9 de Julho: quando os paulistas comemoram uma derrota
9 de Julho de 2019, 23:04Os paulistas nunca engoliram Getúlio Vargas na destruição da política do café paulista com o leite mineiro, em 1930. E com isto, o nome de Getúlio Vargas foi banido das ruas, praças, avenidas, escolas, faculdades, universidades, hospitais, prédios, bairros, cidades, etc…
Por Sergio Caldieri – de Niterói
Na Revolução Constitucionalista de 1932, marcou a insurgência do povo paulista contra o resto do país, que buscava a derrubada do governo provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova Constituição.
Era o início, em 1932, de uma lavagem cerebral com o objetivo de destruir Vargas e endeusar os bandeirantes assassinos de índios durante mais de 100 anosOs paulistas nunca engoliram Getúlio Vargas na destruição da política do café paulista com o leite mineiro, em 1930. E com isto, o nome de Getúlio Vargas foi banido das ruas, praças, avenidas, escolas, faculdades, universidades, hospitais, prédios, bairros, cidades, etc…etc…
O ex-governador Armando Salles de Oliveira convocou os escritores das academias e do instituto histórico de São Paulo, Afonso d´Escragnolle Taunay, Alfredo Éllis Jr., Alcântara Machado, Paulo Prado, Cândido Mota Filho, Cassiano Ricardo e outros.
Realeza
Era o início de uma lavagem cerebral com o objetivo de destruir o Getúlio Vargas do mapa, e endeusar os bandeirantes assassinos de índios durante mais de 100 anos. Além de roubarem as pedras preciosas e ouros das nossas Minas Gerais, Goiás e outros estados.
As toneladas do metal dourado serviram para reconstruir as cidades e as igrejas ornamentadas de ouro depois do terremoto de Lisboa, em 1755. E ainda sobrou tanto ouro que mandaram para a pobrezinha Inglaterra, que deveria ser para fabricação de dentadura de ouro para a realeza.
Os escritores amestrados globalizaram os bandeirantes em materiais escolares, hinos, matérias em jornais, revistas e tudo quanto é propaganda, além nas rodovias paulistas com os nomes de Anhanguera, Raposo Tavares, Fernão Dias, Pedro Taques, Bandeirantes e os Monumento às Bandeiras do Victor Brecheret e a horrorosa estátua de Borba Gato.
‘Bueno’
Getúlio descendente de um bandeirante.
O filho de Getúlio Dorneles Vargas, Lutero Sarmanho Vargas escreveu o livro A revolução inacabada, onde contou que em relação ao nome Vargas “cabe registrar que meu pai, se não fosse uma paixão de seu bisavô paterno, poderia ter se chamado Bueno, pois esse bisavô chamava-se Francisco de Paula Bueno. Segundo Aurélio Porto, os Buenos são de ascendência conhecida. Originam-se de Bartolomeu Bueno de Ribeira, natural de Sevilha que foi para São Paulo em 1571. Entre os descendentes de Bartolomeu sobressai Amador Bueno, o homem que não quis ser aclamado rei.
“Meu tio Benjamim contou-me que esse bisavô Bueno, apaixonando-se por uma professora, largou a mulher e filhos e foi-se com seu novo amor, montados a cavalo. Quando os filhos chegaram em casa, sua mãe, Ana Joaquina de Vargas, informou-lhes do sucedido e eles, em número de cinco, saem em busca do pai. Encontrando-o, este os recebe de maus modos e perguntou-lhes o que desejavam. Os filhos responderam-lhe que não desejavam brigar e sim apenas levá-lo de volta para casa. Respondeu-lhes: Já estão ’taludos’ para necessitarem de um pai, voltem para casa. Eu não vou com vocês, vou fazer uma nova vida com esta que me acompanha. Os filhos voltaram e riscaram em definitivamente o nome Bueno”.
Portugal
Lutero lembrou que o exército paraguaio invadiu São Borja em 10 de junho de 1865. Um dos Voluntários da Pátria, estava o jovem Manoel do Nascimento Vargas. Em Itaqui, cidade vizinha de São Borja, chegou o 1º. Tenente Francisco de Paula Sarmanho, vindo do Pará, para servir a Marinha de Guerra do Brasil. Esse tenente casou com Virgínia Ferreira que foi o avô paterno de sua mãe Darcy Vargas.
Manoel do Nascimento Vargas como sabia ler e escrever foi promovido a cabo. Quando ele passou pela fazenda de Santos Reis, de propriedade do Major Serafim Dornelles, conheceu Cândida Francisca Dornelles. Depois que deu baixa no exército o jovem capitão foi trabalhar no comércio de couros e erva-mate e, em uma de suas passagens pela fazenda de Santos Reis, pede Cândida Dornelles em casamento, que foi celebrado em 16 de janeiro de 1872.
As três filhas do austero Major Serafim Vargas casaram com maridos de grandes posses. A mais velha Leocádia, casou com Antônio Garcia, um abastado fazendeiro e futuro padrinho de Getúlio Vargas, que não tinha herdeiros deixou com herança para o afilhado a fazenda Figueira. A filha Luiza casou com Aparício Mariense da Silva, rico fazendeiro e político famoso. A filha caçula Zulmira casou com Periandro Malveiro da Motta, da casa fidalga dos Malveiro de Portugal.
Federação
No primeiro governo de Leonel Brizola, em 1983 tivemos o Periandro Motta, coronel do exército, que foi tesoureiro do PDT, trabalhou como diretor da Loterj e diretor do Detran na gestão de José Colagrossi quando foi Secretário Estadual de Transportes.
E para refrescar a memória, é bom lembrar que uma das grandes vitórias de Getúlio Vargas foi conquistada nas eleições de 1945. Sem sair da sua fazenda, Getúlio recebeu nada menos que 1 milhão e 300 mil votos, sendo eleito senador por dois Estados, Rio Grande do Sul e São Paulo, e deputado federal pelo Distrito Federal e mais seis unidades da Federação.
Sergio Caldieri é jornalista, escritor e diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (SJPERJ).
ONG denuncia trabalho escravo no Reino Unido ao longo de 2018
9 de Julho de 2019, 23:04Mais de 500 supostas vítimas de escravidão foram mantidas pelas autoridades britânicas em centros de detenção de imigrantes no ano passado.
Por Redação, com Reuters – de Londres
Mais de 500 supostas vítimas de escravidão foram mantidas pelas autoridades britânicas em centros de detenção de imigrantes no ano passado, segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira, o que especialistas dizem mostrar que sobreviventes estão sendo tratados como criminosos, e não como vítimas.
Cerca para impedir imigrantes de esclarem muro em porto da FrançaAs autoridades imigratórias não estão amparando adequadamente quem escapa da escravidão e correm o risco de agravar seu trauma ao prendê-los, revelou um relatório da After Exploitation, que se valeu da Lei de Liberdade de Informação para solicitar e obter os dados.
– Com muita frequência, vítimas do tráfico são vistas como transgressores da imigração, e não como vítimas – explicou Pierre Makhlouf, diretor-assistente da instituição de caridade Bail for Immigration Detainees, ao comentar o relatório.
O Ministério do Interior do Reino Unido disse que ninguém que disse ter sido vítima do tráfico será exortado a deixar o país enquanto sua reivindicação está sendo analisada e que a condição de uma vítima é levada em conta quando a imigração julga seu caso.
A detenção
“A detenção é uma parte importante do sistema imigratório, mas deve ser justa, digna e proteger os mais vulneráveis”, disse uma porta-voz à Thomson Reuters Foundation.
“Fizemos melhorias significativas em nossa abordagem nos últimos anos, mas continuamos comprometidos a ir além”.
As pessoas que são reconhecidas como vítimas prováveis da escravidão moderna têm direito a um pacote de apoio, que inclui moradia, aconselhamento e alguma ajuda de subsistência enquanto seus casos são estudados, conforme o esquema Mecanismo Nacional de Encaminhamento (NRM).
Mas as vítimas do tráfico não têm nenhum direito automático de permanecer no Reino Unido e podem ser detidas em algumas circunstâncias.
Vítimas
Segundo o NRM, 507 pessoas foram reconhecidas como vítimas prováveis de escravidão ou antes de serem detidas pela primeira vez ou durante sua detenção em 2018, segundo os dados.
Ao todo, 2.726 foram reconhecidas como vítimas prováveis de escravidão em 2017, os dados oficiais mais recentes disponíveis, o que sugere que até 20% delas foram detidas devido às regras de imigração em algum momento, dizem os autores do estudo.
As instituições de caridade que prestam assistência em centros de detenção relatam que as pessoas vulneráveis muitas vezes carecem de acesso a cuidados de saúde, apoio de saúde mental e serviços legais, disse o relatório, o que sujeita as vítimas de escravidão ao risco de danos ainda maiores.
Primeiro áudio vazado pela Intercept revela alegria de Dallagnol com silêncio imposto a Lula
9 de Julho de 2019, 23:04O procurador Daltan Dallagnol comemorou secretamente a decisão do ministro Luiz Fux “revogando autorização a @folha entrevistar Lula 12 dias antes da eleição pq, como já reportamos, eles queriam impedir vitória de Haddad”, revela o jornalista Glenn Greenwald.
Por Redação – do Rio de Janeiro
A agência norte-americana de notícias Intercept Brasil divulgou, na tarde desta terça-feira, o primeiro áudio vazado na série de reportagens sobre um possível conluio entre o ex-juiz Sérgio Moro, ministro licenciado da Justiça e Segurança Pública e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato.
Áudio vazado com a voz de Dallagnol coloca o ministro licenciado Sérgio Moro em situação ainda mais difícil“Primeiro áudio publicado, de Daltan Dallagnol: ouça como ele comemorou secretamente a decisão do Fux revogando autorização a @folha entrevistar Lula 12 dias antes da eleição pq, como já reportamos, eles queriam impedir vitória de Haddad”, afirmou o jornalista Glenn Greenwald, editor da Intercept, no Twitter.
O áudio
“Além das motivações políticas impróprias que sempre negou publicamente, observe que Deltan – além da alegria que Lula ficaria em silêncio – a) tinha conhecimento secreto e prévio da decisão de Fux e b) especificamente queria ocultá-la para impedir que a Folha pudesse recorrer”, completou o jornalista.
Ouça, adiante, o áudio divulgado pela agência Intercept: