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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Blog dedicado à política nacional e internacional

A utopia improvável de Marina Silva

17 de Outubro de 2013, 13:06, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

Coluna Econômica - 17/10/2013


Ontem, no meu Blog, tentei entender os movimentos em torno da candidatura de Marina Silva (http://glurl.co/c7Q) a partir de três atores importantes no jogo político: os grupos econômicos, os partidos políticos e as escolas de pensamento.


A noiva são os grupos econômicos, cada qual com seu leque de interesses. A mediação entre os grupos e os partidos se dá através de escolas de pensamento ou dos chamados intelectuais oportunistas, buscando discursos eficientes.


O discurso mais eficiente é aquele que, incorporando os interesses dos grupos econômicos parceiros, seja vendido como uma utopia ao eleitor.


Em países de pouca tradição programática, os partidos políticos são o chamado cavalo de umbanda. Quando não servem mais, as escolas procuram um novo cavalo para baixar o santo. É o caso de André Lara Rezende, um dos pais do Real, que pulou do PSDB para Marina.


***


Historicamente, o jogo da política econômica sempre operou de forma binária. Numa ponta, a fatia nacional da economia, defensora do ativismo do Estado e representada pelos economistas desenvolvimentistas.


Na outra, a fatia internacionalizada do país, mercado financeiro, grandes gestores de fundos, multinacionais brasileiras. Para esses interessa menos estado e maior liberdade do capital


Seguem a chamada escola neoliberal.


***


FHC abraçou as teses mercadistas. Deixou o poder enaltecido pelos financistas, amaldiçoado pelos industrialistas e rejeitado pela opinião pública.


Lula abriu espaço para os mercadistas no Banco Central e na Fazenda; para as chamadas forças produtivas no Ministério do Desenvolvimento e Agricultura. E para as forças sociais no Ministério do Desenvolvimento Social e no Bolsa Família. Só conseguiu fechar todas as pontas devido a uma conjuntura internacional favorável.


***

Nas últimas eleições, a campanha da oposição concentrou-se em formulações um tanto folclóricas, como ameaça de comunização, farquismo, bolivarismo etc.


Hoje em dia as críticas são mais objetivas, quanto ao voluntarismo, pressa, intervencionismo na economia etc.

​.

 


Acontece que esses temas  têm pouco impacto na opinião pública.


Mas, tendo como formulador o mesmo André Lara Rezende, há uma confluência de grandes grupos paulistas em criar a utopia Marina.


Essa utopia consiste em substituir o sonho do desenvolvimento pelo sonho da felicidade. O planeta não pode manter o crescimento, sob risco de esgotar totalmente seus recursos.


***


Há duas formas de distribuir renda: crescendo, e distribuindo o excedente; ou não crescendo, e expropriando de quem tem para dar a quem não tem. Qual caminho André sugere?


Cidadania e distribuição de renda consistem em levar energia aos mais pobres. Marina chegou a sugerir a proibição até de novas usinas hidrelétricas.


A simbiose André-Marina é tão evidente que, nos últimos dias, ela se pôs a defender até o tripé inflação-higidez fiscal-câmbio flexível.


***


Entre oposicionistas de carne e osso- como Eduardo Campos e Aécio Neves - e fantasias de Avatar, é importante que a oposição não embarque em aventuras.

 

 

Os posts mais comentados no blog Luis Nassif Online na quarta-feira (16):


 

1. As peças do jogo no discurso velho-novo de Marina Silva

Por trás da volta à natureza, o pensamento de André Lara Rezende contra o ativismo do Estado nacional

 

2. O endurecimento penal contra os manifestantes

3. Chico Buarque entra no debate sobre as biografias não autorizadas

4. Setor de saúde à espera da grande reforma

5. A ilusão da gratuidade nas rodovias

6. Corregedoria paulista não apresenta conclusões sobre propinoduto do Metrô

 

​7.  
STF suspende decisão de corte do ponto dos professores grevistas no RJ

 

8. Schopenhauer, os mascarados e os fakes

9. Precisamos de gente engajada em melhorar a escola pública

 

​10. 
O acerto na aquisição da artilharia anti-aérea russa, segundo o leitor Ilya

 

 

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Setor de saúde à espera da grande reforma

16 de Outubro de 2013, 10:15, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

Coluna Econômica - 16/10/2013

 

 

 

A explosão do mercado de consumo brasileiro está promovendo mudanças estruturais em inúmeros setores, cada qual exigindo um reformador de peso, capaz de redefinir funções e papéis.  


É o caso do mercado de saúde suplementar.


Nos últimos anos, ter um plano de saúde tornou-se o terceiro objeto de desejo da ascendente classe C - logo após a casa própria e a educação para os filhos. Tornou-se demanda central nos acordos coletivos e na própria atuação dos sindicatos.


Essa explosão de demanda criou uma nova realidade que atropelou o velho modelo. Há uma efervescência, um mercado em plena mutação mas amarrado aos paradigmas do velho mercado.


***

No universo da saúde suplementar convivem os seguintes personagens:


1. As empresas que vendem planos de saúde.

2. Os prestadores de serviços: hospitais, clínicas, médicos, laboratórios etc.

3. A ANS (Agência Nacional de Saúde), órgão regulador.

4. O governo.

5. O público.


Os planos são a porta de entrada para a economia da saúde.


***


É um sistema fundado no conceito de seguro. Ou seja, estimam-se os custos, sinistros e, a partir daí, calcula-se o valor da apólice. É uma aposta – como em todo seguro – com divewrsas variáveis em jogo.


1.  A inflação do setor, com a introdução de novas tecnologias e novas demandas.

2. Uma pirâmide etária em mutação, com o envelhecimento da população.

3. A falta de protocolos médicos que limitem os gastos hospitalares ou as tecnologias desnecessárias.

4. A falta de limites ao número de consultas/ano.

5. Todos esses fatores são colocados em um plano recém-lançado. Depois disso, terá que se ater aos reajustes anuais autorizados pela ANS


***


Pelo modelo atual, o único elo que assume o risco do seguro é a operadora.


Sendo assim, a única maneira de mitigar o risco é através de carteiras amplas. Por isso mesmo, as chamadas “majors” (as grandes seguradoras) marcharam para os planos empresariais e para os planos de adesão (ligados a associações profissionais e sindicatos). E os planos individuais ficaram restritos a pequenas seguradoras e ao sistema Unimed, caminhando para a extinção.


***

No caso dos planos empresariais, o custo da apólice está amarrado aos sinistros. Se em determinado ano houver muitos sinistros, ocorrerá uma majoração da apólice. E, muito provavelmente, as empresas procurarão outros planos.


***

O redesenho passa, entre outros, pelos seguintes pontos:


1.Os hospitais precisam aderir maciçamente ao sistema de protocolos – que definem a quantidade de procedimentos para cada internação. O que superar o protocolo correrá por conta e risco do hospital. Com esse enquadramento, será possível aos planos, inclusive, adquirirem pacotes de internação em hospitais.

2.Tem que haver uma integração de bancos de dados das operadoras de saúde, seja para evitar duplicação de exames e procedimentos, seja para orientar políticas de prevenção.

3.Há a necessidade da criação de um sistema de resseguros que garanta excedentes de consultas médicas per capita, por exemplo.


***


São desafios à procura de um gestor. Mas o que se tem até agora, nas federações, na ANS e no proprio governo, é um vazio de ideias.


Os posts mais comentados no blog Luis Nassif Online na terça (15):

1.    A lei do cão impera em São Paulo
Em setembro de 2012, PM executou 8 pessoas e Alckmin declarou: “Quem não reagiu está vivo”; por Luis Nassif

2.    Sobre o sistema de defesa aérea brasileiro

3.    A falta do novo no discurso de "superar a velha política" de Campos e Marina

4. Defesa de Jefferson pede que ele não vá para cadeia devido ao seu estado de saúde

5.  Abilio Diniz, o orgulho de ser bilionário

6. Serpro aposta em certificação digital para proteção de mensagens do governo

7. Brasil estuda aquisição de sistema de defesa aérea da Rússia

8. A atuação dos grupos de extermínio em SP

9. Literatura e viagem

10. A controvérsia sobre o prêmio Nobel de Economia

 

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Os partidos políticos discutem a educação brasileira

16 de Outubro de 2013, 9:26, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

Coluna Econômica - 15/10/2013

O que pensam os partidos brasileiros sobre os diversos temas de política pública?

Nos últimos anos, a radicalização política nublou as questões programáticas. Depois das manifestações de junho, gradativamente os partidos voltam-se para sua essência: discutir propostas capazes de atender aos reclamos das ruas.

No segundo tema da série sobre as propostas dos partidos brasileiros, o Jornal GGN (www.jornalggn.com.br) mostra as propostas do Campo de Debate do PT e do PSDB.

Os dois lados propõe a universalização com qualidade do ensino. Mas enquanto o PSDB tem várias críticas ao modelo pós-2003, o PT acredita que a melhoria do ensino depende fundamentalmente da manutenção das políticas que garantam a equidade social.

Clique aqui para ir ao Mutirão da Educação (http://glurl.co/c7dl​)​; aqui (http://glurl.co/c7e) para ir ao Espaço Democrático; aqui (http://glurl.co/c7f) para o artigo do Campo de Debates do PSDB: O apagão da educação; e aqui (http://glurl.co/c7g) para o artigo do PT: “Sem equidade, a educação não salva nem se salva”.

 

***

Assim como na saúde, a educação já tem um corpo relevante de partidários, educadores que levantam a bandeira acima dos partidos. As discussões sobre o tema têm levado quase a um consenso. Daí a pouca diferença nas propostas de um ou outro partido:

1.     Há a necessidade de professores bem remunerados e com boas condições de ensino (equipamentos, salas adequadas, cursos etc.).

2.     Dadas as condições atuais, seu trabalho deve ser avaliado e cobrado. E a maneira de cobrar é através de sistemas de avaliações e indicadores já existentes.

***

Desde o governo FHC foram criados indicadores de desempenho, sucessivamente aprimorados. E já existem fundos para financiar o ensino básico. Mas esbarram-se em problemas de monta que impedem o círculo virtuoso da educação.

O primeiro, é a incapacidade crônica dos três entes federados – União, estados e municípios – de garantir recursos suficientes para o desafio da educação. Há problemas também na articulação entre as três instâncias. Por exemplo, o Ministério da Educação garante recursos para os ensinos básico e fundamental. Mas o básico é de responsabilidade dos municípios e o fundamental dos estados.

Nos últimos anos foram aprimoradas redes sociais ligando todas as escolas do país ao MEC e permitindo avaliações mais precisas de resultados. Mesmo assim, faltam mecanismos mais eficientes de monitoramento e cobranças.

***

Existe ainda um vezo ideológico complicado atrapalhando a implantação de novos métodos de ensino.

Da parte de alguns estados, a visão autocrática de empurrar os novos modelos goela abaixo dos professores. Da parte de muitas associações de professores, a resistência a qualquer forma de avaliação.

Sem conquistar corações e mentes dos professores, nenhuma reforma será bem sucedida. Esse estilo autocrático lembra, em muito, o início das mudanças gerenciais nas empresas, em que se preconizava a chamada “reengenharia” – ou seja, o desmonte total da velha estrutura para colocar um nova.

Essa prática selvagem já foi abolida da lista das melhores práticas, por ineficaz

Os posts mais comentados no blog Luis Nassif Online na segunda (14):

1. As incompreensões e a marca do governo Dilma

A marca do social, conquistada por Lula, se mantém intacta e potencializada neste governo; por Diogo Costa

2. Uma análise sobre o processo de privatização da telefonia

3. Preliminares e bandeiras necessárias para Campos-Marina

4. Victor Assis Brasil, o gênio pouco conhecido dos brasileiros

5. A discussão sobre o sistema de defesa cibernética do Brasil

6. Rede decide que não irá integrar Executiva do PSB

7. As dificuldades de desenvolver a democracia no Brasil

8. Os mitos em torno do trabalho do professor

9. ​
O encontro de Péricles e Al Hirschfeld, dois imortais
​ 
 
 
10. ​
Um raio x da bancada ruralista no Congresso

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A volta da velha senhora, os juros de dois dígitos

15 de Outubro de 2013, 5:12, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

Coluna Econômica - 14/10/2013

 

 

A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de aumentar a taxa Selic para 9,5% ao ano e os termos do comunicado indicam que poderá voltar novamente aos dois dígitos. E mostra – mais uma vez – a enorme dificuldade do país em definir estratégias claras de desenvolvimento.


O organismo econômico brasileiro se assemelha a de um viciado que não pode viver sem drogas, sob risco de crises de abstinência.


***

Nos dois últimos anos, o governo Dilma Rousseff deu início à mais ousada estratégia monetária dos últimos vinte anos, de tentar trazer as taxas de juros aos níveis internacionais e proceder a alguma correção do câmbio.


E aí se observou um fenômeno típico de organismos viciados.


A economia está dividida entre os grandes grupos – capitalizados e ofertantes de recursos – e pequenas e médias empresas – demandantes de crédito.


As grandes empresas vinham apresentando bons níveis de rentabilidade. Reduzida a Selic, constatou-se que caíram as margens de lucros.


Percebeu-se, então, que eram garantidas pelos ganhos financeiros. A reação de empresas maiores foi promover reajustes de preços, visando recompor margens.


Para permitir a recomposição sem repasses, muitos setores foram agraciados com redução nos encargos trabalhistas, fruto do festival de desonerações fiscais do Ministro Guido Mantega.


***

O segundo movimento foi no câmbio.


Desde que assumiu, a presidente Dilma Rousseff estava convencida da necessidade de promover desvalorizações controladas do real, para devolver um mínimo de competitividade à economia interna.


Nos últimos meses, houve forte instabilidade no dólar, com a perspectiva de elevação das taxas de juros dos Estados Unidos. O Banco Central aproveitou a brecha e promover uma desvalorização controlada do real, que bateu nos R$ 2,30.


Com isso, reduziu os riscos de crise externa, mas à custa de uma elevação nos preços internos, especialmente dos chamados comercializáveis (produtos cujos preços são regulados pelas cotações internacionais).


***

O ritmo de crescimento baixo da economia poderia amenizar o repasse para os preços. Mas, ao mesmo tempo, abriria espaço para que a mídia do eixo Rio-São Paulo voltasse a exercitar o terrorismo.


Algum tempo atrás, os dois maiores jornais de São Paulo estamparam, na primeira página, a falsa informação de que famílias estariam retornando aos hábitos de consumo do período hiperinflacionário. Durante semanas, o Jornal Nacional bateu diariamente na tese da perda do controle inflacionário.


Esse movimento gerou um efeito cascata que se espalhou por diversos setores e acabou sendo contido pela decisão de elevar a Selic.


***

Agora, retorna-se ao mesmo jogo anterior. Aumentam-se os juros, os grandes grupos recompõem os lucros com ganhos financeiros. E a rapa, o enorme contingente dos tomadores de crédito – pequenas e médias empresas, consumidores pessoa física passam a pagar mais.

 

A melhoria de caixa das empresas – com a alta da Selic – será bancada com a redução dos recursos disponíveis para educação, saúde, investimento. Há que se poupar mais, para garantir os juros, os ganhos financeiros dos grandes e a tranquilidade da velha mídia.


Os posts mais comentados no blog Luis Nassif Online na sexta (11):

1.      Advogados de Lulinha denunciam 6 pessoas por ataques
É a primeira atitude objetiva da família de Lula contra ataques que passou a sofrer nos últimos anos

2.      A terceira via da chapa presidencial Marina-Campos

3.      O desafio de Aécio diante do novo cenário

4.      A balbúrdia democratizante das redes sociais

5.      A harmônica e influência jazzística de Maurício Einhorn

6.      O relato de um processo contra a Telebahia Celular

7.      Em editorial, Estadão diz que mobilidade urbana é bandeira eleitoral

8.      Alguns fatos sobre George Harrison

9.      Os processos penais parados no STF

10.  O bloqueio do mundo intelectualizado rompido pela internet

11.  Operadora de telefonia prefere a Justiça a dar solução rápida ao consumidor

 

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As dificuldades em destravar o saneamento

13 de Outubro de 2013, 3:35, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

Coluna Econômica - 10/10/2013

 

Os recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Saneamento apareceram. Pela primeira vez, em décadas, o saneamento recebeu verbas.

 

No entanto, na ponta o setor continua padecendo de problemas estruturais que ainda não foram atacados e que foram apontados no último congresso da ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental).


***


O ponto central é a pouca capacitação das prefeituras municipais de cidades menores, de desenvolver projetos para se capacitar para o investimento.

 

Com isso, os dados de coleta e tratamento de esgoto continuam muito ruins. Não são piores devido a São Paulo e Minas Gerais que elevam a média, explica Danta Garazzi Pauli, presidente da ABES. No mapa do Brasil há regiões inteiras sem nada em termos de coleta e tratamento de esgoto. No mapa dos investimentos, apenas São Paulo responde por 30%. E já tem uma razoável cobertura.


Em níveis razoáveis encontram-se apenas São Paulo, Minas Gerais, Paraná, a Bahia (que melhorou). Estados ricos, como Santa Catarina, tem municípios inteiros sem atendimento adequado depois que a empresa estadual entrou em crise.

 

***


Tanto a União quanto os estados precisariam montar estruturas de apoio aos municípios. Mas isso não ocorre.


Ligada ao Ministério da Saúde, a Funasa (Fundação Nacional da Saúde) é a responsável pela atenção aos pequenos municípios. Ao Ministério das Cidades caberia articular a ação federal. E às Secretarias de Saneamento estaduais, o apoio aos seus próprios municípios.


Mas há um total distanciamento dessas instituições.


Mas em grande parte das prefeituras não se encontra um técnico sequer capaz de estabelecer a interlocução, com conhecimento mínimo de água e esgoto.

 

O PAC poderia ser o caminho para a articulação das ações União-Estados-Municípios, mas as ações são pontuais, caso a caso. E há conflitos políticos de estados resistindo aos acordos, nos quais a União acaba definindo ações diretas junto aos municípios.


O setor ainda padece do velho conflito entre ação municipalista e estadual. Na maior parte dos estados, as companhias estaduais de saneamento não estão em condições de atender às demandas. Menos ainda as secretarias estaduais.


Mesmo no estado mais adiantado, São Paulo, inicialmente a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos tomou algumas atitudes importantes de integração com os municípios. Mas dispunha de estrutura fraca e a ação jamais se constituiu em política de governo.


***

O resultado é que, para se habilitar aos recursos do PAC, os municípios recorrem a empresas de projeto ou, pior, acabam caindo nas mãos de empreiteiras, que montam projetos mais direcionados aos seus próprios interesses do que aos do município.


***

A situação torna-se mais complexa quando se sabe da Lei de Resíduos Sólidos define prazos exíguos para sua implementação. A Lei definiu a agenda e já conseguiu eliminar inúmeros lixões. Mas a maioria dos municípios não terá condições de cumprir o determinado no prazo certo.


***

O setor dispõe de uma estrutura combalida de, outra um pouco mais moderna, agentes federais, estaduais disponíveis. Falta juntar todas as peças e começar a jogar o jogo.

 


Os 10 posts mais comentados no blog Luis Nassif Online na quarta-feira (9):

1.      Lista incompleta de factóides jornalísticos contemporâneos

2.      As eleições de 2014 e o discurso social

3.      O discurso do escritor Luiz Rufatto na Feira de Frankfurt

4.      Caraíva, Trancoso e Corumbau, na Bahia

5.      Candidaturas ainda não estão totalmente consolidadas

6.      Marina Silva fez a melhor opção entre as disponíveis e rejeitou ser Enéas

7.      Manifestantes violentos podem ser tratados como organização criminosa

8.      Campos ganha mais que Marina com aliança

9.      Para Janot, é hipocrisia colocar agentes da ditadura em mesmo patamar que torturados

10.  O simbolismo de Cuba no imaginário do brasileiro

 

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