Aos jogadores e ao povo, nossa saudação, aos chacais tucanos e à mídia tucana, nosso desprezo
julio 9, 2014 7:34 - no comments yetO PCO me representa. Segue texto sugerido por Perci Marrara
Brasil e Alemanha: “Eles” conseguiram… e agora?
Por Rui Costa Pimenta, via PCO
08/07/2014
A derrota esmagadora da seleção brasileira aconteceu muito tempo antes deste fatídico 8 de julho no Mineirão.
Foi preparada pela direita nacional organizada pelo imperialismo, pelos monopólios capitalistas do esporte, pela imprensa “nacional” (vendida para o capital estrangeiro) e, inclusive pela esquerda pequeno-burguesa que trabalha a serviço da direita como o Psol, o PSTU e outros grupos menores do mesmo quilate.
Acuaram os brasileiros para não torcer pelo Brasil, buscaram de todos os meios desestabilizar o time brasileiro.
A seleção foi derrotada pela política, mais precisamente pela pressão política.
Os jogadores brasileiros, todos muito jovens, provavelmente a seleção mais jovem que o Brasil já teve fez o que pode, não pode ser culpada de nada. Foi perseguida pela imprensa, caçada em campo, teve que lutar contra os juízes e todas as tramoias obscuras e não conseguiu. Tiraram da Copa o seu melhor jogador com o apoio cínico da imprensa. Desarticularam o time e a seleção verdeamarela lutou como pode até o gol de honra contra a Alemanha no final do jogo. São o retrato do povo brasileiro e da classe trabalhadora da qual vieram: são grandes jogadores, lutaram muito contra tudo e contra todos e foram esmagados e humilhados.
O povo brasileiro que torceu pela seleção brasileira com todo o coração está sofrendo desta mesma humilhação.
Há os chacais, como a direita, que quer agora tirar proveito desta humilhação e desmoralização. Há os pequeno-burgueses de esquerda e de direita que vão festejar a tristeza do povo e a sua humilhação. É o seu ofício, por isso, merecem o justo desprezo do povo. O ódio é reservado à burguesia.
As apostas foram feitas. O jogo bruto de sempre, dentro e fora do campo, atropelou o Brasil, seu futebol e seu povo. Os que esperam ganhar têm que aguardar a reação real do povo a toda a operação política que conduziu o Brasil e seu futebol a um desastre ainda maior do que o de 1950 no Maracanã.
Aos jogadores e ao povo, nossa saudação.
Leia também
Malandragem? Fale por você, senador Álvaro Dias
julio 9, 2014 6:09 - no comments yetEste texto apócrifo (ver imagem abaixo) espalhado nas redes pelo reacionário Álvaro Dias, senador tucano pelo Paraná, talvez tenha sido o texto mais sem noção escrito nos últimos tempos. Mas Pablo Villaça matou a charada: este texto apócrifo (os covardes nunca assinam seus textos) estava escrito há muito tempo, desde antes da Copa. É o texto da turma do “a copa vai ser um caos, não vai funcionar os aeroportos” e blá. blá, blá. Por isso as mesmas palavras-chaves foram usadas na abertura do Jornal Nacional e na CBN.
Texto preconceituoso, datado, com a visão das elites vira-latas sobre o povo brasileiro. A mesma visão que Álvaro Dias espalha cotidianamente na rede e que disse com todas as letras na TV Cultura, antes pública, e hoje cooptada pelo que tem de mais reacionário no país.
O Senador que malandramente adulterou uma charge do cartunista Bira Dantas para dizer exatamente o contrário que a imagem original comunicava e que foi desmascarado pelo chargista nas redes, tem a cara de pau de chamar o povo brasileiro de malandro.
Texto que trata o povo brasileiro com desdém, texto que poderia ter sido escrito por qualquer racista do século XIX, ainda mais porque faz a comparação mais estereotipada entre arianos (os alemães) “superiores” e os mestiços (o povo brasileiro) “malandros”. Um texto lamentável, como é lamentável o modo de fazer política de um partido cada dia mais reacionário e sem projeto político que reduz seu discurso e sua prática a atacar os avanços sociais do país.
Pablo Villaça, mineiro, cineasta, blogueiro, torcedor, que ontem estava mais inspirado do que de costume e num único post em sua página recebeu mais de 100 mil curtidas, fora compartilhado por mais de 40 mil pessoas, comentado por outras cinco mil pessoas, afora as respostas internas aos comentários com um alcance de quase 4 milhões de pessoas no referido post, teve paciência para dissecar a lógica perversa deste texto preconceituoso. É esse o texto que trago para cá que nos ajuda a compreender o oportunismo barato de Álvaro Dias e de sua trupe.
Por Pablo Villaça em seu Facebook
08/07/2014
Vamos lá: último postzinho sobre o jogo e suas absurdas repercussões – e tentando falar de forma clara. Em primeiro lugar, a reação de muitos aqui no Facebook não foi de todo surpreendente, já que o perfil neste espaço tende a ser mais conservador do que no Twitter, por exemplo. Observo isso todos os dias: comentários idênticos feitos lá e aqui são recebidos com apoio no Twitter e repúdio no Facebook e vice-versa.
Não, o que me espanta, de fato, é perceber um salto tão súbito na atitude de tanta gente. Pessoas que às 17h cantavam o hino e diziam ser brasileiras “com muito orgulho e muito amor”, que se mostravam orgulhosas da organização da Copa (que mostrou ao mundo inteiro nossa capacidade de sediar um evento deste porte), que balançavam bandeiras e celebravam o país e que, menos de DUAS HORAS DEPOIS surgiam queimando estas mesmas bandeiras enquanto afirmavam que era por vergonha da Educação, da Saúde, etc, etc.O viralatismo surgiu com força em um texto medíocre, com toda pinta de ter sido escrito há muito tempo e estar apenas à espera de uma derrota, no qual o autor anônimo (e que foi compartilhado por um senador tucano) dizia que havíamos testemunhado a derrota da “malandragem” diante da “competência”. E que isto deveria ser uma lição para um país no qual a “malandragem” impera tanto que não é nem preciso “estudar para ser presidente”.
Vamos separar as coisas: a SELEÇÃO brasileira perdeu. E feio. De forma vergonhosa. Houve, sim, despreparo. Até certa negligência. Mas estes meninos não são vilões – e nem mesmo Felipão ou Parreira são. Fracassaram. E envergonharam o país, mas não são vilões. Não merecem “repúdio”. E, acreditem, já estão se penalizando mais do que podemos imaginar. Dormirão hoje (se dormirem) com dor no peito e terão pesadelos – dos quais não acordarão pela manhã, que trará a consciência de que, sim, tudo aquilo aconteceu. Dito isso, compreendo a dor e a revolta COMO TORCEDOR.
Mas como “brasileiro”? Ora, que revolta súbita é esta pela “Educação” que esperou convenientemente uma derrota da seleção para se manifestar? E é sério que querem usar como exemplo a Alemanha – onde o índice de analfabetismo é DEZ PORCENTO e, portanto, bem maior que o do Brasil? (Até entendo: aprender aquela língua deve ser terrível!)
Ora, o Brasil acabou de aprovar uma medida para investir nada menos do que DEZ POR CENTO do nosso PIB apenas em Educação! Apenas QUATRO outros países no mundo inteiro investem tanto – e nenhum tão grande quanto o Brasil.
E fora dos campos, o Brasil VENCEU a Copa. A imprensa internacional é unânime em dizer que esta é a melhor de toda a História – e as matérias não se limitam a falar dos jogos, mas da infra-estrutura, dos estádios, dos aeroportos que funcionaram (uma média de atrasos de 7,5% quando até 15% são considerados aceitáveis pela aviação em todo o mundo), da hospitalidade desse povo maravilhoso que se apaixonou pelas visitantes e inspirou a paixão destes.
A Copa foi tão bem sucedida que o próprio Aécio Neves, candidato da oposição, manifestou receio de que ela ajudasse a presidente nas eleições – e é justamente por isso que não fiquei surpreso ao perceber que Alvaro Dias, senador tucano, compartilhou o tal texto sobre nossa “malandragem”.
“MALANDRAGEM”? Fale por você, senador.
O Brasil não é perfeito e o governo federal tampouco. Mas não se esqueça de que o tal cara que foi eleito presidente “sem ter estudado” deixou o posto como o governante com a maior aprovação da História desse país. E que sua substituta gozava de igual aprovação até as manifestações de junho passado, que foram disparadas por um aumento nas passagens de ônibus que – vale lembrar – contavam com um SUBSÍDIO do governo federal para que não fossem tão elevadas e que mesmo assim, por ganância das empresas, foram reajustadas.
Mas paro por aqui, pois sei que, nos dias de hoje, ninguém lê texto extenso ou que contenha dados que possam ser confirmados no Google. O texto que ganha compartilhamentos no Facebook e no Whatsapp é aquele curtinho, com ofensas e acusações sem prova e uma frase de efeito que, mesmo reduzindo o próprio leitor ao posto de “malandro”, é passado adiante pelo choque artificial que provoca.
Assim, publico este texto para mim mesmo. Como um lembrete de que, vergonhosos 7 a 1 à parte, essa Copa FOI DO CARALHO. AINDA ESTÁ SENDO.
E é um imenso motivo de orgulho para todos os brasileiros diante de todo o mundo. Mesmo para aqueles que, num impulso tolo e inexplicável, decidiram queimar a bandeira da pátria que lhe trouxe esse presente da Copa.
Polícia brasileira faz o que as polícias da França, Alemanha, Japão e África do Sul não fizeram: desbaratar quadrilha da Fifa
julio 8, 2014 10:47 - no comments yetAtualização. Há leitores que comentaram afirmando que toda a operação é da Polícia Civil do Rio de Janeiro, no entanto, li em alguns jornais que a prisão foi executada pela polícia civil, mas a Operação Jules Rimet que desbaratou a quadrilha é da PF. De todo modo, parabéns à polícia brasileira pelo feito que as demais polícias francesa, alemã, japonesa e sul africana não conseguiram sucesso.
____________
Post original
Uma notícia fantástica como esta, que é sim para nos deixar orgulhosos e ver mudanças expressivas no país, recebe da esquerda que acha que o PT é igual ao PSDB não apenas descaso, mas uma insistência em não reconhecer que o trabalho da PF, que pôde se tornar uma polícia republicana a partir do governo Lula, uma insistência em tratar isso como algo sem importância.
Ô moçada, tem limite para a cegueira partidária, e depois vocês acusam todos que conseguem enxergar mudanças como “governistas reacionários aliados de Sarney”. Fatos, não desprezem os fatos, já é um bom caminho.
Do Caio Leonardo:
#Prestenção: “A polícia da Alemanha nada fez. A polícia do Japão nada fez. A polícia da Coreia do Sul nada fez. A polícia da África do Sul nada fez. Quem desbaratou a quadrilha de venda de ingressos que operava há quatro Copas do Mundo foi a polícia federal brasileira. A mesma PF que vem desbaratando esquemas de corrupção em série desde 2002, quando finalmente recebeu recursos e liberdade para operar. Parabéns, Polícia Federal do Brasil.”
A prisão no Copacabana Palace de Raymond Whelan, diretor da Match, o braço da Fifa para venda de ingressos, é mais um dos gols que a polícia [federal] brasileira faz nesta velha prática da transnacional do futebol e um legado inestimável nesta Copa brasileira.
Se já não bastassem todos os escândalos recentes que mancharam indelevelmente a imagem da Fifa, a implosão de seu esquema de câmbio negro — que, posso afirmar sem nenhuma dúvida, funciona, no mínimo, desde 1998, na França, com ramificações, inclusive, nos “terceirizados” da CBF, que funcionam da mesma maneira –, fere definitivamente a instituição.
Whelan, que tem fortes relações com a cúpula do COL, certamente é apenas mais um testa de ferro dos poderosos e quanto mais fundo a polícia for mais gente graduada encontrará.
Não nos esqueçamos que um sobrinho de Joseph Blatter está ligado, de uma forma ou de outra, à Match.
Se a Fifa se vingará em campo do Brasil com seus apitadores dissimulados e seus apitos amestrados é algo que deveremos observar atentamente já a partir de amanhã.
Como será interessante observar se a rede montada pelo cartola brasileiro docemente exilado pelo mundo afora também será desbaratada.
Aí, será uma goleada, a revanche justa para tantos “pontapés no traseiro brasileiro”.
Importante: a Match estava em contato com o Rio-16 para o projeto de hospitalidade da Olimpíada.
Uma das empresas investigadas pela polícia, a Jet Set Sports, parceira da Match, é também parceira da Tamoyo Turismo, há muitos anos “a agência do olimpismo brasileiro”.
No Pan-2007, no Rio, ainda sob o nome de Byron, não Match como a empresa passou a ser chamada, essa mesma turma prestou seus serviços de hospitalidade.
PF brasileira faz o que as polícias da França, Alemanha, Japão e África do Sul não fizeram: desbaratar quadrilha da Fifa
julio 8, 2014 10:47 - no comments yetUma notícia fantástica como esta, que é sim para nos deixar orgulhosos e ver mudanças expressivas no país, recebe da esquerda que acha que o PT é igual ao PSDB não apenas descaso, mas uma insistência em não reconhecer que o trabalho da PF, que pôde se tornar uma polícia republicana a partir do governo Lula, uma insistência em tratar isso como algo sem importância.
Ô moçada, tem limite para a cegueira partidária, e depois vocês acusam todos que conseguem enxergar mudanças como “governistas reacionários aliados de Sarney”. Fatos, não desprezem os fatos, já é um bom caminho.
Do Caio Leonardo:
#Prestenção: “A polícia da Alemanha nada fez. A polícia do Japão nada fez. A polícia da Coreia do Sul nada fez. A polícia da África do Sul nada fez. Quem desbaratou a quadrilha de venda de ingressos que operava há quatro Copas do Mundo foi a polícia federal brasileira. A mesma PF que vem desbaratando esquemas de corrupção em série desde 2002, quando finalmente recebeu recursos e liberdade para operar. Parabéns, Polícia Federal do Brasil.”
A prisão no Copacabana Palace de Raymond Whelan, diretor da Match, o braço da Fifa para venda de ingressos, é mais um dos gols que a polícia [federal] brasileira faz nesta velha prática da transnacional do futebol e um legado inestimável nesta Copa brasileira.
Se já não bastassem todos os escândalos recentes que mancharam indelevelmente a imagem da Fifa, a implosão de seu esquema de câmbio negro — que, posso afirmar sem nenhuma dúvida, funciona, no mínimo, desde 1998, na França, com ramificações, inclusive, nos “terceirizados” da CBF, que funcionam da mesma maneira –, fere definitivamente a instituição.
Whelan, que tem fortes relações com a cúpula do COL, certamente é apenas mais um testa de ferro dos poderosos e quanto mais fundo a polícia for mais gente graduada encontrará.
Não nos esqueçamos que um sobrinho de Joseph Blatter está ligado, de uma forma ou de outra, à Match.
Se a Fifa se vingará em campo do Brasil com seus apitadores dissimulados e seus apitos amestrados é algo que deveremos observar atentamente já a partir de amanhã.
Como será interessante observar se a rede montada pelo cartola brasileiro docemente exilado pelo mundo afora também será desbaratada.
Aí, será uma goleada, a revanche justa para tantos “pontapés no traseiro brasileiro”.
Importante: a Match estava em contato com o Rio-16 para o projeto de hospitalidade da Olimpíada.
Uma das empresas investigadas pela polícia, a Jet Set Sports, parceira da Match, é também parceira da Tamoyo Turismo, há muitos anos “a agência do olimpismo brasileiro”.
No Pan-2007, no Rio, ainda sob o nome de Byron, não Match como a empresa passou a ser chamada, essa mesma turma prestou seus serviços de hospitalidade.
Vagão feminino: Guilhotina ou aspirina?
julio 7, 2014 14:16 - no comments yetGuilhotina ou aspirina?
Por Yuossef Igor
07/07/2014
Nota do Maria Frô: A charge é ruim, alguns lêem como um vagão de gays. Não foi essa a leitura que fiz, porque isso iria reforçar outro estereótipo e ainda por cima seria uma charge homofóbica. A leitura que faço é a da violência, do poder masculino sobre outros homens, como homens que estrupam homens na cadeia, ou como homens que estrupam homens na guerra.
Aprovada a criação de uma vagões exclusivos para mulheres, resta uma pergunta e alguns apontamentos, é o oprimido a principal razão para o livre exercício do opressor?
Acredito que se ainda não alcançamos o limite da barbárie patriarcal, estamos bem próximos e não estou falando do Oriente Médio apenas, mas principalmente do mundo ocidental e cristão, instituímos a culpa, culpabilizamos as vítimas e deixamos à margem as medidas coerentes, o problema é da mulher – é o que se pode entreouvir em cada:
”Essa é para casar, essa é para transar”
”Fulana parece um homem”
”Mas o que ela queria saindo vestida assim e sozinha?”Esquecemos o óbvio, descartamos o necessário e urgente. Vagão feminino não resolverá os milhares de estupros que acontecem todos os dias, não calará a sanha de alguns monstros paridos por nossa cultura latina e machista, que ainda entende a mulher como propriedade, a baba dos homens adultos infantilizados pela sociedade de consumo e cuidadora da prole – crescei e multiplicai-vos, parece que é isso nao é?
Mas então que fazer?
Educação bastaria?
Policiamento ostensivo e um sistema eficiente de prevenção e repressão a crimes contra a mulher?
Nascemos errados, fomos criados de maneira equivocada e opressora, a cultura da culpa e a política do medo nos batizou como bestas da floresta, mas ainda piores, nos predamos de maneira doentia e faz parte do prazer de alguns a prática disso, a negação d@ outr@.
E desde Eva, os mais velhos nos ensinaram que a dor é culpa delas, que a sua suposta fragilidade é o motivo de nossa dominação. Todos os domingos ouvimos na missa, culto, reunião que dentro delas reside o pecado original e por sua causa provamos aquilo que nos condenou a ser o que somos, assim elas são apenas nossas mães, nossas namoradas, nossas mulheres, como se houvesse o diabo de uma lógica paramentada e supostamente divina para se legitimar o apartheid impostos a elas desde o principio da humanidade.
“A mulher é o ‘negro’ do mundo” (Woman is the nigger* of the world), o objeto com feições humanas, aquilo que acreditamos que devemos cuidar e defender, nunca ouvi-las ou cogitar levar em consideração o que dizem, sentem ou pensam.
Em 1954 nos estados do sul dos EUA, haviam bancos reservados para negros nos ônibus, na África do Sul alguns lugares eram vetados a determinados grupos étnicos, hoje até o mais conservador ao pensar nisso sente vergonha da humanidade. A criação de vagões reservados para mulheres é o triunfo da lógica absurda que os nossos tempos gestaram, do retorno ao obscurantismo capaz de criar a ideia de que existem seres humanos de 2º classe.
Vagão feminino como política para coibir os abusos sofridos por nossas companheiras, é tão absurdo quanto recomendar a guilhotina como analgésico, pois segrega a vítima e empodera o opressor, nos divide. Quando o correto seria combater o machismo nosso de cada dia. E como combater? Segregando, separando, tornando a fronteira entre homens e mulheres ainda mais profundas?
Qual o próximo passo, leis sobre o que vestir ou a instituição de lugares nas cidades e no trabalho apenas para elas?
Vagão feminino não combate o machismo, apenas o reafirma.
Camarada Zé
Nota do Maria Frô: Tanto o autor do texto como a blogueira conhecem a carga pejorativa que o termo *nigger carrega e conhecem o contexto da frase polêmica de Yoko Ono. Ela permanece no texto com a referência dada por Lennon à época, citando James Connolly: “o trabalhador do sexo feminino é o escravo do escravo”, sabemos que mesmo entre as mulheres, as trabalhadoras negras estão na base da pirâmide social e sofrem opressão de todos.
Leia também
Enquete machista do IG indigna leitora
É inacreditável! Governo Alckmin estimula em propaganda oficial o assédio às mulheres no metrô