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Política

29 de Novembro de 2015, 12:01 , por Blogoosfero - | No one following this article yet.

Paulo Paim propõe mobilização contra pacote trabalhista do governo

5 de Janeiro de 2016, 13:48, por Política – Jornal Correio do Brasil

Em nota, o deputado disse que com o fim do recesso, “a Comissão de Direitos Humanos (CDH) chamará uma audiência pública”

Por Redação, com Agência Senado – de Brasília:

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado deverá se reunir, em fevereiro, para discutir a reforma trabalhista e previdenciária que o governo pretende conduzir em 2016. A informação é do presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS), que emitiu nesta terça-feira nota para defender que “a sociedade civil se mobilize contra esta barbárie”.

senado

Veja a íntegra da nota, que é intitulada “É preciso resistir”:

“As centrais sindicais, confederações, federações, sindicatos de base, associações de classe e congressistas comprometidos com os trabalhadores, aposentados e pensionistas demonstraram publicamente a indignação com o anúncio de um pacote do governo federal de reformas trabalhista e previdenciária.

Pacote trabalhista em cheque

Na verdade, trata-se da retirada de conquistas da nossa gente, o que é inaceitável. Propor a idade mínima de 65 anos para efeito de aposentadoria para homens e mulheres, desvincular o salário mínimo dos benefícios previdenciários, querer aprovar projetos como o da “terceirização”, que não respeita a atividade-fim, e, ainda o famigerado ‘negociado sobre o legislado’, que permite que a negociação prevaleça, desrespeitando a lei, nem a ditadura e os liberais do passado o fizeram.

Na primeira semana de fevereiro, com o fim do recesso, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) chamará uma audiência pública para que a sociedade civil se mobilize contra esta barbárie”, conclui a nota contrária ao pacote trabalhista.



Aécio faz política do quanto pior melhor, mostra pesquisa

5 de Janeiro de 2016, 12:28, por Política – Jornal Correio do Brasil

Aécio é um dos líderes do golpismo tentando a todo custo, inclusive passando por cima da democracia, impor um impeachment contra a presidenta Dilma

Por Redação, com Agências de Notícias – de Brasília:

Uma pesquisa divulgada pelo colunista Ancelmo Gois mostra que a maioria dos eleitores do senador Aécio Neves concorda com a frase de que o tucano faz a política do “quanto pior melhor”.

De acordo com o levantamento qualitativo “entregue a um possível candidato a presidente mediu a capacidade de transferência de votos”, a maioria dos eleitores do tucano Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado nas urnas em 2014, concorda com a frase de que o mineiro faz a política do “quanto pior melhor”.

Aécio
A maioria dos eleitores do tucano Aécio Neves concorda com a frase de que o mineiro faz a política do “quanto pior melhor”

Movido pelo inconformismo da derrota, Aécio demonstrou em palavras e atos o seu egoísmo e descompromisso com o país. Manchando o legado de seu avô, Tancredo Neves, Aécio é um dos líderes do golpismo tentando a todo custo, inclusive passando por cima da democracia, impor um impeachment contra a presidenta Dilma.

Em recente entrevista à Rede Brasil Atual, o professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp), Aldo Fornazieri, resumiu a personalidade do tucano: “É uma pessoa aparentemente dotada do sentimento de egoísmo, do poder pelo poder, de uma ambição absurda, e uma pessoa que não se conforma pelos resultados ditados pelo povo. É um elemento perigoso para a democracia brasileira”.

Aécio na mira da Lava Jato

Responsável por entregar o dinheiro sujo com o qual o doleiro Alberto Yousseff irrigava o esquema criminoso descoberto na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), Carlos Alexandre de Souza Rocha apontou o senador Aécio Neves (PSDB-MG) — candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais — como receptador de uma quantia milionária no esquema que beneficiava a empresa UTC Engenharia em obras na Petrobras.

Rocha disse à polícia, na delação premiada com a qual espera reduzir sua pena, que entregou R$ 300 mil, em 2013, a um diretor da UTC Engenharia, no Rio de Janeiro. O pacote estaria destinado ao senador Aécio Neves (PSDB-MG). Rocha, conhecido como Ceará, relata que conheceu Youssef em 2000 e, a partir de 2008, passou a fazer entregas de R$ 150 mil ou R$ 300 mil a vários políticos.

Ele disse que fez em 2013 “umas quatro entregas de dinheiro” a um diretor da UTC chamado Miranda, no Rio. O depoimento foi confirmado na confissão do diretor financeiro da UTC, Walmir Pinheiro Santana. Ele confirmou que o diretor comercial da empreiteira, no Rio, chamava-se Antonio Carlos D’Agosto Miranda e que “guardava e entregava valores em dinheiro a pedido” dele ou de Ricardo Pessoa, dono da UTC.

Rocha disse à PF que, em uma das entregas, entre setembro e outubro daquele ano, que Miranda “estava bastante ansioso” pelos R$ 300 mil. Rocha afirmou ter estranhado a ansiedade de Miranda e indagou o motivo. O diretor teria reclamado que “não aguentava mais” a cobrança e, perguntado quem seria o cobrador, Miranda teria dito ao delator: “Aécio Neves”.

— E o Aécio Neves não é da oposição? — teria retrucado Rocha.

A resposta, segundo o relator, teria sido esclarecedora:

— Aqui a gente dá dinheiro pra todo mundo: situação, oposição, todo mundo.

Deputado Rogério Correia acha que Aécio pode ser preso

O deputado estadual Rogério Correia (PT-MG) acredita que se o senador Aécio Neves (PSDB-MG) passar a ser investigado na Procuradoria-Geral da República acabará sendo preso. “A cada dia surge uma nova evidência do comprometimento do Aécio em esquemas de corrupção”, destaca, em entrevista ao site Viomundo.

O deputado já foi autor, junto com outros colegas, de vários pedidos de investigação contra Aécio no MPF, mas não houve providências, tanto do ex-procurador-geral, Roberto Gurgel, quanto de Rodrigo Janot.

– Se agora, com a delação dos R$ 300 mil da UTC, o doutor Janot não abrir urgentemente inquérito contra o Aécio, o Ministério Público Federal pode fechar a porta – afirma Correia.

– Ficará comprovado o que se denuncia há tempos. O MP tem lado, age ideologicamente, o que inconcebível a quem atua nesse setor – criticou.

Correia diz, ainda, que “agora, o senador Aécio quer aparecer como arauto da ética e da moral no Brasil”, mas “não tem a menor condição de sê-lo”.



Stédile: ‘Um ano perdido para o trabalhador brasileiro’

4 de Janeiro de 2016, 14:55, por Política – Jornal Correio do Brasil

O governo federal se assustou, montou um ministério medíocre, que não representa as forças que elegeram a presidenta. “E passou o ano se defendendo”, afirmou Stédile

Por Redação, com Bruno Pavan/BdF – de São Paulo

O ano que terminou há quase uma semana representa, na realidade, um marco na conjuntura extremamente complexa do Brasil. Diante de um cenário difícil, os movimentos populares construíram novos espaços de articulação para as lutas sociais. Para o economista João Pedro Stédile, da direção nacional do Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e integrante da Frente Brasil Popular, 2015 foi “um ano perdido para os trabalhadores brasileiros”.

Stédile acredita que o processo de impeachment estará resolvido até abril deste ano
Stédile acredita que o processo de impeachment estará resolvido até abril deste ano

Stédile concedeu uma entrevista ao jornalista Bruno Pavan, do jornal Brasil de Fato (BdF) — da qual o Correio do Brasil reproduz os trechos mais relevantes — e avalia que “a novela do impeachment” deva terminar até abril deste ano. Para o líder socialista, 2016 será marcado pela luta em torno da condução da política econômica do governo.

Leia os trechos mais importantes da entrevista:

— Que balanço os movimentos que compõe a Frente Brasil Popular fazem, em termos de lutas e de enfrentamentos políticos?

— A Frente Brasil Popular é uma frente ampla, uma aliança das mais diferentes formas de organização de nosso povo: movimentos populares, da juventude, sindicais e partidos. Nós sempre tomamos as deliberações por consenso, não temos instâncias de coordenação, nem porta-vozes.  Assim, não posso e nem devo falar pela Frente Brasil Popular. Falo pelo que vejo nos movimentos da Via Campesina, nos movimentos populares e nas minhas andanças pelo Brasil.

Em termos gerais, acho que podemos dizer que 2015 foi um ano perdido para os trabalhadores brasileiros. Um ano no qual a mediocridade política imperou. A maioria do povo brasileiro, com seus 54 milhões de votos, reelegeu a presidenta Dilma (PT). Porém, setores das classes dominantes e os partidos mais conservadores não se deram por vencidos e quiseram retomar o comando do Executivo no tapetão. Começaram a conspirar desde a posse.

Para isso se utilizaram dos espaços nos quais têm hegemonia – como a mídia corporativa, o poder Judiciário e o Congresso – para tentar derrubar a presidenta. O governo federal se assustou, montou um ministério medíocre, que não representa as forças que elegeram a presidenta. E passou o ano se defendendo, gerando uma situação de disputa e de manobras apenas em torno da pequena política.

— E qual o balanço das mobilizações?

— Bem, aí acho que foi um ano bem disputado. No início, em março e abril, muitos setores da esquerda institucional não queriam ir para a rua. Fomos nós, os movimentos populares e as centrais sindicais, que insistimos na linha de que nossa principal disputa com a direita deveria ser na rua. A direita teve seu auge em março, e depois foi diminuindo em agosto, e caiu no ridículo em dezembro. E os movimentos populares fizeram o caminho inverso: fomos aumentando devagarzinho, e demos o troco em dezembro, com mobilizações de massa, em muitas capitais, principalmente São Paulo.

Acho que agora conseguimos envolver não apenas os militantes, mas muita gente da base começou a se mexer e também foi pra rua. Acho que, na rua, o impeachment está derrotado. Pois a pequena burguesia reacionária que vociferava clamando pelo golpe, pela volta dos militares, não conseguiu mobilizar ninguém além deles mesmos. Além disso, a pequena burguesia na sociedade brasileira é insignificante, em termos de base social.

— E na economia, qual é o balanço?

— O balanço é extremamente negativo na economia. A economia brasileira vive uma grave crise, fruto de sua dependência do capitalismo internacional e do controle hegemônico dos bancos e das empresas transnacionais. Terminamos o ano com queda de 4% no PIB. Caíram os investimentos produtivos, seja por parte do governo e empresas estatais, seja por parte dos empresários.

O governo cometeu vários erros que agravaram a crise. Primeiro, trouxe um neoliberal para o Ministério da Fazenda, que certamente teria sido ministro da chapa Aécio Neves. As medidas neoliberais de aumento da taxa de juros de 7 para 14,15%, os cortes nos gastos sociais, o tal ajuste fiscal, só produziram mais problemas para o povo e para a economia. A inflação atingiu os 10% ao ano e o desemprego alcançou a média de 8,9% da população trabalhadora.
O tesouro nacional pagou R$ 484 bilhões em juros e amortização aos bancos. Usaram dinheiro público para garantir o rentismo da especulação financeira, em vez de investir na solução de problemas e no investimento produtivo. Felizmente, o ministro caiu. Deixou, porém, um ano perdido. É preciso mudar a política econômica, não apenas o gerente.

— Qual a avaliação da atuação do Congresso Nacional, em especial na Câmara dos Deputados, durante 2015?

— O Congresso foi o espelho maior da mediocridade da política durante o ano. Primeiro, elegeram Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como presidente da Câmara, ainda que todos soubessem de suas falcatruas. E quando ele soube que a Procuradoria da República iria pedir sua destituição e prisão, se adiantou e propôs o impeachment da presidenta Dilma.

Mas o feitiço voltou-se contra o feiticeiro e a presidenta Dilma foi salva, pela truculência e manipulação do feiticeiro, que usou de falsos argumentos. Tenho certeza que com o rito determinado pelo STF , certamente o governo terá  os votos necessários na Câmara e no Senado para barrar o processo.

É necessário que o sr. Cunha seja julgado pelo STF o mais rápido possível. Porém, além das artimanhas do Ali Babá brasileiro, o Congresso se revelou extremamente conservador em todas as matérias encaminhadas, algumas sendo aprovadas, representando um retrocesso, uma destruição da constituinte de 88 e uma dicotomia total com os anseios e práticas da sociedade. Vários projetos esdrúxulos, sem sentido, estão percorrendo o Congresso, sobretudo na Câmara.

Desde a diminuição da maioridade penal, a proibição de colocar nos rótulos que o produto é transgênico – negando informação ao consumidor, a autorização de uso para sementes estéreis; a privatização da Petrobras – projeto do senador Serra (PSDB), até medidas homofóbicas e extremamente reacionárias. Tudo isso é fruto da falência da democracia parlamentar brasileira, causada pelo sequestro que as empresas fizeram através do financiamento milionário das campanhas políticas. Segundo revelou o ex-ministro Ciro Gomes , o deputado Eduardo Cunha teria distribuído R$ 350 milhões de empresas para eleger deputados cupinchas, que agora o defendem…

— E qual a solução para esse mal funcionamento da democracia brasileira?

— Nós dos movimentos populares temos defendido a necessidade de uma reforma política profunda, que faça diversas modificações no regime político, no sistema eleitoral, para devolver ao povo o direito de escolher sem influências da mídia ou do capital.  Há diversos projetos de lei apresentados na Câmara, por diversas entidades da Coalizão Democrática… Porém, esse Congresso não quer, e nem tem moral, para cortar seus próprios dedos.

Então, só nos resta lutar por uma Assembleia Constituinte, que somente virá com o reascenso do movimento de massa. Portanto, ainda vai demorar, mas é a única saída política viável e necessária.

— Quais são as perspectivas políticas  para o ano de 2016, na ótica dos movimentos populares?

— Nossa expectativa é de que até abril termine a novela do impeachment. E, a partir daí, o governo se recomponha com uma nova aliança de partidos governantes, com um novo ministério adequado à realidade da sociedade.  E que o governo volte a assumir os compromissos que fez na campanha.
Se o governo não der sinais que vai mudar, que vai assumir o que defendeu na campanha, será um governo que se auto-condenará ao fracasso. Pois não tem confiança das elites, que tentaram derrubá-lo, e ao mesmo tempo não toma medidas para a imensa base social, que é 85% da população brasileira. Espero que o governo tenha um mínimo de visão política para escolher o lado certo.

— Há alguma proposta alternativa de política econômica por parte dos movimentos populares?

— No ano de 2015, cerca de 150 dos nossos melhores economistas, que estão nas universidades, sindicatos e institutos de pesquisa passaram meses discutindo e apresentaram um documento com medidas de curto e de médio prazo para sairmos da crise econômica. O governo não deu bola. Foi preciso a Frente Brasil Popular exigir para que eles pudessem apresentar o documento ao governo, o que ocorreu apenas em 16 de dezembro passado.

Tenho escutado muitos economistas, empresários, pesquisadores e políticos nacionalistas. E todos têm propostas claras. O problema é que o governo é surdo e autossuficiente. O governo precisa apresentar urgente um plano de retomada do crescimento da economia, e propor um pacto entre trabalhadores e empresários que cesse o aumento do desemprego. Nenhum desempregado a mais, a partir de agora.

Tenho ouvido propostas de que se poderia usar 100 bilhões de dólares de nossas reservas – que são de 350 bilhões – e, portanto, não afetaria o fluxo de comércio e nenhum pagamento externo. Com esses recursos, aplicar em investimentos produtivos na economia, como na construção civil, que rapidamente ativa toda economia, na infraestrutura das cidades, na agricultura familiar e na educação. Imaginem aplicar em alguns meses 400 bilhões de reais em investimentos produtivos, certamente ativariam a economia para voltar a crescer, garantindo emprego e renda também para os trabalhadores.

O governo deve diminuir a taxa de juros, e parte dos recursos pagos aos bancos em juros deslocar para a Petrobras, retomar suas obras, algumas faltam apenas 10% para serem concluídas e estão paradas. Repassar recursos também para o BNDES financiar a indústria e as grandes obras nas cidades.
Propostas não faltam. Falta é coragem para o governo construir uma grande coalizão social de forças populares e empresariais, para mudar o rumo da sua política econômica.  Se ficar no rame-rame da burocracia e das contas públicas, será um governo fadado ao fracasso, e não haverá como defendê-lo. Para isso, ele precisa dar sinais logo.

— Por último, na sua opinião, como as organizações populares e de esquerda devem se comportar no próximo ano?

— Nós temos ainda muitos desafios, históricos, que precisamos enfrentar no [próximo] ano e no médio prazo. A sociedade brasileira está enfrentando uma crise econômica, social, política e ambiental. E essa crise somente será superada com um projeto de país, que consiga aglutinar a maior parte da sociedade para criar uma nova hegemonia em torno dele.

— O capital financeiro e as corporações transnacionais querem a volta ao neoliberalismo, mas não conseguem hegemonia social, porque os brasileiros sabem que esse projeto interessa apenas aos grandes capitalistas. A burguesia interna, produtiva, não tem um projeto.  A pequena burguesia queria o impeachment e será derrotada. E a classe trabalhadora ainda não tem unidade em torno de um projeto para o país. Está ainda atônita assistindo os problemas.

Temos o desafio de articular todos os meios de comunicação alternativos populares, para fazer frente ao massacre diário da mídia burguesa. Temos o desafio de retomar o debate sobre a necessidade de uma reforma política, que somente virá com uma Assembleia Constituinte. E temos o desafio de pressionar o governo a mudar sua política econômica, para evitar o agravamento dos problemas da economia e da classe trabalhadora.  E se o governo não mudar até abril, dando sinais claros de que lado está, certamente vai perder sua base social, e se transformará num governo de crise permanente até 2018.



Dilma começa 2016 com desafios na política e na economia

4 de Janeiro de 2016, 12:18, por Política – Jornal Correio do Brasil

A presidenta sancionou com vetos a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016. O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União, com data de 31 de dezembro

Por Redação, com ABr e Agências de Notícias – de Brasília:

A presidenta Dilma Rousseff inicia, nesta segunda-feira, a agenda de trabalho de 2016 no Palácio do Planalto com desafios nas áreas política e econômica. Na agenda da presidenta consta reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, e tenha reuniões com assessores.

A presidenta Dilma manifestou otimismo com 2016 na mensagem de Ano-Novo aos brasileiros, que postou nas redes sociais. Em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo no dia 1° de janeiro, a presidenta também disse esperar um ano melhor e falou sobre temas da economia e política, como o controle da inflação, a manutenção dos ajustes necessários para o equilíbrio fiscal e o pedido de impeachment em análise na Câmara dos Deputados. Sobre a inflação, Dilma disse que o controle da taxa é uma prioridade do governo. “Ela [inflação] cairá em 2016, como demonstram as expectativas dos próprios agentes econômicos”.

Dilma
Nos últimos dias de trabalho de 2015, a presidenta Dilma fez uma reunião com a equipe econômica do governo

Em relação ao momento político que o governo atravessa, registrou no artigo: “Mesmo injustamente questionada pela tentativa de impeachment, não alimento mágoas nem rancores. O governo fará de 2016 um ano de diálogo com todos os que desejam construir uma realidade melhor”.

Nos últimos dias de trabalho de 2015, a presidenta Dilma fez uma reunião com a equipe econômica do governo e assinou o decreto que reajustou o salário mínimo para R$ 880 a partir de 1° de janeiro.

A presidenta também sancionou com vetos a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016. O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União, com data de 31 de dezembro, e traz, entre os vetos, dispositivo que previa reajuste para os beneficiários do Bolsa Família. A presidenta justificou que o reajuste não está previsto no projeto de Lei Orçamentária de 2016. “Assim, se sancionado, o reajuste proposto, por não ser compatível com o espaço orçamentário, implicaria necessariamente no desligamento de beneficiários do Programa Bolsa Família”, explicou na justificativa ao veto.

Fim de ano em Porto Alegre com a família

A presidenta Dilma Rousseff viajou para Porto Alegre, na última quinta-feira, onde passou a noite de Ano Novo com a família. Na capital gaúcha, moram a filha da presidenta, Paula, que está grávida do segundo filho, e o neto Gabriel, de quatro anos. Dilma passou a manhã no Palácio da Alvorada e aproveitou para andar de bicicleta nos arredores, durante cerca de uma hora. O exercício faz parte do programa de dieta que mantém o físico da persidenta em forma, há cerca de seis meses.

Apoio a Dilma

Se não bastasse fugir dos ardis da oposição, a presidenta Dilma precisará andar com cuidado por entre as manifestações dos movimentos sociais, que exigem o fim da reforma conservadora, iniciada logo após as eleições, na contramão das promessas de campanha. Dilma conta, porém, com a unanimidade da esquerda contra os desmandos do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para seguir adiante com os pontos cruciais das reformas que precisa implantar, na tentativa de equilibrar as contas do governo.

— A posição do Eduardo Cunha é chantagista, imoral e golpista. Advoga a defesa de uma agenda conservadora e repressiva que desrespeita o resultado das urnas. É um atentado à democracia — avalia Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

Para Carina Vitral, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), a democracia não pode estar na mira de uma chantagem e rebateu a justificativa divulgada pelo deputado que afirmou, nas redes, ter atendido a voz das ruas.

— A voz das ruas não está pedindo este impeachment furado. As ruas estão lutando contra ele, como as mulheres em todo Brasil pelos direitos reprodutivos. As ruas estão contra o fechamento das escolas aqui em São Paulo. O Cunha não representa a voz das ruas — ressaltou Carina.

Para alívio da presidenta, a UNE vai às ruas contra o impeachment e pelo ‘Fora Cunha’, segundo Carina.



Aumento no número de desembargadores em TRTs de sete regiões é aprovado

4 de Janeiro de 2016, 12:01, por Política – Jornal Correio do Brasil

O projeto também cria 53 cargos de provimento efetivo, sendo 39 de analista judiciário e 14 de técnico judiciário, e oito cargos em comissão

Por Redação, com Agência Câmara – de Brasília:

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou o Projeto de Lei 2746/15, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que aumenta de oito para nove o número de desembargadores nos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) da 14ª, 16ª, 19ª, 20ª, 22ª, 23ª e 24ª Regiões, com sedes, respectivamente, nas cidades de Porto Velho (RO), São Luis (MA), Maceió (AL), Aracaju (SE), Teresina (PI), Cuiabá (MT) e Campo Grande (MS).

desembargadores
A proposta já foi aprovada pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho e pelo Conselho Nacional de Justiça

O parecer do relator, deputado Laercio Oliveira (SD-SE), foi favorável ao projeto. Ele ressalta que, com o aumento no número de desembargadores, os tribunais poderão dividir-se em duas turmas de julgamento, compostas por quatro membros cada uma, excluindo-se da distribuição apenas o presidente do tribunal.

– Os tribunais regionais com oito membros têm grandes dificuldades funcionais no que tange ao desmembramento em turmas – salientou.

Conforme o presidente do TST, ministro Antonio José de Barros Levenhagen, o incremento na composição desses tribunais atenuará as dificuldades de funcionamento das turmas, ao mesmo tempo em que permitirá expressivo ganho de produtividade nos julgamentos, além de contribuir com a celeridade processual.

Novos cargos

O projeto também cria 53 cargos de provimento efetivo, sendo 39 de analista judiciário e 14 de técnico judiciário, e oito cargos em comissão, nível CJ-3, nos quadros de pessoal das secretarias dos TRTs das mesmas regiões. A proposta já foi aprovada pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho e pelo Conselho Nacional de Justiça.

Segundo a proposta, as despesas decorrentes da aplicação da medida correrão à conta das dotações orçamentárias consignadas à Justiça do Trabalho no Orçamento Geral da União.

A proposta será analisada agora pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, será votada pelo Plenário.



Pesquisas eleitorais deverão ser registradas a partir deste ano

3 de Janeiro de 2016, 16:01, por Política – Jornal Correio do Brasil

O juiz eleitoral poderá determinar a suspensão da divulgação dos resultados da pesquisa contestada ou a inclusão de esclarecimento na divulgação de seus resultados

Por Redação, com Vermelho – de Brasília:

As empresas que fizerem pesquisas de opinião pública sobre as eleições municipais destinadas a conhecimento público serão obrigadas a registrá-las na Justiça Eleitoral. A determinação começou a valer a partir de 1º de janeiro deste ano. Segundo resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que disciplina o assunto, o registro deve ocorrer com antecedência mínima de cinco dias.

A divulgação de pesquisa sem o prévio registro e a eventual divulgação de pesquisa fraudulenta constituem crimes, puníveis com detenção de seis meses a um ano e multa de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00.

pesquisa eleitoral
A divulgação de pesquisa sem o prévio registro e a eventual divulgação de pesquisa fraudulenta constituem crimes

Os procedimentos a serem respeitados na produção e divulgação de pesquisas estão entre as regras para as eleições de 2016 que o TSE aprovou no último dia 15 de dezembro. Nas eleições deste ano, no dia 2 de outubro, em primeiro turno, e em 30 de outubro, no segundo turno, todos os municípios brasileiros escolherão prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

De acordo com a regulamentação do tribunal, os veículos de comunicação ficam sujeitos a punição se publicarem pesquisa não registrada, mesmo que apenas reproduzindo matéria veiculada em outro órgão de imprensa.

Na divulgação dos resultados de pesquisas, atuais ou não, serão obrigatoriamente informados o período de realização da coleta de dados, a margem de erro, o nível de confiança, o número de entrevistas, o nome da entidade ou empresa que a realizou e o número de registro da pesquisa. Tais regras se aplicam, inclusive, ao que for divulgado no horário eleitoral no rádio e na televisão.

O registro abrangerá, entre outras informações, o nome de quem pagou pela pesquisa, o seu custo, o questionário aplicado e toda a metodologia seguida. Esses dados serão informados pela internet, onde ficarão disponíveis para toda a sociedade.

A resolução também estabelece que será permitida, a qualquer momento, a divulgação de pesquisas realizadas em data anterior à das eleições. Os resultados delas poderão ser divulgados inclusive no dia da votação. No entanto, só poderá ser divulgado após o encerramento da votação o levantamento de intenção de voto feito no dia do pleito.

Conforme a normatização do TSE, o juiz eleitoral, o Ministério Público Eleitoral, os candidatos, os partidos políticos e as coligações poderão ter acesso a todas as informações internas relativas às pesquisas, incluindo a checagem dos dados coletados (preservada a identidade dos entrevistados) e a identificação dos entrevistadores.

Tanto o Ministério Público Eleitoral quanto os candidatos, partidos e coligações podem contestar o registro ou a divulgação das pesquisas no juízo eleitoral competente.

O juiz eleitoral poderá determinar a suspensão da divulgação dos resultados da pesquisa contestada ou a inclusão de esclarecimento na divulgação de seus resultados.

Durante a campanha eleitoral, é proibida a divulgação de enquetes ou de quaisquer outros levantamentos de opinião relativos às eleições que não estejam de acordo com as determinações expressas baixadas pelo TSE.



Nestor Cerveró volta para a prisão no Paraná

2 de Janeiro de 2016, 14:15, por Política – Jornal Correio do Brasil

Nestor Cerveró foi autorizado a ficar 10 dias fora da cadeia para passar o fim de ano com a família

Por Redação, com Agências de Notícias – de Brasília:

O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró voltou, na tarde deste sábado, para a sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba. No dia 23 de dezembro, Cerveró deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba para passar as festas de fim de ano em casa.

Nestor Cerveró
O benefício foi autorizado porque o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal

O benefício consta no acordo de delação premiada assinado pelo ex-diretor com a força- tarefa do Ministério Público Federal, responsável pelas invesitgações da Operação Lava Jato. Cerveró é acusado de receber propina de contratos da estatal com empreiteiras.

O benefício foi autorizado porque o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, homologou na semana passada novos depoimentos da delação premiada de Cerveró. O acordo, firmado com a Procuradoria-Geral da República, prevê alguns benefícios, entre eles, a saída para passar o período do Natal e do Ano Novo em casa.



Dilma reafirma compromisso com ajustes em 2016

1 de Janeiro de 2016, 12:32, por Política – Jornal Correio do Brasil

No texto publicado no primeiro dia do ano, Dilma reiterou a meta de superávit primário de 0,5% do PIB em 2016

Por Redação, com Reuters – de São Paulo:

A presidente Dilma Rousseff reconheceu nesta sexta-feira que 2015 “foi um ano muito duro”, quando foi necessária uma revisão da estratégia econômica do país, e afirmou que conta com o apoio do Congresso para persistir pelos ajustes orçamentários em 2016.

“Em 2016, com o apoio do Congresso, persistiremos pelos necessários ajustes orçamentários, vitais para o equilíbrio fiscal”, afirmou a presidente da República em artigo publicado nesta sexta-feira em um diário de São Paulo.

Dilma
Dilma se comprometeu ainda com a elaboração de uma proposta de reforma previdenciária, a partir do diálogo com trabalhadores e empresários

Dilma se comprometeu ainda com a elaboração de uma proposta de reforma previdenciária, a partir do diálogo com trabalhadores e empresários, o que chamou de uma “medida essencial para a sobrevivência estrutural desse sistema que protege dezenas de milhões de trabalhadores”.

No texto publicado no primeiro dia do ano, Dilma reiterou a meta de superávit primário de 0,5% do PIB em 2016, se comprometeu com a queda da inflação e declarou que enfrentá-la é uma prioridade.

Dilma afirmou ainda que em 2015 a “necessária revisão da estratégia econômica do país coincidiu com fatores internacionais que reduziram nossa atividade produtiva”.

“Este 2015 foi um ano muito duro. Revendo minhas responsabilidades nesse ambiente de dificuldades, vejo que nossos erros e acertos devem ser tratados com humildade e perspectiva histórica”, afirmou.

Entretanto, a presidente frisou sua confiança no futuro e sua “crença no Brasil e na força do povo brasileiro”. Segundo Dilma, o país tem uma economia sólida, que é a base para a retomada do crescimento.

A presidente, que enfrenta pedido de abertura de impeachment na Câmara do Deputados, voltou a afirmar que houve uma “instabilidade política que se aprofundou por uma conduta muitas vezes imatura de setores da oposição que não aceitaram o resultado das urnas e tentaram legitimar sua atitude pelas dificuldades enfrentadas pelo país”.

“Mesmo injustamente questionada pela tentativa de impeachment, não alimento mágoas nem rancores. O governo fará de 2016 um ano de diálogo com todos os que desejam construir uma realidade melhor”, afirmou.



Feliz governo novo, presidenta Dilma

1 de Janeiro de 2016, 10:52, por Política – Jornal Correio do Brasil

É muito claro que o povo deseja terminar 2018 comemorando um belo governo da Mulher que ele elegeu. Boa sorte, moça de vestido vermelho

Por Maria Fernanda Arruda – do Rio de Janeiro:

Vencido o risco de um golpe, branco ou verde-oliva, risco que nunca existiu, admitamos, queremos desejar um feliz governo novo para a Presidenta. Acreditamos que ela esteja movida por intenções próprias de uma Chefe de Estado e, nessa crença, permitimo-nos pedir que atente para o que de mais importante foi esquecido em seu primeiro ano de Governo:

Maria Fernanda Arruda
Maria Fernanda Arruda

1. Ouça a todos os brasileiros e especialmente aos 54 milhões que lhe entregaram o poder. Entenda que entre os brasileiros estão as nações indígenas e mais todos os que estão sendo cada vez mais alimentados com o veneno dos transgênicos. Não governe com os ruralistas e seus/suas representantes. Um governo honesto não se faz com líderes ruralistas, é muito claro.

2. Para que possa ser respeita, respeite-se. Não é possível sustentar um ausente no Ministério da Justiça. A cada dia vai se fazendo mais ridícula a fala de elogio a uma Polícia Federal que atua como Polícia Política, plágio de atos e ações da Gestapo, movida pelo ódio ao Partido dos Trabalhadores, usando de dois pesos e duas medidas, tão facciosa quanto o Supremo Tribunal Federal. Onde está a Polícia Federal que desbaratou a máfia do jogo-do-bicho, permitindo a uma juíza corajosa prender os seus então grandes líderes?

3. Leve muito mais a sério o seu dever de bem-indicar figuras de notável saber jurídico e moral ilibada para o STF. Existe um Toffoli? Equívoco ou simples incompetência? Quantos equívocos nessas indicações? Quais os acertos?

4. Ouça os que possivelmente terão sido seus professores na Unicamp, reavalie a sua política econômica. Reveja a sua peça de propaganda de campanha, aquela que enfoca o esvaziamento da mesa de refeição do brasileiro, para os bancos possam sufocar-se nos seus lucros imorais. Afaste a ameaça do maior momento de desemprego no Brasil.

5. Não caia no engodo de compor alianças vendendo cargos. Isso só leva até onde o seu Governo tem sido conduzido: à imoralidade das negociatas consentidas ou partilhadas. Fazer negócios com o PMDB, seja ele de onde for, sem exceção ao do Rio de Janeiro, um dos mais corruptos, dentro de partido político que é o segundo mais corrupto do País, não leva a nada menos ruim que a corrupção dos Pezões e Piccianis. Não se esqueça de que a luta pelo poder, enquanto poder, leva à loucura. O Poder só se justifica enquanto exercido em nome do povo e para o povo. Ele não existe para gerar o desemprego.

Dilma
A presidenta Dilma Rousseff enfrentou dificuldades em seu primeiro ano do segundo mandato

6. Convoque as competências que ainda existem nos quadros do PT. Onde está Nabil Chedib, mestre da FAU, o homem que mais sabe sobre conjuntos habitacionais populares? Onde alguém que possa de verdade fazer do Brasil a Pátria Educadora? Esse homem não é o senhor Mercadante. E faça o mesmo, convocando as figuras políticas sérias que ainda existem, fazendo uma frente suprapartidária. Não governe com nomes indicados pelo Bradesco e muito menos pelo PMDB.

7. Aprenda a comunicar-se, e muito. depressa, pois que, se não assim, o senhor lobo vem e comerá a Chapeuzinho Vermelho. Não inaugure tanto, não cometa erros primários, não inaugure o que não merece a presença presidencial, seja a unidade industrial dos Ometo, seja o Museu do Futuro Incerto da Globo. Acredite que uma assessoria de comunicação social merece ser pensada por quem tenha competência para isso.

8. Não ofereça pérolas aos porcos, arte infeliz em que se especializou o PT. Mire-se no exemplo de um homem bravo e que soube ser inflexível nos momentos em que a flexibilidade é covardia: Leonel de Moura Brizolla. A senhora sabe muito bem quem é e quem será a figura que agora preside a Argentina. A senhora sabe muito bem quem é o jovem Picciani. Supõe-se que a senhora conheça bem vários de seus ministros. Dar tempo a eles é permitir-se ser traída. Jango foi traído.

9. Definitivamente, nomeie pessoas sérias e competentes para gerir o patrimônio do povo. A Petrobrás não pode prosseguir como um ninho de ratos. A Vale, mesmo privatizada, tem o controle acionário nas mãos do Governo, através da PREVI e do BNDES e precisa ser retirada do mundo criminoso em que foi atirada, a ponto de ser eleita a pior empresa no Mundo.

10.Enfim,lembre-se do que já sabia e ficou esquecido: Reforma Constitucional, Reforma Tributária, Reforma Política, Reforma agrária, Reforma Administrativa.
Restam ainda três anos. Ponha-se em pé, mire-se em si mesma, na coragem que já teve. É muito claro que o povo deseja terminar 2018 comemorando um belo governo da Mulher que ele elegeu. Boa sorte, moça de vestido vermelho.

Maria Fernanda Arruda é escritora, midiativista e colunista do Correio do Brasil, sempre às sextas-feiras.



Dilma mantém a forma e abrevia descanso de fim de ano

31 de Dezembro de 2015, 13:28, por Política – Jornal Correio do Brasil

Se não bastasse fugir dos ardis da oposição, a presidenta Dilma ainda precisará andar com cuidado por entre as manifestações dos movimentos sociais

Por Redação – de Brasília

A presidenta Dilma Rousseff viajou para Porto Alegre, nesta quinta-feira, onde passará a noite de Ano Novo com a família. Ainda não há previsão de retorno a Brasília. Na capital gaúcha, moram a filha da presidenta, Paula, que está grávida do segundo filho, e o neto Gabriel, de quatro anos. Dilma passou a manhã no Palácio da Alvorada e aproveitou para andar de bicicleta nos arredores, durante cerca de uma hora. O exercício faz parte do programa de dieta que mantém o físico da persidenta em forma, há cerca de seis meses.

Subliminar: Dilma foi fotografada pelo fotojornalista Pedro Ladeira, perto de um lamaçal, e a foto foi publicada em uma matéria do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, sobre as dificuldades da presidenta para o ano de 2016
Subliminar: Dilma foi fotografada pelo fotojornalista Pedro Ladeira, perto de um lamaçal, e a foto foi publicada em uma matéria do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, sobre as dificuldades da presidenta para o ano de 2016

Dilma também cancelou uma agenda de trabalho na manhã desta quinta, no Palácio do Planalto, com seu assessor especial Giles Azevedo. Neste ano, a presidenta não irá comemorar a virada do ano na praia da Base Naval de Aratu, na Bahia, onde costuma passar alguns dias de férias no início de cada ano. O motivo do breve retorno é o duplo desafio que a base governista no Congresso, articulada pessoalmente pela presidente, vai enfrentar logo no início de 2016.

Além do processo de impeachment, Dilma precisará emplacar um conjunto arrojado de propostas do Executivo – as mudanças, que ainda não foram oficializadas, envolvem as áreas trabalhista e previdenciária. Aprovar um “pacote” de medidas do governo federal ainda sob o fantasma do impedimento, porém, não será tarefa simples.

Seus aliados preveem que o lançamento de uma “agenda nova”, costurada já sob o comando de Nelson Barbosa na Fazenda, poderá ajudar o governo federal a apagar, de vez, a chama do impeachment na Casa. Mas os adversários não dão sinal de trégua e já se engajaram em obter as assinaturas necessárias para votar em regime de urgência o projeto de resolução da bancada do DEM que autoriza a inscrição de candidatos avulsos – sem necessidade do aval do líder do partido–para as cadeiras da comissão especial responsável por formular um parecer sobre o impeachment.

Apoio a Dilma

Se não bastasse fugir dos ardis da oposição, a presidenta Dilma precisará andar com cuidado por entre as manifestações dos movimentos sociais, que exigem o fim da reforma conservadora, iniciada logo após as eleições, na contramão das promessas de campanha. Dilma conta, porém, com a unanimidade da esquerda contra os desmandos do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para seguir adiante com os pontos cruciais das reformas que precisa implantar, na tentativa de equilibrar as contas do governo.

— A posição do Eduardo Cunha é chantagista, imoral e golpista. Advoga a defesa de uma agenda conservadora e repressiva que desrespeita o resultado das urnas. É um atentado à democracia — avalia Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

Para Carina Vitral, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), a democracia não pode estar na mira de uma chantagem e rebateu a justificativa divulgada pelo deputado que afirmou, nas redes, ter atendido a voz das ruas.

— A voz das ruas não está pedindo este impeachment furado.  As ruas estão lutando contra ele, como as mulheres em todo Brasil pelos direitos reprodutivos. As ruas estão contra o fechamento das escolas aqui em São Paulo. O Cunha não representa a voz das ruas — ressaltou Carina.

Para alívio da presidenta, a UNE vai às ruas contra o impeachment e pelo ‘Fora Cunha’, segundo Carina.



Dilma enfrenta dificuldades no primeiro ano de seu segundo mandato

31 de Dezembro de 2015, 10:27, por Política – Jornal Correio do Brasil

Apesar das críticas à condução da política econômica, o governo conseguiu vitórias necessárias ao longo do ano

Por Redação, com ABr – de Brasília:

retrospectiva de política
Em dezembro de 2014, ao ser diplomada pela Justiça Eleitoral para o segundo mandato, a presidenta Dilma Rousseff disse que cumpria ali o desejo da maioria dos brasileiros. Em seu discurso, ela fez referência à eleição presidencial mais acirrada dos últimos anos: “É da própria natureza da disputa eleitoral resultar em vitória e em derrota. Mas como uma eleição democrática não é uma guerra, ela não produz vencidos. O povo, na sua sabedoria, escolhe quem ele quer que governe e quem ele quer que seja oposição. Simples assim”.

O que a presidenta não sabia, até então, é que não seria tão simples conduzir o Brasil neste segundo mandato. Ao longo dos doze meses que se sucederam, ela enfrentou problemas que fizeram com que 2015 compactasse acontecimentos de vários anos em um só. Os ajustes fiscais, as mudanças na equipe em busca de apoio, as surpresas da Operação Lava Jato, a queda de popularidade e as alterações da meta fiscal deixaram Dilma em rota de colisão com o Congresso Nacional, com parte do eleitorado que a elegeu, com o mercado e com o próprio vice, Michel Temer.

Dilma
Como apoio ao mandato de Dilma Rousseff, movimentos sociais organizaram um ato contra o impeachment em dezembro

Cunha

Logo no início do segundo mandato presidencial, a disputa pelo comando da Câmara dos Deputados colocou em lados opostos Dilma e o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ela e o governo decidiram apoiar o candidato Arlindo Chinaglia (PT-SP), movimento que teve repercussões nos acontecimentos que se seguiram. O peemedebista sempre mencionou o fato em entrevistas e declarações, inclusive em julho, quando anunciou rompimento com o governo e se declarou de oposição.

Lava Jato

Em meio às investigações da Operação Lava Jato, que desde 2014 apura denúncias de corrupção e superfaturamento na Petrobras, a presidenta da empresa, Graça Foster, deixou o cargo em fevereiro. A executiva da estatal já havia colocado o cargo à disposição mais de uma vez, mas Dilma recusava os pedidos de demissão dizendo conhecer a seriedade e a ética de Graça.

Ao longo do ano, os desdobramentos da operação da Polícia Federal e do Ministério Público atingiria outras peças do tabuleiro político. No mês de março, o Supremo Tribunal Federal (STF) atendeu ao pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e decidiu abrir inquéritos para investigar autoridades com foro privilegiado. Os políticos que fizeram parte da chamada lista de Janot pertenciam, principalmente, aos partidos PP, PT e PMDB. Meses depois, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o senador Fernando Collor (PTB-AL) foram denunciados por Janot ao STF.

Os capítulos dessa fase da Operação Lava Jato, porém, não parariam por aí. Na manhã do dia 25 de novembro, o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), foi preso por tentar obstruir as investigações penais. Delcídio e André Esteves, ex-controlador do banco BTG Pactual, que também foi preso mas libertado algumas semanas depois, foram denunciados posteriormente no Supremo.

Início de mandato

Compondo inicialmente um ministério que não agradou a todos os partidos da base aliada, a presidenta recebeu críticas de parte da sociedade. Integrantes de movimentos sociais e alguns membros do seu próprio partido, o PT, não gostaram da escolha de Joaquim Levy para o ministério da Fazenda. Para o ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, entidades ligadas ao campo rechaçaram a nomeação da senadora ruralista Kátia Abreu (PMDB-TO).

O discurso de posse de Dilma, em janeiro, deu o tom do que deveria ser o novo governo. Com o lema Brasil, Pátria Educadora, Dilma anunciou a educação como prioridade dos quatro anos de seu segundo mandato. Em apenas um ano, porém, o ministério da Educação teve quatro ministros (um deles interino). Cid Gomes (PDT) entregou o cargo em março após deflagrar uma polêmica com o Congresso Nacional e com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e Renato Janine Ribeiro foi exonerado do posto no mês de setembro, quando a presidenta fez mudanças em sua equipe, nomeando Aloizio Mercadante novamente para o cargo.

Popularidade em baixa

Prática comum para um presidente da República, o pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, no Dia Internacional da Mulher, na noite de 8 de março, gerou protestos, panelaços e buzinaços em várias cidades do país.

Sete dias depois, mais de um milhão de pessoas promoveram manifestações contra o governo em várias capitais. Em menor escala, as pessoas também foram às ruas nos meses de abril, agosto e dezembro. O número de pessoas que aprovam o governo diminuiu, e houve aumento no percentual dos que acham o governo ruim ou péssimo, segundo pesquisas de opinião pública.

Vitórias no Congresso

Apesar das críticas à condução da política econômica, o governo conseguiu vitórias necessárias ao longo do ano. Após negociar durante todo o primeiro semestre, a base aliada viu serem aprovadas as principais medidas provisórias do ajuste fiscal, que alteraram as regras para a concessão de benefícios trabalhistas, previdenciários e a que aumentou as alíquotas da contribuição incidente sobre as importações.

Além disso, depois de adiar por algumas vezes a votação, o Congresso Nacional manteve vetos presidenciais que, se fossem derrubados, resultariam em mais despesas para a União: o reajuste dos servidores do Judiciário, a extensão da política de valorização do salário mínimo aos aposentados e o projeto alternativo ao fator previdenciário. No fim do ano, o governo ainda comemorou a aprovação do projeto que vai regularizar o retorno do dinheiro enviado ao exterior de forma não declarada à Receita Federal, mediante o pagamento de multa e imposto.

Depois de reduzir por duas vezes a meta de esforço fiscal para este ano, o governo conseguiu aprovar um déficit de R$ 119,9 bilhões, e com isso reverteu um bloqueio de gastos que havia impedido viagens presidenciais e que poderia atrasar o pagamento de despesas com água, luz e pagamento de terceirizados.

Articulação política

Durante os primeiros meses do ano, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), demonstrou que poderia causar mais problemas ao governo do que o próprio Cunha. Em março, devolveu uma medida provisória assinada pela presidenta Dilma que reduzia a desoneração da folha de pagamentos, alegando que a proposta deveria ser discutida por meio de projeto de lei. Um mês depois, quando foi anunciado que Dilma não faria o tradicional pronunciamento por ocasião do Dia do Trabalho, Renan disse que a decisão enfraquecia o governo e que “as panelas precisam se manifestar”. Ao longo do ano, porém, o presidente do Senado se tornou um importante aliado do governo.

Para negociar com o Congresso Nacional, a presidenta convidou o vice-presidente Michel Temer, que se tornou articulador político do governo. Desde abril, além de atuar pela aprovação das matérias de interesse do Executivo, Temer mediou a distribuição de cargos federais nos estados e agilizou a liberação de emendas parlamentares.

Em agosto, porém, o vice-presidente se afastou das atividades e deu espaço para que Dilma alterasse a equipe. Nas semanas seguintes, o governo começou a preparar uma reforma administrativa que cortaria oito dos 39 ministérios, diminuiria o número de cargos comissionados e reduziria gastos de custeio.

Michel Temer

Ao mesmo tempo, a presidenta iniciou conversas com o objetivo de colocar ministros que trouxessem mais apoio a ela no Congresso Nacional. Convidado a participar, Temer, que é presidente nacional do PMDB, preferiu não indicar nomes. A composição da nova equipe, com a concessão de mais uma pasta ao partido, foi obtida após conversas com lideranças da legenda na Câmara dos Deputados.

Outra mudança da reforma, anunciada em outubro, foi o ingresso no Palácio do Planalto de nomes mais próximos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: Jaques Wagner, Ricardo Berzoini e Edinho Silva. Além disso, a presidenta passou a se encontrar de modo mais recorrente com o antecessor.

O desgaste com Temer, porém, se agravou em dezembro, depois que a Câmara aceitou um pedido impeachment contra Dilma. Dias depois da abertura do processo na Casa, sem antes ter feito nenhuma declaração pública sobre o assunto, o vice-presidente enviou uma carta de caráter pessoal a Dilma, se queixando de ter sido um “vice decorativo” no primeiro mandato. No comunicado, Temer enumera situações em que se sentiu menosprezado pela presidenta e que indicariam desconfiança dela em relação a ele e ao PMDB.

Impeachment

Demonstrando apoio ao mandato presidencial, movimentos sociais organizaram um ato contra o impeachment em dezembro, levando milhares de pessoas às ruas de dezenas de cidades em todas as regiões do país. Um dia depois, representantes de mais de sessenta entidades da sociedade civil se reuniram com Dilma e disseram que não há base legal para o afastamento da presidenta. Antes, manifestações semelhantes de apoio já haviam sido feitas por uma parcela dos governadores, de prefeitos de capitais e de juristas.

No final do ano, a presidenta trocou também o comanando do Ministério da Fazenda. No lugar de Joaquim Levy assumiu o então ministro do Planejamento Nelson Barbosa. Ao assumir o cargo, o novo ministro prometeu que vai cumprir a meta fiscal para o ano que vem e que os compromissos com o ajuste fiscal serão mantidos.

Uma das últimas apostas do governo no ano acabou surtindo efeito e dando alívio para a presidenta Dilma Rousseff. Ao definir o rito do procedimento de impeachment contra ela, o STF transferiu para o Senado a última palavra sobre o processo e definiu que a eleição da comissão na Câmara que vai analisar o assunto deverá ser aberta. Os desdobramentos desse e de outros acontecimentos, porém, só serão conhecidos em 2016.



Aécio Neves é citado como corrupto na Lava Jato

30 de Dezembro de 2015, 13:56, por Política – Jornal Correio do Brasil

Mas, não é apenas na Operação Lava Jato que o senador Aécio Neves está citado, nominalmente, como corrupto, destinatário da propina vazada dos cofres públicos

Por Redação – de Brasília

Responsável por entregar o dinheiro sujo com o qual o doleiro Alberto Yousseff irrigava o esquema criminoso descoberto na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), Carlos Alexandre de Souza Rocha apontou o senador Aécio Neves (PSDB-MG) — candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais — como receptador de uma quantia milionária no esquema que beneficiava a empresa UTC Engenharia em obras na Petrobras.

Aécio Neves é, mais uma vez, citado como corrupto por delator à Polícia Federal
Aécio Neves é, mais uma vez, citado como corrupto por delator à Polícia Federal

Rocha disse à polícia, na delação premiada com a qual espera reduzir sua pena, que entregou R$ 300 mil, em 2013, a um diretor da UTC Engenharia, no Rio de Janeiro. O pacote estaria destinado ao senador Aécio Neves (PSDB-MG). Rocha, conhecido como Ceará, relata que conheceu Youssef em 2000 e, a partir de 2008, passou a fazer entregas de R$ 150 mil ou R$ 300 mil a vários políticos.

Ele disse que fez em 2013 “umas quatro entregas de dinheiro” a um diretor da UTC chamado Miranda, no Rio. O depoimento foi confirmado na confissão do diretor financeiro da UTC, Walmir Pinheiro Santana. Ele confirmou que o diretor comercial da empreiteira, no Rio, chamava-se Antonio Carlos D’Agosto Miranda e que “guardava e entregava valores em dinheiro a pedido” dele ou de Ricardo Pessoa, dono da UTC.

Rocha disse à PF que, em uma das entregas, entre setembro e outubro daquele ano, que Miranda “estava bastante ansioso” pelos R$ 300 mil. Rocha afirmou ter estranhado a ansiedade de Miranda e indagou o motivo. O diretor teria reclamado que “não aguentava mais” a cobrança e, perguntado quem seria o cobrador, Miranda teria dito ao delator: “Aécio Neves”.

— E o Aécio Neves não é da oposição? — teria retrucado Rocha.

A resposta, segundo o relator, teria sido esclarecedora:

— Aqui a gente dá dinheiro pra todo mundo: situação, oposição, todo mundo.

Em dados declarados à Justiça Eleitoral, o comitê da campanha presidencial do então presidenciável tucano, em 2014, recebeu R$ 4,5 milhões da UTC. Rocha disse que estranhou o endereço de entrega do ‘pacote’, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Afinal, “Aécio mora em Minas”, teria dito. Miranda respondeu que o político “tem um apartamento” no Leblon e “vive muito no Rio de Janeiro”. Rocha nega ter presenciado a entrega do dinheiro ao senador, e que ficou “surpreso” com a citação.

O entregador de propinas prestou o depoimento em 1º de julho e, em 4 de agosto, Santana foi ouvido pela PF. Embora tenha dito que Miranda não teve qualquer “participação no levantamento do dinheiro para formar o caixa dois” da construtora UTC, Santana observou que “pode ter acontecido algum episódio em que o declarante ou Pessoa informaram a Miranda quem seriam os destinatários finais da entrega”.

Aécio nega tudo

A assessoria do senador tucano considera “absurda e irresponsável” a citação a seu nome, “sem nenhum tipo de comprovação”.

“Trata-se de mais uma falsa denúncia com o claro objetivo de tentar constranger o PSDB, confundir a opinião pública e desviar o foco das investigações”, disse a assessoria, por meio de nota. Ainda segundo os assessores de Aécio, Ricardo Pessoa, dono da UTC, não incluiu Aécio na lista de quem recebeu recursos da empresa no esquema da Petrobras.

“A falsidade da acusação pode ser constatada também pela total ausência de lógica: o senador não exerce influência nas empresas do governo federal com as quais a empresa atuava e não era sequer candidato à época mencionada. O senador não conhece a pessoa mencionada e de todas as eleições de que participou, a única campanha que recebeu doação eleitoral da UTC foi a de 2014, através do Comitê Financeiro do PSDB”, diz a nota.

Procurada, a UTC também negou tudo.

Delação premiada

Uma cópia do depoimento vazou para o diário conservador paulistano Folha de S. Paulo
Uma cópia do depoimento vazou para o diário conservador paulistano Folha de S. Paulo

Mas, não é apenas na Operação Lava Jato que o senador tucano está citado, nominalmente, como destinatário da propina vazada dos cofres públicos. O doleiro Alberto Youssef confirmou, durante seu depoimento na CPI da Petrobras, em meados deste ano, que o senador Aécio Neves recebeu, sim, dinheiro da corrupção que lesou os cofres da empresa estatal Furnas S/A, subsidiária da Eletrobras.

— Eu confirmo (que Aécio recebeu dinheiro de corrupção) por conta do que eu escutava do deputado José Janene, que era meu compadre e eu era operador dele — disse o doleiro.

A declaração de Youssef foi resposta a pergunta do deputado federal Jorge Solla (PT-BA). Solla questionou se houve “dinheiro de Furnas para Aécio” e Youssef diz que confirmava versão passada anteriormente. Paulo Roberto Costa disse que não tem conhecimento do assunto.

Em seguida, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) defendeu que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) seja investigado por ter sido citado por Alberto Youssef. Pelo Twitter, o petista afirmou que os tucanos da CPI ficaram “perplexos”. “Alberto Youssef acaba de confirmar que Aécio recebeu $$ de  Furnas – Aqui na CPI da Petrobras silêncio total de tucanos perplexos”, postou.

Pimenta disse, ainda, que a atuação da oposição é para que só “meia corrupção” seja investigada e criticou os trabalhos da CPI que decidiu por não apurar o pagamento de propina na estatal durante os governos FHC. Segundo um dos delatores, o esquema de corrupção na Petrobrás iniciou em 1997, no primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique.

— É curioso porque há um esforço por parte de alguns partidos de tratar esse tema como se fôssemos um bando de ingênuos. Se observarmos alguns episódios de maior repercussão do governo FHC, vamos ver que o Alberto Youssef estava lá. Se formos na CPI da Banestado, quem estava lá? O Youssef e o Ricardo Sérgio. Quem é Ricardo Sérgio? O tesoureiro da campanha do José Serra. Agora, na denúncia do Janot aparece o Júlio Camargo juntamente com um cidadão chamado Gregório Marin Preciado. Quem é o Gregório? Primo do Serra, sócio do Serra. Capítulo 8 da Privataria Tucana — apontou Pimenta.

O deputado também reafirmou que as contribuições recebidas pela campanha da presidente Dilma Rousseff foram legais. De acordo com o parlamentar, “ninguém é bobo” para acreditar que a mesma empresa que doava para Dilma fazia porque o dinheiro era “propina”, enquanto as doações para Aécio – muito maiores – eram feitas por “generosidade” e por “amor”.



Refinanciamento de dívidas de Estados e municípios é regulamentado

30 de Dezembro de 2015, 12:57, por Política – Jornal Correio do Brasil

Em junho deste ano, o Congresso aprovou a prorrogação para 31 de janeiro de 2016 da aplicação do novo indexador para as dívidas de Estados e municípios

Por Redação, com ABr e Agências de Notícias – de Brasília:

O Governo Federal regulamentou as condições nos contratos de refinanciamento de dívidas dos Estados e municípios com a União. O decreto foi publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União de terça-feira e regulamenta a Lei Complementar 148/2014, que alterou os critérios de indexação aplicáveis aos contratos.

dívidas
A regulamentação da lei foi uma das reivindicações apresentadas por um grupo de governadores ao ministro da Fazenda

A regulamentação da lei foi uma das reivindicações apresentadas por um grupo de governadores ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, na última segunda-feira. Segundo o Ministério da Fazenda, a aplicação da lei impactará mais de 200 contratos de refinanciamento de dívidas celebrados entre estados e municípios com a União. Deverá permitir aos devedores a redução em seus pagamentos futuros para a União. O ministério ressalta que a lei não provoca impactos para a dívida pública e não afeta o resultado primário da União e de estados e municípios.

Em junho deste ano, o Congresso Nacional aprovou a prorrogação para 31 de janeiro de 2016 da aplicação do novo indexador para as dívidas de estados e municípios, mas o texto precisava de regulamentação. O texto determina que a partir dessa data, o governo deverá corrigir os débitos pela taxa Selic ou pelo IPCA – o que for menor – mais 4% ao ano. A lei concede desconto sobre os saldos devedores dos contratos de refinanciamento de dívidas dos estados e dos municípios.

Economia brasileira

Os consumidores enfrentaram em 2015 um forte aumento dos preços, principalmente os administrados pelo governo, como energia elétrica, gasolina, gás, transporte público e alimentos. Com esta alta, a inflação deve superar dois dígitos este ano, o que não acontecia desde 2002, quando ficou em 12,53%. A previsão do Banco Central (BC) é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegue a 10,8%, em 2015.

Além do reajuste nos preços administrados e de alimentos, a inflação em 2015 foi impactada também pela inflação no setor de serviços, e pela alta do dólar.

O diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) Miguel de Oliveira lembrou que a inflação alta ocorre em ambiente de retração da economia e do emprego.

– É um conjunto de fatores: inflação alta, juros altos, desemprego e inadimplência crescendo. Então é um quadro extremamente desfavorável ao consumidor – destacou.

Para 2016, a expectativa é de inflação menor, mas ainda alta. Para o diretor da Anefac, a inflação em 2016 deve ficar em 6,9%. O BC projeta 6,2%.



Cunha imita Maluf e promete ‘doar’ dinheiro de novas contas no exterior

29 de Dezembro de 2015, 18:13, por Política – Jornal Correio do Brasil

Na realidade, o político fluminense negou, diante de seus pares na CPI da Petrobras, ser proprietário das contas apontadas na investigação do MP da Suíça

Por Redação – de Brasília

Presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) imitou a bravata do ex-prefeito paulistano Paulo Maluf e prometeu “dar de presente” o dinheiro que estiver em qualquer nova conta em nome dele, no exterior. Quatro contas secretas já foram localizadas, na Suíça, pela Procuradoria de Justiça daquele país, mas há suspeitas que Cunha mantenha dinheiro em paraísos fiscais e em Israel.

Cunha e Maluf repetiram a mesma bravata sobre contas secretas no exterior
Cunha e Maluf repetiram a mesma bravata sobre contas secretas no exterior

Cunha respondia a perguntas dos jornalistas sobre as acusações da delação do empresário Ricardo Pernambuco, da Carioca Engenharia, de que o parlamentar havia recebido propina no Israel Discount Bank, em Tel-Aviv; em outras duas contas no banco BSI e ainda no britânico Merril Lynch. O líder da facção do PMDB que prega o impedimento da presidenta Dilma Rousseff nega essas ser beneficiário destas contas.

Na realidade, o político fluminense negou, diante de seus pares na CPI da Petrobras, ser proprietário das contas apontadas na investigação do MP da Suíça. Os fatos, no entanto, foram comprovados com o envio de documentos à Procuradoria Geral da República (PGR), que pediu o seu imediato afastamento do cargo. O processo está para ser julgado, no Supremo Tribunal Federal, após o recesso, em fevereiro do ano que vem.

O líder peemedebista alega que três delas se tratavam de trusts, figura na qual os recursos são entregues para terceiros administrarem, por isso os recursos não seriam seus diretamente. Uma quarta conta é de despesas de cartão de crédito de sua mulher, Cláudia Cruz.

— Vocês podem preparar em qualquer escritório de advocacia internacional qualquer documento que diga empresa, trust, de qualquer natureza, para eu assinar procuração de doação, busca, verificação, não é só de Israel não, de Israel, da Arábia Saudita, do Líbano, de qualquer lugar do mundo que você queira, de qualquer conta bancária, que eu dou de presente para reverter a quem quiser porque não existe. Estou absolutamente tranquilo, não tenho preocupação nenhuma — diz ele.

Peça teatral

Cunha acrescentou que tudo o que possui no exterior já “está sendo por mim explicado”.

— O resto não existe, isso é fantasia. Eu já faço antecipadamente a oferta de assinar qualquer documento necessário em qualquer natureza, façam o documento que quiser que eu assino — insiste.

Réu em outros 45 processos na Justiça, entre eles o escândalo da ‘Lista de Furnas’, onde figura ao lado de líderes do PSDB e de outros partidos da direita, Cunha voltou a criticar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ele disse, aos jornalistas, que seu pedido de afastamento seria “uma peça teatral” e que passou o último fim de semana lendo-o para ajudar a produzir a defesa.

Acusado também de formação de quadrilha, no pedido de afastamento formulado por Janot, Cunha reafirmou sua convicção de que completará tanto o mandato de presidente da Câmara como o de parlamentar.

Cunha e Maluf

A exemplo, agora, do presidente da Câmara, no início da década de 90, o ex-prefeito Paulo Maluf (PPB-SP) disse que, se tivesse dinheiro no exterior, “doaria à Santa Casa de São Paulo”.

– Quanto à existência desse dinheiro, que afirmam mentirosamente que eu tenho em Jersey, eu doaria à Santa Casa de São Paulo, como sempre faço quando ganho processos de indenização daqueles que me caluniam, como estão fazendo agora – afirmou.

 

Quase uma década depois o dinheiro que estava nas contas, em nome de Maluf, foi repatriado para os cofres da Prefeitura de São Paulo, na gestão petista de Fernando Haddad.



Dilma inclui Leonel Brizola no Livro dos Heróis da Pátria

29 de Dezembro de 2015, 13:18, por Política – Jornal Correio do Brasil

Fundador do PDT, Leonel de Moura Brizola nasceu em 1922, em Carazinho, no Rio Grande do Sul, e morreu no Rio de Janeiro, em 2004

Por Redação, com ABr – de Brasília:

A presidenta Dilma Rousseff sancionou lei aprovada pelo Senado que inclui o político gaúcho Leonel Brizola no Livro dos Heróis da Pátria, que homenageia brasileiros que se destacaram na defesa e construção da história nacional. A lei foi publicada nesta terça-feira no Diário Oficial.

O livro, com páginas de aço, fica exposto no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Brizola
Brizola teve uma participação expressiva na luta contra a ditadura militar

Fundador do PDT, Leonel de Moura Brizola nasceu em 1922, em Carazinho, no Rio Grande do Sul, e morreu no Rio de Janeiro, em 2004. Foi o único político brasileiro a governar dois estados diferentes: o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro. Também foi prefeito de Porto Alegre, deputado estadual e deputado federal.

Brizola, teve participação expressiva na luta contra a ditadura militar e, após o golpe de 1964, viveu no exílio no Uruguai, Estados Unidos e Portugal até voltar ao Brasil com a Lei da Anistia. Foi candidato à Presidência da República por duas vezes e candidato à vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva na eleição de 1998, quando foram derrotados por Fernando Henrique Cardoso.

O nome do político gaúcho vai aparecer no livro ao lado de nomes como Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Dom Pedro I, Duque de Caxias, Alberto Santos Dumont, Chico Mendes, Getúlio Vargas, Heitor Villa Lobos e Anita Garibaldi, entre outros.

Prazo

A lei sancionada por Dilma também altera o tempo necessário para que uma personalidade possa ser homenageada no Livro dos Heróis da Pátria após sua morte, de 50 para dez anos. “A distinção será prestada mediante a edição de lei, decorridos 10 (dez) anos da morte ou da presunção de morte do homenageado”, diz a nova redação.



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