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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | 2 people following this article.
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A luta de classes e o fim dessa raça

18 de Agosto de 2016, 17:15, por Feed RSS do(a) News

 

Quase meio século atrás o ditador de então, general Ernesto Geisel, proclamou o fim da luta de classes no Brasil.

Bem mais recente foi a declaração de um pupilo seu, o ex-senador Jorge Bornhausen, exprimindo o desejo dele e os dos seus próximos de "acabar com essa raça", referindo-se aos petistas, ou seja, filiados e simpatizantes do Partido dos Trabalhadores.

A luta de classes, como qualquer pessoa com dois neurônios pode observar, está a cada dia mais intensa no país - o general ditador errou feio na sua análise.

Já quanto ao desejo do senador Bornhausen, praticamente tudo o que é feito no Brasil hoje nas altas esferas da política, sob o amparo da mais reacionária oligarquia do planeta, vai no sentido de exterminar, metafórica e literalmente, a representação partidária da esquerda - o PT é apenas o símbolo mais forte dessa ideologia.

A feroz caça aos petistas - e à esquerda em geral - dura mais de dez anos, desde o episódio do chamado "mensalão", que manchou indelevelmente a imagem da mais alta corte judiciária da nação.

O "mensalão" abalou o PT, mas não foi capaz de liquidá-lo, como se pretendia.

Este novo atentado ao Estado de Direito perpetrado pelo Congresso Nacional, que pretende cassar os 54 milhões de votos dados à presidenta Dilma Rousseff, é tão somente mais um capítulo da aventura dos golpistas de sempre - os endinheirados e seus asseclas.

O roteiro do filme é de uma simplicidade atroz: nem Lula, o mais popular presidente que o Brasil já teve, nem o seu partido político, nem as suas lideranças, devem sobreviver.

Se houver a possibilidade de, no embalo desse assalto à democracia, as tropas da reação eliminarem o PT do cenário político brasileiro, melhor. 

O problema desse enredo tosco é que, ao abusar dos efeitos especiais, seus autores acabaram suprimindo a realidade.

E ela mostra que é impossível impedir, em qualquer agrupamento humano, o embate de ideias.

A ditadura, da qual o general Geisel foi um fervoroso cruzado, durou apenas duas décadas, e para o seu fim a luta de classes teve um papel importante.

Acabar com "essa raça" pode, neste momento, ser uma aspiração quase concretizada.

É bom lembrar, porém, só para citar um exemplo, que nem os nazistas, com toda a sua crueldade, foram capazes de exterminar os judeus. (Carlos Motta)



A deslealdade como norma, a traição como virtude

18 de Agosto de 2016, 17:15, por Feed RSS do(a) News


Muito tempo atrás ouvi de um jornalista com quem convivi durante um certo tempo que naquele jornalão paulistano em que ele trabalhava o desempenho do pessoal não era medido apenas pelo lado profissional, ou seja, se o sujeito sabia apurar uma notícia, se escrevia bem, se era um copidesque eficiente, mas também se tinha um bom caráter.


Claro que essa história de avaliar o caráter de alguém exige um enorme grau de subjetividade.


O que pode ser uma virtude para alguns pode ser um defeito para outros.


Mas há valores que são vistos como positivos por todos.


Entre eles, certamente está a lealdade.


O sujeito leal é, segundo os nossos dicionários, aquele que age conforme as leis da probidade e da honra, é digno, honrado, íntegro, não falta à palavra dada ou a cumpre irrestritamente, é fiel, respeitador, responsável, é alguém em quem se pode contar, é confiável, sincero, verdadeiro...

 

E por aí.


E por essas e outras fica fácil saber o que levou esse segundo governo Dilma ao desastre e à consequente tragédia que se abate sobre o país.


Está certo que num governo de coalização, que foi o modelo escolhido pelo PT para chegar e se manter no poder, você tem de engolir muitos sapos, tem de conviver com desconhecidos, tem de aceitar trabalhar com alguém que, até outro dia, você nem sabia que existia.


Mas o nível de deslealdade com a presidenta e o programa de governo por parte das pessoas escolhidas para compor a administração federal é coisa do outro mundo.


A impressão é de que todos conspiravam com todos em todos os momentos.


O resultado não poderia ser outro.


O Dr. Mesóclise e seu bando são a definição viva, em carne e osso, da deslealdade.


A eles se juntam ministros do Supremo Tribunal Federal nomeados por Lula e Dilma, e até o procurador-geral da República, entre outras figuras menores.


O que falta a essas pessoas em caráter, sobra em cinismo, desfaçatez e hipocrisia.


E ousadia.


Afinal, são raros aqueles que exibem publicamente, como um troféu, a traição, e que querem nos convencer de que ela é uma virtude. (Carlos Motta)



Filho de Jango lembra que ”em 1964 também diziam que não era golpe”

15 de Agosto de 2016, 0:01, por Feed RSS do(a) News

“Em 1964 também diziam que não era golpe, que era revolução. O destino é inviolável. A história é implacável. A esses senadores que vão votar a favor do impeachment a história reserva a cada um o destino que lhes é merecido”, afirma João Vicente, filho do ex-presidente João Goulart

 

Por Redação, com Vitor Nuzzi (RBA) — de São Paulo

 

Em entrevista ao site da Rede Brasil Atual (RBA), João Vicente Goulart contestou a suposição de que a história é escrita pelos vencedores. “Quem vence são aqueles que permanecem como figuras do povo brasileiro”, diz, citando Jango. “Onde estão aqueles que traíram o povo?”

João Vicente lembra que seu pai (na foto, com ele e Denize) foi o único presidente brasileiro a morrer no exílio

João Vicente lembra que seu pai (na foto, com ele e Denize) foi o único presidente brasileiro a morrer no exílio

No próximo domingo, um grupo participará da chamada Caminhada Cívica por Jango e pela Democracia, no elevado da região central de São Paulo, que agora leva o nome do ex-presidente João Goulart. E o ato – organizado, entre outros, pela Agência Sindical – ocorre em um momento oportuno, conforme lembra João Vicente Goulart, filho do ex-presidente, que ao lado de sua irmã, Denize, estará presente. “É muito importante, neste momento em que se debate abertamente o retrocesso, rememorar Jango”, diz João Vicente.

A simples mudança de nome no elevado, o popular “Minhocão”, significa “um grande avanço na luta pelos direitos humanos, pelos sítios de memória”, diz ele, lembrando ainda, de mudança ocorrida em 2015 em Brasília, onde a ponte que tinha o nome do general-presidente Arthur da Costa e Silva passou a se chamar Honestino Guimarães, em homenagem ao líder estudantil desaparecido durante a ditadura. Em São Paulo, a alteração foi sancionada em julho pelo prefeito Fernando Haddad, após a Câmara aprovar projeto de lei do vereador Eliseu Gabriel. Inaugurado em 1971, o elevado tinha até então também o nome de Costa e Silva.

João Vicente destaca outras iniciativas envolvendo o nome de Jango, como projeto do deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS), aprovado há um mês na Comissão de Cultura da Câmara, pelo qual se inscreve João Goulart no Livro dos Heróis da Pátria. Ele cita ainda a devolução das honras de Estado e anulação da “tenebrosa sessão” de 2 de abril de 1964, que decretou vaga a Presidência da República, mesmo com Jango em território nacional. “Estão dando a ele o verdadeiro espaço que a ditadura lhe cassou.”

A iniciativa da caminhada demonstra ainda, segundo João Vicente, o reconhecimento de centrais e sindicatos “à luta de Jango pelos trabalhadores brasileiros”. Ele lembra episódios como o aumento de 100% dado ao salário mínimo em 1954, quando Goulart era ministro do Trabalho de Getúlio Vargas e acabou perdendo o cargo. Foi o período do chamado Manifesto dos Coronéis, que reclamavam, entre outras coisas, do reajuste do mínimo. Destaca ainda a criação do 13º salário, em 1962, já no governo Jango.

Nesse sentido, o filho do ex-presidente lembra das ameaças em curso, com o governo interino. “Os trabalhadores não podem sofrer esse retrocesso em seus direitos”, afirma, comparando o Congresso atual e o de 1964. Aquele, diz, “impediu as reformas de base”. O de hoje, acrescenta, “não é comprometido com a democracia, mas com interesses pessoais e corporativos”.

Para ele, Jango representa hoje “todos os democratas”, e a caminhada de domingo surge como evento “em homenagem à história nacional”. João Vicente lembra que seu pai foi o único presidente brasileiro a morrer no exílio: a morte de Jango completará 40 anos em 6 de dezembro.

Jango, in memoriam

O filho de Goulart mostra inconformismo com decisão do governo do Distrito Federal, há um ano, de não mais ceder um terreno para a construção do Memorial da Democracia e da Liberdade, que levaria o nome do ex-presidente. “Surpreendeu muito pela covardia do governador (Rodrigo) Rollemberg, que de socialista não tem nada. Ele está praticando um crime de memória. No momento em que o Brasil lhe devolve (a Jango) as honras de chefe de Estado, que o Congresso faz uma autocrítica (anulando a sessão de 2 de abril), em que os direitos humanos avançam, em que o Mercosul declara Jango herói latino-americano, tivemos uma surpresa e uma indignação profunda.”

João Vicente também vê paralelo entre a situação vivida hoje pelo Brasil e a de 52 anos atrás. “Em 1964 também diziam que não era golpe, que era revolução. O destino é inviolável. A história é implacável. A esses senadores que vão votar a favor do impeachment a história reserva a cada um o destino que lhes é merecido”, afirma, contestando em certa medida a suposição de que a história é escrita pelos vencedores. “Quem vence são aqueles que permanecem como figuras do povo brasileiro”, diz, citando Jango. “Onde estão aqueles que traíram o povo?”

A concentração no domingo, às 8h30, será na Rua Doutor Cesário Mota Jr., 561 (Pizzaria da Sara) – desse ponto sairá a caminhada.

No final, está previsto um ato público/artístico no Largo Padre Péricles, em Perdizes, na zona oeste da capital paulista.

Haverá também uma corrida, coordenada por Rodolfo Lucena, “pela legalidade e contra o golpe”. A saída está marcada para as 7h na Rua Oscar Freire, diante da estação Sumaré do Metrô.

O evento tem página no Facebook: https://www.facebook.com/events/1084673221586701/.

O post Filho de Jango lembra que ”em 1964 também diziam que não era golpe” apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.



Brasileiros protestam contra Michel Temer em maratona olímpica

15 de Agosto de 2016, 0:01, por Feed RSS do(a) News

Cartazes com dizeres Fora Temer e contra o golpe no Brasil foram usados pelos manifestantes

Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:

Durante a maratona feminina, que percorreu, neste domingo, as ruas da cidade do Rio, parte do público protestou contra o governo do presidente interino Michel Temer. Os cerca de 42 quilômetros da prova tiveram vários trechos em que a população podia assistir gratuitamente. Nesses trechos abertos ao público, grupos se organizaram para protestar, também com faixas contra a Rede Globo.

maratona

Durante a maratona feminina dos Jogos Rio 2016 manifestantes levantaram cartazes com Fora Temer

A estudante de direito, Ingride Figueiredo, que participou do protesto defende que os Jogos devem servir também para a manifestação política.

– A Olimpíada também é política, se manifestar contextualiza os jogos, é um direito e um dever. É nossa obrigação fazer essa comunicação com os outros países, mostrando exatamente o que a população está vivendo, não apenas o que se mostra na mídia – declarou.

– Gosto da ideia do espírito olímpico, mas também representa muito dinheiro envolvido, muita empresa lucrando – completou.

O funcionário público Walter Cecchetto Filho segurava uma das faixas contra o governo de facto de Michel Temer.

– Estamos todos aqui querendo o melhor para o país, o melhor para o país e se tudo der certo vamos reverter esse golpe no Senado – declarou, em referência ao processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, que tramita no Senado.

A maratona foi vencida pela queniana Jemima Sumgong, que completou a prova em 2h24min4seg. A prata ficou com a bareinita Eunice Kirwa (2h24min13) e o bronze com a etíope Mare Dibaba (2h24min39).

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