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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Blog dedicado à política nacional e internacional

A Guerra Entre os Poderes e o Caso Ayanna

8 de Setembro de 2012, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

Coluna Econômica - 10/09/2012

 

O julgamento do mensalão envolve várias disputas. A mais ostensiva – e menos relevante - é entre governo e oposição. Não há dúvida de que o PT incorreu em crime ao se financiar para bancar campanha de correligionários e políticos aliados. Aliás, o mesmo crime em que se sujeitou o PSDB em Minas Gerais e qualquer outro partido que se habilite a disputar eleições nesse modelo de financiamento privado de campanha.


Mas a disputa para valer é em outra instância. Tem-se uma batalha em andamento por espaço político, da parte do STF, da Procuradoria Geral da República e do próprio Congresso – com membros da CPMI de Cachoeira tentando envolver o Procurador Geral Roberto Gurgel.


Nessa disputa, sobram tiros para todos os lados, pouco importa se são culpados ou inocentes, se integrantes de grupos ou simples espectadores de crimes alheios.


É o caso da a executiva Ayanna Tenório, do Banco Rural.


Sobre o tema, escrevi no meu bog:

Joaquim Barbosa, relator do mensalão:

“Não sou de dar satisfações, até porque acho que o Supremo não tem de dar satisfação alguma. Mas esse processo foi feito com total transparência. Os atos que pratiquei nesse processo poderia classificar até de muito generosos”.


Levará tempo para que o Supremo apague da memória geral a imagem dele próprio, projetada pelo anjo vingador, Joaquim Barbosa. Tenho para mim que a história registrará sua participação como o Torquemada, o condenador implacável, o justiceiro sem nenhuma sensibilidade para com pessoas que estavam sendo julgadas. O homem que aboletou-se no cargo e, a partir daí, passou a valer-se dele como revanche da vida. Um vingador a quem o sofrimento, as humilhações pelas quais passou no início de vida, tornaram-no mesquinho, ao invés de um vencedor generoso.


***


Não me refiro à condenação de Katia Rabello e outros dirigentes do Banco Rural, justamente condenados com base em sua participação objetiva nas tramoias. Mas na maneira como Barbosa quis a todo custo executar  a vice-presidente Ayanna Tenório 


Ela foi absolvida por 9 votos a 1 por uma corte implacável. Nove Ministros, dos quais 7 com propensão a condenar, que nada viram que pudesse comprometer a executiva. O único voto pela condenação foi de Joaquim Barbosa.


A sanha  de afirmação política do STF e do Procurador Geral da República, até então, não tinha poupado ninguém.


Ayanna foi o primeiro  sinal de que não haveria execução sumário de todos os envolvidos pela sanha do Procurador Geral. Não foi outro o motivo que levou meu colega Jânio de Freitas a escrever, em sua coluna de ontem na Folha, que finalmente o STF tinha descoberto que existiam pessoas, seres humanos sendo julgados.


Dentre todos, nenhum magistrado foi tão insensível quanto Joaquim Barbosa. Arrogante até a medula, atropelando princípios de direitos individuais, chegou a interromper colegas que defendiam a inocência da executiva, para alardear que ela estava recorrendo a malandragens para se safar.


Um paradoxo: o grande homem, enquanto lutava para vencer preconceitos e dificuldades produzidas pela vida; uma figura mesquinha, quando chegou ao topo.


 

IGP-DI sobe 1,29% em agosto


O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) encerrou o mês de agosto em alta de 1,29%, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em 12 meses, o IGP-DI variou 8,04%, enquanto a taxa acumulada no ano é de 6,52%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) atingiu 1,77%, abaixo dos 2,13% de julho. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ficou em 0,44%, ante 0,22% no mês anterior. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) atingiu 0,26%, abaixo dos 0,67% de julho.


 

Inflação deve cair no longo prazo, diz ata do Copom


A inflação vai seguir em direção à meta de forma não linear, na avaliação do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). A meta de inflação tem como centro 4,5% e margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Segundo a ata da última reunião do colegiado, “a inversão na tendência da inflação contribuirá para melhorar as expectativas dos agentes econômicos, em especial as dos formadores de preços, sobre a dinâmica da inflação neste e nos próximos semestres”.

 

Consumidores aumentam gastos em agosto


O movimento dos consumidores nas lojas em todo o país cresceu 2% em agosto ante o resultado de julho, efetuados os ajustes sazonais, segundo a consultoria Serasa Experian. Na comparação com 2011, o crescimento foi de 13,4%, a maior alta desde março de 2010. Segundo os economistas, o avanço reforça os prognósticos de um segundo semestre com maior dinamismo econômico, motivado por fatores como queda dos juros e recuo gradual da inadimplência.


 

Produção industrial desacelera em nove regiões


Os índices regionais da produção industrial caíram em nove dos 14 locais apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre junho e julho. As quedas mais acentuadas ficaram com Goiás (-6,3%), no Amazonas (-5,9%) e no Pará (-3,2%), e áreas como Paraná (-1,1%), São Paulo (-0,7%) e Rio Grande do Sul (-0,7%) mostraram quedas mais moderadas. As cinco regiões que avançaram foram Rio de Janeiro (4,6%), Região Nordeste (0,9%), Bahia (0,4%), Ceará (0,4%) e Santa Catarina (0,2%).


 

IBGE amplia estimativa para safra agrícola


A safra brasileira de grãos deve chegar a 164,5 milhões de toneladas em 2012, superior em 2,8% à obtida em 2011 (160,1 milhões de toneladas) e 0,7% maior que a estimativa de julho (163,3 milhões de toneladas), segundo o Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística (IBGE). Já os 49,5 milhões de hectares de área a ser colhida representam um aumento de 1,6% na comparação com 2011 e de 0,2% na avaliação do mês anterior. O arroz, o milho e a soja respondem por 85,1% da área a ser colhida.


 

BNDES reduz desembolsos em 2% no ano


O total de empréstimos e investimentos liberados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi reduzido em 2% nos primeiros sete meses do ano em comparação a 2011, passando de R$ 69,3 bilhões para R$ 67,9 bilhões. Porém, o banco manteve a expectativa de crescimento do desembolso anual em cerca de R$ 10 bilhões  – que deve passar de R$ 139 bilhões, em 2011, para cerca de R$ 150 bilhões, em 2012.

 

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Morto Politicamente em 2010, Velório Melancólico de Serra Ocorre Nestas Eleições

6 de Setembro de 2012, 21:00, por Castor Filho - 1Um comentário

Enviado por Paulo Dantas


"Serra morreu politicamente em 2010. O que vemos agora é o seu melancólico velório. Demorou, mas será feito pelo mesmo eleitorado paulistano que lhe deu nova vida em 2004. Ninguém pode dizer que nosso eleitor não seja generoso, nem que não saiba punir. O eleitorado de São Paulo seguirá os passos já trilhados pelo eleitorado do Nordeste e não vai querer ser governado por esse antigo político tucano. Ambos consideram que a pior forma de solidão é a companhia de Serra, e eles não querem isso"

(Trecho extraído do artigo abaixo reproduzido)

 

Valor Econômico - Caderno Eu & Fim de Semana - 06/09/2012
Prefeito com nota baixa perde eleição  

por Alberto Carlos Almeida, sociólogo e professor universitário
 

São muito elevadas as chances de derrota do candidato do PT, Humberto Costa, no Recife. O motivo é simples: a avaliação do atual prefeito da cidade, João da Costa, que também é do PT, é muito ruim: somente 24% de "ótimo" e "bom". No caso de derrota do PT, o vencedor tende a ser Geraldo Júlio. Caso isso aconteça, haverá quem diga que Lula foi derrotado por que o candidato dele perdeu. Outros dirão que o grande vencedor terá sido o governador Eduardo Campos, em função da vitória de seu candidato. O fato é que a vitória ou a derrota eleitoral em Recife terá mais a ver com a avaliação da prefeitura do que com os apoios de Lula ou Eduardo Campos. O PT ainda pode reverter a situação se fizer toda sua propaganda eleitoral visando melhorar a avaliação de João da Costa. Essa é a única esperança. Isso significa menos Lula na TV e mais realizações do atual prefeito.

 

A avaliação dos prefeitos permite fazer várias previsões. Como Gilberto Kassab tem somente 24% de "ótimo" e "bom", seu candidato, José Serra, será derrotado. Em Belo Horizonte, o prefeito Márcio Lacerda será reeleito. Ele tem 59% de "ótimo" e "bom". É praticamente impossível perder uma eleição nessa situação. Dilma e Lula podem ocupar todo o tempo de TV pedindo voto para Patrus Ananias que o eleitorado mineiro, sem deixar de gostar de ambos, vai dar continuidade a um governo que se destaca na avaliação de desempenho. A situação do PT é complicada não somente em Belo Horizonte e Recife, mas também em Fortaleza. Lá, é preciso fazer o mesmo que no Recife: uma propaganda eleitoral inteiramente voltada para melhorar a avaliação da atual prefeita petista, Luizianne Lins.

 

Em Porto Alegre e Curitiba também é possível fazer uma previsão: os atuais prefeitos tendem a ser reeleitos. A aprovação de ambos está em um patamar que pode resultar em vitória ou derrota. Tradicionalmente, porém, quando se inicia uma campanha com 42% na soma de "ótimo" e "bom" é possível melhorar a marca para 55%, graças ao horário eleitoral gratuito. Os prefeitos dessas duas cidades assumiram o mandato depois que os titulares saíram para se candidatar, em 2010, ao governo estadual. Assim, estão hoje na mesma situação em que Kassab estava em 2008: precisam se tornar mais conhecidos. A campanha fará isso.

 

No Rio de Janeiro, a previsão eleitoral é facílima. A avaliação do atual prefeito é de 50% de "ótimo" e "bom". É impossível não ser reeleito. Além disso, a propaganda eleitoral de Eduardo Paes, capitaneada por Renato Pereira e sua equipe, é a que apresenta a mais original linguagem já empregada nos últimos tempos no Brasil. Eles precisaram lidar com o fato de terem o maior tempo de TV de todas as campanhas importantes deste ano no Brasil. Muito tempo de TV, como bem mostra a campanha de Serra em São Paulo, é uma faca de dois gumes: se não for bem aproveitado, como está sendo no Rio, volta-se contra o próprio candidato.

 

São Paulo é um caso à parte. Tudo indica que Serra sequer irá para o segundo turno. Serra foi capaz de unir a rejeição ao seu próprio nome com a rejeição de Kassab, devida à má avaliação de sua prefeitura. Se Kassab estivesse hoje muito bem avaliado - digamos, com 70% de "ótimo" e "bom", ninguém se lembraria de que Serra não concluiu seu mandato de prefeito. Como a avaliação é muito ruim, o eleitor responsabiliza Serra: afinal, foi ele quem, ao deixar a prefeitura, permitiu que Kassab assumisse.

 

Em 23 de março, na antevéspera das prévias tucanas que escolheram o candidato a prefeito, publiquei nesta coluna um artigo no qual afirmei que a escolha de Serra pelo PSDB teria sido feita junto com o seu lema de campanha: "em time que está perdendo não se mexe". A derrota de Serra agora (novamente acachapante), diria Nelson Rodrigues, estava escrita há 6 mil anos. Os eleitores de São Paulo não confiam nas propostas de Serra por um só motivo: ele deixou a prefeitura da última vez que foi eleito. Deixou a prefeitura e o governo estadual. Serra já foi candidato a presidente duas vezes. Assim, por mais que diga o contrário, sua trajetória mostra que o que ele quer mesmo é ser presidente. Portanto, não faz sentido confiar em Serra quando ele diz que quer ser prefeito. Os eleitores paulistanos estão escolhendo outros candidatos, políticos para os quais o cargo de prefeito se enquadra em seu momento de vida pessoal e profissional. Não é o caso de Serra.

 

Serra morreu politicamente em 2010. O que vemos agora é o seu melancólico velório. Demorou, mas será feito pelo mesmo eleitorado paulistano que lhe deu nova vida em 2004. Ninguém pode dizer que nosso eleitor não seja generoso, nem que não saiba punir. O eleitorado de São Paulo seguirá os passos já trilhados pelo eleitorado do Nordeste e não vai querer ser governado por esse antigo político tucano. Ambos consideram que a pior forma de solidão é a companhia de Serra, e eles não querem isso.

 

O PSDB errou ao escolher Serra candidato a presidente em 2010. Aécio Neves teria sido muito mais competitivo e, se tivesse perdido, já estaria com o seu nome nacionalmente consolidado para a próxima eleição. O PSDB errou novamente ao escolher Serra para candidato a prefeito agora em 2012. Vai ser derrotado e não terá permitido a emergência de uma nova liderança. O PSDB errará novamente se escolher Serra candidato ao Senado em 2014. Se o PSDB o lançar em 2014, mais uma vez dará aos adversários a chance de conquistar a vaga de São Paulo.

 

Em 2002, a campanha de Serra não defendeu o legado de Fernando Henrique. Ele era o candidato de um governo mal avaliado, a proporção de "ótimo" e "bom" não passava de 30% e por isso tentou se afastar o quanto pode daquele que viabilizou sua candidatura. Essa decisão de Serra foi extremamente míope, foi o que abriu para o PT a possibilidade de tratar os oito anos de governo tucanos como "herança maldita". As consequências negativas daquela campanha mal sucedida foram tão grandes para o PSDB que somente agora o partido tem vindo a público de maneira sistemática para defender o que foi feito por Fernando Henrique.

 

Na atual campanha para a Prefeitura de São Paulo, Serra tem feito o mesmo. Esconde Kassab pelas mesmas razões que o levaram a se afastar de Fernando Henrique. Não quer ficar associado a um governo que tem uma proporção pequena de "ótimo" e "bom". Se o objetivo é ser eleito prefeito, a estratégia fracassará da mesma forma que fracassou em 2002. A carreira política recente de Kassab está umbilicalmente ligada a Serra e o eleitorado sabe disso. Resta à campanha de Serra ter a coragem de defender o governo Kassab, de mostrar e enaltecer o que foi feito e afirmar que ele, Serra, dará continuidade ao legado do prefeito pessedista. Provavelmente, não se fará isso, uma vez que sua equipe de marketing político é muito ruim: pegou um candidato que tinha 30% de votos no início da propaganda na TV e no rádio e em uma semana fez com que ele perdesse dez pontos percentuais.

 

A eleição de São Paulo contribuirá para derrubar o mito, defendido por alguns tucanos paulistas, de que a suposta falta de empenho de Aécio teria sido responsável pelo péssimo desempenho de Serra em Minas em 2010. O que dizer agora de um desempenho ainda pior em São Paulo? Seria o caso de Aécio ficar na cidade, fazendo campanha em tempo integral para Serra? Obviamente, não se trata disso. O eleitorado paulistano está descobrindo agora o que o eleitorado mineiro já sabia há alguns anos: não vale a pena dar a vitória a Serra quando são oferecidos candidatos mais simpáticos e carismáticos.

 

Serra não soube e não teve a devida disposição de deixar de disputar eleições a partir da derrota de 2010. Ele não soube escolher a hora certa de parar. Lula não concorrerá novamente a nenhum cargo público. Disputou cinco eleições presidenciais e foi eleito em duas. A decisão do ex-presidente foi de permanecer na política, mas fora de disputas eleitorais. Serra se rebaixou ao ponto de disputar a eleição de um município, ainda que seja o mais importante do Brasil, mesmo querendo ser presidente. Está pagando por isso. Essa decisão revela que Lula tem muito mais estatura política do que Serra.A comparação é até injusta com Lula. É a diferença entre um líder nacional e um político que nunca conseguiu sair de sua própria província e que agora será rotundamente rejeitado por ela.

 

Reinaldo Azevedo, que já me criticou por desconstruir Serra, há de aprender que jamais fiz isso. Não precisava: Serra desconstruiu a si próprio ao cumprir o papelão de ser candidato a prefeito depois de mostrar para todos que o que ele quer mesmo é ser presidente.

 

Restou a Serra o eleitorado com 60 anos de idade ou mais. As pesquisas mostram que é somente nessa faixa que ele lidera. Talvez não por muito tempo. Na medida em que ficar claro que Serra será derrotado, tenderão a votar em Russomano ou Chalita. Trata-se de um eleitorado em grande parte mais conservador, que rejeita o PT. Está ficando consolidada a visão de que Serra dificilmente irá para o segundo turno. Se perder esse eleitorado, corre o risco de terminar a disputa em quarto lugar, atrás de Russomano, Haddad e Chalita.

 

Alberto Carlos Almeida, sociólogo e professor universitário, é autor de "A Cabeça do Brasileiro" e "O Dedo na Ferida: Menos Imposto, Mais Consumo".



Pronunciamento da Presidenta Dilma Rousseff em 7 de Setembro de 2012

6 de Setembro de 2012, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda



A Lenta Recuperação da Economia

5 de Setembro de 2012, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

Coluna Econômica - 06/09/2012

 

Para duas instituições representativas da indústria – a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e o IEDI (Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial) – o setor começa a mostrar sinais de recuperação.


A CNI aposta em retomada de crescimento nos próximos meses, conforme avaliação do seu gerente executivo, Flávio Castelo Branco. A pesquisa Indicadores Industriais revelou uma queda no faturamento real do setor, de 2,4% em julho em relação a junho. Mas comprou um aumento na UCI (Utilização da Capacidade Instalada) de 80,7% para 81,6%.


Houve aumento de 0,2% do emprego – terceiro seguido -, embora as horas trabalhada tenham caído 0,3%. Ambas as mudanças apontam para estabilização, interrompendo o processo de queda. A aposta na melhoria de desempenho se deve à queda dos juros, à desoneração de bens duráveis e dos encargos sobre a folha de salários em vários setores.


***


Dois dos 19 setores pesquisados tiveram comportamento negativo: metalurgia básica e borracha e plástico. No primeiro caso, queda de 5,5% no faturamento e de 2,3% na produção em relação a julho de 2011. NO segundo caso, queda de 1% no faturamento.


***


Mesmo recuperando-se no segundo semestre, o panorama do ano não é animador. Segundo o IEDI, há a possibilidade da recuperação não compensar as perdas do primeiro semestre, fechando o ano com queda. No primeiro semestre, a queda foi de 3,7%.


Assim, há que se analisar os resultados na “margem”, na ponta. Justamente os aumentos na produção de bens de capital e na utilização de capacidade interna. O IEDI entendeu que investimentos podem estar se recuperando assim como as compras internas dentro da indústria. Saliente-se o fato de que12 segmentos apresentaram resultado positivo em julho.


***


Mesmo assim, os dados do ano assustam:


“Ainda na comparação com julho de 2011, a produção de bens de capital caiu 9,1% em julho deste ano, assim como recuaram as produções de bens duráveis (–2,7%), de bens semi e não duráveis (–2,3%) e de bens intermediários (–1,7%). No acumulado dos sete primeiros meses do ano, as quedas de produção são muito significativas em bens de capital (–12,0%), em bens duráveis (–8,4%) e em bens intermediários (–2,5%). A produção de bens de consumo semi e não duráveis também caiu no acumulado do ano até julho, mas em menor proporção (–0,5%)”.


***


Numa outra frente importante para a definição do PIB (Produto Interno Bruto), a construção civil, o mercado continua aquecido. O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) de agosto, medido pelo IBGE, apresentou alta de 5,49% nos últimos doze meses.


O Rio de Janeiro registrou o maior custo por metro quadrado do país, com R$ 951,86. Esse índice serve de parâmetro para a fixação de custos de execução de obras públicas.


***


Muito dificilmente o PIB chegará no final do ano crescendo a 4 ou 4,5% na ponta, como prevê o Ministro da Fazenda Guido Mantega. Conseguiu-se interromper a queda, mas o ritmo da recuperação ainda é uma incógnita.


Como dizia o ex-Ministro Mário Henrique Simonsen, produzir queda na atividade econômica é como puxar um saco com uma corda; retomar o crescimento é como empurrar o saco com a corda.


IPCA de agosto fica em 0,41%


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,41% em agosto, próximo à taxa de 0,43% registrada em julho, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O total no ano chegou a 3,18%, enquanto a variação em 12 meses é de 5,24%. Assim como no mês anterior, alimentação e bebidas foi o que apresentou o maior resultado, embora o desempenho tenha sido um pouco menor, passando para 0,88% em agosto após ter atingido 0,91% em julho.


 

Índice da construção civil sobe 0,79% em agosto


O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) subiu 0,79% em agosto, 0,50 ponto acima do visto em julho (0,29%), segundo cálculos elaborados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em convênio com a Caixa Econômica Federal. A aceleração reflete os acordos coletivos ocorridos no mês de agosto. O custo nacional da construção por metro quadrado, que em julho fechou em R$ 838,46, passou para R$ 845,10 em agosto, sendo R$ 449,30 relativos aos materiais e R$ 395,80 à mão de obra.


 

Indústria reduz faturamento em julho


A recuperação esperada para a atividade industrial no começo do segundo semestre ainda não se consolidou: segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o faturamento real caiu 2,4% em julho em relação a junho, enquanto a utilização da capacidade instalada aumentou de 80,7% em junho para 81,6% em julho. O emprego cresceu 0,2% na comparação com o mês anterior, mas as horas trabalhadas na produção foram reduzidas em 0,3% frente a junho.


 

Confiança industrial segue em queda


O Índice de Confiança da Construção (ICST) manteve em agosto a trajetória descendente iniciada em abril, com a taxa do indicador trimestral recuando 9,8% em comparação a 2011, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ainda na comparação interanual, o Índice da Situação Atual (ISA-CST) reduziu-se em 11,8%, ante queda de 10,6%, em julho. Por outro lado, o Índice de Expectativas (IE-CST) apresentou melhora ao passar de -9,2%, em julho, para -8,1% em agosto.


 

Fluxo cambial fica deficitário em US$ 896 milhões


O fluxo cambial fechou o mês de agosto com um saldo negativo de US$ 896 milhões, segundo o Banco Central. É a segunda vez no ano que o resultado de entrada e saída de dólares fecha um mês negativo – o déficit em maio foi de US$ 2,691 bilhões. No mês passado, o segmento financeiro apresentou saldo negativo de US$ 222 milhões, e o fluxo comercial ficou deficitário em US$ 674 milhões. Contudo, o saldo anual está positivo em US$ 22,989 bilhões.


 

Preços de commodities caem 0,8% em agosto


O Índice de Commodities Brasil (IC-Br) teve queda de 0,08% em agosto em relação ao mês anterior, segundo o Banco Central. No acumulado do ano até agosto, foi registrada alta de 8,62% e, em 12 meses, de 11,33%. A queda do indicador ao longo do mês foi puxada pelo segmento de metais, que caiu 2,02%. O indicador do segmento agropecuário teve queda de 0,91%, enquanto o segmento de energia apresentou alta de 7,1%.

 

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RodapéNews - Edição de Quarta-Feira, 05/09/2012

4 de Setembro de 2012, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

(informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto, associando os fatos)

De: Paulo Dantas 
 
DISPUTA PARA PREFEITO DE SÃO PAULO
 
VALE A PENA VER DE NOVO: PIORES MOMENTOS, ENTRE OUTROS, DE SERRA NO DEBATE FOLHA/REDE TV
Viomundo
Vídeo: Gianazzi e Chalita nocauteiam Serra no 1º bloco do debate
1) Chamado de mentiroso por Serra, Chalita comprova que Serra fechou 200 escolas em tempo de integral quando foi  governador de SP e na réplica mostra que Serra é quem tinha um histórico de ser mentiroso:
  • Que negou conhecer Paulo Preto, ex-diretor da Dersa e envolvido em supostas fraudes no Rodoanel, quando o conhecia;
  • Que não sabia quem era Hussain Aref, diretor do Aprov e envolvido em fraudes milionárias para liberar empreendimentos irregulares em SP, quando foi quem o nomeou em 2005 para este cargo na prefeitura paulistana;
  • Que assinou documento comprometendo-se a permanecer como prefeito de SP até o final de seu mandatoabandonando-o após 1ano e 4 meses para se candidatar a governador de SP em 2006.
2) Respondendo a uma pergunta de Serra sobre os problemas na área de saúde em SP, Gianazzi mostra que a política da PSDB é a principal responsável pelo caos na saúde no Estado de SP e na cidade de São Paulo por causa da privataria tucana, que terceiriza os serviços de saúde para organizações sociais sem qualquer controle e vende 25% dos leitos dos hospitais públicos para planos de saúde.
 
3) Indagado por jornalista se sua rejeição  de 43% estaria vinculada a péssima administração do Kassab, Serra tira o corpo fora, omitindo que o apoiu em 2008. Geraldo Alckmin, candidato do PSDB naquelas eleições foi "cristianizado" pelo grupo de Serra e sequer chegou ao 2º turno. Agora, Serra, pode ser alvo desta cristianização, troco do grupo de Alckmin
 
DESILUDIDO COM JOSÉ SERRA
Estadão
É a política, Serra! - por Demétrio Magnoli (embora admirador, está muito desiludido atualmente com José Serra)
Para sociólogo, a alta rejeição ao candidato tucano tem raízes na campanha presidencial de 2010, quando ele teria prescindido de atacar os temas políticos
Uma lenda urbana atribui ao jornalista Gilberto Dimenstein a queda livre de José Serra nas pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo. O pretenso culpado deve gostar da fama produzida por tal interpretação. Contudo, ela é falsa. O desencanto com o candidato não deriva da ruptura de um compromisso fajuto assinado num papelucho, durante a campanha eleitoral municipal de 2004, mas da ruptura de um compromisso verdadeiro firmado com os eleitores paulistanos nas campanhas estadual de 2006 e presidencial de 2010.
Hoje, os "serristas" plantam o diagnóstico de que a "maldição de Dimenstein" assombra o candidato.
A explicação, tão simples quanto errada, cumpre a função de ocultar o fundo político do problema
 
ABANDONARAM O BARCO
Terra
Ex-vereadora faz vaquinha para Serra e diz: "abandonaram o barco"
A ex-vereadora Myryam Athiê (DEM-SP), que é candidata a uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo, novamente, acusou nesta terça-feira partidários da campanha de José Serra, candidato do PSDB à prefeitura da capital paulista, de "abandonarem o barco". Por causa disso, Myryam fez uma "vaquinha" e organizou um evento de "adesão" à candidatura do tucano, que contou com a presença de aproximadamente mil idosos da zona leste da cidade
 
SONHO GRAMPEADO
Blog DoLadoDeLá
Serra "grampeou" meu sonho
 
POLÊMICA COM A PROPOSTA DO BILHETE ÚNICO MENSAL
Viomundo
Bilhete Ùnico Mensal: Projeto que despertou polêmica no horário eleitoral de SP
 
PESQUISA DATAFOLHA, COM FREIO DE MÃO PUXADO, REGISTRA PELA 1ª VEZ EMPATE TÉCNICO ENTRE HADDAD E SERRA. RUSSOMANO LIDERA
Terra
Datafolha-SP: Russomanno soma 35%; Serra tem 21%; e Haddad, 16%
O candidato do PRB à prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, segue em crescimento nas pesquisas eleitorais e abriu 14 pontos de vantagem para o segundo colocado José Serra, do PSDB, segundo pesquisa do instituto Datafolha, encomendada pelo jornal Folha de S. Paulo e divulgada nesta quarta-feira. Russomanno saltou de 31% para 35% nas intenções de voto, enquanto o tucano teve queda de 22% para 21%. A margem de erro do levantamento é de três pontos.

Fernando Haddad, do PT, somou dois pontos desde o último levantamento e chegou a 16 pontos. Levando em conta a margem de erro, o petista está em empate técnico com José Serra

http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2012/noticias/0,,OI6130968-EI20626,00-DatafolhaSP+Russomanno+soma+Serra+tem+e+Haddad.html

 

Valor

Serra e Haddad acirram disputa pelo 2º lugar

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/9/5/serra-e-haddad-acirram-disputa-pelo-2o-lugar

 

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE ELEIÇÕES EM SP E EM OUTROS ESTADOS

Terra

Na página deste link, escolha o ícone de seu interesse abaixo do tópico ELEIÇÕES 2012

http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2012/

 

Diário da Região

Notícias sobre a região de Rio Preto

Política está no Caderno Eleições, a partir da página 9 do link abaixo

http://www.diariodaregiaodigital.com.br/Flip/Flip_Books/Diario-20120905/pdf/Diario-20120905.pdf

 
OUTRAS NOTÍCIAS DE SP
 
 
OUTRA PISADA NA BOLA DE JOSÉ SERRA QUANDO ERA PREFEITO
RBA
Serra desativou programa de prevenção de incêndios em favelas em São Paulo
Gilberto Kassab teve a chance de reativar o projeto, de baixo custo e testado na gestão de Marta Suplicy, mas preferiu editar um decreto para um programa que não recebeu recursos até hoje.
São Paulo – Um projeto implantado durante a gestão da Marta Suplicy (PT) na cidade de São Paulo conseguiu, nos seus dois anos de atividade, controlar todos os focos de fogo em favelas antes que se tornassem grandes incêndios. A ideia se mostrou tão eficiente como simples: equipar algumas casas com extintores e treinar moradores para acabar com as chamas antes que se propagassem para moradias vizinhas. Apesar do custo reduzido e do sucesso nas ações, ele foi extinto por José Serra (PSDB) em 2005, quando assumiu a prefeitura. Sucessor do tucano, Gilberto Kassab (PSD) teve a chance de reativar o trabalho depois que um projeto de lei foi aprovado pela Câmara Municipal em 2009, mas não tocou a ideia adiante
 
INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI "CIDADE LIMPA"
Estadão
Juiz diz que lei Cidade Limpa é inconstitucional
Um juiz da 10.ª Vara da Fazenda Pública da capital julgou a Lei Cidade Limpa inconstitucional. A decisão, publicada no dia 22, favoreceu duas idosas que foram multadas em R$ 66 mil por manterem outdoor nos fundos da casa onde uma delas vive, na zona oeste, cujo valor venal é de R$ 43 mil. Ainda cabe recurso.
Segundo o Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior do Estado, trata-se da primeira decisão de inconstitucionalidade desde que a lei começou a valer, em  janeiro de 2007. O advogado delas, Sérgio Pupo, diz que essa foi a primeira decisão sobre a constitucionalidade favorecendo pessoa física. "Quando entramos com a ação, havia só recurso de profissional de publicidade."
 
FALTA DE PLANEJAMENTO DA GESTÃO KASSAB: CEMITÉRIO MUNICIPAL DE SÃO PAULO SEM VAGAS PARA SEPULTAMENTOS
ASP
Cemitério municipal suspende enterros por falta de vagas
Há pelo menos uma semana, o Cemitério Municipal de Lajeado, em Guaianases (zona leste), não está realizando enterros por falta de vagas.
Todo o cemitério está lotado. A quadra geral, área que recebe corpos que ficarão enterrados por três anos e são retirados posteriormente, também está cheia. Apenas pessoas que têm jazigos comprados podem ser sepultadas no local. A prefeitura não informou a capacidade do cemitério.
Apenas velórios são realizados no cemitério. "Não tem sepultura e ainda não deu o tempo de três anos para a gente retirar os corpos que foram enterrados aqui. Faz uma semana que está desse jeito", disse um funcionário, na segunda-feira
 
"MÁFIA DA CARNE" NA REGIÃO DE RIO PRETO REVELA OMISSÃO NA FISCALIZAÇÃO PELA SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DE SP
Diário da Região -05
MPF reforça condenação de réus da Grandes Lagos
O Ministério Público Federal- (MPF) em Jales apresentou na última sexta-feira à Justiça Federal as alegações finais (memoriais) sobre um dos processos abertos contra o que chamou de “quadrilha desbaratada na operação Grandes Lagos” e pediu a condenação de sete réus por falsidade ideológica e sonegação fiscal. As informações foram divulgadas ontem pela assessoria de imprensa do órgão.
Segundo o apurado nas investigações, o acusado Alfeu Crozato Mozaquatro, principal sócio e administrador do grupo principal responsável pelos ilícitos, e seus dois filhos , com o auxílio de um contador, e em combuinação com os demais réus denunciados que faziam o papel de sócios laranjas, criaram uma empresa fictícia com o fim de operacionalizar o abate de bovinos através do arrendamento da base industrial da empresa principal
 
Lembrando:
 
[Rodrigo Pinho, então procurador de Justiça de SP, não abriu procedimento para investigar o então deputado estadual Vaz de Lima (PSDB-SP), acusado de facilitar a emissão de notas frias por integrantes da quadrilha]
 
Diário da Região - 30/12/2006
Vaz de Lima nega participação em fraude
 
NACIONAL
 
CONTRA FATOS NÃO HÁ ARGUMENTOS: BRASIL É O DESTAQUE DE LISTA DO FEM E PELA 1ª VEZ ENTRA NO ROL DOS 50 PAÍSES MAIS COMPETITIVOS
Reuters
Brasil está entre 50 economias mais competitivas pela 1a vez
SÃO PAULO, 5 Set (Reuters) - O Brasil entrou pela primeira vez no ranking das 50 economias mais competitivas do mundo, segundo a última edição do Relatório  Global de Competitividade, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial.
 
AE - 05/09/2012
Brasil entra pela primeira vez no ranking dos 50 países mais competitivos
Na avaliação, divulgada pelo Fórum Econômico Mundial (FEM), Brasil subiu cinco posições desde o ano passado
 
RESPOSTA DURA DE DILMA A FHC, QUE CONTINUA ADEPTO DA CARTILHA NEOLIBERAL
Terra Magazine

Vídeo e texto: Ao atacar Lula e ser atacado por Dilma, FHC joga governos na eleição - por Bob Fernandes

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse, pensando em sua biografia, o que diz sempre. E é natural que diga. Talvez porque os candidatos do seu partido que tentaram sucedê-lo não tenham defendido o que ele entende ser o seu legado. Fernando Henrique disse o que quis dizer. E ouviu da presidente Dilma o que não precisaria, o que não gostaria de ouvir
 
Viomundo

O estranho mundo de FHC - por Leandro Fortes

 
CA

A Dilma chamou o FHC pra dançar e ele não viu

“Ah ! Entendi ! A Dilma queria dialogar com o Fernando Henrique, porque com o PiG (*) não tem conversa”.

 
CPI DA VEJA/CACHOEIRA SUSPENSA
Reuters
CPI do Cachoeira é suspensa até 1º turno de eleições municipais
BRASÍLIA, 4 Set (Reuters) - A CPI do Cachoeira suspendeu até o primeiro turno das eleições municipais, marcado para 7 de outubro, os depoimentos de pessoas  convocadas pela comissão e as sessões administrativas, que servem para votar requerimentos convocando mais depoentes e pedir documentos para aprofundar as investigações.
A decisão foi tomada nesta terça-feira após uma reunião de líderes partidários no gabinete do presidente da CPI mista, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).
 
SHOWMÍCIO DO MENSALÃO
Valor
Especialistas divergem sobre flexibilização das provas em ações penais
O julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) tornará mais rigoroso o combate à corrupção, mas ainda é necessário fortalecer as instituições para reduzir os desvios, avaliaram ontem políticos e especialistas no tema, em debate organizado em São Paulo pelo movimento Ministério Público Democrático (MPD). Os participantes divergiram, porém, sobre os efeitos da "flexibilização das provas" para julgar processos penais.
O advogado Belisário dos Santos Júnior, ex-secretário do governo tucano de Mário Covas, diz ter receio de que a tese de alguns ministros do STF, que defenderam flexibilizar princípios devido à gravidade do crime, se propague. "O senso comum fala em leis mais pesadas, em condenações mais duras, como forma de combater a corrupção. Mas, se ignorarmos princípios como presunção da inocência, isso acaba se voltando contra nós", afirmou.
O filósofo Mário Cortella, ex-secretário de Educação da ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina (na época no PT), avalia que o julgamento do mensalão não enfrenta diretamente a corrupção, apenas parte dela. "Não podemos ter visão triunfalista. Há questões mais perversas na corrupção que o caixa dois de campanha", afirmou. Ele disse que tudo está maximizado. "É o maior julgamento de um caso, não o julgamento do maior caso."