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abril 3, 2011 21:00 , por Desconocido - | No one following this article yet.
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Após o anúncio da morte de Eduardo Campos a boçalidade da Revista Veja e a pesquisa de indução da Folha de São Paulo

agosto 13, 2014 15:56, por Desconocido - 0no comments yet

Havia me espantado com a barbárie nas redes sociais. Sempre me espanto diante de pessoas que conseguem ver graça em tragédia, como nas mortes provocadas pela queda da aeronave que matou Eduardo Campos e mais seis pessoas: Carlos Augusto Percol, assessor de imprensa; Marcelo Lira, diretor de fotografia; Alexandre Severo, fotógrafo; Pedro Valadares Neto, assessor; e os pilotos, Geraldo da Cunha e Marcos Martins.

Lembrava que gente que se diverte fazendo piadas se mau gosto com a morte são do mesmo tipo dos seres que vibraram com o câncer de Lula. Essas pessoas devem achar que são imortais, que seus entes queridos são imortais. Enfim devem achar que sua estupidez os deixam imunes à dor. Tristeza diante de tanta boçalidade.

Comentei ainda que as redes sociais são capazes de nos tirar qualquer fé na raça humana: a tag #foiaDilma culpando a atual presidenta e candidata à reeleição pelo Partido dos Trabalhadores pela morte do candidato Campos não é só de mau gosto, mostra muito do quanto a barbárie impera, de como há descerebrados usando a rede na tentativa de ser um futuro descerebrado do CQC, gente sem qualquer respeito à vida humana. Mas mostra igualmente o mal que é viver em um país onde tvs monopolizadas, grupos midiáticos monopolizados que na cobertura desta tragédia agem como moleques na rede. Não fico só chocada, com o fato de órgãos de imprensa agirem rasteiramente, tenho repulsa, nojo, desânimo.

Daí vejo esta postagem do Rodrigo Ferrari sobre duas ‘matérias’ da Revista Veja. Isso nos explica  porque há tantos descerebrados nas redes, eles são crias de uma mídia monopolizada sem qualquer escrúpulo, que não poupa mortes, tragédias para fazer sua política suja partidarizada buscando de qualquer forma decidir os rumos eleitorais do país.

Pode haver uma revista mais abjeta que esta?

Pode qualquer coisa que se pareça com jornalismo ser pior que esta revista marginal?


Daí quando você acha que a mídia partidarizada não pode piorar, vejam bem, hoje é 13/08/2004, estou escrevendo este post às 19 horas. A Folha não esperou nem o enterro de Eduardo Campos para lançar Marina à disputa eleitoral. Observem a questão 7:
Veja a imagem:


Fonte do print



Paulo Moreira Leite: E agora, vira-latas? Depois de Israel se desculpar, vocês se desculparão?

agosto 13, 2014 8:42, por Desconocido - 0no comments yet

Como lembramos várias vezes, quando porta-voz de Israel tentou ofender o Brasil por sua decisão acertada, seus ataques provavam exatamente o contrário: o Brasil não é mais aquele país rastejante de joelhos da era FHC. Quem tem juízo respeita o Brasil. Claro que vira-latas reacionários não sabem o que isso significa.  Mas vira-latas reacionários não representam o 200 milhões de brasileiros.

À época Santayana escreveu um belo texto e lembrou alguns episódios que qualquer um com um mínimo de conhecimento histórico, o que não é o caso do porta-voz de Israel e dos vira-latas da mídia monopolizada. Destaco um trecho:

Antes de criticar a diplomacia brasileira, o porta-voz da Chancelaria israelense, Yigal Palmir, deveria ler os livros de história para constatar que, se o Brasil fosse um país irrelevante, do ponto de vista diplomático, sua nação não existiria, já que o Brasil não apenas apoiou e coordenou como também presidiu, nas Nações Unidas, com Osvaldo Aranha, a criação do Estado de Israel.

Talvez, assim, ele também descobrisse por quais razões o país que disse ser irrelevante foi o único da América Latina a enviar milhares de soldados à Europa para combater os genocidas nazistas; comanda órgãos como a OMC e a FAO; abre, todos os anos, com o discurso de seu máximo representante, a Assembleia Geral da ONU; e porque — como lembrou o ministro Luiz Alberto Figueiredo, em sua réplica — somos uma das únicas 11 nações do mundo que possuem relações diplomáticas, sem exceção, com todos os membros da Organização das Nações Unidas.

Agora Paulo Moreira Leite informa que o novo presidente de Israel Reuven Riulin,  telefonou para Dilma Rousseff para se desculpar pela grosseria do porta-voz de Israel.  Como eu disse, quem tem juízo respeita o Brasil e sua história e importante diplomacia.

DESCULPAS DE ISRAEL RIDICULARIZAM VIRA-LATAS BRASILEIROS

Por Paulo Moreira Leite, em sua coluna

12/08/2014

Depois que o próprio Reuven Riulin, o novo presidente de Israel, telefonou para Dilma Rousseff para pedir desculpas, não custa recordar a reação dos adversários do governo brasileiro, que há duas semanas se alinharam com o porta-voz da chancelaria israelense que definiu o Brasil como “anão diplomático.”

Em poucas horas o Brasil foi inundado por vídeos, artigos e comentários de ar grave, palavras duras e retórica pedante, de grande utilidade para encobrir uma postura típica de vira-latas.
Falou-se que era uma definição com “incrível precisão” de nossa diplomacia. Mesmo quem admitiu que a postura do governo brasileiro diante dos ataques do Exército Israelense a Gaza podia estar certa, justificou o “anão diplomático” porque o Itamaraty carece “de credibilidade mesmo quando faz declarações corretas.”

O telefonema de Riulin mostra com precisão realmente incrível o ridículo dessa reação. Para azar de quem levou o “anão diplomático” a sério, a atitude do presidente de Israel deixa claro que era uma definição menor, de um funcionário sem qualificação para emitir conceitos em nome do governo, alguma coisa que se poderia chamar de “gafe” — o que torna ainda mais curioso que tenha sido aceita e divulgada com tanta facilidade.
Riulin deixou claro pelo gesto que o Brasil está longe de desempenhar um papel desprezível na diplomacia do século XXI, para infelicidade daqueles que enxergam o mundo pelo olhar da inferioridade e da submissão.

Mais realistas do que o Rei a quem pretendem servir — estou falando da direita republicana dos EUA, que sustenta Israel de qualquer maneira –, procurando qualquer pretexto para bater no governo Dilma, eles se alinharam com Yigal Palmor, que fala em nome do chanceler Avigdor Lieberman, a mais acabada expressão do fascismo na política israelense.

Principal adversário de toda iniciativa de paz, Lieberman defende a manutenção e ampliação de assentamentos em territórios palestinos. Sustenta uma política de discriminação em relação a população árabe que reside em Israel. Chegou a apresentar um projeto pelo qual ela só teria direito a voto, por exemplo, se fizesse um “juramento de lealdade” ao estado judeu.

Foi desse mundo obscuro, vergonhoso e inaceitável, sem o menor compromisso com a democracia nem com a soberania dos povos, que veio o termo “anão”.

Não é surpreendente que ele tenha sido abraçado por aliados da oposição, capazes de afagar até adversários externos que — mesmo se estivessem corretos em seu ponto de vista — não tinham o direito de faltar com consideração por autoridades legitimamente autorizadas a falar em nome do povo brasileiro. O desrespeito e a agressividade são chocantes, mas não chegam a ser novidade neste repertório.
Fazem parte da tentativa de desmoralizar adversários que não se consegue derrotar democraticamente. Tenta-se corroer sua legitimidade ao partilhar um tratamento grosseiro, chulo, que, a seus olhos, tem mais valor porque vem do estrangeiro.

Convém não esquecer que, há quatro anos, esse mesmo pessoal alinhou-se aos mesmos senhores externos condenar Luiz Inácio Lula da Silva em sua tentativa de construir um acordo de paz com o Irã de Mahmoud Ahmadinejad.
A viagem de Lula havia sido autorizada e até certo ponto estimulada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que enfrenta tensões com a atual política de Israel, tão radical e extrema que pode tornar-se prejudicial aos interesses norte-americanos.
Mesmo assim, os vira-latas não perdoaram.



Aécio que não pagou sequer o Piso Nacional aos Professores diz no JN que educação de Minas é melhor do país

agosto 12, 2014 7:28, por Desconocido - 0no comments yet

Não há um único dado de verdade na entrevista de Aécio Neves ao Jornal Nacional. Nenhum.

Impressiona como ele mente descaradamente e várias de suas mentiras  poderiam ser desmascaradas com uma simples consulta a dados disponíveis

Na ‘sabatina’ ensaiada pelo JN, Aécio Neves insiste em falar em inflação quando o IPC é o menor em 4 anos e em nenhum momento foi confrontado por Bonner ou Patrícia Poeta. Ah! se a Globo fizesse jornalismo…
Aécio diz  que uma “professora da USP” (sem nome e sobrenome), afirmou que Aécio não tem nada a ensinar sobre saúde pública! Estamos falando dos mesmos tucanos que sequer repassaram dinheiro recebido pelo Ministério da Saúde à Santa Casa? Estamos falando do mesmos tucanos que sucatearam a maior universidade pública do país e que está em greve há meses?
A cara de pau de Aécio Neves e o não Jornalismo Global espantam. Qualquer blogueiro mediano fatiava a conversa mole de Aécio retrucando-o ponto por ponto.
Sobre educação então, faço questão de destacar a mentira absurda dita pelo candidato em horário nobre sobre educação. Primeiro ele diz que o Prouni foi criado no estado de Goiás, o mesmo estado de Perillo e seu fiel escudeiro Demóstenes Torres, senador do DEM que antes de ser cassado devido ao escândalo de sua estreita parceria com o bicheiro Cachoeira entrou no STF contra o PROUNI! Como se a cara de pau fosse pouca afirma Aécio: 

“Minas tem hoje a melhor educação fundamental do Brasil, mesmo sendo um estado heterogêneo, e não sendo o mais rico dos estados brasileiros.”

Com a palavra os professores de Minas Gerais:

Querem calar os educadores mineiros

Por: Beatriz Cerqueira*

Desde 2008, os trabalhadores em educação da rede estadual lutam pelo pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional. Mas, a luta vai além da questão salarial. Em todas as pautas de reivindicações demandas de acesso, permanência e qualidade da educação foram apresentadas ao governo mineiro.

Desde que o modelo do choque de gestão foi feito no Estado, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) acompanhou as políticas públicas da educação (ou a sua ausência), os programas de governo e os indicadores de qualidade. Estudos feitos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), relatórios do Tribunal de Contas do Estado, e mesmo as publicações oficiais do governo denunciam uma realidade diferente das peças publicitárias veiculadas no Estado.

Há anos, o Sindicato denuncia as precárias condições de trabalho do professor e dos educadores em Minas Gerais, a falta de estrutura física das escolas, a falta de vagas na educação básica, a destruição da profissão docente no Estado. Em 2014, o comportamento da entidade não foi diferente. Apresentou a pauta de reivindicações com demandas relacionadas à educação de qualidade, acesso e permanência na escola.

O governo estadual, a exemplo de anos anteriores, ignorou os problemas das escolas estaduais e seus educadores. Também, a exemplo de anos anteriores, o Sind-UTE/MG denunciou os problemas. Mas a denúncia da realidade, que não cita nenhum nome de candidato, incomodou a coligação encabeçada pelo PSDB que, em dois dias, já tentou impedir, por três vezes, a veiculação da campanha de informação da realidade das escolas estaduais. A tentativa de censurar os trabalhadores em educação demonstra a forma como fomos tratados nos últimos anos: a mordaça como pedagogia do medo enquanto se destrói a escola pública mineira.
Na campanha de informação, conforme divulgamos a seguir, não falamos nenhuma novidade.

Acompanhe o que o governo de Minas fez contra a educação mineira

• Não dá autonomia para os professores avaliarem o processo de aprendizagem dos alunos, impondo a aprovação automática.

• Manipula as informações sobre qualidade da educação, divulgando apenas o Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (IDEB). Outros indicadores que apontam os problemas não são repassados à população.

• O programa Fica Vivo não diminuiu a violência. A taxa de homicídio em Minas aumentou 80% de 2001 a 2011. Nossos jovens estão morrendo!

• Os programas do Governo são apenas para propaganda, não atingem a maioria dos municípios mineiros. O Poupança Jovem, por exemplo, atende apenas nove municípios.

• Faltam 1.010.491 de vagas no Ensino Médio.

• Somente 35% das crianças mineiras conseguem vaga na Educação Infantil.

• Não tem nenhuma política preventiva sobre violência nas escolas. Professores são agredidos, alunos assassinados e nada é feito.

• Não paga o Piso Salarial Profissional Nacional aos profissionais do Magistério, conforme determinado pela Lei Federal 11.738/08 e decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

• Efetivou, sem concurso, mais de 98 mil servidores, colocando estas pessoas numa situação de fragilidade jurídica.

• Congelou a carreira de todos os trabalhadores em educação até dezembro de 2015.

• Não cumpre acordos que assina.

• Acabou com o Fundo de Previdência dos Servidores Estaduais (Funpemg), que já tinha capitalizado mais de R$3 bilhões para aposentadoria dos servidores.

Mas parece que o que incomodou foi a possibilidade da população ser lembrada sobre os problemas da escola, durante o período eleitoral. Qual o medo? Vamos fazer o debate público sobre a realidade da educação mineira? Porque a censura é o instrumento de uma ditadura, não de um Estado democrático.
Quem quer ser gestor tem que aprender a conviver com quem pensa diferente.

*Professora Beatriz Cerqueira
Coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG)



A escandalosa desigualdade da cobertura do Jornal Nacional entre os candidatos à presidência da República

agosto 11, 2014 15:50, por Desconocido - 0no comments yet

Ao analisarmos as coberturas do JN percebemos o quão a mídia bandida tem uma prática uníssona, em nada difere da cobertura da Veja, O Globo, Estadão, Folha. Em todos os gráficos a cobertura é escandalosamente partidarizada e pró tucanos.

Quando o foco da cobertura são os partidos políticos entendemos a irracionalidade de muitos em relação ao Partido dos Trabalhadores, é uma verdadeira campanha de criminalização do PT. Sem democratização das comunicações, esses filhotes da Ditadura continuarão a pôr em risco à democracia para defesa de seus interesses escusos.

Jornal Nacional

Via Manchetômetro

10/08/2014

Nesta página encontram-se os gráficos que representam a cobertura do jornal Nacional, tanto a análise de valências como os enquadramentos dos temas economia e política. A base de dados cobre todo o ano de 2014. A metodologia empregada aqui é similar à da análise dos jornais impressos. A diferença reside na adição do fator tempo no cálculo das valências. Isto é, o que temos nas colunas é a agregação do tempo das notícias nas categorias favorável, contrário e neutro. Estes gráficos são atualizados diariamente.

Candidatos

No gráfico abaixo temos o cômputo agregado (total), até o dia de hoje, do tempo das notícias favoráveis, contrárias e neutras no Jornal Nacional, para cada candidato. Este gráfico é atualizado diariamente.

Candidatos: cobertura antes do início do período eleitoral

No gráfico abaixo temos o cômputo do tempo das notícias favoráveis, contrárias e neutras no Jornal Nacional, para cada candidato, no período que vai de 1 de janeiro de 2014 a 5 de julho, um dia antes do começo do período oficial de campanha, como estabelecido pelo TSE.

Candidatos: cobertura depois do início do período eleitoral

No gráfico abaixo temos o cômputo do tempo das notícias favoráveis, contrárias e neutras no Jornal Nacional, para cada candidato, no período que vai de 6 de julho, dia do começo do período oficial de campanha, como estabelecido pelo TSE, até o dia de hoje. Este gráfico é atualizado diariamente.

Candidatos: série temporal

No gráfico abaixo temos o cômputo do tempo das notícias contrárias no Jornal Nacional ao longo do ano de 2014, dividido em meses. Este gráfico é atualizado diariamente.

Partidos

No gráfico abaixo temos o cômputo agregado (total), até o dia de hoje, do tempo das notícias favoráveis, contrárias e neutras no Jornal Nacional, para cada partido. Este gráfico é atualizado diariamente.

Governo Federal

No gráfico abaixo temos o cômputo agregado (total), até o dia de hoje, do tempo das notícias favoráveis, contrárias e neutras no Jornal Nacional, para o Governo Federal. Este gráfico é atualizado diariamente.

Enquadramento da política

No gráfico abaixo temos o cômputo agregado (total), até o dia de hoje, do tempo das notícias positivas, negativas e neutras no Jornal Nacional sobre instituições políticas (partidos, congresso, executivo, etc.), agências, empresas e políticas públicas, e personalidades políticas brasileiras. Este gráfico é atualizado diariamente.

Enquadramento da economia

No gráfico abaixo temos o cômputo agregado (total), até o dia de hoje, do tempo das notícias positivas, negativas e neutras no Jornal Nacional sobre economia. Este gráfico é atualizado diariamente.



Governos Lula e Dilma melhoraram a vida dos trabalhadores, a Tercerização põe em risco esses ganhos, fiquem de olho no STF

agosto 11, 2014 10:55, por Desconocido - 0no comments yet

Os governos Lula e Dilma de acordo com Antônio Augusto Queiroz, diretor de Documentação do Diap, foram governos que melhoraram em todos os aspectos a vida do trabalhador: mesmo em um contexto de crise internacional: aumentaram renda e geraram milhões de emprego, investiram na seguridade social dos menos assistidos e recuperaram direitos subtraídos ou ampliaram os direitos dos trabalhadores.

De acordo com Queiroz: “As iniciativas políticas e opções governamentais nos campos econômico e políticos, apesar da crise internacional, priorizaram a geração de emprego e renda do trabalhador, a partir do fortalecimento do mercado interno, da recuperação do Estado como indutor do desenvolvimento e das legislações trabalhistas e previdenciária.” E prossegue: “Em relação aos direitos trabalhistas, sindicais e previdenciários os avanços são igualmente inegáveis. De janeiro ade 2011 a maio de 2014 foram transformadas em normas jurídicas pelo menos quatorze proposições, seja recuperando direitos suprimidos nos governos anteriores ao presidente Lula, seja acrescentando novos, enquanto no governo Lula foram nove nosmas legais.”
Seguem nas imagens abaixo as referidas leis:

Para assegurar esses ganhos os trabalhadores organizados devem ficar atentos. Em artigo publicado no Valor Econômico, dia 08 de agosto, o Procurador-Geral do Trabalho, Luís Camargo, e do Procurador do Trabalho Helder Amorim, abordam a a questão da terceirização e a repercussão geral no STF.

Degeneração dos direitos trabalhistas

Luís Camargo e Helder Amorim, no Valor Econômico

O recurso extraordinário empresarial que questiona a Súmula nº 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), no ponto em que nega validade aos contratos de terceirização na atividade-fim da empresa, leva para o Supremo Tribunal Federal (STF) o tema de mais acirrada disputa política do mundo do trabalho na atualidade.

Há mais de uma década se arrasta no Congresso Nacional o PL nº 4.330, de 2004, por meio do qual a bancada patronal pretende liberar a terceirização em todas as atividades empresariais, e não apenas na atividade-meio, como atualmente admite a jurisprudência trabalhista. O polêmico projeto tem sido repudiado pela classe trabalhadora, com razão.

Por trás do mecanismo de caráter gerencial, a terceirização promove a degeneração insidiosa dos direitos dos trabalhadores, primeiramente, ao excluir o trabalhador terceirizado de sua “verdadeira” categoria profissional, enfraquecendo seu poder de negociação coletiva e privando-lhe de usufruir das convenções e acordos coletivos das empresas que se beneficiam do seu trabalho.

As empresas reivindicam o direito de uso exclusivo de terceirização, cooptando mão de obra a baixo custo

A lógica de mercado que rege os contratos de terceirização enseja empregos terceirizados precários e transitórios, com intensa redução remuneratória e de benefícios sociais. Em pesquisa sobre o processo de terceirização no Brasil (A superterceirização dos contratos de trabalho – 1985/2005), o economista e pesquisador Márcio Pochmann constatou que a principal motivação da terceirização “tem sido, em geral, a busca da redução do custo do trabalho como mecanismo de maior competitividade”.

Em pesquisa mais recente (Sindeepres, trajetória da terceirização – 1985/2010), Pochmann constata que “apesar da elevação do salário médio dos terceirizados, desde a década de 1980, ele não representou mais do que 50% do valor estimado do salário médio real dos trabalhadores em geral”. A mesma pesquisa demonstra que os trabalhadores terceirizados estão submetidos a maior rotatividade, com tempo médio de permanência no emprego em torno de um ano e meio de contratação.

Sob a lei de livre mercado, a prática também promove a redução de medidas de proteção à saúde e à segurança dos trabalhadores terceirizados. Dados divulgados pelo Dieese (Terceirização e Desenvolvimento, uma conta que não fecha) demonstram que a maioria dos acidentes de trabalho ocorridos no país vitima trabalhadores terceirizados. No setor de geração e distribuição de energia elétrica, por exemplo, entre os anos de 2006 e 2008, morreram no país 239 trabalhadores vitimados por acidentes de trabalho, dentre os quais 193 (ou seja, 80,7%) eram trabalhadores terceirizados (Terceirização e morte no trabalho).

Em 1993, as empresas conquistaram no TST, com a Súmula 331, o reconhecimento da legalidade da terceirização na atividade-meio, ao argumento de que o novo modelo de empresa flexível precisava focalizar seus recursos e energias no exercício do seu “core business”, sua atividade-fim. Desde então, os órgãos de fiscalização do trabalho vêm atuando para que as empresas, em sua atividade-fim, empreguem diretamente o trabalhador, com máxima proteção social.

Ao definir o objetivo social do seu empreendimento, o empresário exerce plena liberdade de escolha de sua atividade econômica, mas assume por isso uma função social, um compromisso constitucional comunitário de promover trabalho com dignidade, contratando seus próprios empregados (art. 7º, I, da Constituição), pelo menos, para a realização de sua atividade-fim.

Agora, o que as empresas reivindicam no STF é a terceirização da própria atividade-fim, ao argumento da irrestrita liberdade de contratar. Em outros termos, reivindicam o direito de explorar atividade econômica sem contratação de empregados, com uso exclusivo da terceirização, cooptando mão de obra a baixo custo e sob as condições precárias já referidas.

Pretensão dessa natureza funda-se numa visão ultraliberal de livre-iniciativa, que almeja o lucro como fim último da atividade econômica, em prejuízo da valorização do trabalho humano e da função social da empresa. Busca-se o reconhecimento de uma liberdade econômica antissocial, uma versão contemporânea do livre-mercado de mão de obra, predatória do próprio sistema capitalista, porque, ao reduzir o trabalho à condição de mercadoria, desconstrói o pacto constitucional compromissório entre o capital e o trabalho, hoje sintetizado na interpretação da Súmula 331 do TST.

Essa visão unilateral de liberdade não encontra amparo no projeto de sociedade brasileira, previsto na Constituição de 1988, ciosa em assegurar direitos fundamentais aos trabalhadores (arts. 7 a 11), como veículos de afirmação dos valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa (art. 1º, IV).

O Ministério Público do Trabalho tem plena confiança de que o Supremo Tribunal Federal apreenderá a exata dimensão social desse conflito e oferecerá solução comprometida com a unidade proporcional de todos os interesses constitucionais envolvidos, reservando ao trabalhador brasileiro o respeito e a dignidade que a Constituição cidadã lhe destina.

Helder Santos Amorim e Luís Camargo são, respectivamente, procurador do Trabalho em Minas Gerais e procurador-geral do Trabalho e professor no Centro Universitário Iesb, em Brasília.