Se você mora em São Paulo o valor da tarifa comercial residencial é 13,64 reais para cada 1m3 (até 10 m3).
Em nossa conta de água pagamos dobrado o valor gasto em água, já que é assim que a SABESP cobra a taxa de esgoto (mesmo que córregos paulistas sejam limpos por projetos do PAC). Se gasta mais que isso o valor de cada 1m3 fica mais caro e sobe nas seguintes faixas: de 11 a 20 m³, um valor maior por cada 1m3 de 21 a 50 m³ um valor ainda mais alto por cada 1m3 e acima de 50 m³ valor ainda maior por cada 1,3.
No entanto grandes consumidores como o shopping El Dorado (que gastam 2 mil vezes mais o que gasta uma família de 4 membros gasta ao mês) são premiados. E o Eldorado não está entre os clientes gastões que pagam quase o preço de tarifa social aqui uma lista publicada pelo El País.
O Eldorado, por exemplo, gasta 20.000 m3/mês, isso equivale ao valor gasto por 1200 famílias com 4 membros cada uma. Ao invés desses grandes gastadores comerciais sofrerem sanções com o consumo astronômico pagam como se fossem tarifa social de moradores de favela, já que a tarifa comercial da SABESP, diferentemente do que informa El Pais, é superior a 27 reais:
Mas não param por aí as distorções. A partir de fevereiro, se você, paulista, gastar mais que a média estabelecida pela Sabesp (informada em sua conta de janeiro) pagará multa, a saber:
O usuário cujo consumo mensal ultrapasse a média de consumo mensal apurada, no período de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014, fica sujeito à tarifa de contingência, correspondente a: I. 40% (quarenta por cento) de acréscimo sobre o valor da tarifa, aplicável à parte do consumo de água encanada que exceder até 20% (vinte por cento) da média; ou II. 100% (cem por cento) de acréscimo sobre o valor da tarifa, aplicável à parte do consumo de água encanada que exceder a mais de 20% (vinte por cento) da média.
Em outras palavras um consumidor que, em média, gasta 10 m³ de água receberá conta 20% mais cara se utilizar entre 10,1 m³ e 12 m³ em um mês. Caso gaste acima de 12,1 m³, irá pagar 50% a mais.
Na outra ponta, pequenos produtores que plantam hortaliças que nos servem no dia a dia estão sendo ameaçados de multas impagáveis e vendo suas hortas virarem capim. Aguardem o preço das hortaliças.
Parece que Alckmin e a Sabesp se esquecem que metade da água das plantações é absorvida através da evaporação e transpiração das plantas, mas o restante retorna para os rios ou se infiltra no solo e fica depositada nos aquíferos, já que as lavouras não são as cidades impermeabilizadas.
Uma pergunta ao paulista, eleitor de Alckmin: quando o pé de alface custar 10,00 você vai achar a gasolina barata e parar de culpar a Dilma?
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