A notícia é de 2011, mas vale a pena ver de novo.
O ator hollywoodiano Matt Damon é filho de Nancy Carlsson-Paige, professora de educação infantil na Universidade de Lesley. Em 2011, durante uma marcha em defesa da educação, uma repórter da TV Reason, sem qualquer informação, mas que reproduz um pensamento neoliberal, faz uma questão que já vem com respostas e recebe uma resposta que questiona o seu pensamento formatado no capitalismo, acompanhe:
Repórter: “Para os atores não há estabilidade no emprego, certo? Há incentivo para dar duro, para ser um ator melhor, porque você quer manter seu emprego… Então, por que não é assim com os professores?”
Matt Damon: “Você acha que é a instabilidade no trabalho que me faz trabalhar duro?
A repórter insiste: “Você tem incentivos para trabalhar duro, mas se houver estabilidade….”, Matt a interrompe e diz:
Eu só quero ser um ator. Isto não é incentivo nenhum. O ponto é esse, essa mentalidade de MBA, este é o problema com a política educacional aqui. Há uma visão intrinsecamente paternalista de problemas que são muito mais complexos do que isso. É como dizer que os professores vão ficar preguiçosos se tiverem estabilidade. Um professor quer ensinar! Pelo que mais alguém aceitaria um salário de merda e tantas horas de trabalho e mesmo assim realizar o seu trabalho, a não ser por realmente amar ensinar?”
Como se não bastasse, o câmera resolve intervir com uma estatística que só existe na cabeça dele e diz:
Câmera: “Dez por cento dos professores são ruins, 10% das pessoas em todas as profissões deveriam pensar em fazer outra coisa”.
Matt não deixa por menos e solta: “Bem, ok, mas talvez você seja um câmera de merda, sei lá” e não parou por aí, aqui, em inglês, tem mais um trechinho imperdível. Abaixo um trecho do vídeo legendado que foi postado no Facebook por Fátima Rodrigues, vale a pena ver e ouvir Matt educadamente fazendo o jornalismo declaratório padrão MBA ouvir algumas verdades.
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