Ir para o conteúdo
ou

Thin logo

castorphoto

Dr. Cláudio Almeida

Tela cheia
 Feed RSS

Blog Castorphoto

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Blog dedicado à política nacional e internacional

À Espera da Segunda Versão do PNLI

21 de Agosto de 2012, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

Coluna Econômica - 22/08/2012

 

O próximo Plano Nacional de Logística Integrada (PNLI) será muito melhor do que o que foi anunciado na semana passada. Esta é a opinião de Renato Pavan, da Macrologística, um dos grandes especialistas brasileiros da matéria.


Em sua opinião, a melhor notícia do PNLI foi o da criação da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e a nomeação de Bernardo Figueiredo para dirigi-la. Recria-se o extinto Geipot (Empresa Brasileira de Planejamento e Transportes). E pode-se esperar uma reedição do PNLI com mais substância do que na primeira versão.


Caberá à EPL estudar os projetos, montar projetos executivos e, principalmente, analisar a logística de forma sistêmica, integrada – algo que, segundo Pavan, faltou ao plano anunciado na semana passada.


***


Bernardo Figueiredo era o melhor quadro de logística do governo, presidindo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Em março passado, para demonstrar sua insatisfação com o governo, o Senado rejeitou sua recondução ao cargo pelo placar de 36 votos contra 31.


Sem ele, o PNLI acabou sendo conduzido pelo Ministério dos Transportes, mas a própria discussão de logística tornou-se difusa. Não se sabia quando o interlocutor era o Ministério dos Transportes, do Planejamento, a Casa Civil ou a Secretaria dos Portos.


***


Sem um comando mais centralizado e um ator mais ativo, o PNLI cometeu dois erros.


O primeiro é que, apesar do “integrado” no nome, não se cuidou de apresentar essa integração nos projetos. O PNLI acabou sendo uma colcha de retalhos de projetos soltos, sem a necessária integração. Há um pedaço de rodovia aqui, de ferrovia ali, um porto acolá. Teria sido mais eficiente oferecer à concessão projetos integrados e já estudados.


O segundo, foi ter desconsiderado vários trabalhos já elaborados pelo setor privado – como os projetos bancados pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) -, com visão integrada e com identificação clara de obras de interesse econômico.


Em muitos casos, a integração depende de obras menores, mas essenciais. Mais importante, são obras já analisadas e despertando interesse de empresas privadas.


Tivesse havido essa interlocução, além do enriquecimento dos projetos, haveria muito mais clareza no objetivo de atrair o capital privado.


***


Muitas das obras apresentadas não tem projeto executivo.


Das obras oferecidas ao setor privado, por exemplo, a Rodovia 163 (Cuiabá-Santarém) já está em andamento e poderá suscitar algum interesse, informa Pavan. Hoje em dia há um grande tráfego de veículos, 5 mil carretas mês, que saem do polo de Manaus e Transbordam para Belém, pegando a 153 (Belém-Brasília). Com a 163, haverá desvio e ganho de tempo e de custo.


Alguns trechos da BR 101 também deverão despertar interesse. Mas não muito mais que isso.


***


O mais importante é, agora, com o time completo, a EPL assuma a coordenação dos estudos, integre com os estudos já elaborados pelo setor privado e remonte as peças do jogo. O PNLI teve o mérito de acenar que investimento, especialmente em logística, tornou-se prioridade; já existem as ferramentas jurídicas para a parceria e as ferramentas econômicas.


 

Camex reduz imposto de importação de 530 produtos


A Camex (Câmara de Comércio Exterior) oficializou a redução para 2% do imposto de importação (II) de 530 bens de capital, informática e telecomunicações, segundo o Diário Oficial da União. Por outro lado, foi registrado um reajuste tributário em três categorias com produção nacional para estimular a capacidade inovadora desses setores. Os investimentos prometidos pela indústria vinculados aos produtos incluídos na categoria de "ex-tarifários" somam US$ 8,56 bilhões até o final de 2013.


Indústria mantém baixo desempenho, diz CNI


Apesar do aumento da atividade industrial em julho frente a junho, o segmento repetiu no início do segundo semestre o desempenho dos primeiros seis meses do ano e continuou acumulando estoques. Segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria), o indicador de evolução da produção registrou 51,1 pontos e o estoque efetivo em relação ao planejado atingiu 52,2 pontos. O índice do número de empregados ficou em 48,5 pontos em julho, sinalizando perda de postos de trabalho no setor industrial.


Previdência privada avança 32% no semestre


O mercado de previdência privada fechou o primeiro semestre do ano com uma arrecadação de R$ 33 bilhões, alta de 32% sobre o registrado nos primeiros seis meses de 2011, quando o montante ficou em R$ 24,9 bilhões, segundo a Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Fechada e Vida). A modalidade que se destacou no período foi o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), com arrecadação de R$ 28 bilhões, 38,24% a mais do que o registrado no mesmo período do ano anterior (R$ 20,3 bilhões).


Venda de material de construção aumenta 2,2% no ano


As vendas de materiais de construção apresentaram crescimento de 2,2% no acumulado do ano até julho, em relação ao mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, de agosto de 2011 a julho de 2012, houve aumento de 3,9% na comparação com os 12 meses anteriores. O resultado foi divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). As vendas no mês de julho apresentaram crescimento de 0,3% em relação ao mesmo mês do ano passado.


Inadimplência com cheques desacelera no Sudeste


O nível de inadimplência dos consumidores da região sudeste em julho subiu 2,55% (o índice de julho de 2012 alcançou 2,82% dos valores transacionados, enquanto em junho alcançou 2,75%). Na comparação com 2011, a inadimplência foi 7,22% maior. Os dados foram divulgados pela consultoria Telecheque. Do valor total dos cheques pesquisados, a falta de fundos continua sendo a principal causa para a devolução, com 77,6% dos registros. A região Norte ocupa a primeira posição, com inadimplência de 3,65%.


Produção mundial de aço cresce 2% em julho


A produção mundial de aço bruto em julho apresentou um crescimento de 2%, atingindo 130 milhões de toneladas na comparação com mesmo mês de 2011, segundo dados divulgados pela World Steel Association (WSA). O nível de ocupação da capacidade das usinas em julho caiu para 78,7%, ante 79,6% um ano atrás. A China manteve seu ritmo acelerado, e apresentou um crescimento de 4,2% no período, com um total de 61,7 milhões de toneladas durante o mês passado.

 

Blog: www.luisnassif.com.br

E-mail: luisnassif@advivo.com.br

"Todos os direitos reservados, sendo proibida a reprodução total ou parcial por meio impresso".


Visite o BLOG e confira outras crônicas



Como Wall Street Manipulou Ações de Tecnologia

20 de Agosto de 2012, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

Coluna Econômica - 21/08/2012

Ontem, a valorização dos seus papéis transformou a Apple na empresa mais valorizada da história: US$ 662,50 bilhões, superando os US$ 620,58 bi da Microsoft no pregão do dia 30 de dezembro de 1999. Hoje em dia, a Microsoft vale US$ 258 bi.

***

O fato traz à memória a lambança que foi o mercado de tecnologia no final dos anos 90. Uma grossa cobertura da mídia norte-americana criou miragens inacreditáveis. Gurus milagrosos, capazes de transformar pó em ouro, eram incensados. Muitos deles vieram ao Brasil para explicar seu poder mágico de identificar os grandes lançamentos.

***

Tudo fazia parte de um enorme esbulho dos acionistas, que ainda não entrou no inventário dos golpes de mercado com derivativos.

Em 10 de março de 2.000, sob o título “A exuberância irracional e os bancos” analisei um episódio sintomático.

***

A Goldman Sachs, em análise feita naqueles dias, havia recomendado a compra de ações da Microsoft, que já vinham em queda desde dezembro.

Por aqueles dias, a União Europeia havia instaurado inquérito contra a empresa, acusando-a de práticas monopolistas. Chegava ao fim o arcabouço tecnológico e jurídico que permitiu a Microsoft crescer durante décadas, entrando em sistemas operacionais, bancos de dados, softwares de rede, games etc.

***

No artigo, reproduzi análises do leitor Cleber Resende.

Lembrava ele:

“Alguém em sã consciência pode sugerir que uma empresa que já vale US$ 400 bilhões poderá valer ainda mais?", perguntava ele.

Em 1998 a Microsoft faturou US$ 12 bilhões. Em 99, com todo o frisson causado pelo lançamento do Windows 98, US$ 14 bilhões. Ela teria que ter um lucro anual (lucro, não faturamento) de pelo menos US$ 40 bilhões, para valer o que valia por aqueles dias. No primeiro trimestre de 2012, seu lucro foi de US$ 5,11 bilhões.

(…) A sua especialidade é o mercado domiciliar e os pequenos escritórios. Quando sai para outros segmentos, a história tem sido outra. Em certos nichos, como o dos videogames, os computadores perderam feio para os consoles japoneses.

Posteriormente, a Microsoft foi bem sucedida no mercado de games.

Continuava a análise:

A sua penetração no mercado empresarial, em que lança agora o Windows 2000, não é das mais fortes. Até hoje o NT não conseguiu o desempenho dos sistemas Unix, e empresas como a Oracle continuam dominando amplamente o universo dos provedores de Internet.

A estratégia de casar as aplicações em desktops individuais com a rede produziu uma barafunda infernal em seus sistemas. O resultado foi a criação de programas dez vezes maiores que os dos concorrentes para executar as mesmas tarefas.

Pela primeira vez a Microsoft está entrando em um território em que já estão empresas tecnologicamente dinâmicas e consolidadas. E no seu próprio território a tendência será o acirramento da concorrência, pelo surgimento de sistemas abertos e de programas gratuitos e mais funcionais.

Provavelmente o banco tinha em carteira papéis da Microsoft. Despejando-os no mercado, as cotações cairiam mais ainda. Providenciou então uma análise favorável, para poder passar o mico para terceiros.

 

Nova prévia do IGP-M avança 1,38%

O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) atingiu 1,38% no segundo decêndio de agosto, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os números ficaram pouco acima do visto em julho (1,11%). O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) subiu 1,94%, acima dos 1,45% registrados em julho. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) chegou a 0,26%, ante 0,23% no mês anterior. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) atingiu 0,36%, abaixo dos 0,91% registrados no segundo decêndio do mês anterior.

 

FOCUS: Indicativo para IPCA segue em alta

Os indicativos para a taxa oficial de inflação em 2012 mantiveram o ritmo de alta das últimas semanas, segundo o relatório Focus, elaborado pelo Banco Central a partir da consulta a diversas instituições financeiras. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para o final deste ano subiu de 5,11% para 5,15%. Na análise mensal, os dados para agosto subiram de 0,33% para 0,35%, ao passo que a variação para setembro foi mantida em 0,40%. Os dados para 2013 foram mantidos em 5,50%.

 

Empresas ampliam busca por crédito

O número de empresas que procurou crédito em julho deste ano subiu 7,9% em relação ao mês anterior. Na comparação com 2011, porém, a demanda caiu 3%. No ano, a busca por crédito está 1% abaixo da registrada no mesmo período de 2011. Os dados foram divulgados pela consultoria Serasa Experian. De acordo com a entidade, a alta na demanda de julho ante junho se deve à expectativa de maior aceleração do crescimento econômico e também da redução dos níveis de inadimplência das empresas e consumidores.

 

Prévia de índice industrial aponta crescimento

A prévia da Sondagem da Indústria de agosto sinaliza um avanço de 1,5% do Índice de Confiança da Indústria (ICI) ante o resultado final do mês anterior, ao atingir 104,2 pontos, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O aumento está ligado à melhoria da percepção sobre o presente: o Índice da Situação Atual (ISA) alcançou 105,8 pontos na prévia, o maior nível desde julho de 2011, com alta de 3,1% em relação ao mês anterior. O Índice de Expectativas (IE) recuou 0,2%, para 102,6 pontos.

 

Superávit acumula US$ 2,130 bilhões em agosto

A balança comercial apresentou um superávit de US$ 574 milhões na terceira semana de agosto, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Ao longo de cinco dias úteis, as exportações foram de US$ 4,909 bilhões, e as importações atingiram US$ 4,335 bilhões, No mês, o saldo chegou a US$ 2,130 bilhões, enquanto o superávit anual chega a US$ 12,075 bilhões, com resultado médio diário de US$ 75,5 milhões, 34,3% abaixo da média vista em 2011 (US$ 115 milhões).

 

Franceses cobram solução para crise

Há 100 dias no poder, o presidente da França, François Hollande, é cobrado pelos franceses para enfrentar de maneira mais ostensiva os efeitos da crise. Embora o presidente tenha adotado uma série de medidas (como aumentar o salário mínimo e reduzir seu próprio rendimento), os cidadãos esperam que o presidente francês busque alternativas para reduzir a dívida e o déficit público, além de evitar a redução da industrialização no país.

 

 

 

 

Blog: www.luisnassif.com.br

E-mail: luisnassif@advivo.com.br 


"Todos os direitos reservados, sendo proibida a reprodução total ou parcial por meio impresso."


Visite o BLOG e confira outras crônicas



O Futuro do PSDB na Era Pós-Serra

19 de Agosto de 2012, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

Coluna Econômica - 20/08/2012

 

Em debate na Folha, ao sugerir que poderá se candidatar a presidente da República pelo PSDB, o governador paulista Geraldo Alckmin expressava um sentimento que começa a tomar conta do partido: acabou a era José Serra, o pior período de um partido que, durante algum tempo, atraiu o pensamento renovador brasileiro.


A própria cobertura dos jornais paulistanos – em geral favoráveis a Serra – não mais esconde a personalidade e o estilo do candidato.


Na quinta, o Estadão mostrava Serra defendendo o trânsito em São Paulo (“poderia ser pior não fossem os investimentos”) e informava que ele era o único candidato a se locomover de helicóptero pela cidade, ao custo de R$ 3 mil a hora.


Na sexta, a Folha relatava a viagem de Serra no Metrô e seu curioso elogio da superlotação: é superlotado porque é bom e sai sempre no horário. Além das vaias recebidas e das sugestões para que viajasse em horário de pico.


***


A falta de discernimento, de propostas, a imagem constantemente mal humorada, a falsa naturalidade com que se mistura ao povo, tudo isso contribuiu para o esfacelamento antecipado da campanha. A ponto da pesquisa Ibope-Globo apontar que, em um eventual segundo turno, Serra, o político duas vezes candidato à presidência da República, seria derrotado pelo inexpressivo Celso Russomano por acachapantes 45 a 33.


***


Com Serra fora do caminho, o PSDB poderá tentar buscar alguma rota que lhe permita recuperar a dimensão nacional que um dia teve.


Não será fácil. Principalmente porque seu principal ideólogo, Fernando Henrique Cardoso, parece ter pendurado definitivamente as chuteiras.


***


O problema central do PSDB foi ter aberto mão de todas suas ideias a partir da era Serra. Trocou propostas por ataques destrambelhados a adversários, exploração da intolerância e do preconceito, inaptidão para gestão e para todas as novas ideias que mudaram a forma de pensar do país nas últimas décadas, uso recorrente de dossiês e de ataques difamatórios.


***


Hoje em dia, o país parece ter superado definitivamente as quizílias ideológicas entre privatistas x estatistas. Já entrou definitivamente no terreno do pragmatismo consistente.


Com seu pacote de concessões, anunciado na  semana passada, a presidente Dilma Rousseff encampa um conjunto de princípios de uma certa ala desenvolvimentista do PSDB de meados dos anos 90, que acabou desprezada pelo próprio partido, engolfado que foi pelo liberalismo inconsequente dos anos seguintes.


Havia um pensamento de centro-esquerda com posições muito claras sobre o papel do Estado, do setor privado, de políticas industriais, da importância de políticas sociais inclusivas.


***


Com tais ideias vitoriosas – e em mãos do PT -, a disputa se dará no campo da competência de gestão. No momento, destacam-se três gestores formidáveis, Eduardo Campos, governador de Pernambuco, Antônio Anastasia, de Minas Gerais, e Eduardo Paes, prefeito do Rio.


Alckmin terá que demonstrar uma criatividade e competência administrativa excepcional – que até agora não apareceu – se quiser se destacar e se tornar a esperança tucana em 2014.


Atividade econômica brasileira tem expansão em junho


A atividade econômica brasileira avançou 0,75% no mês de junho na comparação com maio deste ano, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) ajustado para o período, o maior ritmo de avanço desde março de 2011, quando subiu 1,47%. Em relação a junho de 2011, o avanço foi de 0,99%. Na comparação entre o segundo trimestre deste ano e igual período de 2011, houve crescimento de 0,68%, de acordo com os dados sem ajustes. Em 12 meses, o IBC-Br registrou crescimento de 1,2%.


IPC-S desacelera em duas capitais


A inflação mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) diminuiu em duas das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda semana de agosto. As cidades que apresentaram as menores taxas entre a primeira e a segunda prévia foram o Rio de Janeiro (de 0,69% para 0,6%) e Belo Horizonte (de 0,17% para 0,1%). A menor alta foi apurada em São Paulo, onde o índice passou de 0,41% para 0,42%.


Famílias estão menos endividadas, diz Ipea


Levantamento elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) indica que o nível de endividamento das famílias vem caindo: entre junho e julho, o percentual de entrevistados com dívidas caiu de 46,6% para 43,9%. Em julho de 2011, o índice era 47,9% das famílias. O perfil de endividados também mudou, com a diminuição do percentual de famílias muito endividadas, de 9,1% para 7,1%. Os mais ou menos endividados em julho deste ano somam 18,8% e os poucos endividados, 18%.


Governo reduz custos para obras de infraestrutura


Depois de anunciar a concessão de rodovias e ferrovias à iniciativa privada, o governo editou uma medida que vai baratear os projetos de infraestrutura. O Diário Oficial da União desta quinta-feira publicou um decreto que zera o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para o seguro-garantia, exigido nos financiamentos para esses empreendimentos. A medida entrará em vigor daqui a 90 dias. Atualmente, essas operações pagavam 7,38% de IOF.


Superávit da zona do euro bate recorde


O superávit comercial da zona do euro atingiu 14,9 bilhões no mês de junho, seu nível mais alto desde que os números começaram a ser divulgados, em 1999, segundo o escritório de estatísticas Eurostat. No mesmo período de 2011, o excedente apurado foi de 200 milhões de euros. Lideradas pela Alemanha, as exportações chegaram a 161,5 bilhões de euros no mês, alta de 12% no comparativo com o ano passado, e as importações subiram 2% na mesma base comparativa, chegando a 146,6 bilhões de euros.


Confiança do consumidor avança nos EUA


A confiança do consumidor dos Estados Unidos melhorou no início de agosto e atingiu o maior nível em três meses. Segundo dados da Thomson Reuters em parceria com a Universidade do Michigan, a confiança atingiu maior nível desde maio, para 73,6 pontos, ante 72,3 pontos no mês passado, mas as preocupações com o aumento dos preços dos alimentos levaram a uma disparada das expectativas de inflação tanto no curto quanto no longo prazo.

 

Blog: www.luisnassif.com.br

E-mail: luisnassif@advivo.com.br   

"Todos os direitos reservados, sendo proibida a reprodução total ou parcial por meio impresso."


Visite o BLOG e confira outras crônicas



RodapéNews - Edição de sábado, 18/08/2012

17 de Agosto de 2012, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

(informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto, associando os fatos)


De: Paulo Dantas 

 

SUCESSÃO NA PREFEITURA DE SÃO PAULO

 

PROPINAS PAGAS PELA "MÁFIA DOS UNIFORMES" A INTEGRANTES DA GESTÃO KASSAB TINHAM AVAL DE VICE DE SERRA, ALEXANDRE SCHNEIDER (PSD), AFIRMA DENUNCIANTE DO ESQUEMA

IstoÉ

A máfia dos uniformes

Ex-executivo de empresa investigada pela PF, Djalma Silva conta como funciona o esquema de fraudes com a Prefeitura de São Paulo. E diz que o fornecimento dos kits de uniformes envolve pagamento de propina acertada por Alexandre Schneider.

 De acordo com o empresário, que pediu para não mostrar o rosto, temendo colocar em risco sua integridade física, o esquema não apenas está ativo como envolve o pagamento de propina para integrantes da Prefeitura de São Paulo. O relato compromete o candidato a vice na chapa de José Serra à Prefeitura de São Paulo, Alexandre Schneider. Segundo revelou ISTOÉ na reportagem da última semana, Schneider deu aval para a atuação da máfia no período em que ocupou a Secretaria da Educação. Na entrevista, Djalma foi além. Disse que o grupo de empresários estava preocupado com o avanço do candidato Celso Russomanno (PRB) nas pesquisas de intenção de voto. Já a vitória de José Serra seria, segundo ele, a garantia de que o esquema continuará em pleno funcionamento

http://www.istoe.com.br/reportagens/230680_A+MAFIA+DOS+UNIFORMES

 

CANDIDATOS COMENTAM PESQUISA

JR

Vídeo: Candidatos à Prefeitura de São Paulo comentam resultado de pesquisa do Ibope

A terceira pesquisa de intenção de votos divulgada nesta quinta-feira (16) pelo Ibope deu empate técnico entre os candidatos José Serra, do PSDB, e Celso Russomano, do PRB. Fernando Haddad, do PT, se isolou no terceiro lugar

http://noticias.r7.com/videos/candidatos-a-prefeitura-de-sao-paulo-comentam-resultado-de-pesquisa-do-ibope/idmedia/502ed12fb61ca12a6a5f6af7.html

 

GESTÃO KASSAB SEM IMAGINAÇÃO

Estadão

Faltou 'imaginação' à gestão Kassab para atrair recursos, diz Haddad

Petista propôs construir prédios de uso misto em parceria com o programa Minha Casa, Minha Vida

http://www.estadao.com.br/noticias/politica,faltou-imaginacao-a-gestao-kassab-para-atrair-recursos-diz-haddad,918133,0.htm

 

GAMBIARRA DE KASSAB NA HABITAÇÃO

Nassif

Gambiarra tenta liberar verticalização em São Paulo

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-gambiarra-na-plano-municipal-de-habitacao-de-sp


SERRA É COBRADO A USAR TREM EM HORÁRIO DE PICO E POR TER ABANDONADO A PREFEITURA

Folha
Serra passeia de trem às 13h e é cobrado a voltar em horário de pico e por ter abandonado a prefeitura
Durante visita a uma estação da CPTM na zona sul da capital nesta sexta-feira, o candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, foi cobrado por eleitores pela lotação do transporte sobre trilhos e por ter abandonado a prefeitura para disputar o governo em 2006. Ele estava ao lado do governador Geraldo Alckmin, também do PSDB
 
OLHA O NÍVEL
Estadão

Após ser chamada de 'maconheira', Soninha estuda processar Levy Fidelix

Durante a série Entrevista Estadão, o candidato do PRTB criticou candidata do PPS à Prefeitura de SP

http://www.estadao.com.br/noticias/politica,soninha-estuda-entrar-com-processo-contra-fidelix,918096,0.htm

 

SHOWMÍCIO DO SUPREMO CONTINUA, APESAR DE DIVERGÊNCIAS, PROSSEGUE
 
INSATISFAÇÃO DE MINISTROS PERSISTE COM A CHAMADA VOTAÇÃO FATIADA, PROPOSTA PELO RELATOR E CONFIRMADA POR BRITTO
Reuters
Presidente do STF confirma votação fatiada do mensalão
BRASÍLIA, 17 Ago (Reuters) - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, afirmou nesta sexta-feira que a apresentação dos votos dos ministros na ação penal do chamado mensalão será feita de forma fatiada, como quer o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, que começou na quinta-feira a leitura de seu voto desta forma e já pediu a condenação de quatro réus.
O formato provocou forte resistência do ministro revisor da ação, Ricardo Lewandowski, que na noite de quinta-feira já havia afirmado ter sido "vencido". O ministro queria apresentar na íntegra os votos de cada réu.
Britto, que na manhã desta sexta-feira participou de um evento na Advocacia-Geral da União (AGU), disse a jornalistas que "o andar da carruagem" irá determinar a possibilidade de o ministro Cezar Peluso, que se aposenta compulsoriamente em 3 de setembro por completar 70 anos, votar ou não em todas as fases do processo
 
FATIAMENTO TEM CARÁTER POLÍTICO E ESTÁ FORA DA "NORMAÇÃO" CLÁSSICA
Reuters
ANÁLISE-Forma de voto de ação do mensalão coincide com ineditismo de processo
Embora a maioria dos especialistas consultados afirmem que não existiria espaço para recurso por conta do formato do voto, a professora de Direito Constitucional da Universidade de São Paulo Monica Hermann Caggiano, avalia de outra maneira.
"Esta partilha pode produzir e oferecer decisões parciais e é uma coisa nunca vista, absolutamente fora da normação clássica", disse.
Segundo ela, a decisão pela metodologia de voto teve "um caráter extremamente político".
"Os julgamentos políticos sempre causam uma certa apreensão quanto à segurança jurídica e certamente abrirá espaço para recursos e embargos", afirma ela http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE87H00120120818?pageNumber=1&virtualBrandChannel=0
 
ATROPELANDO O REGIMENTO INTERNO, A ORDEM DOS FATORES PODE ALTERAR RESULTADO
Folha
Para Mello, presidente do STF acata encaminhamentos de relator, parcela dos quais são alvo de constestações dos magistrados
Mello está contrariado com o fato de o presidente, em sua opinião, apoiar "de forma quase incondicional" as iniciativas do relator do caso, Joaquim Barbosa, algumas vezes contestadas por parte dos magistrados
 
sbt
Vídeo: Julgamento é marcado por divergências no STF
 
Folha
Análise: Decisão de fatiar votação pode alterar resultado
A decisão dos ministros do Supremo de dividirem seus votos a partir dos itens da denúncia pode alterar o resultado do julgamento do processo do mensalão?
O relator Joaquim Barbosa, e o revisor Ricardo Lewandowski divergiram sobre a forma como será votado o processo. Na prática, prevaleceu a posição de Barbosa
 
Estadão
Com votação fatiada, Peluso deve ficar sem julgar Dirceu, Delúbio e Genoino
Fatiamento do voto vai impedir que o ministro participe da votação dos principais réus antes de sua aposentadoria
 
INCONSISTÊNCIAS  DAS ACUSAÇÕES FEITAS POR  GURGEL E BARBOSA
Youtube
 
CA
Kakay absolve Duda e desmascara a farsa do mensalão
Duda é mensaleiro, porque mostrou o Lulinha Paz e Amor.
 
NACIONAL
 
ECONOMIA
Viomundo
Tucanos trazem de volta o debate sobre concessão ou privatização

A notícia, no blog do Guilherme Barros, na IstoÉ, dizia que os tucanos tinham se reunido no Palácio dos Bandeirantes e decidido publicar uma nota nos jornais dando apoio ao que chamaram de privatizações do governo Dilma.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, se antecipou, informando, em nota (clique aqui),  que o Programa de Investimentos em Logística - Rodovias, lançado pelo governo Dilma, era correção de uma série de equívocos cometidos na privatização de ferrovias e rodovias nos governos FHC.

Saiba mais
 
Reuters
Governo vende otimismo econômico; analistas pregam cautela
BRASÍLIA, 17 Ago (Reuters) - Animado com os recentes dados econômicos, o governo reforçou nesta sexta-feira o tom otimista sobre a recuperação da atividade econômica, apesar de analistas do mercado financeiro estarem ainda céticos sobre o ritmo de crescimento.
O tom otimista partiu da presidente Dilma Rousseff, do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini
 
Reuters
Dilma sanciona LDO de 2013 com vetos
BRASÍLIA, 17 Ago (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta sexta-feira com vetos a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013, aprovada no Congresso no dia 17 de julho, informou a assessoria de imprensa da Presidência da República.
A assessoria não soube dizer quantos ou quais trechos foram vetados pela presidente, que tinha até esta sexta-feira para sancionar a lei
 
COM EVENTUAL DERROTA DE SERRA NA DISPUTA PARA PREFEITO DE SÃO PAULO, CAMINHO MAIS LIVRE PARA ALCKMIN E AÉCIO DENTRO DO PSDB
Folha
Alckmin sugere interesse em voltar a disputar o Planalto em 2014
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), incluiu ontem seu nome na lista da qual será escolhido o tucano que poderá disputar o Palácio do Planalto em 2014
 
HORÁRIO GRATUITO ELEITORAL A PARTIR DE TERÇA-FEIRA, 21/08
Reuters
ANÁLISE-Propaganda na TV dá largada real e pode mudar eleição
SÃO PAULO/BRASÍLIA, 17 Ago (Reuters) - A campanha para as eleições municipais deste ano começa "para valer" com o início do horário eleitoral na TV no próximo dia 21, e as estratégias adotadas pelos candidatos nessa arena têm potencial decisivo para transformar favoritos em derrotados e azarões em prefeitos.
Especialistas ouvidos pela Reuters apontam que antes do início da propaganda eleitoral na TV a maioria do eleitorado não conhece todos os candidatos, e as pesquisas de opinião nessa altura servem mais para aferir uma "simpatia" do que uma convicção de voto
 
COMBATE AO CONTRABANDO INTERNACIONAL DE ARMAS
JR
Vídeo: PF investiga rota de contrabando internacional de armas no Brasil
Pistolas russas foram descobertas em encomendas dos Correios no aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Onze pistolas de uso exclusivo das Forças Armadas e da PF estavam dentro de malotes que seriam encaminhados pelos Correios. O material de fabricação Russa, avaliado em R$24 mil, foi apreendido dentro do aeroporto
 
SAÚDE
 
BBC
Gata ajuda menino com mudez seletiva a se comunicar com o mundo
Um menino britânico que sofre da rara condição de mutismo seletivo, que inibe a sua capacidade de se comunicar, vem contando com o auxílio de uma gata para  conseguir falar
 
BBC
Atividade física, ainda que tardia, ajuda a proteger o coração
Um estudo britânico constatou que a prática regular de atividade física ajuda a proteger o coração, ainda que iniciada tardiamente, após os 40 ou 50 anos
 
LIVRO
RL
Cuba hoje: uma versão diferente da que se vê na mídia
Radical Livros está lançando “Cuba Sem Bloqueio: a revolução cubana e seu futuro, sem as manipulações da mídia dominante”, de Hideyo Saito e Antonio Gabriel Haddad.
Como anuncia o título, trata-se de um trabalho que mostra a realidade cubana atual de forma clara e direta, sem as mistificações criadas pelos meios de comunicação dominantes
 
 
ESPORTES
 
DEMOCRACIA NO FUTEBOL
Escrevinhador
Documentário: Ser campeão é detalhe- História do movimento da democracia corintiana
Documentário conta a história do movimento da democracia corinthiana, nos anos 80. Por meio de entrevista com os envolvidos, o vídeo mostra a história de jogadores que se mobilizaram para ter dentro do time o direito à voto que não tinham na ditadura militar                                                                                                                                             



Mercosul versus a Nova Alca versus a China

17 de Agosto de 2012, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

 

Clique no "link" para aumentar a imagem  

 

Hoje, o embate político, econômico e ideológico na América do Sul se trava entre os Estados Unidos, a maior potência do mundo; a crescente presença chinesa, com suas investidas para garantir acesso a recursos naturais, ao suprimento de alimentos e de suas exportações de manufaturas; e as políticas dos países do MERCOSUL, que ainda entretém aspirações de desenvolvimento soberano, pretendem atingir níveis de desenvolvimento social elevado e que sabem que, para alcançar estes objetivos, a ação do Estado, é indispensável.

 

O artigo é de Samuel Pinheiro Guimarães

 

1. Todo o noticiário sobre MERCOSUL, Aliança do Pacífico, Parceria Transpacífica e China tem a ver com um embate ideológico entre duas concepções de política de desenvolvimento econômico e social. 

 

2. Aprimeira dessas concepções afirma que o principal obstáculo ao crescimento e ao desenvolvimento é a ação do Estado na economia.

 

3. A ação direta do Estado na economia, através de empresas estatais, como a Petrobrás, ou indireta, através de políticas tributárias e creditícias para estimular empresas consideradas estratégicas, como a ação de financiamento do BNDES, distorceria as forças de mercado e prejudicaria a alocação eficiente de recursos.

 

4. Nesta visão privatista e individualista, uma política de eliminação dos obstáculos ao comércio e à circulação de capitais; de não discriminação entre empresas nacionais e estrangeiras; de eliminação de reservas de mercado; de mínima regulamentação da atividade empresarial, inclusive financeira; e de privatização de empresas estatais conduziria a uma eficiente divisão internacional do trabalho em que todas as sociedades participariam de forma equânime e atingiriam os mais elevados níveis de crescimento e desenvolvimento.

 

5. Esta visão da economia se fundamenta em premissas equivocadas. Primeiro, de que todos os Estados partem de um mesmo nível de desenvolvimento, de que não há Estados mais e menos desenvolvidos. Segundo, de que as empresas são todas iguais ou pelo menos muito semelhantes em dimensão de produção, de capacidade financeira e tecnológica e de que não são capazes de influir sobre os preços. Terceiro, de que há plena liberdade de movimento da mão de obra entre os Estados. Quarto, de que há pleno acesso à tecnologia que pode ser adquirida livremente no mercado. Quinto, de que todos os Estados, inclusive aqueles mais desenvolvidos, seguem hoje e teriam seguido passado esse tipo de políticas.

 

6. Como é obvio, estas premissas não correspondem nem à realidade da economia mundial, que é muito, muito mais complexa, nem ao desenvolvimento histórico do capitalismo.

 

7. Historicamente, as nações hoje altamente desenvolvidas utilizaram uma gama de instrumentos de política econômica que permitiram o fortalecimento de suas empresas, de suas economias e de seus Estados nacionais. Isto ocorreu mesmo na Inglaterra, que foi a nação líder do desenvolvimento capitalista industrial, com a Lei de Navegação, que obrigava o transporte em navios ingleses de todo o seu comércio de importação e exportação; com a política de restrição às exportações de lã em bruto e às importações de tecidos de lã; com as restrições à exportação de máquinas e à imigração de “técnicos”.

 

8. Políticas semelhantes utilizaram a França, a Alemanha, os Estados Unidos e o Japão. Países que não o fizeram naquela época, tais como Portugal e Espanha, não se desenvolveram industrialmente e, portanto, não se desenvolveram.

 

9. Se assim foi historicamente, a realidade da economia atual é a de mercados financeiros e industriais oligopolizados em nível global por megaempresas multinacionais, cujas sedes se encontram nos países altamente desenvolvidos. A lista das maiores empresas do mundo, publicada pela revista Forbes, apresenta dados sobre essas empresas cujo faturamento é superior ao PIB de muitos países. Das 500 maiores empresas, 400 se encontram operando na China. Os países altamente desenvolvidos protegem da competição estrangeira setores de sua economia como a agricultura e outros de alta tecnologia. Através de seus gigantescos orçamentos de defesa, todos, inclusive a Alemanha e o Japão, que não poderiam legalmente ter forças armadas, subsidiam as suas empresas e estimulam o desenvolvimento cientifico e tecnológico. Com os programas do tipo “Buy American” e outros semelhantes, privilegiam as empresas nacionais de seus países; através da legislação e de acordos cada vez mais restritivos de proteção à propriedade intelectual, dificultam e até impedem a difusão do conhecimento tecnológico. Através de agressivas políticas de “abertura de mercados” obtém acesso aos recursos naturais (petróleo, minérios etc.) e aos mercados dos países periféricos, em troca de uma falsa reciprocidade, e conseguem garantir para suas megaempresas um tratamento privilegiado em relação às empresas locais, inclusive no campo jurídico, com os acordos de proteção e promoção de investimentos, pelos quais obtém a extraterritorialidade. Como é sabido, protegem seus mercados de trabalho através de todo tipo de restrição à imigração, favorecendo, porém, a de pessoal altamente qualificado, atraindo cientistas e engenheiros, colhendo as melhores “flores” dos jardins periféricos.

 

10. A segunda concepção de desenvolvimento econômico e social afirma que, dada a realidade da economia mundial e de sua dinâmica, e a realidade das economias subdesenvolvidas, é essencial a ação do Estado para superar os três desafios que tem de enfrentar os países periféricos, ex-colônias, algumas mais outras menos recentes, mas todas vítimas da exploração colonial direta ou indireta. Esses desafios são a redução das disparidades sociais, a eliminação das vulnerabilidades externas e o pleno desenvolvimento de seu potencial de recursos naturais, de sua mão de obra e de seu capital.

 

11. As extremas disparidades sociais, as graves vulnerabilidades externas, o potencial não desenvolvido caracterizam o Brasil, mas também todas as economias sul-americanas. A superação desses desafios não poderá ocorrer sem a ação do Estado, pela simples aplicação ingênua dos princípios do neoliberalismo, de liberdade absoluta para as empresas as quais, aliás, levaram o mundo à maior crise econômica e social de sua História: a crise de 2007. E agora, Estados europeus, pela política de austeridade (naturalmente, não para os bancos) que ressuscita o neoliberalismo, atacam vigorosamente a legislação social, propagam o desemprego e agravam as disparidades de renda e de riqueza. Mas isto é tema para outro artigo.

 

12. Assim, neste embate entre duas visões, concepções, de política econômica, a aplicação da primeira política, a do neoliberalismo, levou à ampliação da diferença de renda entre os países da América do Sul e os países altamente desenvolvidos nos últimos vinte anos até a crise de 2007. Por outro lado, é a aplicação de políticas econômicas semelhantes, que preveem explicitamente a ação do Estado, que permitiu à China crescer à taxa média de 10% a/a desde 1979 e que farão que a China venha a ultrapassar os EUA até 2020. Ainda assim, há aqueles que na periferia não querem ver, por interesse ou ideologia, a verdadeira natureza da economia internacional e a necessidade da ação do Estado para promover o desenvolvimento. Nesta economia internacional real, e não mitológica, é preciso considerar a ação da maior Potência.

 

13. A política econômica externa dos Estados Unidos, a partir do momento em que o país se tornou a principal potência industrial do mundo no final do século XIX e em especial a partir de 1945, com a vitória na Segunda Guerra Mundial, e confiante na enorme superioridade de suas empresas, tem tido como principal objetivo liberalizar o comércio internacional de bens e promover a livre circulação de capitais, de investimento ou financeiro, através de acordos multilaterais como o GATT, mais tarde OMC, e o FMI; de acordos regionais, como era a proposta da ALCA e de acordos bilaterais, como são os tratados de livre comércio com a Colômbia, o Chile, o Peru, a América Central e com outros países como a Coréia do Sul. E agora as negociações, altamente reservadas, da chamada Trans-Pacific Partnership - TPP, a Parceria Transpacífica, iniciativa americana extremamente ambiciosa, que envolve a Austrália, Brunei, Chile, Malásia, Nova Zelândia, Peru, Singapura, Vietnã, e eventualmente Canadá, México e Japão, e que, nas palavras de Bernard Gordon, Professor Emérito de Ciência Política, da Universidade de New Hampshire, “adicionaria bilhões de dólares à economia americana e consolidaria o compromisso político, financeiro e militar dos Estados Unidos no Pacifico por décadas”. O compromisso, a presença, a influência dos Estados Unidos no Pacifico isto é, na Ásia, no contexto de sua disputa com a China. A TPP merece um artigo à parte.

 

14. Através daqueles acordos bilaterais, procuram os EUA consagrar juridicamente a abertura de mercados e obter o compromisso dos países de não utilizar políticas de desenvolvimento industrial e de proteção do capital nacional. Não desejam os Estados Unidos ver o desenvolvimento de economias nacionais, com fortes empresas, capazes de competir com as megaempresas americanas, por razões óbvias, entre elas a consequente redução das remessas de lucros das regiões periféricas para a economia americana. Os lucros no exterior são cerca de 20% do total anual dos lucros das empresas americanas!

 

15. Nas Américas, a política econômica dos Estados Unidos teve sempre como objetivo a formação de uma área continental integrada à economia americana e liderada pelos Estados Unidos que, inclusive, contribuísse para o alinhamento político de cada Estado da região com a política externa americana em seus eventuais embates com outros centros de poder, como a União Européia, a Rússia e hoje a China.

 

16. Assim, já no século XIX, em 1889 , no mesmo ano em que Deodoro da Fonseca proclamou a República, na Conferência Internacional Americana, em Washington, os Estados Unidos propuseram a criação de uma união aduaneira continental. Esta proposta, que recebeu acolhida favorável do Brasil, no entusiasmo pan-americano da recém-nascida república, foi rejeitada pela Argentina e outros países.

 

17. Com a Ia. Guerra Mundial, a Grande Depressão, a ascensão do nazismo e a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos procuraram estreitar seus laços econômicos com a América Latina, aproveitando, inclusive, a derrota alemã e o retraimento francês e inglês, influências históricas tradicionais.

 

18. Em 1948, na IXa. Conferência Internacional Americana, em Bogotá, propuseram novamente a negociação de uma área de livre comércio nas Américas; mais tarde, em 1988, negociaram o acordo de livre comércio com o Canadá, que seria transformado em Nafta com a inclusão do México, em 1994; e propuseram a negociação de uma Área de Livre Comércio das Américas, a ALCA, em 1994.

 

19. A negociação da ALCA fracassou em parte pela oposição do Brasil e da Argentina, a partir da eleição de Lula, em 2002 e de Kirchner, em 2003 e, em parte, devido à recusa americana de negociar os temas de agricultura e de defesa comercial, o que permitiu enviar os temas de propriedade intelectual, compras governamentais e investimentos para a esfera da OMC, o que esvaziou as negociações.

 

20. O objetivo estratégico americano, todavia, passou a ser executado, agora com redobrada ênfase, através da negociação de tratados bilaterais de livre comércio, que concluíram com o Chile, a Colômbia, o Peru, a América Central e República Dominicana, só não conseguindo o mesmo com o Equador e a Venezuela devido à eleição de Rafael Correa e de Hugo Chávez e à resistência do MERCOSUL às investidas feitas junto ao Uruguai.

 

21. Assim, a estratégia americana tem tido como resultado, senão como objetivo expresso, impedir a integração da América do Sul e desintegrar o MERCOSUL através da negociação de acordos bilaterais, incorporando Estado por Estado na área econômica americana, sem barreiras às exportações e capitais americanos e com a consolidação legal de políticas econômicas internas, em cada país, nas áreas de propriedade intelectual, compras governamentais, defesa comercial, investimentos, em geral com dispositivos chamados de OMC – Plus, mais favoráveis aos Estados Unidos do que aqueles que conseguiram incluir na OMC, que, sob o manto de ilusória reciprocidade, beneficiam as megaempresas americanas, em especial neste momento de crise e de início da competição sino-americana na América Latina.

 

22. Na execução deste objetivo, de alinhar econômica, e por consequência politicamente, toda a América Latina sob a sua bandeira contam com o auxílio dos grupos internos de interesse em cada país que, tendo apoiado a ALCA no passado, agora apoiam a negociação de acordos bilaterais ou a aproximação com associações de países, tais como a Aliança do Pacífico, que reúne países sul-americanos e mais o México, que celebraram acordos de livre comércio com os EUA.

 

23. Hoje, o embate político, econômico e ideológico na América do Sul se trava entre os Estados Unidos da América, a maior potência econômica, política, militar, tecnológica, cultural e de mídia do mundo; a crescente presença chinesa, com suas investidas para garantir acesso a recursos naturais, ao suprimento de alimentos e de suas exportações de manufaturas e que, para isto, procuram seduzir os países da América do Sul e em especial do MERCOSUL com propostas de acordos de livre comércio; e as políticas dos países do MERCOSUL, Argentina, Brasil, Venezuela, Uruguai e Paraguai que ainda entretém aspirações de desenvolvimento soberano, pretendem atingir níveis de desenvolvimento social elevado e que sabem que, para alcançar estes objetivos, a ação do Estado, i.e. da coletividade organizada, é essencial, é indispensável.

 

Artigo enviado por Carta Maior