A foto no meu perfil do Facebook traz a adesão a uma campanha: Democracia Sim, Golpe Não.
Qualquer um que tenha contas nas redes sociais pode aderir, basta acessar o link da campanha no twitbbon.
A foto já estava lá há um bom tempo e até dia 1 de setembro nada de novo havia ocorrido. Eis que na noite do dia primeiro recebo notificação de comentário na minha foto do Facebook e vou olhar. Surpreendo-me com uma mensagem agressiva de um perfil com a foto de um adolescente. Respondo o que responderia para muito de meus alunos que jamais se comportaram assim nem no mundo online nem no offline: estude.
O garoto não se deu por satisfeito com a primeira mensagem agressiva e por mim apagada e resolveu ser ainda mais explícito:
Como é possível ver no print da página, uma leitora que faz parte de minha rede, Andrea Meira, também se pronunciou educadamente e também foi alvo de repostas agressivas:
O que será que os pais de Thiago Igor F, seus professores e os adultos que o rodeiam pensam de seu comportamento na rede?
O que faz um adolescente que não nos conhece se sentir no direito de fazer ameaças explícitas de morte, num discurso confuso, mal escrito, repleto de palavrões? O que dá a esse jovem a sensação de liberdade para desqualificar e agredir nas redes sociais?
Além de advogados tucanos fazendo vídeos ameaçando de morte a presidenta, sem receber qualquer punição, atribuo o responsabilidade também ao Facebook, rede na qual os racistas, homofóbicos, transfóbicos, sexistas, neonazistas podem agir livremente sob tutela dessa empresa. Vejamos: alguém ameaça de morte duas pessoas, tem uma página onde só expõem barbáries preconceituosas e que ferem os direitos humanos e essas práticas não são consideradas pelo Facebook algo que firam os padrões da comunidade. A resposta abaixo foi enviada pelo Facebook diante da denúncia de Andrea.
Quanto a mim, printei as ameaças e fiz denúncias no MPF e na Polícia Federal, nem perco mais o meu tempo denunciando barbáries no Facebook, este só se incomoda com a exposição de seios, mesmo que seja uma foto histórica que registe uma mulher indígena numa página oficial do Ministério da Cultura. Neste caso o Facebook acha que os padrões da ‘comunidade’ foram feridos.
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