Mulheres lançam ‘gritaço’ na Internet contra estupro
28 de Maio de 2016, 8:59Centenas de pessoas mudaram suas fotos no Facebook, aderindo ao avatar “Eu luto pelo fim da cultura do estupro”
Por Redação, com RBA – de São Paulo:
Após as notícias de que duas adolescentes foram vítimas de estupros coletivos, no Rio de Janeiro e no Piauí, representantes de movimentos sociais, movimentos feministas, artistas, parlamentares e entidades pró-direitos humanos lançaram uma campanha nas redes sociais contra a cultura do estupro. A ideia é que até o fim de junho, internautas publiquem vídeos nas redes sociais dizendo não à violência contra a mulher, usando as hashtags #EstuproNuncaMais e #PeloFimDaCulturaDoEstupro. Ainda ontem, em menos de 1h, a campanha havia alcançado o primeiro lugar entre as mais citadas no Twitter Brasil e terceiro lugar mundial.
Em Porto Alegre, mulheres se reuniram na Casa de Cultura Mario Quintana e realizaram um ato de repudio à cultura do estupro
Centenas de pessoas mudaram suas fotos no Facebook, aderindo ao avatar “Eu luto pelo fim da cultura do estupro”. A presidenta Dilma Rousseff foi uma delas. “Presto minha total solidariedade à jovem, menor de idade, estuprada por vários homens. Além de cometerem o crime, os agressores ainda divulgaram fotos e vídeos da vítima, desacordada, na internet. Uma barbárie”, disse no Twitter.
A atriz Letícia Sabatella também aderiu ao movimento e postou seu vídeo no Instagram e no Facebook.
Em Porto Alegre, mulheres se reuniram na Casa de Cultura Mario Quintana e realizaram um ato de repudio à cultura do estupro. Entre elas estava a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS). “O estupro é parte de uma cultura perversa de dominação e violência contra as mulheres e meninas. Para enfrentar essa cultura, vamos ocupar as redes, as ruas, e repudiá-la com todas as nossas forças e unidade”, publicou no Facebook. “Aprendi com minha filha de 15 anos uma nova palavra: Sororidade. Ela significa uma especial solidariedade entre nós, mulheres. Diga não à cultura do estupro!”
A Polícia Civil do Rio de Janeiro tomou depoimento de uma jovem de 16 anos que foi drogada e estuprada por 33 homens. O crime foi denunciado após um vídeo com imagens da jovem desacordada e com órgãos genitais feridos e expostos ter sido postado na internet. Nas imagens, um homem diz que “uns 30 caras passaram por ela”. “Acordei com 33 caras em cima de mim. Só quero ir para a casa”, disse a jovem, ainda no hospital, de acordo com o jornal O Globo.
O pai da jovem, muito abalado, afirmou que a agressão ocorreu no Morro São João, na capital Fluminense: “Ela foi num baile, prenderam ela lá e fizeram essa covardia. Bagunçaram minha filha. Quase mataram ela. Estava gemendo de dor. Ficou tão traumatizada que só conseguia chorar”.
A polícia já pediu a prisão de quatro homens. Um deles é Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20 anos, com quem a adolescente tinha um relacionamento, além de Marcelo Miranda da Cruz Correa, de 18 anos, Michel Brazil da Silva, de 20, e Raphael Assis Duarte Belo, de 41.
Em Bom Jesus, sul do Piauí, uma jovem de 17 anos foi violentada por cinco jovens, quatro deles menores de idade, na madrugada do último dia 20. Após uma briga com o namorado, a jovem teria ingerido bebida alcoólica e os suspeitos se aproveitaram da embriaguez para cometer o crime. Ela foi encontrada amarrada dentro de uma obra.
A ONU mulheres emitiu uma nota em que se solidariza com as duas jovens estupradas e pede ao poder público do Rio de Janeiro e do Piauí incorporem perspectiva de gênero na investigação, processo e julgamento dos casos. A organização também pede à sociedade brasileira “tolerância zero” a todas as formas de violência contra a mulher.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio de Janeiro também divulgou nota repudiando “o ato de barbárie” cometido contra a jovem carioca e se prontificou a oferecer apoio jurídico a ela e a família.
– Os atos repulsivos demonstram, lamentavelmente, a cultura machista que ainda existe, em pleno Século XXI – diz o texto. “Importante ressaltar que cada frase machista, cada piada sexista, cada propaganda que torna a mulher um objeto sexual devem ser combatidas diariamente, sob o risco de se tornarem potenciais incentivadoras de comportamentos perversos. E, igualmente, lembrar que, se esse crime chegou ao conhecimento público, tantos outros permanecem ocultos, sem repercussão. Precisamos lutar contra a violência em cada lar, em cada comunidade, em cada bairro.”
Repercussão
Jornais de todo o mundo noticiaram o caso do Rio de Janeiro. O The Times of India afirmou que o caso é a crise de “Nirbhaya” brasileira, em alusão ao estupro coletivo dentro de um ônibus que terminou com a morte da vítima, em 2012, em Nova Déli. A reportagem lembra que o crime ocorreu menos de dois meses antes do início das Olimpíadas. “Apesar dos crimes sexuais não serem incomuns nas favelas, onde gangues armadas operam e muitas vezes têm como alvo vítimas inocentes, a brutalidade deste caso chocou completamente o país”, diz o texto.
No Reino Unido, a BBC e o Metro deram destaque para o caso, dizendo que o crime alarmou o Brasil e que a população exige resposta do poder público. O El País, da Espanha, destacou que o Ministério Público recebeu pelo menos 800 denúncias após a divulgação do vídeo.
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Los motivos del "golpe" a Dilma
14 de Maio de 2016, 18:49
Por Juan Manuel Karg / Actualidad RT
Nota de falecimento da Democracia!
11 de Maio de 2016, 20:45Vimos por meio dessa prestar nossas condolências à Democracia Brasileira.
Estuprada no último dia 17 de abril por 367 deputados federais, dentre eles muitos que se dizem religiosos, a mesma encontrava-se em coma.
Neste triste 11 de maio, não resistindo aos ferimentos e alvejada pelo senado feriado, a Democracia veio a falecer.
A todos que perderão seus direitos civis, trabalhistas e sociais, nossas condolências.
O WO e a política
11 de Maio de 2016, 17:15Há derrotas e derrotas.
Há aquelas que o time joga muito, bonito, se esforça, mostra raça, mas em um lance perde o jogo.
Porém, as mais feias derrotas são aquelas que o time faz corpo mole, não se empenha, não joga o jogo, parece não estar em campo, não disputa uma dividida se quer, enquanto a torcida grita, apóia, incentiva o time, comparece ao estádio...
A Democracia brasileira voltou ao rol das derrotas feias.
Alguns, individualmente, até jogaram bem, se esforçaram, mas a comissão técnica errou feio na tática, apresentou um futebol burocrático e, assim como a seleção de felipão, levou de 7 dos nazistas.
E a torcida?
Vai triste para casa na esperança que na próxima temporada o time esteja mais preparado.
Bananal abandonado à própria sorte
10 de Maio de 2016, 20:57 O senso comum prega que o maior problema do Brasil é a corrupção e, por tabela, os corruptos. Só pra variar, o senso comum está completamente equivocado. O problema real, até arrisco dizer, o maior problema do Brasil é a impunidade.
Nosso judiciário é tendencioso, nossa legislação é falha.
Mas daí, quando aparece um governo executivo que, pelo menos, tentou criar meios de se diminuir a impunidade e por consequente, amenizar os problemas com a corrupção generalizada, este governo é defenestrado por impunes corruptos do judiciário, auxiliados por impunes corrutos do legislativo.
E os bananas da república, em grande parte impunes e corruptos cidadãos de ben's, alienados por uma imprensa corporativa igualmente impune e corrupta, aplaudem este circo como que fosse uma redenção.
E a nau segue sem rumo, sem timoneiro, o bananal arrisca-se apodrecer no campo, ser tomado por pragas e ervas daninhas e, mesmo assim, os bananas aplaudem.
Ocaso mais melancólico do país do futuro, cantado em verso e prosa durante tantas décadas e quase realizado em apenas uma, não poderia ser pintado tão cinza nem pelo ficcionista mais talentoso.
Que vontade de voltar pro ventre de dona Claudia e de lá não sair nunca mais!
Por Skora
República de Bananas da Casagrande sequestrou o Brasil!
10 de Maio de 2016, 10:17O Brasil não enfrenta um processo de impedimento da presidenta da república, nem um golpe de estado. O Brasil está refém de bandidos. E isso se chama sequestro.
Ilustração publicada originalmente no twitter do Pataxó @Pataxocartoons
As lambanças cometidas pelos políticos em Brasília sob a regência golpista da Rede Globo, o símbolo maior do atraso travestido de modernidade tecnológica, mostram que o Brasil está refém de bandidos que sequestraram o país todo.
Waldir Maranhão, ao recuar de decisão própria, comprovou que quem manda no país é a Rede Globo e os interesses da família Marinho, a melhor representante da República de Bananas da Casagrande do BraZil. Se surpreendeu pela manhã ao tomar a decisão de anular a votação do impedimento ocorrida em 17 de abril, a noite Maranhão mostrou-se um capacho dos verdadeiros donos do poder. Bastou a Globo gritar "Deram um golpe no meu golpe, isso não é legal" para o presidente da Câmara dos Deputados voltar atrás em sua decisão.
Já o povo segue resignado. Sabe que vai se ferrar, mas em lugar de resistir ao golpe, pensa em como se acomodar à nova situação, dada como inevitável. Sim, o retrocesso se torna inevitável porque o povo não reage. Os movimentos sociais, sindical e, supostamente, populares, falam em nome de um povo que não os entende, apóia ou segue.
O PT, que um dia foi símbolo de organização de base e mobilização popular, está entregue e parece até mesmo torcer para que o golpe seja dado rapidamente para se livrar do peso de governar um país como o Brasil. Outras agrupações de esquerda não se mostram capazes de ser uma alternativa ao novo partidão, aliás, como em 1964 em relação ao partidão de então.
A militância democrática, mais cristã que esquerdista, segue a espera de um milagre, de um messias ou de um salvador da pátria. Os comentários publicados em redes sociais no dia 09 de maio de 2016 mostram isso claramente. Alguns até chegaram a elevar Maranhão ao posto de homem que havia salvo a Democracia no Brasil. Até uma capa de Forbes foi forjada, comprovando que o viralatismo está no DNA dos brasileiros. Temos mentalidade de colonizados e como tais nos comportamos.
E o STF - Suposto Tribunal Federal? Um juiz mantém a anulação e outro mantém a votação. E todos se calam quando Renan diz que seguirá com a farsa do impedimento.
Os acontecimentos dos últimos dias só reforçam a distância que existe entre Brasília e o Brasil, exatamente do mesmo tamanho daquela existente entre a CasaGrande e a Senzala, o Asfalto e o Morro, as Villas e as Favelas.
Tudo isso poderia ter sido evitado, mas preferiu-se acreditar nas palavras de um certo líder que teria dito "não precisamos de um jornal progressista diário de tiragem nacional, pois já temos a Globo".
Será que ele já se achava CasaGrande quando isso afirmou???
Por que decisão de Maranhão pode ser um sinal de Cunha a Temer? Por que ele a pôs no “face”?
9 de Maio de 2016, 16:58Por Fernando Brito, no Tijolaço
Não é informação, é apenas um exercício de possibilidades.
Que ganha mais sentido quando vejo que, depois de dias sem postar nada no Facebook senão versículos da Bíblia, Eduardo Cunha postou quase que imediatamente a decisão de Waldir Maranhão de anular a sessão de votação da abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff.
Estaria Cunha por trás desta surpreendente decisão?
Seria um sinal que, mesmo apeado até do mandato, tem o controle da Presidência da Câmara?
Seria um aviso de que “não fique achando que governará sem mim” de Cunha, porque Temer depende do comando da Câmara para aprovar suas medidas?
Cunha, há pouco, negou. Mas Cunha negar e nada dá no mesmo.
Não há nenhuma dúvida que a decisão de Maranhão cairá, por ignorada ou em recurso judicial.
Se não cair, o máximo é obrigar a repetir a votação.
Jabuti em cima da árvore não foi pra lá sozinho.
Se está lá é que alguém o colocou para dar recados.
PS. Cunha soltou uma nota negando qualquer interferência e condenando a decisão de Maranhão. Nota de Cunha, como se sabe, tem valor de face de R$3.
Maranhão anula votação do impeachment na Câmara
9 de Maio de 2016, 15:04Waldir Maranhão acatou pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU), segundo a presidência da Casa
Por Redação, com ABr e Agências de Notícias – de Brasília:
O presidente interino, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), anulou, nesta segunda-feira, as sessões do dias 15, 16 e 17 de abril, quando os deputados federais aprovaram a continuidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Ele acatou pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU). A informação é da presidência da Câmara.
Na última sexta-feira, a Comissão Especial do Impeachment aprovou a instauração do processo de Dilma Rousseff
Com a aprovação na Câmara, o processo seguiu para o Senado. Waldir Maranhão já solicitou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a devolução dos autos do processo. O presidente interino da Câmara determinou nova sessão para votação do processo de impeachment na Casa, a contar de cinco sessões a partir desta segunda-feira.
Vícios no processo
Waldir Maranhão, que assumiu a presidência após afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu os argumentos do advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, por entender que ocorreram vícios no processo de votação, tornando-a nula.
Ele considerou que os partidos políticos não poderiam ter fechado questão ou orientado as bancadas a votarem de um jeito ou de outro sobre o processo de impeachment. “Uma vez que, no caso, [os deputados] deveriam votar de acordo com suas convicções pessoais e livremente”, diz nota do presidente interino divulgada à imprensa.
Maranhão também considera que os deputados não poderiam ter anunciado publicamente os votos antes da votação em plenário em declarações dadas à imprensa. Considerou ainda que o resultado da votação deveria ter sido formalizado por resolução, como define o Regimento Interno da Casa.
Governo
O vice-líder do governo, Sílvio Costa (PTdoB-PE), foi o primeiro a comentar a medida e comemorou o que chamou de “decisão constitucional”, mas lembrou que agora é preciso aguardar o posicionamento do presidente do Senado, Renan Calheiro (PMDB-AL).
Na última sexta-feira, por 15 votos a favor e 5 contra, a Comissão Especial do Impeachment aprovou a instauração do processo de impedimento da presidente da República, Dilma Rousseff. O parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) foi votado numa sessão que durou quase três horas.
Agora caberá ao Plenário dar a palavra final. O parecer da comissão deverá agora ser lido em Plenário e, a partir daí, a sessão de votação deve aguardar o prazo mínimo de 48 horas para ser realizada. Caso a decisão da comissão seja ratificada por metade mais um dos presentes — desde que alcançado o quorum mínimo de 41 senadores —, Dilma Rousseff será afastada do cargo por até 180 dias para que os senadores possam julgar o mérito da questão. Nesse período, o vice-presidente Michel Temer assume o governo do país interinamente.
Antes da votação, todos os líderes de partidos e blocos tiveram direito a cinco minutos de exposição para apresentarem suas opiniões. A maioria dos senadores concordou com a tese de que Dilma não poderia ter editado decretos presidenciais para abertura de crédito suplementar sem anuência do Congresso Nacional.
Além disso, argumentaram que Dilma também cometeu crime de responsabilidade ao contratar ilegalmente operações de crédito com instituição financeira controlada pela União, no caso o Banco do Brasil, em relação aos pagamentos ao Plano Safra.
Primeira líder a fazer a declaração de voto, a senadora Ana Amélia (PP-RS) considerou graves os fatos atribuídos à presidente e disse que a legislação e a Constituição estão sendo rigorosamente cumpridas no processo de impeachment.
— Com a crise sem precedentes enfrentadas pelo país, é necessário que o Senado cumpra seu dever — acrescentou.
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