BC mantém, por unanimidade, taxa básica de juros inalterada
31 de Julho de 2024, 19:53O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou, nesta quarta-feira, a decisão unânime de manter inalterada a taxa de juros. A grande maioria dos analistas financeiros apostava nessa hipótese, confirmada no encerramento da reunião, nesta tarde. Economista-chefe da XP, Caio Megale já acreditava que o Copom manteria, por unanimidade, a taxa em 10,5% ao ano.
Por Redação – de Brasília
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou, nesta quarta-feira, a decisão unânime de manter inalterada a taxa de juros. A grande maioria dos analistas financeiros apostava nessa hipótese, confirmada no encerramento da reunião, nesta tarde.
A reunião do Copom, no Banco Central, determina a taxa oficial de juros nos financiamentos bancáriosEconomista-chefe da XP, Caio Megale já acreditava que o Copom manteria, por unanimidade, a taxa em 10,5%.
— É um nível em que a taxa de juros já está acima da neutra, então já está contracionista. Está segurando a economia e trazendo a inflação para baixo. E isso é importante, porque como a inflação está acima da meta, a política monetária precisa ser ainda contracionista. Por isso que não tem mais espaço, pelo menos no curto prazo, para cortes — disse Megale.
Modelo
O economista-chefe da XP aponta ainda que o Copom tende a ser mais duro na comunicação ao apontar por manter a taxa de juros parada, tendo em vista que, desde a última reunião, a taxa de câmbio voltou a se depreciar e as projeções de inflação continuaram desviando da meta.
Neste sentido, a economista-chefe da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro, também esperava que a taxa fosse mantida, em uma decisão unânime.
— Acreditamos que as inflações do modelo do BC apresentaram alta significativa em relação à decisão de junho, principalmente devido à depreciação cambial recente. Esta alta das projeções no cenário de referência e alternativo deve manter a preocupação do mercado com a inflação e, consequentemente, a precificação de alta de juros à frente — resumiu Pinheiro.
Nível de desemprego, cai mais uma vez, e atinge novo recorde
31 de Julho de 2024, 19:53O total de trabalhadores do país cresceu 1,6% (mais 1,6 milhão de pessoas) no trimestre e 3,0% (mais 2,9 milhões de pessoas) em um ano. Considerando os dados da pesquisa, a taxa de desemprego de hoje é a metade da verificada em março de 2021, durante a pandemia de covid-19, quando ficou em 14,9%.
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,9% no trimestre entre abril e junho. Resultado tão baixo como este havia sido registrado pela última vez no trimestre encerrado em janeiro de 2015. No mesmo período, o número de trabalhadores ocupados no Brasil bateu recorde, chegando a 101,8 milhões.
A geração de empregos com carteira assinada tem sido cada vez maiorO total de trabalhadores do país cresceu 1,6% (mais 1,6 milhão de pessoas) no trimestre e 3,0% (mais 2,9 milhões de pessoas) em um ano. Considerando os dados da pesquisa, a taxa de desemprego de hoje é a metade da verificada em março de 2021, durante a pandemia de covid-19, quando ficou em 14,9%.
Também é 1,1 ponto percentual menor do que a verificada há um ano, quando estava em 8% e 1 ponto mais baixa do que no trimestre anterior, de janeiro a março. Naqueles três meses, o desemprego era de 7,9%.
Mercado
O índice foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Ela é medida pela Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua).
— Esses recordes de população ocupada não foram impulsionados apenas neste trimestre, mas são consequência do efeito cumulativo de uma melhoria do mercado de trabalho em geral — explicou a coordenadora de pesquisas domiciliares, Adriana Beringuy.
A população desocupada à procura de trabalho caiu para 7,5 milhões de pessoas, o menor desde fevereiro de 2015. Isso representa uma queda de 12,5% (menos 1,1 milhão de pessoas) no trimestre e de 12,8% (menos 1,1 milhão de pessoas) no ano.
Rendimento
No trimestre encerrado em junho, o rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.214, com alta de 1,8% no trimestre e de 5,8% na comparação anual. Com isso, a massa de rendimentos chegou a R$ 322,6 bilhões, novo recorde da série histórica.
“O aumento do rendimento está sendo impulsionado pela expansão do número de trabalhadores em diversas atividades. Essa expansão disseminada entre as diversas atividades econômicas é bastante importante, porque acaba beneficiando tanto os trabalhadores em ocupações de maior renda quanto aqueles de menor rendimento”, complementou Beringuy.
Desalentados
Já a população desalentada – aquela que desistiu de procurar trabalho – recuou para 3,3 milhões, baixando ao menor número encerrado em junho de 2016. O número é 9,6% menor (menos 345 mil pessoas) do que no trimestre passado e 11,5% (menos 422 mil pessoas) do que há um ano. Com isso, o percentual de desalentados baixou a 2,9% do total da força de trabalho.
Para a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, “a redução do desalento pode estar relacionada à melhoria das condições do mercado de trabalho como um todo, possibilitando que esse contingente retorne para a força de trabalho. E como estamos vendo uma redução da população desocupada, essa redução do desalento provavelmente está sendo proporcionada pelo aumento da ocupação”.
Lula repete que reconhecerá a eleição de Maduro após atas eleitorais
31 de Julho de 2024, 19:53Ainda nesta manhã, o presidente Lula conversou por telefone com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer. Este foi o primeiro contato direto entre Lula e Starmer após a vitória esmagadora do Partido Trabalhista nas eleições gerais do Reino Unido, após 14 anos, e a posse do novo primeiro-ministro. A ligação não estava na agenda oficial de Lula.
Por Redação – de Brasília
O Brasil foi decisivo para que acontecessem eleições na Venezuela e para que a oposição participasse do pleito, diante do fato, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) somente se manifestarã sobre o resultado após a divulgação das atas das seções eleitorais pelas autoridades venezuelanas. A informação foi passada pelo próprio presidente Lula ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que comentou o assunto, nesta quarta-feira.
O novo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, conversou com o presidente LulaPadilha disse também que o governo não terá qualquer precipitação para se manifestar sobre a eleição venezuelana. E repetiu que o PT, seu partido e o de Lula, tem autonomia para se manifestar sobre a eleição na Venezuela e que o presidente não manda na legenda.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarou vitória do atual presidente Nicolás Maduro, mas a oposição, que teve Edmundo González como candidato, alega ter havido fraude e diz ter provas que venceu o pleito.
Trabalhistas
Ainda nesta manhã, o presidente Lula conversou por telefone com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer. Este foi o primeiro contato direto entre Lula e Starmer após a vitória esmagadora do Partido Trabalhista nas eleições gerais do Reino Unido, após 14 anos, e a posse do novo primeiro-ministro. A ligação não estava na agenda oficial de Lula.
Lula aproveitou o contato para convidar Starmer para a ‘Cúpula da Democracia’, uma reunião que o presidente brasileiro e Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha, estão tentando organizar às margens da Assembleia-Geral da ONU em Nova York, em setembro, para debater o avanço da extrema direita, em nível mundial.
Estado brasileiro pede desculpas por assassinato de militante político
31 de Julho de 2024, 19:53O momento histórico reforça o reposicionamento do Brasil perante o Sistema Interamericano de Direitos Humanos que, na atual gestão, passou a dar prioridade absoluta ao cumprimento das sentenças internacionais. O pedido de desculpas integra parte do cumprimento da sentença internacional movida pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), que condenou o Brasil a reconhecer sua responsabilidade pelo crime.
Por Redação – de Juiz de Fora (MG)
Um ato público realizado na noite passada formalizou o pedido de desculpas, por parte do Estado brasileiro, à memória do advogado e defensor dos direitos humanos, Gabriel Sales Pimenta. A cerimônia aconteceu na cidade mineira de Juiz de Fora (MG) e contou com a presença do ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida.
O filósofo e professor universitário Silvio Almeida é ministro dos Direitos Humanos e CidadaniaO momento histórico reforça o reposicionamento do Brasil perante o Sistema Interamericano de Direitos Humanos que, na atual gestão, passou a dar prioridade absoluta ao cumprimento das sentenças internacionais. O pedido de desculpas integra parte do cumprimento da sentença internacional movida pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), que condenou o Brasil a reconhecer sua responsabilidade pelo crime.
Advogado
— Nos termos da sentença condenatória, e com o objetivo de reparar o dano causado às vítimas e evitar que fatos como este se repitam, em nome do Estado brasileiro, reconheço a responsabilidade internacional do Brasil (…) e, peço as mais sinceras desculpas do Estado às vítimas — assumiu o ministro Silvio Almeida, ao pedir desculpas em nome do Estado às famílias das vítimas dos assassinatos cometidos pelo Estado.
Advogado de trabalhadores rurais e defensor dos Direitos Humanos, Gabriel Sales Pimenta foi morto com três tiros na cidade de Marabá (PA), em 1982, quando tinha apenas 27 anos. Após serem identificadas uma série de omissões no processo à época, as investigações acabaram caindo na impunidade. O caso chegou à Corte IDH que reconheceu e condenou o Brasil por falhar na obrigação de investigar, processar e punir os responsáveis pelos crimes.
Maioria absoluta das ‘emendas PIX’ não tem endereço certo, apura ONG
31 de Julho de 2024, 19:53O assunto voltou aos holofotes, nesta semana, em meio a uma ação movida na Corte por parte da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), a qual afirma que as emendas PIX impedem a fiscalização do fluxo dos recursos públicos, e também nas vésperas de o assunto retornar à pauta do Supremo, onde uma audiência de conciliação conduzida pelo ministro Flávio Dino discutirá o tema nesta quinta-feira.
Por Redação – de Brasília
Somente 0,9% dos R$ 8,2 bilhões previstos nas chamadas ‘emendas Pix’ para o Congresso, ao longo deste ano, tem indicação de destino, ou seja, de quem será beneficiado com o dinheiro e de qual ação receberá esse investimento público. O dado ganhou repercussão, nesta quarta-feira, após a divulgação de nota técnica publicada na vésper pela organização Transparência Brasil, segundo a qual essa transação repagina o chamado ‘Orçamento secreto’, prática que foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro de 2022.
O Congresso entrou em recesso para permitir aos parlamentares a participação nas convenções partidáriasO assunto voltou aos holofotes, nesta semana, em meio a uma ação movida na Corte por parte da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), a qual afirma que as emendas PIX impedem a fiscalização do fluxo dos recursos públicos, e também nas vésperas de o assunto retornar à pauta do Supremo, onde uma audiência de conciliação conduzida pelo ministro Flávio Dino discutirá o tema nesta quinta-feira.
Esse tipo de transação recebe esse nome por se tratar de uma transferência especial e direta de recursos públicos para prefeituras e municípios com ampla praticidade e sem que seja cobrada uma rígida prestação de contas.
Anonimato
Quando o tema foi alvo de julgamento por parte do STF, os ministros se debruçaram sobre a chamada ‘RP-9’ ou ‘emendas de relator’, rubrica técnica que formalizava o ‘Orçamento secreto’, instaurada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Por maioria de votos, a Corte entendeu que a prática fere os princípios constitucionais da transparência, da impessoalidade, da moralidade e da publicidade porque o manuseio do dinheiro público se dá sob anonimato, sem especificação de qual ator político propôs cada emenda e de qual seria a ação destinatária dos recursos.
No curso da ação judicial que tramita no STF, o ministro Flávio Dino afirmou, em junho, que o governo federal e o Congresso não haviam conseguido comprovar o cumprimento da decisão da Corte. Foi a partir disso que foi agendada a conciliação da próxima quinta-feira. A iniciativa veio após as organizações Associação Contas Abertas, Transparência Internacional Brasil e Transparência Brasil oficiarem o magistrado para apontar que vigora atualmente uma espécie de remodelação do orçamento secreto no Legislativo por meio das emendas Pix.
A LDO 2024 e a Instrução Normativa (IN) nº 93, aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em janeiro deste ano, traçaram mecanismos de fiscalização para essas transferências, mas a análise da Transparência Brasil aponta que tais medidas não solucionaram o problema. Apesar disso e da decisão tomada pelo STF em 2022, a avaliação da ONG é que o orçamento secreto tem tido sequência não só através das emendas Pix, mas também por meio de outras transações que passaram a ser adotadas como alternativa para a movimentação de dinheiro público sem o atendimento a critérios de transparência.
Ministros terão que cumprir regra fiscal, adverte presidente
31 de Julho de 2024, 19:53Em entrevista a emissoras de rádio durante o programa ‘Bom Dia, Ministro‘, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta quarta-feira, Padilha pontuou: “Fomos desmontando, aos poucos, essa bomba”.
Por Redação – de Brasília
Ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha disse nesta quarta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que todos os ministros cumpram as regras do chamado arcabouço fiscal.
Condutor da política do governo Lula, no Congresso, o ministro Alexandre Padilha (PT-SP) falou sobre os cortes no Orçamento— Essa regra fiscal está valendo, o presidente Lula vai cumprir essa regra e determinou a todos os ministros: ‘Tem que cumprir’. Quando a gente assumiu o governo, havia uma verdadeira bomba fiscal para explodir no Brasil que tinha sido provocada pelo governo anterior. Infelizmente, o governo anterior resolveu fazer uma operação boca de urna antes das eleições, gastando recursos acima do que o Brasil podia, inclusive, reduzindo a receita dos Estados e municípios — disse.
Em entrevista a emissoras de rádio durante o programa ‘Bom Dia, Ministro‘, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta quarta-feira, Padilha pontuou: “Fomos desmontando, aos poucos, essa bomba”.
— Além de desmontar essa bomba, a gente precisava criar, para o Brasil e para o mundo, uma nova regra. Dizer o seguinte: ‘Olha, o jogo agora vai ser assim’. Pra todo mundo saber as regras. Quando a gente aprovou o arcabouço fiscal no ano passado, isso fez com que o Brasil passasse a ser o segundo país do mundo que mais atraiu investimentos externos. Só pra ter uma ideia: os fundos investiram mais de US$ 3,4 bilhões nas empresas brasileiras, o maior investimento desde 2014, ou seja, quase dez anos depois. Por sentirem segurança nesse rumo da economia — acrescentou.
Emendas
O governo federal oficializou, na véspera, o congelamento de R$ 15 bilhões em gastos públicos. O decreto com o detalhamento foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União. A proposta é manter a meta de déficit zero este ano, como prevê o arcabouço fiscal. Dentre os ministérios, o da Saúde foi o mais afetado, com R$ 4,4 bilhões contingenciados; seguido pelas pastas das Cidades, com R$ 2,1 bilhões; dos Transportes, com um R$ 1,5 bilhão; e da Educação, com R$ 1,2 bilhão.
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também foi bastante afetado – R$ 4,5 bilhões, entre valores bloqueados e contingenciados, que representam cortes temporários de gastos. Houve também corte de um R$ 1 bilhão em emendas de comissão, de R$ 153 milhões de emendas de bancadas e de R$ 9,2 bilhões em despesas discricionárias.
Com o decreto, ministérios e órgãos afetados pelo arcabouço fiscal têm até a próxima terça-feira para adotar medidas de ajuste e indicar programas e ações a serem bloqueados. No caso das emendas de bancada, haverá ainda um ajuste para a divisão igualitária entre as bancadas.
Meta
O bloqueio visa respeitar a regra de limite de despesas públicas para 2024. Conforme estabelece o novo marco fiscal, os gastos de um exercício devem apresentar um crescimento real entre 0,6% e 2,5% em relação às despesas do ano anterior (com o fator exato definido a partir do comportamento das receitas naquele período).
Mas, como a evolução de despesas obrigatórias superou as projeções feitas na Lei Orçamentária Anual (LOA), o bloqueio de despesas discricionárias se faz necessário como forma de compensação para respeitar o “teto”.
Já o contingenciamento tem como objetivo atender a meta de resultado primário − que neste ano é de déficit zero, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB), o que na prática permite um desequilíbrio de até R$ 28,756 bilhões nas contas públicas.
Nível do Rio Madeira cai 35 cm e atinge cota mínima, diz SGB
31 de Julho de 2024, 15:52De acordo com o órgão, a redução do nível do rio é provocada pelas chuvas abaixo da média entre novembro do ano passado e abril deste ano, período chuvoso na região.
Por Redação, com ABr – de Brasília
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) informou na terça-feira que o nível do Rio Madeira, em Porto Velho, caiu 35 centímetros nos últimos sete dias, alcançando a marca de 2,56 metros. A medida representa a menor cota registrada para o período.
Queda é provocada pelas chuvas abaixo da médiaDe acordo com o órgão, a redução do nível do rio é provocada pelas chuvas abaixo da média entre novembro do ano passado e abril deste ano, período chuvoso na região. De acordo com o boletim de monitoramento da Bacia do Rio Madeira, no mesmo período do ano passado, o nível do rio estava em 4,56 metros.
Para o pesquisador Marcus Suassuna, especialista do serviço geológico, o nível atual do rio poderá provocar restrições para a navegação.
– O rio chegou a níveis baixos muito cedo. Se houver atraso no início da estação chuvosa, o Madeira pode permanecer por muito tempo com restrições à navegação, o que pode provocar impactos para a disponibilidade hídrica e principalmente para a navegação – afirmou.
Na segunda-feira, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou situação de escassez quantitativa de recursos hídricos nos rios Madeira e Purus e seus afluentes que correm no sudoeste do Amazonas.
A medida visa intensificar os processos de monitoramento hidrológico dessas bacias, dos impactos sobre usos da água e propor ações preventivas desses impactos em articulação com diversos setores usuários de água.
Rio Madeira
Com uma área de drenagem de 1,42 milhão de quilômetros quadrados, das quais 43% estão em território brasileiro e o restante no Peru (7,6%) e Bolívia (49,4%), a região da Bacia do Rio Madeira tem um período chuvoso que se estende normalmente de novembro a abril, enquanto o período seco vai de maio a outubro, sendo outubro um mês de transição.
No rio, estão localizadas as usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio. Ambas operam a fio d’água e tem potência instalada para gerar até 6,7% da energia do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Além disso, o Rio Madeira serve como importante hidrovia usada para transporte fluvial de carga e passageiros. O trecho navegável de 1.060 quilômetros entre Porto Velho e Itacoatiara (AM) transportou de 6.538.079 toneladas em 2022, o que corresponde a 9,2% do total transportado por vias interiores no Brasil.
O Rio Madeira também é utilizado para abastecimento de água de Porto Velho, com cerca de 460 mil habitantes, e outras comunidades de menor porte.
SP registra aumento de 139% nos atendimentos por acidentes com pipas
31 de Julho de 2024, 15:52O artefato, feito de cola e vidro moído, é praticamente invisível a olho nu e pode causar ferimentos e cortes profundos, resultando até mesmo em mortes.
Por Redação, com ACS – de São Paulo
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) alerta para o perigo do cerol utilizado nas pipas, que põe em risco principalmente motoqueiros, ciclistas e pedestres.
Linhas de cerol em pipas são proibidas por lei e trazem riscos de cortes profundos, problemas na rede elétrica e podem levar a morteO artefato, feito de cola e vidro moído, é praticamente invisível a olho nu e pode causar ferimentos e cortes profundos, resultando até mesmo em mortes.
No Estado, entre janeiro e maio de 2023, foram registrados 555 atendimentos ambulatoriais por objetos cortantes. No mesmo período deste ano, o número aumentou para 1.326, representando um crescimento de 139%.
O perigo costuma atingir também as crianças, que por vezes estão expostas brincando na rua e podem não perceber a linha, ou ao identificar uma pipa enroscada em rede elétrica, podem tentar se aproximar para retirá-la causando lesões por queimadura elétrica.
De acordo com o coordenador da equipe de cirurgia geral do Hospital Geral de Guarulhos (HGG), Eduardo Benedetti, o período de férias escolares requer maior atenção e orientação de pais, alertando sobre a não utilização desses artefatos, visando evitar tais incidentes.
Para motoqueiros, quando atingidos pelo cerol, com influência da velocidade do vento e do deslocamento, o ferimento pode ser ainda mais grave e profundo. São inúmeros os riscos, como hemorragia, ao lesionar vasos importantes; insuficiência respiratória aguda, ao lesionar a traqueia; e cegueira, quando ocorre o trauma ocular.
O especialista também alerta para demais ferimentos nas regiões cervicais e em outras partes do corpo. “Pode haver mutilações, amputações, além de lesões vasculares, levando inclusive ao óbito”, afirma.
Linha chilena
Tão perigosa quanto o cerol, é a linha chilena, também utilizada erroneamente para soltar pipas. O artefato leva à sua composição óxido de alumínio e pó de quartzo, substâncias altamente cortantes. A prática, além de trazer o risco de cortes profundos, pode induzir choques, curto-circuitos e danificar a fiação se entrar em contato com redes elétricas.
Vale ressaltar que o cerol e demais linhas cortantes são proibidas no estado conforme a Lei 17.201/2019 que proíbe o uso, a fabricação e a comercialização do produto. A lei visa proteger a população e evitar acidentes.
Ucrânia perdeu o núcleo de militares mais experientes, diz Prozorov
31 de Julho de 2024, 15:52Em maio, a Ucrânia adotou uma lei de reforço da mobilização, segundo a qual todas as pessoas aptas para o serviço militar, em um prazo de 60 dias após a entrada em vigor do documento.
Por Redação, com Sputnik – de Moscou
Em dois anos da operação militar especial, a Ucrânia perdeu o núcleo de seus militares mais experientes e está tendo problemas com a qualidade dos mobilizados, disse à agência russa de notícias Sputnik o ex-tenente-coronel do Serviço de Segurança da Ucrânia Vasily Prozorov.
Ucrânia perdeu o núcleo de seus militares mais experientes– Se eles conduzirem a mobilização de formas bastante duras, o número de pessoas (na Ucrânia) não se esgotará ainda por muito tempo – declarou ele.
Por isso, não se deve pensar que Kiev já perdeu todas as suas reservas de mobilização, acredita o ex-funcionário do serviço ucraniano.
– Outra coisa é que eles têm problemas muito sérios com os combatentes treinados e experientes. Em dois anos, eles basicamente perderam o núcleo dos militares que eram experientes, que vieram para a frente em 2022 como voluntários (…). Este núcleo foi quebrado. Foram ou mortos, ou feridos, ou ficaram incapacitados.
Portanto, sim, eles têm sérios problemas, não quantitativos mas qualitativos – disse Prozorov.
Lei de reforço
Em maio, a Ucrânia adotou uma lei de reforço da mobilização, segundo a qual todas as pessoas aptas para o serviço militar, em um prazo de 60 dias após a entrada em vigor do documento, devem atualizar seus dados nos centros de recrutamento. As datas de desmobilização dos que forem agora combater não estão especificadas no documento.
Em abril, Vladymyr Zelensky reduziu a idade de recrutamento de 27 para 25 anos. Apesar de os regulamentos serem cada vez mais rigorosos, há apelos para reduzir ainda mais a idade de recrutamento para 18 anos.
Polícia investiga ‘pombo-correio’ de facção criminosa
31 de Julho de 2024, 15:52As investigações, iniciadas em março do corrente ano, apuraram que uma advogada repassava mensagens criminosas de fora da cadeia para dentro, utilizando-se de bilhetes.
Por Redação, com ACS – de Brasília
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Estado de Goiás – FICCO/GO, e a Polícia Penal de Goiás deflagraram na manhã desta quarta-feira a operação Columbia Livia, com o objetivo de reprimir atos criminosos de indivíduos que se encontram presos e que contavam com rede de apoio externo de suas companheiras e de uma advogada.
Advogada utilizava-se de suas prerrogativas para repassar mensagens a presosPolicias integrantes da FICCO/GO estão cumprindo 14 mandados judiciais, sendo quatro de prisão preventiva, três de prisão temporária e sete de busca e apreensão, nas cidades de Trindade, GO, Águas Lindas de Goiás, GO, Anápolis/GO, Senador Canedo/GO e Goiânia/GO, além do sequestro de um imóvel avaliado em R$ 1,5 milhão.
As investigações, iniciadas em março do corrente ano, apuraram que uma advogada repassava mensagens criminosas de fora da cadeia para dentro, utilizando-se de bilhetes, cartas e até escritos no corpo, para transmitir e receber recados contendo diversas anotações que denotam ações criminosas, como dívida de presos que respondem por tráfico de drogas, negociações de quantidade de drogas de presos com pessoas em liberdade, ocultação de patrimônio, dentre outros.
A FICCO/GO é composta pela Polícia Federal (PF), Polícia Civil (PCGO), Polícia Militar (PMGO), Polícia Penal (PPGO), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), com foco na repressão a ações de grupos criminosos no Estado de Goiás.
Fraudes bancárias eletrônicas
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira a Operação Multicontas, com o objetivo de desarticular esquema criminoso de fraudes bancárias eletrônicas.
Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva nas cidades de Goiânia/GO, Carapicuíba/SP, São Vicente/SP e Praia Grande/SP. Também foram autorizadas medidas cautelares de sequestro de bens.
Os alvos são suspeitos de serem responsáveis pelo cometimento de fraudes bancárias eletrônicas em diversos bancos, gerando um prejuízo de quase R$ 3 milhões. Após as fraudes, os valores eram pulverizados em diversas contas bancárias até o destinatário final, atividade típica de lavagem de capitais.
Os investigados devem responder pelo crime de furto qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A investigação terá continuidade para identificar eventuais outras fraudes que foram cometidas pelo grupo criminoso.