Com a promessa de liderar grandes causas populares, Dilma discursa após ser eleita
27 de Outubro de 2014, 8:42 - sem comentários aindaRIO — “Boa noite. Eu queria cumprimentar a todos aqui, agradecer a cada um de vocês e a cada uma de vocês. Começo saudando o presidente Lula. Dirijo meu agradecimento, a minha saudação ao vice-presidente Michel Temer. Queria cumprimentar também a vice-primeira dama, a nossa querida Marcela, cumprimentar os presidentes dos partidos da minha coligação, Rui Falcão, presidente do PT; Carlos Lupi, presidente do PDT; José Renato Rabelo, presidente do PCdoB; Ciro Nogueira, presidente do PP; Vitor Paulo, presidente, aliás, do PRB; Antonio Carlos Rodrigues, presidente do PR; Gilberto Kassab, presidente do PSD; Eurípedes Jr, presidente do PROS; cumprimento aqui os ministros de Estado, governadores, deputados, senadores, deputados que me honram com sua presença.
Senhoras e senhores, jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas. Senhoras e senhores, meus amigos e minhas amigas. Chegamos, chegamos, um pouquinho de silêncio, porque minha voz se foi. Então, estou aqui usando um restinho de voz, peço que vocês me deem uma força. Meus queridos, minhas amigas e meus amigos. Meus amigos e minhas amigas.
Chegamos ao final de uma disputa eleitoral que mobilizou intensamente todas as forças do nosso país, da Nação. Como vencedora dessas eleições históricas tenho simultaneamente palavras de agradecimento e de conclamação. Agradeço ao meu companheiro de chapa, ao meu parceiro de todas as horas, meu vice Michel Temer. Agradeço aos partidos políticos e sua militância que sustentaram a nossa aliança e foram decisivos para nossa vitória.
Agradeço a cada um e a cada uma dos integrantes dessa militância combativa, que foi a alma, a que foi a força dessa vitória e agradeço sem exceção a todos os brasileiros e brasileiras. Eu faço um agradecimento do fundo do meu coração a um militante, ao militante número um das causas do povo e do Brasil, o presidente Lula.
Conclamo, sem exceção, a todas as brasileiras e todos os brasileiros para nos unirmos em favor do futuro da nossa pátria, do nosso país e de nosso povo.
Não acredito, sinceramente, que essas eleições tenham dividido o país ao meio. Entendo, sim, que elas mobilizaram ideias e emoções às vezes contraditórias, mas unidas por sentimentos comuns: a busca por um futuro melhor para o país.
Em lugar de ampliar divergências, de criar um fosso, tenho forte esperança que a energia mobilizadora tenha preparado um bom terreno para a construção e pontes. O calor liberar no fragor da disputa pode e deve agora ser transformado em energia construtiva de um novo momento no Brasil
Com a força desse sentimento mobilizador, é possível encontrar pontos em comum e construir com eles uma primeira base de entendimento para fazermos o país avançar. Algumas vezes na história, os resultados apertados produziram mudanças mais fortes e rápidas do que as vitórias amplas. É essa a minha esperança. Ou melhor, a minha certeza do que vai ocorrer a partir de agora no Brasil.
Minhas primeiras palavras são de chamamento da base e da união. Nas democracias maduras, união não significa ação monolítica. Pressupõe abertura e disposição para o diálogo.
Essa presidente está disposta ao diálogo, e esse é meu primeiro compromisso no segundo mandato: o diálogo.
Toda eleição tem que ser vista como forma pacífica e segura. Toda eleição é uma forma de mudança. Principalmente para nós que vivemos em uma das maiores democracias do mundo.
Quando uma reeleição se consuma, ela tem que ser entendida como um voto de esperança dada pelo povo na melhoria do governo.
Voto de esperança é o que é uma reeleição. Muito especialmente na melhoria dos atos do que até então vinham governando. Sei que é isso o que o povo diz quando reelege um governante. Quero ser uma presidenta muito melhor do que fui até agora.
Quero ser uma pessoa muito melhor. Esse sentimento de superação não deve apenas impulsionar o governo e a minha pessoa, mas toda a nação.
Algumas palavras e temas dominaram essa campanha. A palavra mais repetida, mais dita, mais falada, mais dominante foi mudança. O tema mais amplamente evocado foi reforma.
Sei que estou sendo reconduzida à Presidência para fazer as grandes mudanças que a sociedade exige.
Aquilo que meu esforço e meu papel alcança pode ter certeza que estou pronta a responder essa convocação. Direi sim a esse sentimento que vem do mais profundo da alma brasileira. Sei das forças e das limitações que tem qualquer presidente. Sei também do poder que cada presidente tem de liderar as grandes causas populares, e eu o farei.
A minha disposição mais profunda é liderar da forma mais pacífica e democrática este momento transformador. Estou disposta a abrir grande espaço de diálogo com todos os setores da sociedade para encontrar as soluções mais rápidas para os nossos problemas.
Meus amigos e minhas amigas, entre as reformas, a primeira e mais importante deve ser a reforma política.
Meu compromisso, como ficou claro durante toda a campanha, é deflagrar essa reforma. Que deve ser realizada por meio de uma consulta popular. Como instrumento dessa consulta, o plebiscito, nós vamos encontrar a força e a legitimidade exigida neste momento de transformação para levarmos à frente a reforma política.
Quero discutir profundamente esse tema com todo o Congresso e toda a sociedade brasileira. Tenho a convicção de que haverá interesses dos setores do Congresso, da sociedade para abrir uma discussão e encaminhar medidas concretas. Quero discutir com todos os movimentos sociais e da sociedade civil.
Conduzir a reforma política não significa que eu não saiba da importância das demais reformas, que também temos a obrigação de promover.
Terei um compromisso rigoroso com o combate à corrupção e com a proposição de mudanças na legislação atual para acabar com a impunidade, que é protetora da corrupção. Ao longo da campanha, anunciei medidas que serão importantes para a sociedade e para o país enfrentarem a corrupção e acabar com a impunidade.
Promoverei ações locais, em especial na economia, para retomar o nosso ritmo de crescimento e para continuar com a garantia de níveis altos de emprego e assegurar os salários. Vamos dar mais impulsos à atividade econômica, em especial o setor industrial.
Quero a parceria de todos os segmentos, os setores, as áreas produtivos e financeiros nessa tarefa, que é responsabilidade de cada um de nós. Seguirei combatendo com rigor a inflação e avançando no terreno da responsabilidade fiscal. Vou estimular o mais rápido possível o diálogo e a parceria com todas as forças produtivas do país. Antes mesmo do início do meu próximo governo, prosseguirei nessa tarefa.
É hora de cada um de nós acreditar no Brasil. Ampliar nosso sentimento de fé em quem nós temos o privilégio de fazer uma sociedade mais próspera e mais justa.
O Brasil, esse nosso querido país, saiu maior nesta disputa. Eu sei da responsabilidade que pesa sobre meus ombros. Vamos continuar a construir um país mais moderno, mais produtivo, um país da solidariedade e das oportunidades.
O Brasil que valoriza o trabalho e a energia empreendedora. O Brasil que cuida das pessoas com olhar especial para as mulheres, os negros e os jovens.
O Brasil que cada vez é mais voltado para a educação, para a cultura, para a ciência e para a inovação. Vamos nos dar as mãos e avançar nesta caminhada que vai nos ajudar a construir o presente e o futuro.
O carinho, o afeto, o amor e o apoio que recebi nesta campanha me dão energia para seguir em frente com muito mais dedicação.
Hoje estou muito mais forte, mais serena e mais madura para a tarefa que vocês me delegaram.
Brasil, mais uma vez, esta filha tua não fugirá da luta. Viva o Brasil. Viva o povo brasileiro.
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O Brasil que come já esqueceu o Brasil faminto de 2001?
26 de Outubro de 2014, 13:33 - sem comentários aindaTodas as vezes que vejo um discurso estúpido sobre o Bolsa Família, como o do senador Álvaro Dias e seus eleitores reacionários amestrados (Bolsa Família Estimula a preguiça),
Ou me lembro do site do PSDB quando publicou um editoral chamando o Bolsa Família de Bolsa Esmola
Lembro-me de uma série de Marcelo Canellas e Lúcio Alves sobre a Fome no Brasil de 2001, exibida no JN, com cenas de alguns das centenas de ‘cemitérios de anjos’, crianças famintas que a fome vitimava antes de completar 5 anos do norte de Minas aos sertão nordestino. As mães iam relatando as idades de seus bebês ceifados pela fome. Num tempo onde “proeza era criança viva” e a morte banalizada.
Hoje o Brasil de Lula e Dilma reduziram a mortalidade infantil em 70%. Não exagero, são dados da ONU.
“O Brasil atingiu a meta assumida no compromisso “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio” de reduzir em dois terços os indicadores de mortalidade de crianças de até cinco anos. O índice, que era de 53,7 mortes por mil nascidos vivos em 1990, passou para 17,7 em 2011. A meta foi atingida antes do prazo estipulado, 2015.”
Mais que isso, de acordo com o representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic, os resultados do Brasil nos recentes relatórios divulgados pela FAO são “exemplares”. O Brasil de Lula e Dilma retiraram nosso país do mapa da fome, pela primeira vez em nossa história:
“Nenhum país no mundo tem diminuído a fome tão rápido quanto o Brasil”, principalmente por conta das políticas sociais implementadas na última década, entre elas a valorização do salário mínimo e da alimentação escolar. “Os programas de alimentação escolar, por exemplo, são fundamentais nesse processo. São mais de 43 milhões de crianças que recebem alimentação todos os dias” lembrou Bojanic, classificando a solução como uma “receita básica” de “combinação entre incentivo à produção e políticas de proteção social”.
De acordo com o representante da FAO no Brasil, trata-se de um “grande esforço que também tem ligação com criar uma demanda específica para produtores de agricultura familiar” gerando o que chamou de “círculos virtuosos”.
Voltemos a 2001: Marcelo Canellas fala da invisibilidade dos famintos nos grotões e nas periferias dos grandes centros:
“O Brasil que come não enxerga o Brasil faminto e aí a fome vira só número, estatística, como se o número não trouxesse junto com ele dramas, histórias, nomes”
Minha pergunta aos brasileiros: continuaremos avançando ou voltaremos a 2001?
A direita reacionária está nas ruas mostrando que tipo de democracia ela quer para o Brasil:
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Dilma Rousseff: ‘Fizemos muito, faremos muito mais’
26 de Outubro de 2014, 9:19 - sem comentários aindaDILMA ROUSSEFF
TENDÊNCIAS/DEBATES
Fizemos muito, faremos muito mais
Quando Lula foi eleito presidente, em 2002, o Brasil estava com uma inflação de 12,5%, tinha taxa de desemprego de 11,7%, reservas de apenas US$ 37 bilhões, dos quais US$ 20 bilhões de um empréstimo do Fundo Monetário Internacional. Ninguém pode negar que o país estava mal, muito mal. Passados 12 anos, ninguém pode negar também que o país melhorou de forma substancial e profunda.
Transformamos o social no eixo estratégico do desenvolvimento, com resultados extraordinários. Realizamos o mais profundo processo de inclusão social dO Brasil colocou o povo no centro das suas políticase nossa história. Com programas inovadores de transferência de renda como o Bolsa Família, com o aumento do salário mínimo em 71% e a geração de mais 21 milhões de empregos, praticamente erradicamos a pobreza extrema e elevamos 42 milhões à condição de classe média.
Esse processo de ascensão social constituiu um amplo mercado interno de massas, estimulando os investimentos e a retomada do crescimento. Diante da crise, ao contrário do que acontecia no passado, mantivemos o emprego e a renda. Hoje, enquanto boa parte do mundo desemprega e reduz salários e direitos, o Brasil tem a menor taxa de desemprego da sua história (4,9%) e continua a avançar na redução da pobreza e das desigualdades.
O resultado desse compromisso social é que o Brasil saiu do Mapa da Fome da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), cumpriu antecipadamente a mano paísior parte do Objetivos do Milênio da ONU e é considerado hoje um exemplo no combate à pobreza e às desigualdades.
Tudo isso foi acompanhado de um importante equilíbrio macroeconômico. Em meu governo, a inflação se manteve dentro do regime de metas. Governamos com responsabilidade fiscal, a dívida pública líquida caiu de 60% do PIB em 2002 para o patamar de 35%. Nossas reservas cambiais estão em torno de US$ 376 bilhões. Eliminamos a histórica vulnerabilidade das contas externas, reduzimos os juros e nos livramos da tutela do FMI. Este é um país muito mais forte, soberano e sólido do que no passado.
Também retomamos os imprescindíveis investimentos em infraestrutura que haviam sido abandonados. Com as obras do PAC, as exitosas concessões de aeroportos, rodovias e ferrovias, o forte apoio dos bancos públicos aos investimentos produtivos e o estabelecimento de novas parcerias público-privadas, semeamos o Brasil de obras vitais para seu futuro.
Mas a grande prioridade estratégica do meu governo é e será a educação. Ela é fundamental para assegurar a competitividade do país e a continuidade dos processos de distribuição da renda. Por isso, triplicamos o orçamento dessa pasta e aprovamos a destinação dos royalties e de parcela do fundo social do pré-sal para a educação. Transformaremos uma riqueza finita, o petróleo, numa riqueza permanente, a educação do nosso povo.
Implantamos um programa inédito de creches, investimos na formação dos professores alfabetizadores, multiplicamos as escolas em tempo integral e implementamos o maior programa de ensino técnico da nossa história: o Pronatec. Expandimos fortemente as escolas técnicas e as universidades federais. Duplicamos as matrículas no ensino superior e abrimos as portas das universidades para os mais precisavam, com o Prouni, o Reuni, as cotas, o Fies e o programa Ciência Sem Fronteiras. Este é um país que tem muito mais futuro.
Tudo isso é somente o começo. Vou avançar ainda mais o combate à corrupção com o fortalecimento das instituições de controle e avanços na legislação para acabar com a impunidade. Vou dar absoluta prioridade à reforma política. Criamos as condições para que o Brasil inicie um novo ciclo de desenvolvimento.
Mudamos o país para que ele possa mudar muito mais. O Brasil, com a ascensão do seu povo, ascende também. Essa é a grande e verdadeira mudança. Agora temos rumo. O Brasil colocou o povo no centro das suas políticas e achou um caminho correto e sólido para percorrer.
DILMA ROUSSEFF, 66, presidente da República, é candidata à reeleição pelo PT
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Evergton Sales Souza: Meu voto, nosso voto
25 de Outubro de 2014, 21:58 - sem comentários aindaPor Evergton Sales Souza*, via Facebook de Durval Muniz
Aprendi, desde cedo, que numa democracia o meu voto não deveria servir a mim mesmo. Ele deveria servir a um universo maior de indivíduos. Maior, por exemplo, do que a categoria à qual pertenço, a de professores universitários. Num país com tantos problemas, também não deveria pensar apenas na defesa dos meus interesses de cidadão de classe média. Meu voto, meu sagrado voto, desde sempre, foi usado em defesa dos que mais precisavam dele, razão pela qual ele não é apenas meu, mas nosso voto.
Venho de uma cidadezinha do semiárido baiano. Passei ali, em Bom Conselho, boa parte da minha infância e toda a adolescência. Sei bem o que era a seca. Vi flagelados famélicos saquearem armazéns do governo em busca de comida. Vi gente mendigando água em carros-pipa. Vi muitos amigos partirem para longe, em busca de trabalho e pão. E tantos outros, pobres lavradores sem terra, obrigados a vender seu trabalho por um prato de comida.
Há alguns anos essa realidade foi alterada. A introdução do bolsa família – sim, aquela bolsa tão duramente criticada pela oposição ao governo Lula – cumpriu um papel fundamental nesta mudança. Há dois anos atrás, o Nordeste da Bahia e boa parte de Sergipe passaram por uma seca terrível. Meu pai, que continua a morar em Bom Conselho, sempre me dava notícias sobre a dureza do tempo, a mortandade do gado, os inevitáveis prejuízos de agricultores e pecuaristas. Mas fazia uma ressalva que podia ser constatada por qualquer um: não havia gente passando fome, não havia êxodo, não havia flagelados! Não faltava água para as pessoas. Fora do tempo de seca, também mudou a vida do lavrador que, dotado de uma renda mínima, não precisa mais se dobrar aos imperativos do estômago e vender sua jornada por um valor abaixo do que seria minimamente justo.
Meu voto, nosso voto, deverá servir a eles, mas também a muitos outros. Aos beneficiários das políticas de cotas, das políticas de expansão do ensino técnico e do ensino universitário. Àqueles que ainda precisam realizar o sonho de ter a sua própria casa. A todos os que desejam e devem ter uma vida melhor. A todos os que almejam um Brasil mais justo.
É voto de quem, como tantos dentre nós, trilhou um longo e improvável caminho até conquistar um lugar ao sol. De quem viveu as dificuldades de uma família pobre para conseguir dar uma formação universitária aos filhos numa capital a 300 km de distância de sua cidade. Mas que não se engana sobre o quanto as políticas de Estado – ensino gratuito, bolsas de estudo etc. – foram importantes para que o sonho virasse realidade.
Meu voto, nosso voto, é o de quem se importa com o outro, de quem compartilha e de quem é solidário. É voto de quem conserva a esperança e convicção de que a política é o lugar do debate e da transformação. Lugar, também, de respeito às opiniões divergentes e de pleno exercício da arte do argumento e do convencimento. Também é voto de quem luta por democracia e pluralidade nos meios de comunicação! De quem apoia e cobra a implementação de políticas inclusivas e de afirmação dos direitos das minorias. De quem não compactua com erros e desvios.
Meu voto, nosso voto, é de quem ama e protesta!Votamos em Dilma!
*Evergton Sales Souza é Historiador (UFBA) e Pesquisador do CNPq
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Sidney Chalhoub: ‘Enquanto Dilma tem história, Aécio só tem berço’
25 de Outubro de 2014, 21:02 - sem comentários aindaNeste depoimento, o historiador Sidney Chalhoub, professor titular da Universidade Estadual de Campinas e um dos maiores especialistas do país sobre temas relacionados ao século XIX, lista os motivos para votarmos em Dilma Rousseff no dia 26 de outubro.
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