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April 3, 2011 21:00 , von Unbekannt - | No one following this article yet.
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Convocatória do ato unificado “Ditadura Nunca Mais: 50 anos do golpe militar”

March 7, 2014 14:18, von Unbekannt - 0no comments yet

cv-topo.pngAto unificado
“Ditadura Nunca Mais: 50 anos do golpe militar”

Convocatória do ato unificado “Ditadura Nunca Mais: 50 anos do golpe militar”, em 31 de março de 2014, a partir das 10h, no pátio externo do prédio da Rua Tutoia, nº 921

No dia 31 de março de 2014, completam-se 50 anos do golpe que instituiu a ditadura militar brasileira.

As práticas de repressão e de violência de Estado que marcaram o período autoritário ainda permanecem ocorrendo contra a população pobre e negra da periferia, bem como contra as manifestações populares que têm sido realizadas e todo o país.

Para completar a situação, há propostas de reformas legislativas conservadoras – lei antiterror, regulamentação das manifestações e a Portaria do Ministério da Defesa intitulada “Garantia da Lei e da Ordem” – visando coibir os protestos e amedrontar os manifestantes. Isso só incentiva a já tradicional truculência das Polícias Militares.

Diante desse cenário de continuidade das violações de direitos humanos, diversas organizações da sociedade civil e Comissões da Verdade estão construindo um ato político-cultural unificado para marcar essa lamentável efeméride e exigir a punição dos torturadores, assassinos e ocultadores de cadáveres da ditadura e da democracia.

O valor simbólico de realizar o ato “Ditadura Nunca Mais: 50 anos do golpe militar” nesse prédio tombado da Rua Tutoia, que abrigou o DOI-CODI e que agora deve ser convertido em um lugar de memória, é enorme para o movimento de direitos humanos em nosso país.

Por essas razões, as entidades e organismos que assinam a presente convocatória chamam a todas e todos para participarem e divulgarem esse ato no dia 31 de março de 2014, a partir das 10h, no pátio externo do prédio da Rua Tutoia, nº 921.

Que 2014 seja não apenas o ano da verdade, mas também o da justiça.

Ditadura Nunca Mais! Punição aos Torturadores de Ontem e de Hoje!

Para novas adesões, enviar mensagem até dia 10 de março de 2014 para o email comissaodaverdadesp@al.sp. gov.br. Uma reunião das entidades para preparação do ato está marcada para o dia 11 de março de 2014, a partir das 11h, no auditório Paulo Kobayashi da Assembleia Legislativa do Estado de SP.

Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”
Armazém da Memória
Centro Acadêmico XI de Agosto – Faculdade de Direito da USP
Coletivo Merlino
Coletivo Político Quem
Comissão da Verdade da UNIFESP “Marcos Lindenberg”
Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos
Comitê Paulista Pela Memória, Verdade e Justiça
Conselho Regional de Psicologia de São Paulo – CRP/SP
Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo
Kiwi Companhia de Teatro
Projeto Memória da Oposição Metalúrgica
Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo
Teatro Studio Heleny Guariba

Informações à Imprensa: Thaís Barreto



Posicionamento CUT-RJ sobre a greve dos garis

March 7, 2014 12:02, von Unbekannt - 0no comments yet

Entidade aponta a negociação como saída democrática para o conflito e repudia declarações do prefeito acusando de delinquentes e marginais os trabalhadores

“Posicionamento CUT-RJ sobre a greve dos garis

via CUT-RJ

06/03/2014

FOTO: MIDIA NINJA

A CUT-RJ vê com extrema preocupação o desenrolar da greve dos garis do Rio de Janeiro, que chega ao seu sexto dia sem uma solução que ponha fim ao impasse entre as reivindicações da categoria e a prefeitura do Rio de Janeiro.

Primeiro é importante assinalar que nem a direção do sindicato dos trabalhadores da Comlurb nem o movimento de oposição que está à frente da greve têm quaisquer vínculos com a Central Única dos Trabalhadores.

Contudo, isso não impede a direção da CUT-RJ de se posicionar resolutamente em defesa do direito de greve da categoria e contra as demissões anunciadas pela prefeitura.

A CUT-RJ repudia também declarações do prefeito Eduardo Paes acusando de delinquentes e marginais trabalhadores que cruzam os braços na luta pela conquista de legítimas reivindicações de classe.

Por fim, apontamos a negociação como saída a democrática para o conflito, sempre tendo como norte o atendimento das reivindicações dos garis, que travam um bom combate por dias melhores para eles e seus familiares. Quem presta um serviço tão importante e essencial para os cariocas tem de ser ouvido pelo poder público com especial atenção.

Rio de Janeiro, 06 de março de 2014.

Direção da Central Única dos Trabalhadores no Estado do Rio de Janeiro.



“Enquanto tiver gente para aplaudir, sorrir, curtir e compartilhar o preconceito, os preconceituosos vão ocupando o ciberespaço”

March 5, 2014 8:09, von Unbekannt - 0no comments yet

Facebookdocídio

Por: Wemerson Augusto, na edição 788 do Observatório da Imprensa

04/03/2014

Lá, tem de tudo. Gente bonita, sucesso, ego, fanfarrões, festa, preconceito, corpos, ostentação, desinformação e, às vezes, informação, ideias. Para nossa alegria estão por lá também o avô, a avó, a vizinha, o tio, o primo, a prima, o pai, a mãe, o amigo distante, o desconhecido e aquela amiga bonita que compartilha fotografias sensuais. O que entristece nesta babilônia é ver o preconceito ganhar força. Há coisas boas no Facebook, mas infelizmente perdem o jogo. O preconceito se apresenta de forma engraçada, ganha notoriedade, curtições e compartilhamentos. Um dos campeões é o de classe social.

Pesquisas, informações, utilidades públicas e curiosidades ficam geralmente em segundo, terceiro ou quarto plano. Talvez por este comportamento de parte dos usuários, muitas pessoas conscientes irão cometer o Facebookdocídio nos próximos meses, anos. Os botões de denunciar o preconceito no Facebook são insuficientes. Os mecanismos de rastreamento baseados em algoritmos são incapazes de interpretar o sentimento que milhares de mensagens preconceituosas causam nos receptores das mensagens. O sucesso da rede social que abraçou o mundo pode ser o seu próprio fracasso.

Os mesmos que destilam o ódio aos usuários menos abastados financeiramente compartilham mensagens de escritores que nunca leram. E pra variar, mensagens carregadas de preconceitos. Há poucos dias, um contato, compartilhou a seguinte mensagem no Facebook: “Bolsa família é coisa de vagabundo, este povo tinha que morrer.” E para tristeza do bom senso, havia abaixo do comentário, dezenas de risos, gargalhadas, curtições. Apoiavam o preconceito estudantes, jovens, adultos, idosos e políticos.

Preconceituosos no ciberespaço

Começa o dia e lá vêm às mensagens de lição, orientação, guia e oração. Durante uma semana pesquisei no mesmo horário, das 6 às 7 horas da manhã, as mensagens que apareciam na timeline relacionadas com escritores, artistas etc. Os autores mais citados na pesquisa, que não teve caráter científico, apenas uma amostragem, foram: Clarice Lispector, Caio Fernando de Abreu, Arnaldo Jabor, Pedro Bial, Vargas Llosa, Cazuza, Bill Gates e Steve Jobs.

Pérolas da desinformação. Frases de imaginário popular são trocadas de origem no Facebook. O famoso bordão “Deus ajuda quem cedo madruga” ganhou as páginas da bíblia, em Coríntios 13:4-7. Novamente o Bolsa Família ganhou destaque, desta vez, no livro A Cabeça de Steve Jobs: “O Brasil é o pobre por que tem Bolsa Família. Acabe com esse programa que o problema está resolvido”. E a máxima: “Mais vale um passarinho na mão do que dois voando”, segundo o povo do Facebook, foi escrita por Caio Fernando de Abreu, em sua obra Morangos Mofados.

Depois do abre alas, da mensagem de bom-dia e da desinformação, é hora de fazer graça. De preferência quanto mais pobre for o personagem da narrativa, melhor. Uma das mensagens que captei foi a de duas jovens que postaram uma imagem. “Prontas para o carnaval”. Para ódio dos sabichões literários, as jovens que postaram uma imagem do carnaval se exibiam numa piscina improvisada com uma caixa d’água. Para nossa tristeza, os literatos da manhã pediam a retirada da foto do Facebook. “Ninguém merece. Feias, gordas e sujas, quem vai querer? Realmente orkutizaram o Facebook”.

Enquanto tiver gente para aplaudir, sorrir, curtir e compartilhar o preconceito, os preconceituosos vão ocupando o ciberespaço.
***
Wemerson Augusto é jornalista



Qual é a lógica dos que defendem a justiça pelas próprias mãos?

February 23, 2014 17:17, von Unbekannt - 0no comments yet

No caso Carandiru e afins, ‘sheherazades’ devem ser o alvo

Por Bruno Paes Manso, em seu blog São Paulo no Divã

Há 22 anos, em 1992, quando 111 presos foram executados no Massacre do Carandiru, 60% dos paulistanos na época aplaudiram a ação da Polícia Militar no presídio paulista. Como tem ficado evidente nas discussões acaloradas envolvendo temas correlatos nos dias de hoje, intervenções criminosas da PM ainda recebem o apoio de parte da população.

Para aqueles que acompanham os debates sobre os direitos humanos, a expectativa, ao longo dos anos que se passaram, era de que a consolidação da democracia no Brasil pudesse produzir instituições com legitimidade para ampliar o respeito às leis e ao Estado de direito. Não foi bem isso o que aconteceu, como vemos diariamente. O que não significa que a batalha esteja perdida.

Ocorre, no entanto, que muitas vezes, a conversa sobre o tema costuma se restringir a grupos que compartilham as mesmas opiniões. Ficamos chocados com a opinião de Sheherazade e tendemos a atacá-la e processá-la – o que pode ser legítimo. O problema, porém, é que o debate depende justamente de convencermos esse lado que costumamos criticar com uma pitada de arrogância – os milhares que afirmam que Sheherazade e suas opiniões os representam.

Pode parecer utópico, mas de que adianta ganhar os convertidos, aqueles que já defendem o respeito aos direitos humanos? São pessoas fundamentais na luta política pelo controle aos abusos e desvios das autoridades. Mas a conversa com os que apoiam os crimes do Estado também deve ser desenrolada. É preciso “esticar o chiclete” e insistir nesse debate. Afinal, caro leitor, quantos na sua família, no seu prédio, no seu trabalho, na sua time line, acreditam que “a turma dos direitos humanos defende o direito dos bandidos”? Provavelmente muitos, assim como eu também conheço. Pessoas com quem tomo cerveja e tenho relações de amizade. O que dizer para elas?

Primeiro, acho que vale tentar compreender a lógica do raciocínio dos que defendem a legitimidade da justiça pelas próprias mãos. A partir de tudo o que ouvi e leio, esse senso comum parece crer que o assassinato de um suspeito ou de um bandido é um tipo de ação capaz de deixar o mundo mais seguro.

Nas matérias que tenho escrito no blog, os comentário que defendem ações de extermínio deixam isso claro: “menos um”. Nessa matemática macabra, quanto mais a PM matasse, menos bandido haveria na cidade. É como se o extermínio, num processo mágico, ajudasse a diminuir os riscos. Claro que, somado a isso, parece existir um desejo selvagem de vingança contra aqueles que escolheram a carreira criminal para conseguir seu sustento. Uma espécie de instinto de sobrevivência que existe em todos os animais, que aflora quando atacados.

Eu compreendo esses sentimentos. E luto contra meus instintos quando eles aparecem. Eu me lembro das sucessivas crises de choro, que tinha no meio da rua, nos dias que se seguiram ao assassinato do menino João Hélio, arrastado pelo cinto de segurança depois de um assalto. Meu filho tinha mais ou menos a idade dele e aquilo me desestabilizou emocionalmente. Isso para não citar casos pessoais. Eu juro que entendo essa raiva e a sensação de impotência diante de algumas barbaridades que testemunhamos.

Mas o processo civilizatório vem transcorrendo lentamente ao longo desses milhares de ano em que o homem está na terra justamente para que a gente aprenda a controlar nossos instintos. Foi assim que deixamos a selva, paramos de comer alimento cru e começamos a usar talheres. E se todas essas raivas e medos que atiçam nossos instintos podem justificar a violência dos animais, não serve para explicar o comportamentos dos humanos. Ora, nós moramos em cidades, usamos celular, mandamos torpedos, gravamos vídeos no Youtube porque aprendemos a controlar os instintos.

Tenho plena convicção de que eu, Sheherazade e seus asseclas sonhamos com mundo parecidos. Queremos poder andar em paz na rua, criarmos nossas famílias tranquilamente. Mas esse grupo que defende a justiça privada se engana quando acha que o extermínio e os abusos de autoridades pode ser o caminho.

Um ladrão morto pela polícia não é um bandido a menos. São novos monstros e assombrações a puxarem nosso pé, que se multiplicam e se moldam justamente a partir de todas as distorções que acabamos produzindo.

Deixando as questões abstratas de lado, o Massacre do Carandiru é um exemplo concreto de alguns dos efeitos provocados pelos equívocos de nossas polícias e do sistema judiciário, pelos nossos medos e sede de vingança. Passados 22 anos, juntando as peças do quebra-cabeça, pode-se ver que os tiros que disparamos saíram pela culatra.

Para começar, a existência do Primeiro Comando da Capital, por exemplo, deve ser pensado a partir do Massacre. A facção passou a se estruturar em 1993, em Taubaté, poucos meses depois dos 111 mortos, justamente para lidar com esses abusos extraoficiais de nossas autoridades. A ideia dos fundadores era criar uma organização capaz de lidar com os interesses daqueles que optavam pela carreira criminal e dos seus familiares.

Abandonados à própria sorte nas prisões, descrentes das instituições e das possibilidades de uma nova vida regenerada, se fortalecer no crime e ficar longe do Estado virou uma meta a ser alcançada entre os que optam pelo crime.

A legitimidade do PCC ficou maior na proporção em que cresceu os abusos das autoridades. A truculência policial fortalece o crime, a raiva e o descrédito frente ao Estado e às autoridades, ao passo que os criminosos se tornam mais confiáveis. É como se esse apagão na concessão de direitos produzisse sombras de resistência ao Estado, cuja imagem passa a ser associada à crueldade e às injustiças. A imagem do Estado, com razão, vira a de uma espécie de pai canalha, que gasta o dinheiro da família com jogo, pinga, mulheres e espanca os filhos em casa. Essa autoridade passa a ser negada e surgem as autoridades paralelas.

Com a facção estruturada, aumentou também o cacife para pagar propinas e aliciar policiais, que cada vez mais passaram a entrar na atividade criminal. A carreira no crime, antes quase artesanal, hoje está mais sofisticada e não é a toa que os roubos e demais crimes contra o patrimônio não param de crescer. A indústria está azeitada, com a conivência de uma banda podre das polícias. Dar menos direitos aos que são suspeitos de crime significa conceder super-direitos aos policiais. Esses super-homens podem se tornar incontroláveis e voltarem-se contra nós mesmos, simples mortais.

Para concluir e não me estender demais em um assunto que demanda várias conversas, sim, eu também quero um mundo melhor e mais seguro, com menos crime. Mas a justiça privada é a lei da selva. O extermínio não vai eliminar o perigo, mas multiplica-lo e transformar nossa cidade no palco de uma batalha de todos contra todos, onde o dono da maior arma, detentor do apetite mais voraz, vai sobreviver. Não creio que é esse o mundo do sonho de Sheherazes e daqueles que ela representa. Será que esses meus argumentos fariam sentido para eles? Será que a induziria Sheherazade a pregar o respeito aos direitos humanos no SBT?

JÚRI DO CARANDIRU

Ontem, a terceira fase do julgamento do Massacre do Carandiru foi interrompida. Nos dois primeiros julgamentos, ocorridos no ano passado, os policiais foram condenados. Mas ainda aguardam recursos em liberdade. Na tarde de ontem, o ilustre advogado dos policiais, Celso Vendramini, também ex-policial militar, abandonou o plenário acusando o juiz do caso de ser parcial.

Vendramini é performático. Se apresenta dando seu cartão de visitas: “me ligue se um dia matar alguém”. No ano passado, no julgamento dos quatro policiais que foram filmados e acusados de executar uma pessoa dentro da viatura da PM em Campo Limpo (imagens passadas no Fantástico), o advogado já havia estrilado no Júri e conseguiu adiar o julgamento, que corria visivelmente desfavorável aos seus clientes.

Não posso dizer que seu novo estouro tenha sido de má-fé. Talvez ele realmente tenha se sentido injustiçado. Quem sou eu para dizer? Mas e a Justiça? Pode simplesmente aceitar uma acusação grave como essa feita pelo advogado e adiar um Júri que já havia demorado 22 anos? Integrantes da PM já vem sendo acusados de dissimular execuções para evitarem condenações. E se agora os advogados simularem ataques de cólera para adiar os julgamentos desfavoráveis? Qual o antídoto para isso? A Justiça deve simplesmente engolir?

Ontem, em nota Maria Laura Canineu, diretora no Brasil da Human Rights Watch, se manifestou sobre o tema:

“O julgamento do caso Carandiru representa um marco na luta contra a impunidade no Brasil e a suspensão dos trabalhos relativos à terceira fase do processo — mais de 20 anos após as mortes — pode ameaçar os resultados obtidos até o momento. A Human Rights Watch acompanhou o Júri do Carandiru no primeiro e segundo dias da sua terceira fase e se surpreendeu com a notícia do cancelamento dos trabalhos em razão de suposta parcialidade do magistrado. O direito ao devido processo legal deve ser respeitado sempre e isso requer juízes rigorosamente imparciais e representação legal competente para os réus. Em nossa avaliação, não houve favorecimento à acusação, tendo tido a defesa plena oportunidade para atuar, questionando as testemunhas com liberdade e total respaldo dos presentes.”

*Bruno Paes Manso: Formado em economia (USP) e jornalismo (PUC-SP), trabalhou por dez anos como repórter no jornal O Estado de S. Paulo. Também atuou na Revista Veja, Folha da Tarde e Folha de S. Paulo. Atualmente faz pós-doutorado no Núcleo de Estudos da Violência da USP. Concluiu o mestrado e doutorado no departamento de ciências políticas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou o crescimento e a queda dos homicídios em São Paulo. É autor do livro O Homem X – Uma reportagem sobre a alma do assassino em SP, que ganhou o Premio Vladimir Herzog de melhor livro reportagem de 2006.



Aécio que defende Azeredo Mensalão Tucano é vaiado em Alagoas

February 23, 2014 11:22, von Unbekannt - 0no comments yet

“ Ética e eficiência precisam caminhar juntas. Essa é a cara do PSDB” diz Aécio Neves que também diz que é um “homem de bem” o deputado Eduardo Azeredo, ex-presidente nacional do PSDB, para qual o Procurador Geral da República pediu 22 anos de prisão pelo crime de Mensalão Tucano.

Aécio Neves, membro do PSDB, partido que governa São Paulo deste sempre, envolvido no maior escândalo de corrupção da história do país com o desvio de 1 bilhão dos cofres públicos em propina para empresas que fazem manutenção do metrô, conhecido como o “trensalão tucano ou propinoduto tucano”.

Aécio Neves colega de partido do governador Geraldo Alckmin, o governador da política de repressão sobre manifestações e de desocupações violentas como Pinheirinho.

Aécio Neves, amigo pessoal e político da família Perrela processados por enriquecimento ilícito, o senador Zezé Perrella (PDT-MG) e seu filho, deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG) e defendidos nada mais nada menos pelo filho do Presidente do Tribunal de Justiça, envolvidos ainda no inexplicável caso de meia tonelada de cocaína ‘sem dono’, apreendida pela polícia federal na fazenda do senador Perrela dentro do helicóptero do filho deputado Perrela pilotado por um funcionário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Será que foi por isso que o candidato da “Ética e eficiência tucanas” foi vaiado num bloco de carnaval em alagoano?

Vilela e Aécio Neves são vaiados em desfile do Pinto da Madrugada

Do Repórter Alagoas, via Alagoas na Net

23/02/2014

Presidenciável foi vaiado por foliões alagoano (Foto: Lucas Malta / Alagoas na Net)

Presidenciável foi vaiado por foliões alagoano (Foto: Lucas Malta / Alagoas na Net)

Como parte da estratégia dos tucanos para popularizar o senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB/MG), ele esteve na capital alagoana no sábado (22) para o desfile do Pinto da Madrugada, bloco que abre as prévias do Carnaval em Alagoas. Ele sai uma semana antes do Galo da Madrugada, no Recife (PE).

Após a entrevista com a imprensa, Aécio e o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) foram vaiados pela multidão, ao serem anunciados pela locução do Pinto da Madrugada. Ambos foram empurrados pelos seguranças, para evitar a exposição.

Na entrevista, Aécio comentou a queda da presidente Dilma Rousseff na pesquisa Ibope. Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (22) pelo site do jornal “Folha de S.Paulo” indica que a presidente Dilma Rousseff teria 47% dos votos e venceria no primeiro turno caso a eleição fosse hoje e ela tivesse como adversários o senador Aécio Neves (PSDB) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

Nesse cenário, Aécio teria 17% e Campos 12%. Votos em branco ou nulos seriam a opção de 18% e outros 6% responderam que não saberiam em quem votar.

O Datafolha entrevistou 2.614 pessoas em 161 municípios na quarta (19) e quinta (20), com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

- Ruim para Dilma, ruim para Governo. Estamos vivendo o final de um ciclo no Brasil. Eu acredito que a cada dia que passa há uma percepção clara que é preciso uma coisa nova, ética e eficiência precisam caminhar juntas. Essa é a cara do PSDB. Pelo menos do PSDB que eu represento, disse.

Segundo Aécio, os tucanos não estão preocupados com a entrada do mensalão na campanha. Esta semana, o deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB) renunciou. Segundo o Ministério Público, Azeredo integrou um esquema de desvio de verbas públicas em 1998, quando era governador de Minas, para bancar sua candidatura à reeleição:

- Tem certeza que o PT quer puxar este debate [do mensalão]? Eu não acredito. Mais uma vez: o PSDB acha que quando houver uma denúncia que deve ser investigada, que seja investigada e os acusados possam se defender. E que decisão judicial seja cumprida. Não existem mais presos políticos. Há políticos presos.

Aécio teve uma conversa com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Disse que o encontro entre ambos ajuda a ter “alianças muito sólidas e naturais” entre PSDB e PSB:

- O PSB, presidido por Eduardo, e o PSDB, presidido por mim, têm alianças muito sólidas e naturais em boa parte dos estados brasileiros, e não vamos trabalhar contra essas alianças no plano nacional nessas eleições, mesmo tendo o PSB uma candidatura e o PSDB outra candidatura. Vamos permitir que as coisas naturais continuem acontecendo, disse.