No Brasil inteiro a desigualdade diminuiu ao longo da última década, exceto em SP onde rico ficou mais rico
August 3, 2014 9:35 - no comments yetSempre tive esta percepção, moro na periferia de São Paulo, viajo muito para muitos cantos do Brasil. Enquanto percebia as expressivas mudanças em locais historicamente abandonados, via São Paulo degringolar em seus sucessivos governos tucanos que sucatearam o Estado e pioram os serviços públicos tornando nossas vidas mais miseráveis. Agora, nem fornecimento regular de água temos.
Por Wgner Iglecias
A cidade de São Paulo na contramão do Brasil. Se no país a distribuição de renda melhorou nos últimos 12 anos, ainda que de forma discreta, na capital paulista ela piorou. Acho que daí dá para se entender, em parte, a profunda rejeição ao prefeito Haddad e ao governo Dilma na maior cidade do país. Não bastasse uma classe AAA que hoje absorve mais da renda da cidade do que absorvia há uma década, tem-se ainda um grande contingente de classe média em sua eterna ilusão de um dia vir a fazer parte deste seleto grupo. É nesses estratos que se ouve com muita força o discurso de que “o Brasil acabou” e coisas do gênero.
1% mais rico de SP abocanha 20% da renda da cidade; há dez anos eram 13%
Por: VANESSA CORREA. DE SÃO PAULO, Folha
03/08/2014 02h00
As pessoas ricas estão cada vez mais ricas em São Paulo. Se o seleto grupo do 1% mais endinheirado da população já embolsava R$ 13 em cada R$ 100 ganhos na cidade em 2000, dez anos depois sua renda deu um salto: passou a abocanhar R$ 20 em cada R$ 100 do montante arrecadado -vindo de salários, aluguéis e investimentos.
Os dados fazem parte de um levantamento inédito da prefeitura que compara os dois últimos Censos do IBGE (2000 e 2010).
A cara da riqueza
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Felipe Gabriel/Projetor
Homens conversam no piso de alimentação do shopping JK, na zona oeste
No mesmo período, outras camadas da população, como os 50% de menor renda, não experimentaram prosperidade parecida. Embora estejam ganhando mais hoje, a participação deles no “ordenado paulistano” ficou praticamente estagnada, passando de R$ 11,65 para R$ 10,57 em cada R$ 100.
Para fazer parte do 1% mais rico, é preciso ter uma renda individual de ao menos R$ 15 mil. Essa fatia acomoda pouco mais de 100 mil pessoas, entre empresários, altos executivos, profissionais liberais e gestores do próprio patrimônio. A população atual de São Paulo é de 11,8 milhões.
O descolamento do super-ricos e o achatamento da classe média são reflexos de uma São Paulo mudada, que se transformou em metrópole de serviços, importante centro financeiro e sede de grandes multinacionais, pouco parecida com a cidade industrial de algumas décadas atrás.
A mudança no perfil dos empregos, com o surgimento de superexecutivos e novos empresários da indústria criativa, ajuda a explicar as mudanças no topo. Já a perda de postos na indústria, substituída pela multiplicação das ocupações de baixa remuneração em serviços terceirizados, dá uma ideia de qual é a nova situação na base.
Está em curso, também, uma migração seletiva: enquanto profissionais ultraqualificados vêm para São Paulo em busca de melhores remunerações e opções de lazer, pessoas de baixa renda fogem do custo de vida elevado. Essa migração completa o quadro de alterações por que a cidade passou e vem passando, segundo os especialistas ouvidos pela sãopaulo.
SEM INDÚSTRIA, COM GLOBALIZAÇÃO
O geógrafo Tomás Wissenbach, responsável pelo levantamento desses dados na prefeitura, credita a concentração de renda à modificação operada nos empregos da cidade.
“Desde os anos 1970, São Paulo vem perdendo suas indústrias e com elas os empregos que pagavam bons salários a pessoas com escolaridade média”, afirma Wissenbach, que é diretor do Deinfo (departamento de informações), ligado à secretaria de Desenvolvimento Urbano.
Por outro lado, diz Wissenbach, hoje a economia paulistana está concentrada nos setores de serviços, que produzem, em uma ponta, superempregos para executivos e consultores e, na outra, ocupações de baixa remuneração em funções terceirizadas como limpeza e telemarketing.
Nos últimos dez anos, a atenção das multinacionais se voltou para os países em desenvolvimento como o Brasil, e muitas dessas empresas abriram filiais na cidade de São Paulo, afirma Rodrigo Soares, diretor da Hays, uma consultoria especializada em recrutamento de altos executivos.
Como a legislação trabalhista não favorece a vinda de profissionais estrangeiros, os executivos brasileiros acumularam funções e passaram a ganhar bem mais. “Essa versatilidade levou-os a ter uma compensação financeira.”
Assim, diretores-presidentes que em 2005 recebiam salários de até R$ 25 mil por mês na cidade de São Paulo, em 2010 poderiam chegar a R$ 70 mil, segundo o Datafolha. Hoje, essas remunerações passam dos R$ 90 mil —sem falar nos bônus e benefícios.
Mas há outros fatores operando o milagre da multiplicação das rendas altíssimas, avalia o professor de economia Otto Nogami, do Insper (instituto de ensino). “Empresas que oferecem novos serviços ligados ao mundo da tecnologia e da comunicação estão crescendo rapidamente.”
As novas empresas se expandem, e, junto com elas, a renda de jovens empresários como Guga Guizeline, 32, que organiza eventos para “aproximar marcas de pessoas”. Ele faz festas promovendo de “lançamento de prédio até marca de camisinha”.
Guga vem de uma família de nível “superbom”, como ele diz. Seu pai sempre foi funcionário do setor financeiro, área em que ele próprio tentou a sorte. Há seis anos, porém, depois de trabalhar com marketing e investimentos, começou a fazer eventos corporativos.
VIRADA DEMOGRÁFICA
O urbanista Kazuo Nakano vê mais uma explicação para o aumento da renda dos mais ricos: São Paulo “passa por uma virada demográfica”. Pessoas ultraqualificadas estão vindo de outros lugares para cá, enquanto a população mais pobre migra para fora da cidade em direção à região metropolitana, devido ao aluguel e o custo de vida altos.
Nogami, do Insper, faz a mesma análise: no longo prazo, a tendência é que indivíduos de renda maior, como empresários e executivos de alto escalão, procurem locais com melhor infraestrutura, com mais opções de lazer. “São Paulo continua representando o sonho de consumo para essas pessoas, apesar da insegurança”.
A questão da desigualdade, gerada por um modelo econômico em que a renda dos mais ricos cresce mais rápido do que a atividade econômica, foi realçada com a publicação, em 2013, de “O Capital no Século 21″, do francês Tomas Piketty. O livro, que defende a taxação de grandes riquezas, bateu recorde na lista dos mais vendidos do site Amazon e suscitou um debate acalorado em milhares de artigos de jornais e blogs do mundo todo.
Por aqui, o economista e ex-presidente do Ipea Márcio Pochmann defende a tese de que está em curso uma “polarização da sociedade” brasileira, em que os muito ricos e os muito pobres melhoram de vida, mas a classe média fica olhando a banda passar.
Esse cenário tende a ser mais acentuado em lugares onde a economia se baseia no setor de serviços, especialmente os financeiros, como São Paulo, diz o especialista. Por isso, afirma, apesar de a desigualdade ter se estabilizado na cidade, “existe uma corrosão da renda da classe média, que fica numa camada entre os 40% mais pobres e os 20% mais ricos”.
“O que nós vemos em São Paulo é o que vem acontecendo no mundo inteiro capitalista, mais fortemente nos EUA, e em menor grau na Europa”, diz o economista José Roberto Mendonça de Barros, que foi secretário de política econômica da Fazenda no governo Fernando Henrique (1995-2002).
Segundo Barros, os muito ricos são compostos por dois grupos. Em um, a receita vem de rendas, como de aluguéis, aplicações financeiras e juros. O outro é formado por quem ocupa papéis estratégicos nas empresas e detém altos salários. “É uma característica do capitalismo contemporâneo, neoliberal: os altos capitalistas rentistas e os altos profissionais.”
Por outro lado, as políticas distributivas que vêm sendo aplicadas pelo governo do PT, como os aumentos salariais e bolsas diversas, afetaram negativamente a renda de todos os ricos, menos dos muito ricos, diz Barros.
“Por isso se vê uma radicalização violenta da base social e uma reação das classes altas contra a preferência pelos pobres que o PT adotou.”
“Eles [os muito ricos] vivem a cidade, frequentam exposições, concertos e eventos na casa de outros milionários, mas estão cercados de seguranças”, diz Stella Susskind, presidente da Shopper Experience, uma consultoria de marketing para marcas de luxo. “Não é por culpa deles. Vivemos uma guerra civil neste país”.
Quando o assunto é consumo, Susskind explica o mercado com uma anedota: “Tenho uma cliente que diz: ‘com meus amigos milionários, as viagens são voltadas para as compras; com os bilionários, as compras ficam de lado e geralmente vamos de jato particular; com meus amigos biliardários, comprar, só se for obra de arte.”
DISCRETOS X EXUBERANTES
Milionários, bilionários, ou biliardários, não importa. Eles moram e frequentam os mesmos lugares. Restaurantes como Spot e Bilboquet, destinos turísticos como Grécia e Ibiza e os shoppings Cidade Jardim, JK e Iguatemi, todos no sudoeste da cidade, onde ficam bairros como Jardins, Pinheiros, Itaim e Moema.
E como um rico se diferencia de outro rico? Exclusividade é a palavra. “Se uma amiga tem um relógio Breitling, a outra vai querer um diferente, com fundo rosa, por exemplo. Há uma aspiração de demonstrar a personalidade”, diz a consultora.
Quando as “fortunas são antigas”, no entanto, as pessoas são mais discretas. “A competição é para ver quem tem a obra de tal artista, para mostrar em qual universidade do exterior os filhos vão estudar.”
A última tendência em férias de luxo, segundo Stella, é mandar as crianças esquiarem na montanha Snow Mass, em Aspen, nos EUA.
Para os adultos, a pedida deste ano é a Grécia, além de ilhas exclusivas na Flórida, onde há condomínios “caríssimos”, e destinos europeus em geral. Para o pessoal da velha guarda, o “objeto de desejo” continua sendo a França, mais especificamente Cote d’Azur e Saint Tropez.
Há também os ricos com estilos mais exuberantes, como o de Val Marchiori, que figurou no reality show “Mulheres Ricas”. Um tipo “total emergente, novo rico que se afirma pelo consumo”, explica Susskind.
Entre os homens, os sinais de ostentação que dão pinta de riqueza nova podem vir na forma de aceleradas com carrões na porta dos restaurantes da rua Amauri, no Itaim Bibi -ou no uso de camisas polo “com um cavalo enorme” bordado no peito, diz o empresário R., que não quis se identificar.
Mas ostentação pouca é bobagem para os ricos de berço. Quando a coisa fica séria no Instagram, dá-lhe foto de pratos com trufas gigantes (ou lagostas enormes), de preferência em restaurantes como a rede Nobu, conta R. Sem falar nos selfies em academias de ginástica badaladas. “Está rolando uma onda de fitness de uns dois anos para cá que é uma loucura.”
O sonho de consumo de R. hoje é uma BMW da série três, mas “o legal mesmo é não gastar com porcaria, para viver bem e com pouca preocupação”.
A mídia velha não faz jornalismo faz política anti-PT
August 2, 2014 14:41 - no comments yet“Se o Brasil fosse o que mostra a imprensa, estaríamos todos mortos de fome. Essa é uma das evidências de que a imprensa hegemônica rompeu com o jornalismo.” E se os governos petistas não fossem visivelmente superiores, fossem apenas medianos já teriam sucumbido há tempos. Diante de um quadro partidarizado da mídia monopolizada, visíveis em gráficos, os governos petistas mostram como são eficentes: 182 informes negativos para apenas 15 positivos quando a notícia trata de Dilma e mesmo com o Índice dos Preços ao Consumidor com recorde histórico de queda os noticiários em julho deram 97,6% de notícias negativas contra apenas 2,4% de notícias positivas.
Crise da água provocada pelo governo Alckmin nem pensar de anunciar.
Levantamento nos três jornais mais vendidos do Brasil, de 28/8 a 27/9/2010. Realizado pelo Brasil de Fato, estudo concluiu que: das 90 capas publicadas, 61 eram negativas para candidatura presidencial do PT, enquanto apenas 3 eram positivas.
Eleições de 2014 nada mudou, ou melhor, piorou: Última atualização: 02/08/2014 às 14:50. Fonte: Manchetômetro
O ‘manchetômetro’ e a imprensa partidária
Por Luciano Martins Costa, na edição 809, programa radiofônico do Observatório1/8/2014
Folha de S. Paulo acaba de descobrir que o racionamento de água que ocorre em São Paulo é racionamento mesmo, e não efeito colateral de obras de manutenção da rede. Essa constatação faz a manchete do jornal na sexta-feira (1/8): “Ação de SP na crise da água equivale a racionamento”.
No texto que se segue, o leitor fica sabendo que o racionamento que sofre na prática há um mês também é racionamento na teoria. O diário paulista só percebeu que o racionamento de fato é também um racionamento em termos técnicos quando alguns bares da Vila Madalena, região da boemia frequentada por jornalistas, tiveram que fechar por falta de água.
A nova interpretação da Folha para a crise de abastecimento chama atenção porque acontece ao mesmo tempo em que o jornal anuncia uma campanha para esclarecer aos leitores seu posicionamento diante de alguns temas tidos como importantes: casamento gay, pena de morte, cotas raciais, política econômica, aborto e legalização de drogas. A direção do jornal quer mostrar que, embora tenha posições claras sobre os assuntos, abre espaço para opiniões divergentes.
Essa mudança responde em parte a especulações feitas por protagonistas das redes sociais sobre a persistência da Folha de S. Paulo em pressionar o senador Aécio Neves (PSDB), candidato a presidente da República, a dar uma explicação para o caso do aeroporto privado feito em Minas Gerais com dinheiro público quando ele era governador do Estado.
Foi a Folha que revelou essa história, obrigando os outros jornais a seguirem a pauta, e o veículo que mais mantém o assunto em evidência. Com a insistência do jornal paulista, Aécio Neves finalmente admitiu que usou o aeroporto “algumas vezes” e, na quarta-feira (30/7), acusa a Agência Nacional de Aviação Civil de atrasar a homologação do campo de pouso, o que pode ter feito com que ele, “inadvertidamente”, usasse as instalações irregulares.
No mesmo dia, em editorial, a Folha exige mais explicações, acusa o ex-governador de haver privilegiado a cidade onde sua família possui terras, observa que a obra “no mínimo, é conveniente para ele e seus parentes” e conclui que a questão “não está mais que esclarecida”, como quis Aécio.
O Brasil da imprensa vai mal
Alguns leitores escrevem comentários dizendo que o jornal paulista se descola de seus concorrentes, que poupam quanto podem o candidato tucano. No entanto, é mais fácil explicar a aparente guinada da Folha em dois aspectos: o jornal sempre foi muito próximo do ex-governador José Serra, que, embora correligionário, não tem qualquer entusiasmo pela candidatura de Aécio Neves; a Folha, como os outros diários de circulação nacional, segue demonstrando seu partidarismo em favor do PSDB em outros aspectos, principalmente no que se refere aos problemas de São Paulo.
Se não fosse pela simples observação crítica que o leitor mais atento costuma fazer, o partidarismo dos principais diários do País vem sendo registrado por um grupo de pesquisadores da UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Suas análises da valência das informações destacadas pela imprensa mostram uma dicotomia presente nas escolhas editoriais, que reforçam aspectos negativos ou positivos dos acontecimentos conforme os protagonistas.
O Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (LEMEP) da UERJ demonstra, com seu “manchetômetro” (ver aqui), como os jornais blindaram Fernando Henrique Cardoso e expuseram Lula da Silva no passado recente, como tratam desigualmente o governo federal e o governo paulista, como as notícias sobre Aécio Neves são mais equilibradas do que o material referente à presidente Dilma Rousseff, bombardeada na proporção de 182 informes negativos para apenas 15 positivos, por exemplo, e como esse bombardeio se intensifica no período eleitoral.
Além disso, o noticiário econômico apresenta um resultado consolidado de mais de 90% de notícias negativas, numa linguagem dicotômica e com poucas nuances, “interpretando os fatos e dados econômicos como sinais de uma crise, ou em andamento, ou prestes a acontecer”.
Os gráficos da cobertura agregada dos três jornais, por exemplo, mostram que a economia teve em julho 97,6% de notícias negativas contra apenas 2,4% de notícias positivas.
Se o Brasil fosse o que mostra a imprensa, estaríamos todos mortos de fome.
Essa é uma das evidências de que a imprensa hegemônica rompeu com o jornalismo.
Empiricus e seus crimes que levam milionários à falência
August 2, 2014 10:34 - no comments yetSabe aquela empresa que vive espalhando spam pelas redes sociais e já denunciada por crime eleitoral dizendo que a reeleição de Dilma levaria o Brasil para o buraco?
Pois bem, foi ela que mesmo com a empresa de Eike Batista falida orientou seus clientes a investir na empresa de Eike Batista.
Acho que a Empiricus merece uma visita da polícia federal e não apenas da Justiça Eleitoral.
Atualização: Como se não bastasse o histórico nada honroso da tal Empiricus descobrimos que sequer é original. Até mesmo o título usado em seus spams via mail, redes sociais e vídeos é cópia da campanha da direita republicana contra o Obama:
Consulte:
Os maiores erros dos analistas com a OGX: Empiricus e Inva Capital
Veja os maiores erros dos analistas com a OGX de Eike Batista
Em 2002 Santander também fez campanha contra Lula
Santander, “me engana que eu gosto”
Olho vivo classe C e D: o Santander está de olho no seu dinheiro
Vagner Freitas: Bancos dão as costas para os trabalhadores e para o Brasil
Altamiro Borges: Santander tira a máscara de vez
Criatura e criador: a cartilha neoliberal de FHC reeditada por Aécio Neves
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August 1, 2014 20:10 - no comments yetDica do Rodrigo Rodrigues
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Em 2002 Santander também fez recomendação negativa sobre Brasil
Por Carmen Munari | Valor
25/07/2014 às 17h32
SÃO PAULO – A análise do Banco Santander que veio a público nesta sexta-feira afirmando que a reeleição da presidente Dilma Rousseff seria prejudicial à economia não é a primeira incursão da instituição financeira neste tipo de posicionamento.
Em 2002, durante a turbulência financeira nos mercados brasileiros no período que antecedeu a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, o escritório de Nova York do Santander divulgou um relatório rebaixando os títulos brasileiros. Dias depois do segundo turno, o presidente do banco de origem espanhola, Emilio Botín, foi recebido por Lula, já eleito, no escritório do petista em São Paulo, e esclareceu que ele mesmo ordenou, no dia seguinte à divulgação do relatório, a demissão do analista e o fechamento do escritório.
A recomendação chamou a atenção uma vez que o Santander foi um dos maiores doadores da campanha eleitoral de Lula. Após a visita, Emilio Botín mostrou-se otimista em relação ao futuro do Brasil com a vitória de Lula, que ainda não havia tomado posse.
“O presidente Lula ganhou um apoio tão majoritário do povo brasileiro que estou convencido que o presidente e seu governo vão combinar uma política econômica responsável e equilibrada com um programa social”, disse, na época. Dois anos antes, o Santander havia adquirido o controle do Banespa com um lance de R$ 7 bilhões.
Na campanha eleitoral da presidente Dilma em 2010, o Santander doou R$ 1 milhão, enquanto o Itaú Unibanco direcionou R$ 4 milhões para o financiamento da eleição da presidente.