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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | 2 people following this article.
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A dívida pública e os juros

28 de Julho de 2017, 18:17, por Feed RSS do(a) News

Neoliberais e economistas de aluguel dizem que você trabalha 5 meses por ano para pagar impostos.
Na verdade, 44% de tudo que você produziu em 2016 foi parar nas mãos dos banqueiros e não do Governo Federal. Ou seja, no Brasil, mais de 100 milhões de pessoas trabalham para sustentar algumas poucas famílias de banqueiros.
Além de entregarmos 44% de tudo que produzimos a estas poucas famílias de banqueiros, ainda pagamos tarifas bancárias exorbitantes, juros maiores ainda e por aí vai.
Por baixo, por baixo, metade de tudo que o país produz em um ano vai para os cofres dos banqueiros.
Não é a previdência, o problema.
Não são os pobres o problema.
O grande rombo no Brasil é o Bolsa Banqueiro!
 
Dívida pública união 2016 
Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A maior parte do noticiário atual tem se ocupado dos impactos políticos e econômicos derivados da mais recente decisão da equipe comandada por Henrique Meirelles. Trata-se da opção por lançar mão do aumento de impostos para dar uma maquiadazinha na calamitosa situação fiscal de nosso País. Na verdade, o problema não está tanto na majoração dos tributos incidentes na cadeia de combustíveis em si. Mas principalmente pelo fato de se tratar de mais um evento de estelionato golpeachmental patrocinado por Temer.

Afinal o bloco majoritário que promoveu a retirada ilegal e inconstitucional da Presidenta legitimamente eleita foi useiro e vezeiro da ladainha contra o uso de novas elevações de medidas de tributação como instrumento de política econômica. Esse foi o caso da derrota da CPMF e de todas as outras tentativas de recompor o equilíbrio fiscal a partir de fontes de arrecadação. Afinal, o mote do Estado mínimo rima perfeitamente com a negativa em pagar impostos.

Todas as vezes que Lula e Dilma ousaram apresentar alguma opção nessa linha foram severamente bombardeados como gastadores, populistas, irresponsáveis, bolivarianos e por aí vai. O interessante é observar a mudança radical dos analistas vinculados ao financismo e à equipe dos sonhos da economia. O tom dos comentários e editoriais nos grandes órgãos de comunicação é totalmente diferente. Agora, a decisão de elevar PIS/COFINS incidente sobre diesel, gasolina e etanol é apresentada como uma inevitabilidade, uma triste necessidade inescapável para fechar as contas do governo federal. Coitado, em meio a tantas dificuldades a serem enfrentadas, dá mesmo até dó do Ministro da Fazenda...

Até então a turma do impostômetro era implacável na crítica a esse tipo de possibilidade. Isso para não mencionar o bombardeio sistemático de qualquer alternativa de uso de tributos para estabelecer um novo padrão de justiça social e econômica, com maior incidência de impostos sobre a renda e o patrimônio. O exemplo mais simbólico é a incansável luta contra a regulamentação do dispositivo previsto na Constituição desde 1988. Trata-se do Imposto sobre Grandes Fortunas, que deveria já estar definido em lei complementar específica há 29 anos, tal como determina o inciso VII, do art. 153 da Carta Magna.

Pois bem, o foco do debate na questão da arrecadação escamoteia a divulgação e análise das informações relativas ao comportamento da dívida pública federal. Como ocorre a cada mês, a Secretária do Tesouro Nacional (STN) divulga o relatório periódico com os dados relativos à evolução dessa importante referência de avaliação das condições macroeconômicas do País.

De acordo com os números oficiais do próprio Ministério da Fazenda, o estoque total da dívida pública federal em poder do público atingiu a marca de R$ 3,36 trilhões em junho de 2017. Esse valor representou um crescimento significativo ao longo de 12 meses. Há exatamente um ano, o estoque dessa dívida estava no nível de R$ 2,96 tri. Isso significa que houve um crescimento de R$ 400 bi no período. Antes de quaisquer conclusões apressadas a respeito de um suposto gigantismo nos números, é importante registrar que a existência de dívida pública não é nenhum problema em si. Antes, pelo contrário, o processo de endividamento público pode se traduzir em importante instrumento de política econômica. O importante é entendermos os “comos”, os “quantos” e os “porquês” de cada caso concreto a ser estudado.

Um aspecto relevante a ser observado é que o crescimento do estoque da dívida deu-se em período onde houve, também, o pagamento expressivo de juros sobre esse mesmo montante de títulos emitidos sob a responsabilidade do Tesouro Nacional. Ou seja, seguiu-se à risca o preceito da ditadura do superávit primário e os resultados das contas orçamentárias de natureza não financeira foram comprimidos para que sobrassem recursos para o pagamento dos compromissos da dívida. E mesmo assim, tal esforço não foi suficiente. Com isso, novos títulos foram emitidos e o estoque da dívida cresceu.

Os dados disponíveis no Banco Central a respeito do pagamento de juros mostram que no período maio de 2016 a maio de 2017 (12 meses) foram direcionados R$ 431 bi para esse fim. A tendência é que seja observada uma ligeira piora quando forem divulgados os dados de junho. O importante a reter é que houve um duplo movimento de primazia do financismo sobre a chamada “economia real”. Além de sorver essa parcela ponderável do orçamento da União com juros, o movimento apresenta o já mencionado acréscimo de novos R$ 400 bi em títulos públicos federais, provocando a elevação também no estoque da dívida.

Um indicador bastante utilizado para avaliar a evolução do processo de endividamento e a capacidade de cumprimento das obrigações no longo prazo diz respeito à relação dívida bruta/PIB. No caso brasileiro, estamos algo próximo a 73% para os dados de maio de 2017. Esse número é bastante inferior a outras economias, como Japão (250%), Grécia (179%), Itália (132%), Portugal (130%), Estados Unidos (106%), Canadá (92%) e média da zona do euro (89%). Como se pode verificar, a dívida pública mais ou menos elevada em si não é um problema. O que é relevante na análise é a capacidade de o Estado do país considerado apresentar um panorama futuro sustentável e capaz de assegurar o compromisso com tais títulos.

Porém, vale observar a evolução recente desse indicador brasileiro e associá-lo às opções de política econômica adotada ao longo dos últimos anos. Um ponto de virada parece ter sido a opção explícita pela política de austericídio a partir do final de 2014 e início de 2015. Com a consequente queda brutal da capacidade arrecadadora do Estado, as contas orçamentárias foram comprimidas pela redução das despesas de forma obtusa. Com isso, um dos efeitos terríveis foi a redução crescente das atividades econômicas em geral e a entrada em recessão desde 2015. E a engrenagem do círculo vicioso entra em operação, com queda ainda maior da arrecadação e mais recessão e assim por diante.

A Tabela abaixo mostra o comportamento indicador “dívida bruta/PIB” para o caso brasileiro o longo da última década. Entre 2007 e 2013, observa-se uma tendência de estabilidade da relação, com uma média de 55% ao longo do período. Como a recessão provoca a redução do Produto Interno, a queda do denominador provoca uma elevação na relação e o indicador cresce. Assim, a partir de 2014, o indicador começa a apresentar uma tendência de alta, passando de 56% para os atuais 73%.


Uma conclusão a respeito desse processo refere-se à falácia do discurso do financismo a respeito da importância de manter a política de geração de superávit primário. O principal argumento preconizava que o esforço fiscal era essencial para evitar o crescimento da dívida, uma vez que os juros seriam pagos com esse saldo derivado da redução dos gastos de natureza social e investimentos. Pois bem essa opção tem sido levada acabo há muito tempo. Com isso, o Brasil destinou mais de R$ 2,7 trilhões de seu orçamento público para o sistema financeiro para esse fim entre 2007 e 2017, por exemplo.

Ora, durante esse mesmo período, ao invés de ser reduzida ou se estabilizar, o estoque da dívida pública bruta saltou de R$ 1,5 trilhão para R$ 4,6 trilhões. Ou seja, vivemos o pior dos mundos. Foi realizado um esforço fiscal contracionista para pagar juros da dívida. E, simultaneamente, assistimos ao aumento dos valores nominais do próprio estoque de títulos emitidos. Uma loucura!

Mas na aprovação recente da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2018 foi incluído um importante dispositivo que pode auxiliar nesse problema. Ali está determinada a realização de uma auditoria da dívida pública brasileira durante o próximo ano. O artigo aprovado pelo Congresso Nacional diz o seguinte:

“Art. 91. Durante o exercício de 2018, será realizada auditoria da dívida pública, com a participação de entidades da sociedade civil, no âmbito do Ministério da Fazenda e do Banco Central do Brasil.”

Por mais que a intenção não seja a criminalização da política fiscal e nem a condenação do uso do endividamento como instrumento estratégico de uma política desenvolvimentista, o fato é que há muitas dúvidas a serem a esclarecidas a respeito do assunto. O debate amplo e aberto no legislativo, com participação de analistas de fora da máquina pública, pode contribuir para o aperfeiçoamento dos métodos e questionamento de práticas.



Temer golpista atinge menor índice de popularidade medido pelo IBOPE

28 de Julho de 2017, 10:10, por Feed RSS do(a) News

Instituto aferiu que apenas 5% da população considera seu governo bom ou ótimo, índice inferior ao de José Sarney em 1989

Zero a esquerdaLula Marques/AGPT

Da CartaCapital

Temer conseguiu superar Sarney em matéria de impopularidade

Em trajetória descendente há meses, a popularidade de Michel Temer chega a 5%, porcentagem inferior ao índice mais baixo medido pelo Ibope desde o fim da ditadura. Nos levantamentos do instituto, o presidente mais mal avaliado na série histórica foi José Sarney. Em 1989, ano de inflação descontrolada e crise econômica, a popularidade do ex-presidente alçado ao poder pelo Congresso, assim como Temer, era de 7%.

A pesquisa, realizada entre 13 e 16 de julho, ocorreu antes de Temer anunciar o aumento de impostos que incidem sobre os combustíveis, medida que pode ter ampliado ainda mais sua reprovação. Em levantamento anterior, de março deste ano, 10% avaliavam o governo do peemedebista como bom ou ótimo, e 55% como ruim ou péssimo.  

A pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira 27 revela que a rejeição a Temer atingiu 70%. Para 21%, o governo é regular. Na comparação com o governo de Dilma Rousseff, 52% dos entrevistados afirmaram que o peemedebista é pior que a ex-presidenta. Apenas 11% consideram seu governo superior ao da petista. Para 35%, é igual. As perspectivas da população em relação ao futuro da administração são ruins ou péssimas para 65%, regulares para 22%, e ótima ou boas para 9%.

A pior avaliação de Dilma durante seu segundo mandato ainda é superior à popularidade de Temer medida recentemente. No fim de 2015, em meio à tentativa de aplicar o ajuste fiscal, Dilma tinha 9% de aprovação, de acordo com o Ibope. A rejeição à petista na ocasião era igual a de Temer: 70%. Antes do impeachment, o Ibope aferiu que Dilma era aprovada por 13%.

No levantamento, também foram elencados 15 temas mais lembrados pelos entrevistados. Entre todos os assuntos, apenas um não envolve diretamente Temer: a condenação de Lula por Moro. Os temas mais lembrados pela população são desemprego, pedido de impeachment do peemedebista, liberação de verbas para parlamentares votarem a favor do presidente crise política nacional, prisão de Rodrigo Rocha Loures, entre outros.

Nas capitais, a desaprovação de Temer chega a 86%. No interior, é de 69%. Entre as famílias mais pobres, com renda de até dois salários, a rejeição a Temer chega a 72%. A aprovação do presidente é mais alta entre aqueles que ganham mais de cinco salários mínimos: 22% dos entrevistados avaliam seu governo como ótimo ou bom.

Leia Mais:
Pesquisa de Março: reprovação de Temer vai de 46% para 55%, aponta Ibope
Datafolha: Lula cresce e tucanos despencam



E agora, o que fazer?

28 de Julho de 2017, 10:10, por Feed RSS do(a) News


"lucro contábil do Bradesco cai 5,4% no trimestre, a R$ 3,911 bi"

"Lucro da Vale encolhe 98% no trimestre e fica em R$ 60 mi"


"Klabin encerra trimestre com prejuízo de R$ 377,6 milhões"


"Lucro da Ambev recua 1,6% no trimestre, para R$ 2,013 bilhões"


Os títulos acima estiveram em destaque na homepage do "Valor Econômico", o mais importante jornal de economia do país.

Refletem o momento que o Brasil atravessa, pouco mais de um ano depois do golpe que trocou a honestidade de Dilma Rousseff na Presidência da República por um bando de políticos da mais baixa estatura ética e moral de que se tem notícia.


O golpe está, a cada dia, se revelando um desastre sobre todos os pontos de vista.

O Brasil passou de uma nação protagonista no cenário mundial, com voz ativa em todos os mais importantes fóruns internacionais, a uma piada, uma grande 'banana republic", cujo presidente é desprezado pelos seus colegas de outros países onde quer que vá.

Internamente, a crise econômica parece não ter fim - pior, se agrava, chegando à esfera da administração pública.

O desastre que tem sido a arrecadação fiscal deverá prejudicar, brevemente, a máquina estatal, em todos os seus níveis - prefeitura, Estados e União vão sofrer muito para honrar seus compromissos.

O custo do desgoverno dos golpistas vai recair, principalmente, sobre a classe média, essa que, majoritariamente, apoiou o golpe, e sobre os mais pobres.

Mas também vai atingir, como mostram as notícias do "Valor", as empresas em geral.

Com o desemprego na faixa dos 15% da população, oferta de crédito baixa, atividade econômica fraca, a roda da economia vai girando mais devagar, contaminando todos os setores - até os bancos já dão sinais de que não passarão imunes pela crise.

Ao menos por enquanto, não se vê nenhuma saída para a bagunça generalizada em que os golpistas meteram o país.

A impressão é que mesmo os patrocinadores do golpe - políticos e empresários - não sabem mais o que fazer - se deixam tudo como está, acreditando que o "dr. Meirelles" e sua turma do "corta, corta, que os investimentos vão chegar" vão dar um jeito, ou se, num ato desesperado, abortam a trágica operação que está destruindo o Brasil.

É certo que a troca da presidenta honesta pelo bando de corruptos foi com o intuito de enfiar pela goela do povo as tais "reformas" que transformam o país num reino medieval, mas aqueles que planejaram o golpe subestimaram a incrível incompetência dos novos "administradores" do Estado brasileiro.

Se os donos do golpe tiverem um mínimo de inteligência, perceberão que, no andar dessa pesada carruagem, logo mais não haverá nem a senzala com que tanto sonharam para abrigar a massa que, acreditam, lhes deve obediência cega e absoluta.  (Carlos Motta)



O enorme poder da música, que o Brasil despreza

26 de Julho de 2017, 16:58, por Feed RSS do(a) News


Descobri por acaso, no Youtube, uns vídeos do 8 º Festival Choro Jazz, realizado, acho, em dezembro, na famosa Jericoacoara, no Ceará. 

É uma coisa de louco!

Que músicos maravilhosos existem no Brasil!

Um evento como esse - e sei que há muitos mais pelo país afora, no ano todo -, deveria encher de vergonha as nossas "autoridades", que não têm a menor noção do potencial da música brasileira como produto de exportação, ou melhor, como uma das armas mais poderosas do "soft power", esse instrumento de dominação cultural que os americanos dominam tão bem.

Cada país tem seus expoentes culturais.

Os americano são mestres no cinema, dominam completamente a indústria cinematográfica, além de também serem bambas na música popular.

Rússia e França deram ao mundo gênios da literatura.

A Itália revelou mestres eternos da pintura.

Na música erudita, os alemães nos brindaram simplesmente com Beethoven, Brahms  e Bach. 

E por aí vai. 

No Brasil, me perdoem os grandes escritores e pintores, como Machado de Assis, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Cândido Portinari, Alfredo Volpi, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti, entre outros, mas somos bons mesmo é na música. 

O país respira música, vive música, amanhece cantando, adormece batucando.

Se Pelé, e mais recentemente, Lula, são as personalidades brasileiras mais conhecidas no mundo, a bossa nova é um dos gêneros musicais mais tocados no planeta.

E o chorinho, estudado e cultuado em diversos países europeus e nos Estados Unidos, que sobrevive sem nenhum incentivo oficial em todas as regiões brasileiras - que fenômeno é esse?

Sobre o samba, então, o que dizer - que ele é um dos maiores elementos unificadores da nossa cultura?

O Brasil é tão rico musicalmente que se dá ao luxo de abrigar ainda dezenas de outros ritmos regionais, que compõem um extraordinário caleidoscópio artístico.

Os Estados Unidos se tornaram a maior potência mundial não só pela exuberância de sua indústria e de seu poder militar, mas também por exportarem, continuamente, há décadas, os produtos de sua "indústria cultural", praticamente impondo, ao resto do mundo, seus padrões artísticos.

Mais que todos os outros povos, os americanos entenderam o extraordinário alcance e eficácia do "soft power".

Já os brasileiros parece que nunca fizeram o menor esforço nesse sentido.

O grande Carlos Lyra, autor de inúmeros clássicos da bossa nova, contou uma história no show que deu, ano passado, no Festival Etapa de Música de Arte, em Valinhos, interior paulista, que resume essa incompreensível apatia dos governantes e empresários brasileiros no que se refere ao aproveitamento da música popular como fonte geradora de riqueza e de desenvolvimento.

- Recebi certa vez um telefonema de um amigo, que mora em Nova York, que me informava que estava vindo para o Rio e me perguntava onde, na cidade, poderia ouvir bossa nova. "Em minha casa", respondi, já que no Rio, cidade símbolo da bossa nova, não existe uma só casa, um só bar, especializado em tocar esse tipo de música.

O Brasil, esse eterno gigante bobo... (Carlos Motta)



A ingenuidade, os estilingues e os canhões

26 de Julho de 2017, 16:58, por Feed RSS do(a) News


A ingenuidade de algumas pessoas chega a ser comovente.

Elas pensam e agem como se o mundo fosse habitado por anjos e não seres humanos, que, como se sabe, são tão cheios de defeitos e maldade como vazios de virtudes e bondade.

O caso do Brasil é emblemático.

Não é novidade para ninguém que uma elite perversa, ignorante, escravagista e racista, uma oligarquia incapaz de qualquer gesto de humanidade, manda no país desde sempre, e nunca, sob hipótese nenhuma, vai permitir que os sobre os seus imensos privilégios paire sequer uma minúscula nuvem de contestação.

O golpe, patrocinado por esses endinheirados, e que jogou no lixo os votos de 54 milhões de cidadãos, retirando da Presidência da República uma mulher honesta para colocar em seu lugar o mais abjeto representante do submundo da política nacional, mostrou, de forma inequívoca, quem são os donos deste gigante bobo chamado Brasil. 

O que se vê atualmente são as batalhas finais da guerra que essa turma empreendeu contra os trabalhistas que ousaram se insinuar nos seus domínios - uma guerra cruel, impiedosa, suja, sem respeitar nenhum dos chamados e aclamados "direitos humanos".

Qualquer um que tenha bom senso sabe que ninguém entra numa batalha armado com um estilingue contra um inimigo que possui canhões.

Quem fizer isso será, inevitavelmente, trucidado.

Mas, incrível, há bastante gente, pessoas informadas, inteligentes e coisa e tal, que ainda não percebeu que o Brasil vive os últimos momentos desta guerra, e que, para que ela não seja inteiramente perdida, não é mais possível lutar com as armas do "republicanismo", dentro das "normas legais", já que todas as instituições, que deveriam zelar por esse "republicanismo" e pela observância das "normais legais", estão em mãos de quem promoveu o golpe.

Essas pessoas, por mais títulos de doutores, de promotores, de procuradores, de juízes, de deputados, de senadores, de secretários ou ministros de Estado que tenham, estão a serviço da missão de fazer o Brasil voltar a ser o que sempre foi em sua história - nada mais que uma fonte inesgotável para saciar a sua sede de poder.

Só os tolos acreditam, por exemplo, que o ex-presidente Lula, símbolo maior de um Brasil menos injusto e desigual, será inocentado, em segunda instância, da inacreditável condenação que lhe foi imposta.

Só os tolos veem Lula candidato à Presidência da República em 2018 - se houver eleição.

O nazifascismo não foi derrotado pelos Aliados com flores.

Nenhum país conseguiu se libertar dos opressores sem suor e sangue.

No Brasil, não há por que ser diferente. (Carlos Motta)



Documentário: A cumplicidade da VW com a Ditadura Militar brasileira

26 de Julho de 2017, 16:58, por Feed RSS do(a) News

A Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo não cansou de falar disso, mesmo quando a maioria parecia resignada e rendida à fatalidade histórica.

O IIEP ( Intercâmbio, Informações, Estudos e Pesquisas) coordenado pelo incansável Sebastião Neto participou das Comissões da Verdade e liderou o Projeto Investigações Operárias, por meio do qual procurou os envolvidos, torturados e perseguidos na VW e em outras empresas que colaboraram com a Ditadura Civil-Militar brasileira no período de 1964-1985.

Neto teve a decência política de superar as divergências que haviam com Lúcio Bellentani e resgatou a história deste ex-operário na VW, preso e torturado por sua militância sindical e política. Lúcio Bellentani é protagonista do documentário produzido pela Das Erste.

Por um lado fico feliz ao ver que o que falávamos sobre a ditadura civil-militar e a colaboração das empresas com ela era a mais pura verdade. Por outro, sinto-me triste porque a questão só merece atenção quando noticiada por meios de comunicação estrangeiros. Mais uma vez, o viaralatismo brasileiro fala alto. Se o estrangeiro diz, é verdade. Se o brasileiro diz exatamente a mesma coisa, não passa de louco com mania de perseguição, adepto da teoria da conspiração.

Parabéns a todos os companheiros e companheiras que mesmo diante de todas as adversidades não se deixaram vencer pelo desânimo e descrédito e seguem em frente nesta árdua luta que é reestabelecer a verdade, doa a quem doer.

O Brasil precisa de mais pessoas como vocês.

http://www.daserste.de/information/reportage-dokumentation/dokus/videos/komplizen-vw-und-die-brasilianische-militaerdiktatur-114.html



Novo adesivo. Vai que é sua paaaaatoooo!

21 de Julho de 2017, 18:16, por Feed RSS do(a) News

Ah! O tempo. Esse gênio. Passa, mas não envelhece. Apenas amadurece.

O midiota pensou que só o pobre pagaria o pato, pois o patrão disseram que não o pagariam.

O midiota, teleguiado, vestiu verdeamarelo, bateu panela e botou um adesivo machista e indecoroso de Dilma no bocal do tanque de gasolina de seu poçante, sim com, ç mesmo!

Agora o golpista agradece o serviço sujo e cobra a conta do midiota, qual tal o capitão do mato, persegue os pobres da Senzala para defender os ricaços da Casagrande. Tal qual o capitão do mato é dispensado tão logo tenha concluído o trabalho sujo.

Ah! O tempo. Esse gêni  o. Passa, mas não envelhece. Apenas amadurece.

Novo adesivo de pato

 



O novo esporte que alucina as multidões

21 de Julho de 2017, 10:57, por Feed RSS do(a) News


De uns tempos para cá o futebol deixou de ser o esporte mais popular do Brasil.

Ainda tem, é claro, muitos torcedores fanáticos, capazes de fazer as maiores loucuras.

Conheci, no velho Estadão, um corintiano que, provocado por mim, que lhe perguntei o que faria se abrisse o jornal de manhã e lesse uma manchete dizendo que o Corinthians tinha acabado, respondeu, curto e grosso:

- A minha vida também acabava naquele momento.

Logo depois, em voz baixa, tomado pela emoção, fez uma confissão surpreendente:

- O Corinthians é a coisa mais importante da minha vida, mais importante que a minha mulher, que meus filhos...

Pois bem, acredito que ainda existam no Brasil pessoas como esse meu antigo colega. 

Mas o esporte que mais tem fascinado os brasileiros atualmente é esse dedicado a caçar os variados tipos de corruptos que infestam a sociedade.

Não passa um dia sem que um nome de um novo mestre em corrupção seja revelado, para orgulho de todos nós, que desejamos ver o Brasil sempre entre os primeiros do mundo seja lá no que for.

É um tal de "fulano roubou R$ 100 milhões", "sicrano tinha 20 contas na Suíça", "beltrano cobrava propina até da merenda escolar"...

Uma maravilha!

E o povo acompanha com ansiedade os lances desse jogo, faz as suas apostas, torce com paixão, sofre quando vê o seu corrupto preferido ser ultrapassado por um novato qualquer, que se insinua, como quem não quer nada, entre os preferidos, veteranos já testados e aprovados em todos os tipos de pilantragem.

Há também, como no futebol, os juízes, que a exemplo dos jogadores, têm seus fãs.

Alguns até viraram celebridades, estão sempre dando entrevistas, recebem prêmios diversos, são convidados para expor seus vastos conhecimentos não só sobre as regras do jogo, mas sobre esse fantástico universo da corrupção.

Essa nova febre nacional, ao contrário de outras modinhas, parece que veio para ficar.

Há um esforço das autoridades para que a prática do esporte seja ampliada, mesmo com o risco de que, de tanto que se espalhe, ele seja desvirtuado e acabe incluindo corruptos não tão corruptos, meros aprendizes, ou simplesmente gente honesta.

Outro perigo que ronda a recém-criada liga nacional de caça aos corruptos é a notícia, ainda não confirmada por fontes oficiais, de que existem juízes comprados - ou vendidos, depende do ponto de vista -, que têm os seus corruptos preferidos, e fazem questão de ignorar outros tão ou mais pilantras que os queridinhos do público.

Se isso for verdade, o escândalo será tão grande que pode comprometer a continuidade desse esporte - para alívio do futebol e infortúnio da Rede Globo de Televisão, que está investindo pesado nele. (Carlos Motta)



As esquecidas lições de história

19 de Julho de 2017, 18:19, por Feed RSS do(a) News

 

A Polônia vai destruir todos os monumentos "soviéticos", ou seja, os que glorificam o Exército Vermelho, que botou os nazistas para correr de lá.

A Polônia, é bom lembrar, teve um regime comunista, satélite dos soviéticos, depois da Segunda Guerra Mundial, que, como os outros do Leste Europeu, sucumbiu lá pelos anos 90 do século passado.

Hoje o país é capitalista, membro da Otan, alinhado aos Estados Unidos, e seu governo é francamente antirrusso. 

Verdade seja dita, poloneses e russos nunca se deram muito bem.

Talvez isso explique essa medida extrema de botar no chão os monumentos que exaltam as tropas soviéticas.

Mas se a gente for pensar um pouco, o que a Polônia está fazendo é simplesmente fraudar a história, apagar um episódio importante de sua vida.

Coisa feia, coisa que, a bem da verdade, quase todo mundo faz - a história não é sempre escrita pelos vencedores?

Quase da mesma forma que a Polônia, o Brasil não faz nenhuma questão de lembrar que há poucas décadas uma ditadura militar prendeu, torturou e matou um monte de gente que se opunha a ela.

Durante 20 anos o Brasil teve um dos regimes mais fechados do planeta, com generais carrancudos e sombrios se revezando na presidência, um Congresso de araque, imprensa e arte censuradas, sindicatos pelegos, e todo o tipo de arbitrariedade contra quem ousasse falar mal do governo - ou simplesmente contra qualquer um de quem as "autoridades" não gostassem.

Torturadores, assassinos e psicopatas sádicos não foram até hoje, tanto tempo depois do fim da ditadura, punidos pelo que fizeram - uma anistia absurda perdoou os seus crimes, crimes contra a humanidade.

Pior - alguns deles posam como heróis, dão entrevistas desafiadoras, mentem de maneira descarada, e afrontam, com essas mentiras, a memória de todas as vítimas de sua crueldade.

Os brasileiros mais jovens não têm a menor noção do que foi a ditadura e do mal que ela fez ao país.

Ao contrário, muitos deles glorificam hoje uma figura abjeta como o deputado Bolsonaro, apoiador incondicional da ditadura, e que tem chances de se sair bem na eleição presidencial marcada para o próximo ano.

Dizer que um dos problemas mais graves do país é a educação, ou a falta dela, já se tornou um chavão.

Falta, porém, enfatizar que, se por um desses grandes acasos, o ensino se tornar realmente uma prioridade para os nossos governantes, ele deveria abrigar lições de história, não só aquelas de um passado distante, mas de uma época mais recente, cujos eventos ainda têm forte reflexo sobre a vida da nação. (Carlos Motta)



Jogo social: desafios para resistir e avançar!

19 de Julho de 2017, 9:53, por Feed RSS do(a) News

Proletário por laerte

Por Clemente Ganz Lúcio, Diretor Técnico do DIEESE

Em julho de 2014, o país foi palco de uma grande derrota da seleção brasileira na Copa do Mundo. Uma partida, um grande fracasso e a perda definitiva daquele campeonato. A taça, mais uma vez, não ficou para o Brasil, em casa, na segunda Copa realizada aqui. A nação, entre a raiva e a tristeza, desmontou.

Nesta semana, os trabalhadores brasileiros sofreram também uma derrota, mais trágica do que as da seleção brasileira. E foi também uma segunda perda, agora no Senado Federal - a primeira aconteceu na Câmara dos Deputados, em 26/04 - com a aprovação de uma enorme reforma da legislação trabalhista no país. Parte substantiva da legislação brasileira do direito do trabalho foi transformada em normas que visam proteger as empresas, precarizar as condições de trabalho, arrochar salários, limitar o acesso à justiça, enfim, criar condições permanentes para reduzir e ajustar o custo do trabalho na economia brasileira. Diferente do ocorrido na Copa do Mundo, não houve uma comoção nacional. Diferente do campeonato também, o time dos trabalhadores não foi abatido por adversários, mas por aqueles que estavam lá para legislar por todos.

Felizmente, o jogo social não é uma Copa do Mundo, ou seja, é um campeonato que não tem fim, uma jornada ininterrupta de lutas que constituem o conteúdo da história. O Estado moderno, a democracia, os partidos políticos, as eleições, o direito universal ao voto, os direitos sociais e trabalhistas, os sindicatos e as negociações coletivas, entre outros exemplos, são construções políticas que estiveram no centro das batalhas propositivas da classe trabalhadora. Inúmeras vitórias deram outra conformação à vida em sociedade, resultando no que se vive hoje coletivamente. Foram muitos combates. Milhares de trabalhadores e trabalhadoras deram o sangue e a vida por cada conquista. Mas, é claro e sempre bom lembrar, sobretudo nesse momento, em toda essa história de lutas, também houve derrotas. E, mesmo assim, aqui ainda estamos!

No capitalismo, o processo de produção econômica ocorre com mecanismos de subordinação, submissão e exploração dos trabalhadores. Os resultados são intencionalmente distribuídos de forma desigual. Nesta sociedade, a luta de classe é hoje um fenômeno que ganha dimensão política, com a organização sindical atuando como ferramenta para estimular o movimento dos trabalhadores para as lutas, inclusive nos espaços institucionais que cria e ocupa. Os trabalhadores disputam, no jogo social, as condições do processo de produção, a distribuição dos resultados, o conteúdo das regras e as instituições criadas para conduzir a competição.

Foi grande a derrota sofrida na definição das regras do jogo. Haverá repercussão nas condições de trabalho, na distribuição dos resultados e nas instituições de proteção trabalhista (sindicatos e justiça)! É preciso reconhecer essa derrota, para aprender, como fizeram tantos outros nos dois últimos séculos de lutas. Mas é fundamental olhar para frente, compreender que a vida coletiva prossegue no jogo social contínuo, ininterrupto e interminável.

Agora, nesses dias, é preciso pegar a bola desse jogo no fundo do gol, levá-la de cabeça erguida até o meio do campo, olhando com ternura e firmeza para cada companheiro e companheira e, em breve tempo, reconstruir, na cabeça e no coração de cada um, com uma expressão que acolhe e energiza, a temperança necessária para voltar, com inteligência e paixão, para a partida. A bola vai rolar!

Por isso, há quatro desafios imediatos:
1. Melhorar a preparação das campanhas salariais, aperfeiçoando estratégias, elaborando propostas e conteúdos e animando a organização sindical.
2. Repensar a organização sindical como instrumento do movimento sindical, reelaborando as estratégias de organização desde o chão das empresas, tendo como centro os sindicatos e uma estrutura vertical orientada pela unidade de ação dos trabalhadores e para a solidariedade de classe.
3. Redesenhar a luta institucional, tomando iniciativas para enfrentar essa nova legislação em muitas frentes.
4. Produzir conhecimento sobre as profundas transformações na economia e produtivas, os impactos sobre os empregos, as condições de trabalho e os salários, repensando os desafios sindicais, construindo novas formas de organização, de luta e realizando muita formação sindical.

À luta, porque ela é o sentido da existência!



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