiram o evento para a segunda-feira, “para unir as forças”, diziam.

3. E o juiz apita! Começa a partida!

Seguiu-se um final de semana extremamente violento em diversos lugares do país. Era o início da Copa das Confederações e muitos manifestantes foram protestar pelo direito de protestarem. O que houve em sp mostrou que esse direito estava ameaçado. Além disso, com a tal “lei da copa”, uma legislação provisória que vale durante os eventos da FIFA, em algumas áreas publicas se tornam proibidas quaisquer tipos de manifestações políticas. Quer dizer, mais uma ameaça a esse direito tão fundamental numa [suposta] democracia.

No final de semana as manifestações não foram tão grandes, mas significativas em ao menos três cidades: Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro. No DF e no RJ as polícias militares seguiram a receita paulista e foram extremamente violentas. A polícia mineira, porém, parecia um exemplo de atuação cidadã, que repassamos, compartilhamos e apoiamos em redes sociais do lado de cá do sudeste.

Não me lembro bem, mas acho que foi no intervalo entre uma coisa e outra que percebi a terceira “coisa estranha”. Um pouco depois do massacre na região da Paulista, e um pouco antes do final de semana de horrores, mais um sinal: ficamos sabendo que uma conhecida distante, depois do dia 13, pegou um ônibus para ir ao Rio de Janeiro. Essa pessoa contou que a PM paulista parou o ônibus na estrada, antes de sair do Estado de São Paulo. Mandaram os passageiros descerem e policiais entraram no veículo. Quando os passageiros subiram novamente, todas as coisas, bolsas, malas e mochilas estavam reviradas. A policial perguntou a essa pessoa se ela tinha participado de algum dos protestos. Pediu pra ver o celular e checou se havia vídeos, fotografias, etc.

Não à toa e no mesmo “clima”, conto pra vocês a quarta “coisa estranha”: descobrimos que, após o ato em BH, um rapaz identificado como uma das lideranças políticas de lá foi preso, em sua casa. Parece que a nossa polícia exemplar não era tão exemplar assim, mas agora ninguém compartilhava mais. Coisas semelhantes aconteceram em Brasília, antes mesmo das manifestações começarem.

4. Sequestraram a pauta?

Então veio a segunda-feira. Dia 17 de junho de 2013. Ontem. Havia muita gente se prontificando a participar dos protestos, guias de segurança compartilhados nas redes, gente montando pontos de apoio, etc. Uma verdadeira mobilização para que muita gente se mobilizasse. Estávamos otimistas.

Curiosamente, os mesmos meios de comunicação conservadores que incentivaram as ações violentas da PM na quinta-feira anterior (13) de manhã, em seus editoriais, agora diziam que de fato as pessoas deveriam ir às ruas. Só que com outras bandeiras. Isso não seria um problema, se as pessoas não tivessem, de fato, ido à rua com as bandeiras pautadas por esses grupos políticos (representados por esses meios de comunicação). O clima, na segunda-feira, era outro. Era como se a manifestação não fosse política e como se não estivesse acontecendo no mesmo planeta em que eu vivo. Meu otimismo começou a decair.

A pauta foi sequestrada por pessoas que estavam, havia alguns dias, condenando os manifestantes por terem parado o trânsito, e que são parte dos grupos sociais que sempre criminalizaram os movimentos sociais no Brasil (representados por um pedaço da classe política, estatisticamente o mais corrupto - não, não está nem perto de ser o PT -, e pelos meios de comunicações que se beneficiam de uma política de concessões da época da ditadura). De repente se falava em impeachment da presidenta. As pessoas usavam a bandeira nacional e se pintavam de verde e amarelo como ordenado por grandes figurões da mídia de massas, colunistas de opinião extremamente populares e conservadores.

As reações de militantes variavam. Houve quem achasse lindo, afinal de contas, era o povo nas ruas. Houve quem desconfiasse. Houve quem se revoltasse. Houve quem, entre todos os sentimentos possíveis, ficasse absolutamente confuso. Qualquer levante popular em que a pauta não eh muito definida cria uma situação de instabilidade política que pode virar qualquer coisa. Vimos isso no início do Estado Novo e no golpe de 1964, ambos extremamente fascistas. Não quer dizer que desta vez seria igual, mas a história me dizia pra ficar atenta.

5. Não, sequestraram o ato!

A passeata do dia 17, segunda-feira, estava marcada para sair do Largo da Batata, que fica numa das pontas da avenida Faria Lima. Não se sabia, não havia decisão ainda, do que se faria depois. Aos que não entendem, a falta de um trajeto pré-definido se justifica muito bem por duas percepções: (i) a de que é fácil armar emboscadas para repressão quando divulga-se o trajeto; e, (ii) mais importante do que isso, a percepção de que são as pessoas se manifestando, na rua, que devem definir na hora o que fazer. [e aqui, se vocês forem espertos, verão exatamente onde está a minha contradição - que não nego, também me confunde]

A passeata parecia uma comemoração de final de copa do mundo. Irônico, não? Começamos a teorizar (sem muita teoria) que talvez essa fosse a única referência de manifestações públicas que as pessoas tivessem, em massa:o futebol. Os gritos eram do futebol, as palavras de ordem eram do futebol. Muitas camisetas também eram do futebol. Havia inclusive uns imbecis soltando rojões, o que não é muito esperto pois pode gerar muito pânico considerando que havia poucos dias muita gente ali tinha sido bombardeada com gás lacrimogêneo. Havia pessoas brincando com fogo. [guardem essa informação do fogo também]

Agora uma pausa: vocês se lembram do fato estranho número dois? O evento falso no facebook? Bom, o trajeto desse evento falso incluía a Berrini, a ponte Estaiada e o palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado. Reparem só.

Quando a passeata chegou ao cruzamento da Faria Lima com a Juscelino, fomos praticamente empurrados para o lado direito. Nessa hora achamos aquilo muito esquisito. Em nossas cabeças, só fazia sentido ir à Paulista, onde havíamos sido proibidos de entrar havia alguns dias. Era uma questão de honra, de simbologia, de tudo. Resolvemos parar para descobrir se havia gente indo para o lado oposto e subindo a Brigadeiro até a Paulista. Umas amigas disseram que estavam na boca do túnel. Avisei pra não irem pelo túnel que era roubada. Elas disseram então que estavam seguindo a passeata pela ponte, atravessando a Marginal Pinheiros.

Demoramos um tanto pra descobrirmos, já prontos pra ir para casa broxados, que havia gente subindo para o outro lado. Gente indo à esquerda. Era lá que preferíamos estar. Encontramos um outro grupo de pessoas conhecidas e amigas e seguimos juntos. As palavras de ordem não mudaram. Eram as mesmas em todos os lugares. As pessoas reproduziam qualquer frase de efeito tosca de manira acrítica, sem pensar no que estavam dizendo. Efeito “multidão”, deve ser.

As frases me incomodaram muito. Nem uma só palavra sobre o governador que ordenara à PM descer bala, cassetete e gás na galera havia poucos dias. Que promove o genocídio da juventude negra nessa cidade todos os dias, há 20 anos. Nem mesmo uma. Os culpados de todos os problemas do mundo, para os verde-amarelos-bandeira-hino eram o prefeito e a presidenta. Ou essas pessoas são ignorantes, ou são extremamente desonestas.

Nem chegamos à Paulista, incomodados com aquilo. Fomos para casa nos sentindo muito esquisitos. Aí então conseguimos entender que aquelas pessoas do evento falso no facebook tinham conseguido de alguma maneira manobrar uma parte muito grande de pessoas que queria ir se manifestar em outro lugar. A falta de informação foi o que deu poder para esse grupo naquele momento específico. Mas quem era esse grupo? Não sei exatamente. Mas fiquei incomodada.

6. O centro em chamas.

Quem diria que essa sensação bizarra e sem nome da segunda-feira faria todo sentido no dia seguinte? Fez. Infelizmente fez. O dia seguinte, “hoje”, dia 18 de junho de 2013, seria decisivo. Veríamos se as pessoas se desmobilizariam, se a pauta da revogação do aumento se fortaleceria. Essa era minha esperança que, infelizmente, não se confirmou. A partir daqui são todos fatos recentes, enquanto escrevo e vou tentar explica-los em ordem cronológica. Aviso que foram fazendo sentido aos poucos, conforme falávamos com pessoas, ouvíamos relatos, descobríamos novas informações. Essa é minha tentativa de relatar o que eu vi, vivi, experienciei.

No fim da tarde, pegamos o metrô Faria Lima lotadíssimo um pouco depois do horário marcado para a manifestação. Perguntei na internet, em redes sociais, se o ato ainda estava na concentração ou se estava andando, e para onde. Minha intenção era saber em qual estação descer. Me disseram, tomando a televisão como referencia (que é a referencia possível, já que não havia um único comunicado oficial do MPL em lugar algum) que o ato estava na prefeitura. Guardem essa informação.

Fomos então até o metrô República. Helicópteros diversos sobrevoavam a praça e reparei na quinta “coisa estranha”: quase não havia polícia. Acho que vimos uns três ou quatro controlando curiosamente a ENTRADA do metrô e não a saída… Quer dizer, quem entrasse no metro tinha mais chance de ser abordado do que quem estava saindo, ao contrário do dia 13.

A manifestação estava passando ali e fomos seguindo, até que percebemos que a prefeitura era outro lado. Para onde estavam indo essas pessoas? Não sabíamos, mas pelos gritos, pelo clima de torcida de futebol, sabíamos que não queríamos estar ali, endossando algo em que não acreditávamos nem um pouco e que já estávamos julgando ser meio perigoso. Quando passamos em frente à câmara de vereadores, a manifestação começou a vaiar e xingar em massa. Oras, não foram eles também que encheram aquela câmara com vereadores? O discurso de ser “apolítico” ou “contra” a classe política serve a um único interesse, a história e a sociologia nos mostram: o dos grupos conservadores para continuarem tocando a estrutura social injusta como ela é, sem grandes mudanças. Pois era esse o discurso repetido ali.

Resolvemos então descer pela rua Jandaia e tentar voltar à Sé, pois disseram nas redes sociais que o ato real, do MPL, estava no Parque Dom Pedro. Como aquilo fazia mais sentido do que um monte de pessoas bem esquisitas, com cartazes bem bizarros, subindo para a Paulista, lá fomos nós.

Outro fato estranho, número seis: no meio da Rua Jandaia, num local bem visível para qualquer passante nos viadutos do centro, um colchão em chamas. A manifestação sequer tinha passado ali. Uma rua deserta e um colchão em chamas. Para quê? Que tipo de sinal era aquele? Quem estava mandando e quem estava recebendo? Guardamos as mascaras de proteção com medo de sermos culpados por algo que não sabíamos sequer de onde tinha vindo e passamos rápido pela rua.

Cruzamos com a mesma passeata, mais para cima, que vinha lá da região que fica mais abaixo da Sé, mas não sabíamos ainda de onde. Atrás da catedral, esperamos amigos. Uma amiga disse que o marido estava chateado porque não conseguiu pegar trem na Vila Olímpia. Achamos normal, às vezes a CPTM trava mesmo, daí essa porcaria de transporte e os protestos, etc. pois bem. Guardem a informação.

Uma amiga ligou dizendo que estava perto do teatro municipal e do Vale do Anhangabaú, que estava “pegando fogo”. Imbecil que me sinto agora, na hora achei que ela estava falando que estava cheio de gente, bacana, legal. [que tonta!] Perguntei se era o ato do MPL, se tinha as faixas do MPL. Ela disse que sim mas não confiei muito. Resolvemos ir ver.

[A partir daqui todos os fatos são “estranhos”. Bem estranhos.]

O clima no centro era muito tenso quando chegamos lá. Em nenhum dos outros lugares estava tão tenso. Tudo muito esquisito sem sabermos bem o quê. Os moradores de rua não estavam como quem está em suas casas. Os moradores de rua estavam atentos, em cantos, em grupos. Poucos dormiam. Parecia noite de operação especial da PM (quem frequenta de verdade a cidade de São Paulo, e não apenas o próprio bairro, sabe bem o que é isso entre os moradores de rua).

Só que era ainda mais estranho: não havia polícia. Não havia polícia no centro de São Paulo à noite. No meio de toda essa onda. Não havia polícia alguma. Nadinha de nada, em lugar nenhum.

Na Sé, descobrimos mais ou menos o caminho e fomos mais ou menos andando perto de outras pessoas. Um grupo de franciscanos estava andando perto de nós, também. Vimos uma fumaça preta. Fogo. MUITO fogo. Muito alto. O centro em chamas.

Tentamos chegar mais perto e ver. Havia pessoas trepadas em construções com latas de spray enquanto outros bradavam em volta daquela coisa queimando que não conseguíamos identificar. Outro colchão? Os mesmos que deixaram o colchão queimando na Jandaia? Mas quem eram eles?

De repente algumas pessoas gritaram e nós,mais outros e os franciscanos, corremos achando que talvez o choque estaria avançando. Afinal de contas, era óbvio que a polícia iria descer o cacete em quem tinha levantado aquele fogaréu (aliás, será q ela só tinha visto agora, que estava daquele tamanho todo?). Só que não.

Na corrida descobrimos que era a equipe da TV Record. Estavam fugindo do local - a multidão indo pra cima deles - depois de terem o carro da reportagem queimado. Não, não era um colchão. Era o carro de reportagem de uma rede de televisão. O olhar no rosto da repórter me comoveu. Ela, como nós, não conseguia encontrar muito sentido em tudo que estava acontecendo. Ao lado de onde conversávamos, uns quatro policiais militares. Parados. Assistindo o fogo, a equipe sendo perseguida… Resolvemos dar no pé que bobos nós não somos. Tinha algo muito, mas muito errado (e estranho) ali.

Voltamos andando bem rápido para a Sé, onde os moradores de rua continuavam alertas, e os franciscanos tentavam recolher pertences caídos pelo chão na fuga e se organizarem novamente para dar continuidade a sua missão. Nós não fomos tão bravos e decidimos voltar para nossas casas.

7. Prelúdio de um… golpe?

No metrô um aviso: as estações de trem estavam fechadas. É, pois é, aquela coisa que havíamos falado antes e tal. Mal havíamos chegado em casa, porém, uma conhecida posta no facebook que um amigo não conseguiu chegar em lugar nenhum porque algumas pessoas invadiram os trilhos da CPTM e várias estações ficaram paradas, fechadas. Não era caos “normal” da CPTM, nem problemas “técnicos” como a moça anunciava. Era de propósito. Seriam os mesmos do colchão, do carro da Record?

Lemos, em seguida, em redes sociais, que havia pessoas saqueando lojas e destruindo bancos no centro. Sabíamos que eram o mesmos. Recebi um relato de que uma ocupação de sem-teto foi alvo de tentativa (?) de incêndio. Naquele momento sabíamos que, quem quer que estivesse por trás do “caos” no centro, da depredação de ônibus na frente do Palácio dos Bandeirantes no dia anterior, de tentativas de criar caos na prefeitura, etc. não era o MPL. Também sabíamos que não era nenhum grupo de esquerda: gente de esquerda não quer exterminar sem-teto. Esse plano é de outro grupo político, esse que manteve a PM funcionando nos últimos 20 anos com a mesma estrutura da época da ditadura militar.

Algum tempo depois, mais uma notícia: em Belo Horizonte, onde já se fala de chamar a Força Nacional e onde os protestos foram violentíssimos na segunda-feira, havia ocorrido a mesma coisa. Depredação total do centro da cidade, sem nenhum policial por perto. Nenhunzinho. Muito estranho.

Nessa hora eu já estava convencida de que estamos diante de uma tentativa muito séria de golpe, instauração de estado de exceção, ou algod do tipo. Muito séria. Muito, muito, muito séria. Postei algumas coisas no facebook, vi que havia pessoas compartilhando da minha sensação. Sobretudo quem havia ido às ruas no dia de hoje.

Um pouquinho depois, outra notícia: a nova embaixadora dos EUA no Brasil é a mesma embaixadora que estava trabalhando no Paraguai quando deram um golpe de estado em Fernando Lugo.

Me perguntaram e eu não sei responder qual golpe, nem por que. Mas se o debate pela desmilitarização da polícia e pelo fim da PM parece que finalmente havia irrompido pelos portões da USP, esse seria um ótimo motivo. Nem sempre um golpe é um golpe de Estado. Em 1989 vivemos um golpe midiático de opinião pública, por exemplo. Pode ser que estejamos diante de outro. Essa é a impressão que, ligando esses pontos, eu tenho.

Já vieram me falar que supor golpe “desmobiliza” as pessoas, que ficam em casa com medo. De forma alguma. Um “golpe” não são exércitos adentrando a cidade. Não necessariamente. Um “golpe” pode estar baseado na ideia errônea de que devemos apoiar todo e qualquer tipo de indignação, apenas porque “o povo na rua é tão bonito!”.

Curiosamente, quando falei sobre a manifestação do dia 13 com meus alunos, no dia 14, vários deles me perguntaram se havia chances de golpes militares, tomadas de poder, novas ditaduras. A minha resposta foi apenas uma, que ainda sustento sobre este possível golpe de opinião pública/mídia: em toda e qualquer tentativa de golpe, o que faz com que ela seja ou não bem-sucedida é a resposta popular ao ataque. Em 1964, a resposta popular foi o apoio e passamos a viver numa ditadura. Nos anos 2000, a reposta do povo venezuelano à tentativa de golpe em Chávez foi a de rechaço, e a democracia foi restabelecida.

O ponto é que depende de nós. Depende de estarmos nas ruas apoiando as bandeiras certas (e há pessoas se mobilizando para divulgar em tempo real, de maneira eficaz, onde está o ato contra o aumento da passagem, porque já não podemos dizer que é apenas “um” movimento, como fez Haddad em sua entrevista coletiva). Depende de nos recusarmos a comprar toda e qualquer informação. Depende de levantarmos e irmos ver com nossos próprios olhos o que está acontecendo.


Se essa sequencia de fatos faz sentido pra você, por favor leia e repasse o papel. Faça uma cópia. Guarde. Compartilhe. Só peço o cuidado de compartilharem sempre integralmente. Qualquer pessoa mal-intencionada pode usar coisas que eu disse para outros fins. Não quero isso.

Quero apenas que vocês sigam minha linha de raciocínio e me digam: estamos mesmo diante da possibilidade iminente de um golpe?

Estou louca?

Espero sinceramente que sim. Mas acho que não.

Marília Moschkovich é socióloga, militante feminista, escritora, vez em quando jornalista. Também publica no “Mulher Alternativa” e no “Outras Palavras”.

Fonte: https://medium.com/primavera-brasileira/dfa6bc73bd8a



Para refletir e debater (13): Retomar uma pauta esquecida???

June 21, 2013 8:00, von Unbekannt - 0no comments yet

Em 23 de fevereiro de 2013 vários movimentos e organziações publicaram um manifesto conjunto, com uma pauta unificada, de esquerda, progressista, por avanços das conquistas sociais.

Teria sido abandonada?

Pode ser retomada?

Ou deixaremos a direita fazer a festa, enquanto brigamos entre nós?

juventudeMANIFESTO DA JORNADA DE LUTAS DA JUVENTUDE BRASILEIRA

25 de março a 1º de abril de 2013

Unir a Juventude Brasileira: “Se o presente é de luta, o futuro nos pertence”! Che Guevara

As entidades estudantis, as juventudes do movimento social, dos trabalhadores/as, da cidade, do campo, as feministas, as juventudes partidárias, religiosas, LGBT, dos coletivos de cultura e das periferias se unem por um ideal: avançar nas mudanças e conquistar mais direitos para juventude.

É preciso denunciar o extermínio da juventude negra e das periferias a quem o estado só se apresenta através da violência. O mesmo abandono se dá no campo, que alimenta a cidade e segue órfão da Reforma Agrária e dos investimentos necessários à permanência da juventude no campo, de onde é expulsa devido à concentração de terras, à ausência de políticas de convívio com o semiárido. Já na cidade, a juventude encontra a poluição, a precarização no trabalho, a ausência do direito de organização sindical, os mais baixos salários e o desemprego, fatores ainda mais graves no que diz respeito às jovens trabalhadoras.

Essa é a dura realidade da maioria da População Economicamente Ativa no país, e não as mentiras da imprensa oligopolizada, que foi parceira da ideologia do milagre brasileiro e cúmplice da ditadura, ao encobrir torturas e assassinatos e sendo beneficiária da monopolização ainda vigente. É coerente que ela se oponha à verdade e à justiça, que se cale ante as torturas e ao extermínio dos pobres e negros dos dias de hoje, que busque confundir e dopar a juventude, envenenando a política, vendendo-nos inutilidades, reproduzindo os valores da violência, da homofobia, do machismo e da intolerância religiosa. mas eles não falam mais sozinhos: estamos aqui pra fazer barulho.

Queremos cidades mais humanas em vez de racismo, violência e intolerância. Queremos as garantias de um estado laico, democrático, inclusivo, que respeite os direitos humanos fundamentais, inclusive aos nossos corpos, à liberdade de orientação sexual e à identidade de gênero, num ambiente de liberdade religiosa.

Queremos reformas estruturais que garantam um projeto de desenvolvimento social e que abram caminhos ao socialismo. Lutamos por um desenvolvimento sustentável, solidário, que rompa com os valores do patriarcado, que assegure o direito universal à educação, ao trabalho decente, à liberdade de organização sindical, à terra para quem nela trabalha e o direito à verdade e à justiça para nossos heróis mortos e desaparecidos.

Para enfrentar a crise é preciso incorporar a juventude ao desenvolvimento do país. Incluir o bônus demográfico atual exige uma política econômica soberana que valorize o trabalho, a produção, o investimento e as políticas sociais, e não a especulação. Esse é o melhor cenário para tornar realidade os direitos que queremos aprovados no estatuto da juventude.

Iniciamos aqui uma caminhada de unidade e luta por reformas estruturais que enterrem o neoliberalismo e resguardem a nossa democracia dos retrocessos que pretendem impor os monopólios da mídia, ou golpes institucionais como os que ocorreram no Paraguai e em Honduras.

Desde essa histórica Plenária Nacional, unidos e cheios de esperança, convocamos a juventude a tomar em suas mãos o futuro dos avanços no Brasil, na luta pelas seguintes bandeiras consensualmente construídas:

1 - Educação: financiamento público da educação
1. 10% PIB para Educação Pública
2. 100% dos royalties e 50% do fundo social do Pré-sal para Educação Pública
3. 2% do PIB para Ciência, Tecnologia e Inovação
4. Por uma política permanente de valorização das bolsas de pesquisa
5.Democratização do acesso e da permanência na universidade
6. Pela expansão e a qualidade da educação do campo
7. Cotas raciais e sociais nas universidades estaduais
8. Curricularização da extensão universitária
9. Regulação e ampliação da qualidade, em especial, do setor privado

2. - Trabalho – Trabalho Decente

    Redução da jornada de trabalho sem redução de salário! 40 horas já!
    Condições dignas de trabalho decente
    Políticas que visem a conciliação entre trabalho, estudos e trabalho doméstico
    Direito de organização sindical no local de trabalho
    Contra a precarização promovida pela terceirização
    Pela igualdade entre homens e mulheres no trabalho e entre negros/as e não negros/as


3. - Por avanços na democracia brasileira - Reforma Política

    Pela Reforma Política
    Combate às desigualdades sociais e regionais
    Contra a judicialização da politica e a criminalização dos movimentos sociais
    Pela auditoria da Divida Publica
    Contra o avanço do capital estrangeiro na aquisição de terras e na Educação
    Reforma agrária
    Aprovação do Estatuto da Juventude

4. Diretos sociais e humanos: Chega de violência contra a juventude!

    Contra o extermínio da juventude negra
    Contra a redução da maioridade penal
    Garantia do direito à Memória, à Verdade e à Justiça e pela punição dos crimes da Ditadura
    Garantia dos direitos sexuais e reprodutivos, como à autonomia sobre o próprio corpo e o combate à sua mercantilização, em especial das jovens mulheres
    Pelo fim da violência contra as mulheres
    Pela mobilidade urbana e o direito à cidade
    Pelo direito da juventude à moradia
    Desmilitarização da policia
    Respeito à diversidade sexual, aos nomes sociais e criminalização da homofobia
    Apoio à luta indígena e quilombola e das comunidades tradicionais
    Contra a internação compulsória e pelo tratamento da dependência química através de uma política de redução de danos
    Pelo direito ao lazer, à cultura e ao esporte, inclusive com a promoção de esportes radicais

5. - Democratização da comunicação de massas

    Universalização da internet de banda larga no campo e na cidade
    Políticas públicas para grupos e redes de cultura
    Apoio público para os meios de comunicação da imprensa alternativa
    Apoio ao movimento de software livre


                                                                                              São Paulo, 23 de fevereiro de 2013.


Assinam este documento: ABGLT, ANPG; APEOESP; Associação Cultural B; Centro de Estudos Barão de Itararé; CONAM, CONEM, Consulta Popular; ECOSURFI; Enegrecer; FEAB; Federação Paulista de Skate; Fora do Eixo; Juventude da CTB; Juventude da CUT; Juventude do PSB; Juventude do PT; Juventude Pátria Livre; Levante Popular da Juventude; Marcha Mundial das Mulheres; MST; Nação Hip Hop Brasil; Pastoral da Juventude, PJMP; REJU; REJUMA; UBES; UBM, UJS; UNE; UPES, Via Campesina.



Um dos vândalos é detido e é filho de empresário do setor de transportes

June 19, 2013 16:17, von Unbekannt - 0no comments yet

Deu na Folha de São Paulo:

"A Polícia Civil prendeu o jovem identificado como Pierre Ramon Alves de Oliveira, 20, que aparece em imagens como um dos integrantes do grupo que destruiu a entrada da Prefeitura de São Paulo durante os protestos contra o aumenta da tarifa na terça-feira (18).

O rapaz é estudante de arquitetura de uma universidade privada e filho de um empresário da área de transportes. A polícia diz que ele não é ligado a nenhum partido político nem ao Movimento Passe Livre e não tem antecedentes criminais."

Mas certamente ele não é o único infiltrado nas manifestações com o objetivo de provocar, criar baderna, criminalizar o movimento e dar argumentos para os repressores da PM.

A direita quer manipular o movimento e levar o Brasil ao caos.

Como sempre, eles perdem no voto e querem ganhar no grito!

Agora, o mínimo que a prefeitura pode fazer é exigir que a famĩlia do mocinho pague pelos estragos ao patrimônio público. E se o pai dele tiver alguma concessão de transportes no município que se cancele a concessão imediatamente por violação de patriomônio público.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/06/1297767-estudante-de-arquitetura-e-detido-sob-suspeita-de-apedrejar-prefeitura.shtml



Para refletir e debater: 12 artigos, 12 autores diferentes, sobre as recentes manifestações ocorridas no país.

June 18, 2013 11:54, von Unbekannt - 0no comments yet

Para refletir e debater: 12 artigos, 12 autores diferentes, sobre as recentes manifestações ocorridas no país.

Boa leitura!

Bons debates!

Para refletir e debater (1): A Necessidade de Dilma Virar o Jogo

Para refletir e debater (2): Por que não retomar uma bandeira histórica do PT?

Para refletir e debater (3): Romper o pacto das elites e reassumir as causas sociais

Para refletir e debater (4): O que querem esses jovens em seus protestos?

Para refletir e debater (5): Não é crível que as elites tenham este poder todo

Para refletir e debater (6): Algo está ocorrendo no país. Mas do que se trata?

Para refletir e debater (7): A direita está infiltrada no movimento

Para refletir e debater (8): a causa de Datena, Arnaldo Jabor, Marcelo Tas, Pondé e esses "artistas" não é a causa pela qual lutamos

Para refletir e debater (9): é bom ver a vivacidade da democracia brasileira

Para refletir e debater (10): Nada muda se não mudar os processos produtivos!

Para refletir e debater (11): Praça Tahrir, Parque Gezi: próxima estação Avenida Paulista?

Para refletir e debater (12): Saturação e projeto



Para refletir e debater: 10 artigos, 10 autores diferentes, sobre as recentes manifestações ocorridas no país.

June 17, 2013 21:00, von Unbekannt - 0no comments yet

Para refletir e debater: 10 artigos, 10 autores diferentes, sobre as recentes manifestações ocorridas no país.

Boa leitura!

Bons debates!

http://blogoosfero.cc/sergiobertoni/blog-do-bertoni/para-refletir-e-debater-1-a-necessidade-de-dilma-virar-o-jogo

http://blogoosfero.cc/sergiobertoni/blog-do-bertoni/para-refletir-e-debater-2-por-que-nao-retomar-uma-bandeira-historica-do-pt

http://blogoosfero.cc/sergiobertoni/blog-do-bertoni/para-refletir-e-debater-3-romper-o-pacto-das-elites-e-reassumir-as-causas-sociais

http://blogoosfero.cc/sergiobertoni/blog-do-bertoni/para-refletir-e-debater-4-o-que-querem-esses-jovens-em-seus-protestos

http://blogoosfero.cc/sergiobertoni/blog-do-bertoni/para-refletir-e-debater-5-nao-e-crivel-que-as-elites-tenham-este-poder-todo

http://blogoosfero.cc/sergiobertoni/blog-do-bertoni/para-refletir-e-debater-6-algo-esta-ocorrendo-no-pais.-mas-do-que-se-trata

http://blogoosfero.cc/sergiobertoni/blog-do-bertoni/para-refletir-e-debater-7-a-direita-esta-infiltrada-no-movimento

http://blogoosfero.cc/sergiobertoni/blog-do-bertoni/para-refletir-e-debater-8-a-causa-de-datena-arnaldo-jabor-marcelo-tas-ponde-e-esses-artistas-nao-e-a-causa-pela-qual-lutamos

http://blogoosfero.cc/sergiobertoni/blog-do-bertoni/para-refletir-e-debater-9-e-bom-ver-a-vivacidade-da-democracia-brasileira

http://blogoosfero.cc/sergiobertoni/blog-do-bertoni/para-refletir-e-debater-10-nada-muda-se-nao-mudar-os-processos-produtivos

 



Lula sobre as manifestações que ocorrem no Brasil

June 16, 2013 21:00, von Unbekannt - 0no comments yet

Ninguém em sã consciência pode ser contra manifestações da sociedade civil porque a democracia não é um pacto de silêncio, mas sim a sociedade em movimentação em busca de novas conquistas.

Não existe problema que não tenha solução. A única certeza é que o movimento social e as reivindicações não são coisa de polícia, mas sim de mesa de negociação.

Estou seguro, se bem conheço o prefeito Fernando Haddad, que ele é um homem de negociação. Tenho certeza que dentre os manifestantes, a maioria tem disposição de ajudar a construir uma solução para o transporte urbano.

Lula

Fonte: https://www.facebook.com/Lula



MANIFESTO CONTRA A VIOLÊNCIA DA PM NOS PROTESTOS DE JOVENS PELO TRANSPORTE PÚBLICO

June 14, 2013 21:00, von Unbekannt - 0no comments yet

A ação da Polícia Militar do estado de São Paulo em protesto de jovens contra o aumento das tarifas da passagem do ônibus, metrô e trem na capital paulista é mais um episódio na história de violência e desrespeito ao direito de organização e manifestação.

O direito de manifestação sofre permanente ameaça no país, mesmo depois de 25 anos de promulgação da Constituição Federal, o que demonstra que a democracia ainda não está consolidada no país. A PM do estado de São Paulo, controlada pelo PSDB, mantém os métodos que desenvolveu na ditadura militar, reprimindo manifestações, efetuando prisões políticas de cidadãos e estimulando tumultos, inclusive com infiltrações para desmoralizar a luta e organização popular.

Não podemos esperar um comportamento democrático de uma PM liderada pelo PSDB que, em janeiro de 2012, mobilizou helicópteros, carros blindados e 2 mil soldados do Batalhão de Choque para fazer a reintegração de posse violenta de 1600 famílias que viviam desde 2004 no bairro Pinheirinho, em São José dos Campos (97 km de SP).

A legitimidade do protesto dos jovens contra o aumento das tarifas não pode ser desmoralizada por causa de ações equivocadas de uma minoria, que infelizmente não compreende que a sociedade está do lado daqueles que querem transporte barato e de qualidade para a população de São Paulo.

Apesar desses acontecimentos pontuais, a responsabilidade pela violência nos protestos é da Polícia Militar, que tem provocado o conjunto dos manifestantes, promovido o caos e agredido cidadãos que estão nas ruas exercendo o seu direito de manifestar de forma pacífica.

Esses protestos são importantes porque colocam em xeque uma questão central para a população da cidade, que é a mobilidade urbana. Os paulistanos perdem horas e horas todos os dias dentro de um carro ou ônibus parados no trânsito ou de um vagão de metrô e trem lotados. Horas que poderiam ser destinadas para ficar com a família ou para cultura, esporte e lazer, das quais são privados por causa de uma clara opção que privilegia o transporte privado e individual em detrimento do público e coletivo.

O histórico crescimento desordenado da cidade, o trânsito causado pelo número de carros nas horas de pico, a falta de linhas de metrô/trem, a baixa qualidade do sistema e a chantagem das empresas privadas concessionárias de ônibus, as altas tarifas do transporte público representam um problema social, que prejudica o conjunto da população, especialmente os mais pobres, que moram na periferia.

A lentidão da expansão do metrô é uma questão crônica da gestão do PSDB, que construiu apenas 21,6 Km de linhas do metrô, o que representa uma média de 1,4 km por ano. Com isso, São Paulo tem a menor rede metroviária entre as grandes capitais do mundo (apenas 65,9 km).

A gravidade dessa questão fez com que a mobilidade urbana fosse um dos temas centrais da campanha eleitoral para a prefeitura no ano passado. E o candidato Fernando Haddad, que acabou eleito, prometeu dar respostas que tocassem na raiz do problema.

A movimentação da prefeitura para adiar e realizar um aumento da passagem do ônibus abaixo da inflação do último período, dentro de um quadro de pressão das empresas concessionárias, não atende os anseios criados com a derrota dos setores conservadores nas eleições em São Paulo.

A resolução da questão urbana exige medidas estruturais, como a efetivação de um modelo de desenvolvimento, que prescinda o estímulo à indústria automobilística, e a implementação do controle direto sobre as tarifas por meio da municipalização dos transportes. Com isso, se evita soluções paliativas como a subvenção das concessionárias, financiando setores cujo interesse em lucrar se choca com a possibilidade de um sistema de transporte que atenda as necessidades da população.

Por isso, os protestos realizados pelos jovens ganham importância, uma vez que representam um sintoma do problema e constituem uma força social que pode apontar e sustentar mudanças estruturais na organização territorial e na mobilidade urbana. Essas mobilizações são um instrumento de pressão sobre as autoridades, para sustentar um processo de negociação, especialmente com a prefeitura, que esperamos que possa render conquistas para a população e acumular forças para novas lutas que virão.

Nesse processo, a mídia burguesa e os setores conservadores colocam uma cortina de fumaça sobre as soluções estruturais para as quais apontam os protestos, com a execração pública dos atos realizados por uma minoria. Esse tipo de cobertura coloca luz sobre os vínculos dos meios de comunicação da burguesia com as empresas automobilísticas (interessadas em vender mais carros), com as empresas privadas concessionárias de transporte (que lucram com a chantagem sobre a prefeitura) e com a especulação imobiliária (contrária à reorganização territorial).

Assim, manifestamos nosso apoio aos protestos dos jovens em defesa do transporte público, dos quais queremos contribuir para garantir a massificação e manifestação organizada e pacífica, condenamos a ação violenta da Polícia Militar, cobramos a libertação dos presos políticos e rechaçamos o aumento das tarifas de ônibus, metrô e trem.

ABGLT- Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Consulta Popular
Fora do Eixo
JCUT- Juventude da Central Única dos Trabalhadores
JPT/SP- Juventude do Partido dos Trabalhadores da cidade de São Paulo
JSOL - Juventude Socialismo e Liberdade
JUNTOS!
Levante Popular da Juventude
MAB- Movimento dos Atingidos por Barragens
MST- Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
PJ- Pastoral da Juventude
PJMP- Pastoral da Juventude do Meio Popular
Quilombo
REJU- Rede Ecumênica da Juventude
UBES- União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
UJR- Partido Comunista Rebelião
UJS- União da Juventude Socialista
UNE- União Nacional dos Estudantes

*Organizações/entidades que quiserem informar que aderiram ao manifesto devem enviar e-mail para nacional@levante.org.br

** Quem quiser assinar o manifesto deve acessar a página http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2013N41381 (ou clique aqui)