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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
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Olavo Carneiro: A saída de Molon e a crise do PT

25 de Setembro de 2015, 23:16, por MariaFrô

A saída de Molon e a crise do PT

Por Olavo Carneiro

Antes de mais nada é preciso reconhecer que a saída do companheiro Molon do Partido dos Trabalhadores é uma grande derrota. Uma dupla derrota.

É uma derrota para as fileiras daqueles que acreditam, dentro do PT, no socialismo, na política pautada pela ideologia e não troca de favores, nas alianças programáticas. Derrota para a esquerda petista.

Mas é também uma derrota por ver um quadro como o Molon aderir ao jeito de pensar e agir da maioria do PT que tem levado a destruição do mesmo e que Molon tanto criticava. Pensamento e prática calcados na reprodução de mandato a qualquer custo, no individualismo e eleitoralismo.

A militância da Articulação de Esquerda e o Molon travaram juntos boas batalhas no PT-RJ e na sociedade fluminense. Na candidatura a prefeito em 2008, quando muitos no PT já praticavam o habito de trair as candidaturas do partido. Nas críticas e construções de oposição à subordinação ao PMDB no Rio de Janeiro por falta de identidade programática. Subordinação essa recorrentemente exigida por Lula, e mais uma vez em curso capitaneada de forma errática por Quaqua presidente do PT-RJ.

Atuamos juntos no Coragem para Mudar, articulação da militância contra apoio ao Eduardo Paes, quando as outras tendências e lideranças do RJ se calavam ou apoiavam a aliança com o PMDB. Depois iniciamos o movimento Novo Tempo para a disputa interna do partido no PED em 2013, que lamentavelmente Molon optou no último momento por apoiar uma chapa defensora da aliança com Cabral, Picciani, Paes e cia. Recentemente nos juntamos no Saída é Pela Esquerda, esforço de criar um campo político no PT-RJ antagônico a aliança com PMDB nas eleições da cidade do Rio de Janeiro. A essa iniciativa se somaram a tendência Democracia Socialista, o senador Lindbergh Farias, os ex-deputados Jorge Bittar e Robson Leite e o vereador Reimont.

Em janeiro deste ano a AE-RJ aprovou resolução onde defendia a unificação das esquerdas no Rio de Janeiro para debater e construir plataforma política unitária que desembocasse em uma possível aliança eleitoral em 2016. A aliança se dando em torno de ideias e convicções poderia buscar os melhores nomes para encabeçar a chapa. A AE identificava que o melhor nome para o PT pôr à disposição era do companheiro Molon.

Sendo assim nosso empenho militante se dava e se dá na construção coletiva de projeto coletivo.

A honestidade e compromisso do Molon com a construção de uma sociedade justa, fraterna e igualitária não está em questionamento. Nem a alta qualidade do seu mandato. Muito menos o consideramos um traidor. Mas sua movimentação solitária de saída do PT, sem sequer informar aos seus companheiros, está a serviço de qual projeto coletivo? Qual a estratégia que a orienta? Como contribui para enfrentarmos e superarmos a atual crise da esquerda brasileira que se traduz, gostemos ou não, na crise do PT?

Desse modo lamento a decisão e a forma individualista como foi tomada.

É verdade que o PT cada vez mais se mostra impermeável a mudanças do seu funcionamento interno burocratizado, de sua estratégia de conciliação de classes, da ênfase na institucionalidade tradicional.

Nosso foco deve ser travar o bom combate por mudanças no PT, considerando inclusive o papel que isso joga para o presente e para o futuro da esquerda brasileira. Sem nenhum fetiche de organização ou patriotismo partidário.

No mesmo sentido que devemos, nós os militantes de esquerda, atuar na construção da Frente Brasil Popular, sem sectarismo de partidos, movimentos ou lideranças. Espero ver contribuindo o Molon e tantas outras personalidades. Assim como os diversos partidos e movimentos.

Defender a democracia e a mudança da política econômica devem orientar nossos mais sinceros esforços.

Significado mais amplo

A desfiliação do Molon é um fato de grande importância para o partido e para os setores progressistas, no plano nacional e estadual. Mais pelo o que expressa em termos estruturais na organização da esquerda em nosso país do que o caso especifico.

A saída de Molon é uma expressão do aprofundamento da dispersão em curso da esquerda brasileira. Entre os anos 1980 e 2000 o PT exerceu hegemonia política e ideológica sobre os diversos setores da esquerda no Brasil.

Essa hegemonia foi se enfraquecendo nos últimos 10-15 anos e só agora é percebida pela sua aceleração com a fragilidade do partido potencializada pela fragilidade do governo. Importante dizer que a dificuldade de percepção se deu em boa medida pela mistura entre governo e partido, pela ilusão com a popularidade governamental e incapacidade de leituras de cunho estratégico. Quem tentava tal separação era chamado de esquerdista e purista e perdeu força dentro do partido e mesmo na sociedade.

Essa perda de hegemonia vem aparecendo de várias formas. Uma delas é o importante e negligenciado debate sobre o papel ainda a desempenhar na organização de ideias, utopias e ações concretas pelos partidos políticos. Desde a década passada cresce no Brasil, em consonância com o resto do mundo, a noção de que os partidos não são mais importantes e/ou necessários e toda energia social e militante por transformações deve ser depositada nos chamados movimentos sociais.

A perda de hegemonia do PT também ocorreu, e vem ocorrendo, com a crescente criação de novas siglas e/ou distribuição de quadros nelas. Algo acelerado e mais em virtude de interesses eleitorais do que pelo surgimento de arranjos ideológicos e identidades entre seus membros. Em geral as siglas atuais, à esquerda ou direita do PT, não carregam novidade programática e ideológica.

Enquanto o governo manteve popularidade o PT inchou, a tendência agora é o contrário. Mas isso com a complacência das direções e lideranças do Partido ao abandonar na pratica uma estratégia socialista para o Brasil e adotar como norte a administração do capitalismo melhorando a vida do povo.

O que assistimos então é uma crise de projeto da esquerda brasileira, fruto da crise do PT que se encontra sem rumo estratégico com o fim das condições políticas de conciliação de classes promovida por Lula e Dirceu desde 1995. Crise do PT que não consegue romper com o eleitoralismo imediato e, portanto, mantem alianças e subordinações nos estados a setores reacionários e conservadores. Crise do PT que pratica relações de clientelismos, golpes, fraudes em suas disputas internas, com falta de respeito às regras aprovadas e pactuadas nas instancias como se vê agora no processo Congressual da JPT ou no PED de 2013.

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MST – PB DENUNCIA E REPUDIA ATO DE DESTRUIÇÃO DAS PLACAS DE FORMATURA DAS TURMAS DE HISTÓRIA NA UFPB

25 de Setembro de 2015, 18:06, por MariaFrô

Enquanto universidades cubanas formam mais médicos negros brasileiros que todas universidades brasileiras juntas, na UFBB um episódio de fascismo contra alunos dos movimentos sociais.

MST – PB DENUNCIA E REPUDIA ATO DE DESTRUIÇÃO DAS PLACAS DE FORMATURA DAS TURMAS DE HISTÓRIA NA UFPB

A Direção Estadual do MST da Paraíba denuncia e repudia a destruição das Placas de Formatura das Turmas de História dos Movimentos Sociais, símbolos localizados nas dependências da Universidade Federal da Paraíba.

O acesso a educação superior para as camponesas e camponeses é uma conquista da luta dos movimentos sociais que rompe as cercas do latifúndio da educação através de parcerias entre as Universidades, o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) e o Instituto Nacional de Colonização e reforma Agrária (INCRA).

A destruição das placas é mais uma ação de violência com o objetivo de apagar a história dos debaixo; a história dos trabalhadores e trabalhadoras que não se submetem ao sistema de exploração e resistem construindo novas realidades, ocupando as terras e as universidades. Esse ato também está inserido no processo de violência contra os setores populares que vemos crescer a cada dia no Brasil, sendo o MST mais um dos alvos, como a recente agressão ao companheiro João Pedro Stédile no aeroporto de Fortaleza.

Apesar das agressões físicas e simbólicas, seguiremos lutando com a convicção que a pobreza e a repressão ainda persistem pelas relações de poder historicamente estabelecidas que ainda hoje continuam nos reprimindo, e, só poderá ser transformada através da luta dos trabalhadores e trabalhadoras e da implantação de uma Reforma Agrária Popular onde a educação e o acesso as universidades seja direito de todos!

LUTAR, CONSTRUIR REFORMA AGRÁRIA POPULAR!

Direção Estadual do MST – PB

João Pessoa, 24 de setembro de 2015

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COLETIVO DE LUTA PELA ÁGUA: Nota de Repúdio ao Premio Alckmin

25 de Setembro de 2015, 17:28, por MariaFrô

É um acinte. Não há como nomear este prêmio dado por um Congresso que igualmente é um acinte. Só fazendo muita piada e muito protesto.

humor

COLETIVO DE LUTA PELA ÁGUA

NOTA DE REPÚDIO

coletivoConferir ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o Premio Lucio Costa de Mobilidade, Saneamento e Habitação “em virtude do trabalho desenvolvido à frente da Sabesp e da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo” é um profundo desrespeito à população da Região Metropolitana de São Paulo e de muitas outras cidades do Estado que diariamente e por longas horas se veem privados do acesso ao bem mais primordial para a vida que é a água.

Faltou bom senso à Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara de Deputados ao premiar o principal responsável pela maior crise hídrica pela qual já passou o estado de São Paulo conforme análise da Agência Nacional de Águas, do Tribunal de Contas do Estado, do Ministério Público e de outros organismos que apontaram que havia sólidos indícios de uma forte estiagem – que se repete a cada década e que faltou planejamento e ação ao governo do Estado para minimizar a crise e minorar o sofrimento das pessoas, especialmente daquelas que vivem nos pontos mais altos e distantes nas periferias e que chegam a ficar vários dias seguidos sem água.

Perguntamos aos deputados que selecionaram o governador Geraldo Alckmin para receber este premio pela gestão do saneamento e dos recursos hídricos se cabe a honraria quando a Sabesp perde por vazamentos um em cada três litros de água potável produzida? Se os rios estão poluídos pelo lançamento de esgoto sem tratamento em quantidade que corresponde a quase metade do esgoto gerado na grande São Paulo? Por não ter executado as obras previstas pelo próprio governo em diversos planos de abastecimento? Por realizar obras emergenciais de interligação com rios que não tem água como o Guaió desperdiçando dinheiro público? Por fazê-las sem o devido licenciamento ambiental, degradando áreas de proteção de mananciais e para justificar a ilegalidade declarando situação de criticidade de última hora quando desde 2013 a sociedade pede que se diga a verdade sobre a crise? Por deixar de apresentar um plano de contingência – “papelório inútil” nas palavras do governador – para enfrentar a crise, muitas vezes prometido e sempre adiado? Por deixar de fazer os investimentos necessários para privilegiar o pagamento de dividendos aos acionistas privados e ao próprio Estado, que também não reverteu os recursos em serviços de saneamento?

A premiação de Geraldo Alckmin é uma afronta à memória do grande arquiteto e urbanista Lúcio Costa, autor do projeto do Plano Piloto de Brasília. A infeliz indicação do deputado federal João Paulo Papa (PSDB-SP), ex alto funcionário da Sabesp e a sua aprovação pela Comissão de Desenvolvimento Urbano precisa de revisão urgente. Não é possível distorcer a realidade de forma que algo se transforme em seu oposto.
Reafirmamos que a água é um direito humano e não uma mercadoria, como tem sido vista pelos últimos governos paulistas o que resultou nesta grave crise que tem afetado profundamente a vida dos paulistas.

Coletivo de Luta pela Água

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Qual dos Brasis você escolherá?

21 de Setembro de 2015, 22:18, por MariaFrô

Dois vídeos interessantes circulam no facebook, são depoimentos fortes de duas mulheres, duas trajetórias.

No vídeo com depoimentos da década de 1990, uma jovem de 18 anos chamada Angela Moss vocifera preconceitos, no outro uma mulher que acumula mais de cinco décadas traça sua  trajetória de sonhos e luta.

Uma, luta por um pedaço de chão, outra quer cobrar ingresso para acesso ao mar.

Uma provocaria asco na jovem carioca zona sul por sua cor, sua aparência, sua existência. A outra, por sua vez, deve sentir  pena daquela jovem da década de 1990. Dona Maria Lindalva, uma pessoa tão humana e tão feliz, deve realmente sentir pena por algo tão sem importância como a aparência que até hoje incomoda tanto uma parcela da sociedade e cujo discurso foi sintetizado no depoimento da jovem da década de 1990.

E você, em qual Brasil você aposta? Assista aos vídeos e faça a sua escolha. 

brasis

ATUALIZAÇÃO:

Até mesmo Angela Moss reviu suas escolhas. O depoimento abaixo é da jovem da década de 1990, passados 30 anos a senhora Angela Moss, renega a jovem Angela:

revendo

 

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Em qual Brasil você aposta?

21 de Setembro de 2015, 22:18, por MariaFrô

Dois vídeos interessantes circulam no facebook, são depoimentos fortes de duas mulheres, duas trajetórias.

Um vídeo com depoimentos da década de 1990, outro de uma mulher que acumula mais de cinco décadas em sua trajetória de luta.

Uma, luta por um pedaço de chão, outra quer cobrar ingresso para acesso ao mar.

Uma provocaria asco na carioca zona sul por sua cor, sua aparência, sua existência. A outra, por sua vez, deve sentir  pena daquela jovem da década de 1990. Dona Maria Lindalva, uma pessoa tão humana e tão feliz, deve realmente sentir pena por algo tão sem importância como a aparência incomodar tanto uma parcela da sociedade tão bem expressa no depoimento da jovem da década de 1990.

E você, em qual Brasil você aposta? Assista aos vídeos e faça a sua escolha;

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