Greenwald libera novo petardo contra Moro e procuradores do MPF
30 de Junho de 2019, 20:14Procuradores buscaram por Nilton Aparecido Alves, técnico em contabilidade em Campo Grande, e o empresário Mário César Neves, dono de um posto de combustível.
Por Redação – do Rio de Janeiro
A agência norte-americana de notícias Intercept Brasil liberou, nesta sexta-feira, mais um petardo contra o ex-juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, e seu relacionamento ilegal com os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) de Curitiba, responsáveis pelas investigações da Operação Lava Jato. Mas a divulgação dos atos criminosos apenas começaram.
Dallagnol e Moro, após vazamentos publicados no Intercept Brasil, podem perder seus empregosO anúncio foi feito pelo jornalista Glenn Greenwald, do Intercept, em seu twitter. “O desespero aqui é triste. Vamos esperar até o final do dia – hoje – e depois me dizer se o que o @Estadao publicou aqui (nesta sexta-feira) é verdade ou não. Eu acho que a resposta será bem clara”, escreveu o jornalista.
“A versão de integrantes da inteligência do governo dá conta de que já se esgotou o arsenal do The Intercept contra Moro.”- rindo muito. De todos os dias para afirmar isso, hj é o pior dia possível para eles. E obviamente, eles não têm ideia do que temos, então por que fingir?”, escreveu ainda o jornalista.
Apenas alguns minutos depois das mensagens de Greenwald, a revista semanal de ultradireita Veja revelou, nesta tarde, o nome de duas testemunhas indicadas pelo então juiz Sergio Moro ao chefe da força-tarefa da Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol. Em parceria com a Intercept, a revista informa que procuradores buscaram por Nilton Aparecido Alves, técnico em contabilidade em Campo Grande, e o empresário Mário César Neves, dono de um posto de combustível na capital sul-mato-grossense.
Fraude
A indicação de testemunha de Moro para Dallagnol já havia sido divulgada pelo site e confirmada pelo próprio ex-magistrado, atual ministro da Justiça e Segurança Pública. Em conversa pelo aplicativo Telegram, o ministro disse ao procurador que sabia de uma testemunha “aparentemente disposta”a falar sobre imóveis relacionados ao ex-presidente Lula.
Quando o episódio veio à tona, Moro confirmou a autenticidade desse diálogo ao classificar a sugestão havia sido um “descuido” seu.
— Eu recebi aquela informação, e aí sim, vamos dizer, foi até um descuido meu, apenas passei pelo aplicativo. Mas não tem nenhuma anormalidade nisso. Não havia uma ação penal sequer em curso. O que havia é: é possível que tenha um crime de lavagem e eu passei ao Ministério Público — declarou Moro após uma cerimônia na Polícia Rodoviária Federal, em Brasília.
Segundo a revista, em tese, Moro pode ser acusado de ter praticado fraude processual, uma vez que magistrados são proibidos, por lei, de indicar testemunhas a qualquer uma das partes.
De acordo com Veja, Dallagnol procurou as pessoas citadas, em dezembro de 2015, mas elas teriam se recusado a colaborar.
Propina
A reportagem diz ainda que o procurador chegou a sugerir que se forjasse uma denúncia anônima para justificar a expedição de uma intimação que obrigasse as testemunhas a depor no Ministério Público. Esse diálogo entre Moro e Dallagnol foi publicado pela Intercept Brasil, há três semanas. Mas o nome das testemunhas não havia sido divulgado.
Conforme a revista, Nilton Aparecido não confirmou se foi procurado pela força-tarefa.
— Não sei por que meu nome está nessa história. Alguém deve ter falado alguma coisa errada — respondeu aos jornalistas.
Parceiros
Já a segunda testemunha procurada por Veja confirmou ter sido abordada pela força-tarefa do Lava Jato. Mário César Neves é identificado como a pessoa que ouviu a história de Nilton Aparecido sobre os imóveis do filho de Lula e passou a informação a Moro.
— O pessoal do Ministério Público me ligou, não sei mais o nome da pessoa, mas ela queria saber quem era o Nilton, que serviços ele prestava e como poderia encontrá-lo — disse.
Ele também confirmou à reportagem que passou ao MPF o endereço e o telefone de Nilton Aparecido, mas não entrou em detalhes sobre as possíveis transações imobiliárias do filho de Lula.
— Eu soube que o Nilton foi chamado para prestar depoimento logo depois dessa ligação para mim — acrescentou.
Há três semanas, uma série de reportagens publicadas pela Intercept e veículos parceiros, como Veja, Folha de S.Paulo e Band, apontam diálogos que sugerem que o então juiz deu orientações à força-tarefa da Lava Jato sobre o rumo das investigações. O ministro questiona a veracidade das conversas e classifica a obtenção dos diálogos como ação criminosa. As mesmas alegações são invocadas por Dallagnol.
Desgaste de Bolsonaro no exterior reflete na mídia dos EUA
30 de Junho de 2019, 20:14O texto cita o último escândalo, dos 39 quilos de cocaína encontrados no avião da comitiva presidencial. A publicação também menciona os vazamentos contra o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e as dificuldades em avançar com sua agenda no Congresso.
Por Redação, com Reuters – de Washington
“Ele está perdendo!”. É com esse título que o jornal norte-americano The Washington Post abordou, nesta sexta-feira, “o desafio de Jair Bolsonaro diante de escândalos de cocaína e vazamentos, e do trabalho da oposição”.
Bolsonaro vive o pior momento de seu governo, antes mesmo de completar os primeiros seis meses no poderO texto cita o último escândalo, dos 39 quilos de cocaína encontrados no avião da comitiva presidencial. A publicação também menciona os vazamentos contra o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e as dificuldades em avançar com sua agenda no Congresso.
“Em vez de consolidar o poder, em seus primeiros seis meses, o líder direitista às vezes pareceu oprimido por ele, expondo a inexperiência executiva de um homem que rapidamente saltou das margens da vida política brasileira para seu centro”, explica o correspondente Terrence McCoy, que assina a matéria.
Confusão
“Enquanto ele salta de um escândalo a outro, os analistas e até mesmo alguns dos seus defensores questionam se ele terá a perspicácia política necessária para cumprir o mandato que obteve após a avalanche eleitoral de outubro passado”.
O The Washington Post também demonstra o temor de que Bolsonaro possa radicalizar sua postura diante dessa “confusão e falta de vitórias legislativas”. A economia brasileira “está novamente flertando com a recessão”, complementa.
Defesa reforça pedido de liberdade para Lula diante delação forjada
30 de Junho de 2019, 20:14O empreiteiro Léo Pinheiro incriminou o ex-presidente Lula, no caso que o levou à prisão.
Por Redação – de São Paulo
Alvo de uma prisão política há mais de um ano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva questiona, agora, a delação premiada do empreiteiro Léo Pinheiro e acusa o Ministério Público Federal (MPF) de Curitiba de forjar a peça acusatória. A nova leva de mensagens vazadas à agência norte-americana de notícias Intercept Brasil aponta o crime cometido. As evidências serão anexadas ao processo que pede a imediata libertação do líder petista.
Leo Pinheiro mudou seu depoimento acerca do ex-presidente Lula, para incriminá-loPinheiro incriminou o ex-presidente, no caso que o levou à prisão. O depoimento foi tratado com desconfiança pela Operação Lava Jato durante quase todo o tempo em que se dispôs a colaborar com as investigações, “segundo mensagens privadas trocadas entre procuradores envolvidos com as negociações”, afirma reportagem do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, parceira da agência Intercept.
Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, somente passou a ser considerado merecedor de crédito “após mudar diversas vezes sua versão sobre o apartamento tríplex de Guarujá (SP) que a empresa afirmou ter reformado para o líder petista”, acrescenta.
A reportagem aponta que Léo Pinheiro apresentou a versão usada para condenar Lula apenas em abril de 2017, mais de um ano depois do início das negociações com a Lava Jato. Os diálogos examinados pela Folha e a Intercept ajudam a entender por que as negociações da delação da empreiteira, até hoje não concluídas, foram tão acidentadas — e sugerem que o depoimento sobre Lula e o tríplex foi decisivo para que os procuradores voltassem a conversar com Pinheiro, meses depois de rejeitar sua primeira proposta de acordo.
Pinheiro, na realidade, teria sido levado a incriminar Lula “para ter sua delação aceita”, conclui.
General Santos Cruz dispara contra Bolsonaro e filhos: ‘Fofocagem desgraçada’
21 de Junho de 2019, 11:26Segundo o general Santos Cruz, que exerceu o comando das tropas brasileiras, no Haiti, se alguém “fizer uma análise das bobagens que se têm vivido, é um negócio impressionante”.
Por Redação – do Rio de Janeiro
Em sua primeira manifestação pública após a demissão da Secretaria de Governo da Presidência da República na semana passada, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz acionou o gatilho da metralhadora e não poupou críticas ao governo do ex-capitão Jair Bolsonaro (PSL).
O general Santos Cruz já exerceu comando de tropas brasileiras no Haiti, pelas Nações UnidasA atual gestão deveria parar de perder tempo com “bobagens” para focar no que é importante, disse o general, em entrevista a uma publicação semanal das Organizações Globo.
— Tem de parar de criar coisas artificiais que tiram o foco — acrescentou.
Sobre as críticas das quais foi alvo por parte de Olavo de Carvalho, avaliou que há um limite.
— Discordâncias são normais, mas atacar as pessoas em sua intimidade, isso acaba virando uma guerra de baixarias. Tem de aproveitar essa oportunidade para tirar a fumaça da frente para o público enxergar as coisas boas, e não uma fofocagem desgraçada — criticou.
Ofensas
Ainda segundo o militar, que exerceu o comando das tropas brasileiras, no Haiti, se alguém “fizer uma análise das bobagens que se têm vivido, é um negócio impressionante”.
— É um show de besteiras. Isso tira o foco daquilo que é importante. Tem muita besteira. Tem muita coisa importante que acaba não aparecendo porque todo dia tem uma bobagem ou outra para distrair a população, tirando a atenção das coisas importantes. Tem de parar de criar coisas artificiais que tiram o foco. Todo mundo tem de tomar consciência de que é preciso parar com bobagem — atirou Santos Cruz.
Para o militar, “não é porque você tem liberdade e mecanismos de expressão, Twitter, Facebook, que você pode dizer o que bem entende, criando situações que atrapalham o governo ou ofendem a pessoa”.
— Você discordar de métodos de trabalho é normal, até publicamente. Discordâncias são normais, de modo de pensar, modo de administrar, modo de fazer política, de fazer coordenação. Mas, atacar as pessoas em sua intimidade, isso acaba virando uma guerra de baixarias — concluiu.
BCs de todo o mundo se livram do dólar em suas reservas cambiais
21 de Junho de 2019, 11:26Segundo o último relatório do BCE dedicado ao papel do euro nas transações internacionais, em 2018 a cote-parte do dólar nas reservas dos bancos centrais em todo o mundo foi de apenas 61,7% – um mínimo histórico desde a criação União Económica e Monetária da UE em 1999.
Por Redação, com Sputniknews – de Moscou
A cota-parte do dólar nas reservas internacionais globais atingiu seu mínimo em 20 anos, informa o último relatório do Banco Central Europeu (BCE). A agência russa de notícias Sputniknews explica o que significa essa tendência e por que cada vez mais bancos centrais decidem reduzir seus investimentos em títulos norte-americanos.
Em tese, os EUA podem imprimir dólares suficientes para cobrir o serviço da dívidaSegundo o último relatório do BCE dedicado ao papel do euro nas transações internacionais, em 2018 a cote-parte do dólar nas reservas dos bancos centrais em todo o mundo foi de apenas 61,7% – um mínimo histórico desde a criação União Económica e Monetária da UE em 1999, enquanto a cota-parte das outras moedas está crescendo gradualmente.
Cotação
O BCE enumera três razões para a queda do interesse pelos ativos denominados em dólares. Volatilidade e reversão de fluxos de capitais A primeira é a volatilidade nos mercados financeiros e a reversão de fluxos de capitais transfronteiriços, que fez com que os países emergentes com grandes reservas internacionais (incluindo Argentina, Índia e Turquia) realizassem intervenções no mercado cambial para estabilizar suas divisas nacionais.
Vendendo dólares, os bancos centrais reduzem a cotação do dólar frente a suas moedas nacionais, seguindo o princípio da oferta e da demanda: quanto mais dólares há à disposição, mais baratos eles ficam.
Entre março e setembro de 2018 eles venderam reservas no valor de cerca de US$ 200 bilhões (cerca de R$ 770 bilhões), denominadas principalmente em dólares, reduzindo assim a cota-parte da moeda estadunidense nas suas reservas.
Diversificação
A diversificação é o princípio fundamental da teoria moderna do portfólio. Não é de surpreender que os bancos centrais por todo o mundo também queiram diversificar suas reservas para se protegerem dos fatores negativos.
Nos últimos tempos, o problema que mais preocupa alguns grandes países é a introdução de sanções unilaterais por parte de Washington. Por exemplo, após a introdução de vários pacotes de sanções, a Rússia, que já no início do ano passado foi um dos maiores detentores de títulos do Tesouro dos EUA, decidiu se livrar da maioria dos seus ativos em dólares, apostando em euros e yuans.
Apenas em um ano (de abril de 2018 a abril de 2019), Moscou vendeu cerca de 87% dos seus títulos do Tesouro dos EUA e ficou fora da lista dos 30 maiores detentores de dívida pública estadunidense publicada pelo Departamento do Tesouro dos EUA.
Guerra comercial
A China, o maior detentor estrangeiro de títulos do Tesouro dos EUA, também reduziu seus investimentos nesse ativo em meio à escalada da disputa comercial com Washington.
Vale ressaltar que em abril de 2019 o volume dos títulos da dívida pública estadunidense nas reservas internacionais chinesas atingiu seu mínimo, desde maio de 2017, de 1,11 trilhão de dólares (cerca de R$ 4,26 trilhões) em comparação com 1,12 trilhão de dólares (R$ 4,3 trilhões) no mês anterior.
Os últimos dados do Departamento do Tesouro dos EUA revelaram uma tendência absolutamente nova: mesmo os aliados mais próximos de Washington se estão livrando dos títulos da dívida pública dos EUA.
Por exemplo, em abril de 2019, o Reino Unido encabeçou a lista de maiores vendedores dos títulos estadunidenses, se livrando de títulos no valor de 16,3 bilhões de dólares (R$ 62,6 bilhões).
Além disso, o Japão, o segundo maior credor dos EUA, também vendeu títulos no valor de 11,07 bilhões de dólares (R$ 42,5 bilhões).
Desdolarização
Em geral, os investidores estrangeiros estão vendendo seus títulos da dívida pública dos EUA por 12 meses consecutivos – um prazo recorde nos tempos modernos.
De acordo com o BCE, se livrando do dólar os bancos centrais e fundos soberanos estão aumentando o volume dos ativos denominados em outras moedas de reservas tradicionais: euro, iene japonês e libra esterlina.
Mais uma tendência importante é o interesse crescente nos investimentos em moedas não tradicionais: o dólar australiano, o dólar canadense e, principalmente, o yuan chinês.
Ouro
Outra tendência é a compra massiva de ouro pelos bancos centrais por todo o mundo: em 2018 eles compraram 74% mais ouro que em 2017 (as compras somaram 651,5 toneladas), enquanto no primeiro trimestre de 2019 os bancos centrais compraram 145,5 toneladas de ouro, ou seja, 68% mais do que no mesmo período de 2018.
Tudo isso significa que o nosso mundo está se tornando cada vez mais multipolar: se há 10 anos o dólar dominava incontestavelmente o sistema financeiro global, hoje em dia a situação está mudando: a divisa estadunidense enfrenta concorrência por parte dos novos adversários e em breve, possivelmente, iremos testemunhar o aparecimento de uma nova ordem econômica global.
Greenwald aceita convite para falar no Senado sobre escândalo da Vaza Jato
18 de Junho de 2019, 12:30Greenwald tem publicado uma série de conversas vazadas nas quais o ex-juiz federal Sergio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública, supostamente intervém no andamento das investigações conduzidas pelo procurador da República Deltan Dallagnol, e membros diversos da força-tarefa da Operação Lava Jato, junto ao Ministério Público Federal.
Por Redação – de Brasília
O Conselho de Comunicação Social do Senado aprovou, nesta segunda-feira, o convite ao editor do The Intercept, Glenn Greenwald, que o aceitou, prontamente, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil. Na audiência, marcada para o dia 1º de Julho, o jornalista poderá falar sobre as publicações recentes da agência norte-americana de notícias Intercept Brasil.
O jornalista Davi Emerich (ao microfone) foi favorável ao convite para que Greenwald falasse aos senadores, mas propôs que outros jornalistas também fossem chamadosGreenwald tem publicado uma série de conversas vazadas nas quais o ex-juiz federal Sergio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública, supostamente intervém no andamento das investigações conduzidas pelo procurador da República Deltan Dallagnol, e membros diversos da força-tarefa da Operação Lava Jato, junto ao Ministério Público Federal. O principal objetivo seria o de prejudicar a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Conselho
Nos diálogos (aos quais, o ministro em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, na semana passada, disse “não reconhecer autenticidade”), ficaria evidenciada a condução política da operação contra o PT e o ex-presidente Lula, segundo a agência de notícias chefiada por Greenwald. A iniciativa de chamá-lo partiu do representante da sociedade civil no Conselho, o advogado Miguel Matos.
— Não podemos fechar os olhos para o que vem ocorrendo neste país. É algo de uma gravidade extrema, e intimamente ligado também à nossa atuação neste conselho. O imbróglio em torno do que vem sendo divulgado pelo The Intercept é algo sem precedentes na história brasileira. E Greenwald tem dito que vem sofrendo inúmeros atentados ao livre exercício do jornalismo. É preciso então que ele venha aqui e esclareça o que vem acontecendo. A liberdade de imprensa é a garantidora do Estado democrático de direito, não podemos fechar os olhos para o que está se passando — afirmou Matos.
Debate
O jornalista Davi Emerich também foi favorável ao convite a Greenwald, mas advoga que o CCS não poderia ignorar, neste momento, a conjuntura política que divide o país. Por isso, solicitou que outros jornalistas também fossem chamados, visando que a audiência não se tornasse “manca” num debate público.
A partir daí, a presidente do Instituto Palavra Aberta, Patrícia Blanco, sugeriu a participação do jornalista Claudio Dantas, do site de ultradireita O Antagonista. E o presidente do CCS, o cientista político Murillo de Aragão, sugeriu ainda a participação na mesa dos jornalistas Daniel Bramatti (presidente da Abraji — Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e Maria José Braga (presidente da Fenaj — Federação Nacional dos Jornalistas e também conselheira do CCS), além do ex-ministro do STF, Carlos Ayres Brito. Todos os nomes foram acatados pelos demais membros do conselho.
Perdida diante ataque fulminante, direita quase sai no tapa, em público
18 de Junho de 2019, 12:30Alvo do astrólogo e guru da família Bolsonaro, Olavo de Carvalho, o deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP) denunciou a tática ‘olavista’ para a demissão de ministros que desagradam à ala próxima ao núcleo familiar do presidente.
Por Redação – de São Paulo
Pressionados por um processo de rápida desintegração do ideário da direita, no país, os integrantes daquela base que elegeu o presidente Jair Bolsonaro (PSL) se esfacela em brigas públicas, muitas vezes com palavras de baixo calão. Se há uma semana os líderes do governo no Senado e no Congresso chamavam-se, mutuamente, de ‘moleque’, o nível desceu ainda mais, nesta segunda-feira.
O ‘filósofo’ Olavo de Carvalho partiu para a agressão verbal contra o deputado Alexandre Frota, supostamente da base de apoio ao governo BolsonaroAlvo do astrólogo e guru da família Bolsonaro, Olavo de Carvalho, o deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP) denunciou a tática ‘olavista’ para a demissão de ministros que desagradam à ala próxima ao núcleo familiar do presidente. A mensagem, no Twitter, ocorreu cerca de 20 minutos depois de o astrólogo afirmar, na mesma rede social, que “o Alexandre Fruta fez carreira no teatro mostrando ‘pinto’ e *. Na atividade parlamentar, para alívio geral, mostra só o *”.
Tristeza
Em resposta, o parlamentar retrucou que, “no Governo não falta Pavão, o método tem sido assim: primeiro é esculachado pelo Olavo, depois que esse rato faz o serviço sujo, entram os miquinhos amestrados nas redes”.
“Bom aí entra o Rei e manda embora de um jeito absurdo. Foi assim Bebiano, Vélez, Cruz, Levy. Sem ideologia”, escreveu Frota. O deputado paulista já não faz parte do núcleo que aplaude, incondicionalmente, as sandices de Bolsonaro. Alguns de seus aliados mais próximos o acusaram de traição e mandaram o deputado, que é vice-líder do PSL, abandonar a legenda e partir para o PT.
Em recente declaração, Frota também afirmou que teria anulado o voto se soubesse da influência de Olavo no governo.
— Se tivessem me falado que eu ao votar no Jair, na verdade estava votando no Olavo teria anulado meu voto. Que tristeza — concluiu.
Destruição da soberania e da ciência no Brasil
18 de Junho de 2019, 12:25Neurocientista mundialmente reconhecido, Miguel Nicolelis visita o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo, na terça-feira (25). Em debate, a destruição da soberania e do futuro dos brasileiros. A atividade ocorre no auditório da entidade, situado na Rua Rego Freitas, 454, sala 83, próximo ao metrô República. Nicolelis contará com a companhia de Flávia Calé, presidenta da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG).
Professor titular da Duke University (EUA), Nicolelis foi considerado um dos 20 maiores cientistas em sua área pela revista Scientific American e pela revista Época. Também foi o primeiro cientista a receber dois prêmios dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH) no mesmo ano, além de ser o primeiro brasileiro a ter um artigo de capa na revista Science. Na Duke University, atua como pesquisador do Instituto Internacional de Neurociências Edmond & Lilly Safra (IIN-ELS). Nicolelis lidera o consagrado projeto Walk Again - "Andar de novo".
Para quem não puder comparecer, haverá transmissão online na página do Barão: www.facebook.com/baraomidia
Se segura, Sérgio Moro, que vem novas revelações por aí, avisa Greenwald
15 de Junho de 2019, 9:47Caso admita a integridade do conteúdo divulgado, Moro será alvo de pesadas ações nos tribunais superiores, terá os processos que julgou questionados nos tribunais.
Por Redação – de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo
Premido por um dilema que, uma vez resolvido, tende a colocar um ponto final na carreira, o ex-juiz Sérgio Moro, preso ao cargo de ministro da Justiça, conforme admite, por absoluta falta de opção profissional, admitiu nesta sexta-feira a veracidade ao menos de parte dos vazamentos publicados, até agora, pela agência norte-americana de notícias Intercept Brasil.
Ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, está cada vez mais pressionado por juristas e pela opinião pública a deixar o cargoCaso admita a integridade do conteúdo divulgado, Moro será alvo de pesadas ações nos tribunais superiores, terá os processos que julgou questionados nos tribunais. E, uma vez considerado réu em qualquer desses processos; não restará outra saída senão a entrega do cargo.
Sem problema
Tudo indica que esta é uma opção de curto prazo. O jornalista norte-americano Glenn Greenwald, que integra o time de jornalista na série de reportagens sobre um possível conluio entre Sérgio Moro e o procurador federal Deltan Dallagnol, à frente da Operação Lava Jato, revelou em entrevista ao programa de Juremir Machado na rádio Guaíba, de Porto Alegre, que as próximas matérias são ainda mais contundentes.
— Quero ver Moro se segurar na cadeira depois das próximas revelações — afirmou, sem antecipar detalhes.
Greenwald responde ao ministro, que o desafiou publicar tudo o que sabe.
— Se quiserem publicar tudo, publiquem. Não tem problema — disse Moro, que adiantou sua disposição de permanecer no cargo.
Vaga no STF
Se for verdade o que o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, sobre a possibilidade “zero” de demitir o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro poderá passar um fim de semana tranquilo.
— Não existe essa possibilidade (de Moro ser demitido), zero — disse Bolsonaro, durante o café da manhã com jornalista, no Palácio do Planalto.
Sem reconhecer a gravidade da situação em que se encontra o subordinado, Bolsonaro chegou a repetir a “possibilidade grande” de Moro ser indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o que apenas complica ainda mais a situação jurídica do ex-juiz, que teria promovido ações combinadas com o Ministério Público para facilitar a campanha política de seu atual superior.
Descuido
Sem o menor constrangimento, Bolsonaro confessa sua completa ignorância quanto à gravidade dos atos supostamente cometidos por Moro e diz que não vê maldade em eventuais conversas entre advogados, policiais e promotores, para cometer crimes de conluio e formação de quadrilha. Segundo Bolsonaro, nos encontros que teve com Moro após o episódio, ele disse não ter falado em demissão, nem o ministro em entregar o cargo.
Pressionado pela opinião pública e pareceres de juristas respeitados nas cortes internacionais, que tiveram acesso aos diálogos vazados, Moro atestou que o conteúdo das conversas dele com Dallagnol, publicadas pela agência, seriam reais. Ele instruiu secretamente os procuradores a preparar material para a condenação contra o ex-presidente Lula, que vem sendo mantido como preso político há mais de um ano.
— Foi descuido meu — confessa.
Auxílio-moradia
Descuido não. Crime. É o que afirmou a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), após a declaração do ministro.
“Foi descuido meu, diz Moro sobre mensagem à Lava Jato com pistas contra Lula’. Descuido não, CRIME”, escreveu a parlamentar, no Twitter.
Em comentário também em uma rede social, o jornalista Fábio Lau, editor do site de notícias Conexão Jornalismo, expõe o que pensa sobre a personagem central do escândalo da Vaza Jato.
“Moro é daqueles homens para quem o dinheiro se sobrepõe a valores como caráter e honestidade. Explico: ele viveu em apartamento próprio em Curitiba e mesmo sabendo que poderia arranhar sua imagem, recebia auxílio-moradia.
‘Banana’
“Chamado para ser ministro, não quis abandonar a magistratura até o fim do ano sob a alegação de que precisava se sustentar. A ética, naquele momento, para ele nada valia. Mas seu conforto, sim.
“Eis que agora, caindo pelas tabelas, se escora em Bolsonaro e afirma que jamais renunciará ao ministério. Motivo: não teria meio de subsistência tendo em vista que, sem registro da OAB, não poderia advogar.
“Este Super Homem é um frouxo, banana, picareta, pilantra e canalha. A redundância é proposital”, conclui.
Carro fura bloqueio e atropela manifestantes em Niterói
15 de Junho de 2019, 9:47Um carro atravessou a manifestação em alta velocidade e deixou três pessoas feridas na cidade de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro.
Por Redação, com Sputnik – do Rio de Janeiro
Parte da Greve Geral desta sexta-feira, uma manifestação contra a reforma da Previdência no Rio de Janeiro teve 3 manifestantes atropelados durante o ato.
Um carro atravessou a manifestação em alta velocidade e deixou três pessoas feridas na cidade de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro.
O grupo de manifestantes fechava a avenida Marques do Paraná quando um carro furou o bloqueio e atropelou manifestantes. Ficaram feridos duas professoras e um estudante, que foram levados para um hospital sem ferimentos graves.
Segundo informações da Folha de São Paulo, o veículo teve parte de seus vidros quebrados na confusão que se seguiu. O motorista fugiu do local.
Polícia Militar
A Polícia Militar do Rio de Janeiro atacou trabalhadores que participavam da #GreveGeral, nesta sexta-feira . Os manifestantes protestavam no Elevado da Perimetral, na região central da capital fluminense, contra a “reforma da Previdência. Os policiais atiraram bombas de gás lacrimogêneo. Não houve relato de feridos.
A repressão policial também aconteceu em Porto Alegre. De acordo com relatos, cerca de 50 trabalhadores que realizavam piquete nas garagens de ônibus. Em São Paulo, a polícia militar também reprimiu manifestantes e enquadrou trabalhadores de maneira arbitrária. “É ilegítimo. Uma clara indiscriminação para impedir que as pessoas não se manifestem neste dia de greve. É um assédio”, disse o advogado Pablo, que acompanhou a revista, em entrevista aos Jornalistas Livres.
O Brasil amanheceu com greve geral de 24 horas, convocada pelas centrais sindicais, com o apoio de organizações sociais e estudantis, da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo, contra a reforma da Previdência e os retrocessos promovidos pelo governo Jair Bolsonaro (PSL).