A pergunta que me ocorre é: por que a parcela progressista e trabalhadora da sociedade brasileira que elegeu Dilma Rousseff é obrigada a aguentar Kátia Abreu, Kassab, Joaquim Levy e o resto da direita reacionária, fisiológica e sem qualquer poder sobre seus pares?
OPINIÃO
O Tamanho da Traição
Por Beto Crispim em seu Facebook
A eleição do deputado do PMDB carioca, o primo do senador Aécio Neves, Eduardo Cunha, para presidente da Câmara Federal contra o candidato do PT e do governo, o deputado paulista Arlindo Chinaglia, denuncia que a presidenta Dilma e alguns de seus ministros foram traídos por seus correligionários. Mas mostra também que alguns ministros não tem o “peso” que muitos achavam que eles tinham.
Num sistema político e partidário que os partidos parecem a cada dia terem pouca importância. Num Congresso extremamente fisiológico e que os agrupamentos se dão por vários interesses, econômicos, religiosos, regionais e muito pouco por afinidades ideológicas e partidárias, confiar na “fidelidade” dos seus membros é um erro sem perdão.
Dez legendas compõem o ministério da presidenta Dilma, PT (10), PMDB (5), PSD (2), PTB (1), PCdoB (1), PROS (1), PRB (1), PR (1), PP (1) e PDT (1). A exceção do PMDB que tinha candidatura própria, os demais partidos juntos somam 263 deputados. O vitorioso, Eduardo Cunha, nunca escondeu suas diferenças com o governo, inclusive se opondo publicamente a questões de suma importância para o governo da presidenta Dilma, Reforma Política, fim do financiamento privado das campanhas eleitorais, regulação econômica da mídia e outras, como a criminalização da homofobia.
Espera-se que quem está no governo, vota com o governo. Como também esperávamos que os cinco ministros do PMDB e o vice presidente da República, Michel Temer, também defendessem os interesses do governo e que tivessem alguma “influencia” no partido. De duas uma, ou trabalharam contra o governo ou não “apitam” nada entre seus “pares”. Para não ser leviano, prefiro acreditar na segunda hipótese. O que não deixa de ser muito negativo para a presidenta Dilma Rousseff.
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