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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
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Unesco atesta: em Cuba, Venezuela, Bolívia o analfabetismo foi erradicado

9 de Novembro de 2014, 12:20, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Para os desinformados que só repetem ‘bolivarista, bolivariano’ uma notícia de agosto deste ano, mas que joga luz sobre a estupidez do discurso conservador sobre  os governos progressistas latino-americanos.

O governo boliviano do presidente indígena Evo Morales aplicou o método “Sim, eu posso” desenvolvido por Cuba e que já havia sido usado com sucesso na Venezuela. O resultado? Analfabetismo erradicado na Bolívia em 2008 (reconhecido pela UNESCO em 2014), assim como foi em Cuba há décadas (erradicado em 1961) e assim como foi na Venezuela chavista (em 2005).

Ah! esses bolivarianos que ensinam o povo a ler e escrever, que ‘criminosos’ são estes ‘ditadores comunistas’ e ainda são reconhecidos pela UNESCO! Assim não pode, assim não dá! (Contém ironia).

Da próxima vez que você ver ataques aos governos progressistas da América Latina, desconfie, procure mais informações a respeito, deste modo você não será enganado por uma mídia concentrada e monopolista que ao invés de denunciar as atrocidades do narcogoverno do México quer lhe vender o modelo neoliberal e assassino daquele país como ideal para o nosso país e para demais países latino-americanos.

Com método cubano de educação, Unesco declara Bolívia um país livre do analfabetismo

Da Redação do Brasil de Fato

01/08/2014

 
Reprodução

Governo Evo Morales aplicou o método “Sim, eu posso” desenvolvido por Cuba e que já havia sido usado com sucesso na Venezuela

O vice-ministro da Educação alternativa da Bolívia, Noel Aguirre, declarou na última terça-feira (29) que a Unesco aceitou o relatório enviado pelo governo que aponta que o país está livre do analfabetismo.

“Podemos dizer orgulhosamente que o Estado Plurinacional é um estado livre do analfabetismo”, declarou.

De acordo com Aguirre, o país tem nesse momento um índice de 3,8% de analfabetos, abaixo dos 4% que a ONU declara que um país precisa ter para erradicar o analfabetismo. O ministro apontou que o objetivo do governo é chegar até a população “residual”,  com mais de 60 anos.

Nascido em Cuba, o método “yo si puedo” (sim, eu posso) começou a ser exportado para outras nações a partir de 1999 e já foi utilizado na alfabetização de milhões de pessoas pelo mundo e foi utilizado pelo governo Morales.

O método busca entender as necessidades dos alunos e  todas as peculiaridades do local ultilizando recursos audiovisuais e combinações entre números e letras. Além disso,  tem a vantagem de poder ser durar pouco mais de três meses e de poder ser impantado em locais com pouco estrutura.

No Brasil, o método é aplicado pelo MST em diversos estados, e foi importado pelo governo Lula em 2010.

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Descriminalização do aborto para ser discutido no Senado, apoie esta ideia

8 de Novembro de 2014, 15:18, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Apesar de ilegal, o aborto clandestino é uma prática no país. De acordo com dados do Ministério da Saúde, ao longo de um ano, 1,25 milhão de abortos ilegais são realizados no Brasil.

Muitas são as razões que levam a mulher a interromper uma gravidez, mas há um dado concreto: as mulheres com recursos fazem aborto em clínicas que, embora clandestinas, são assistidas por médicos, enfermeiras e contam com segurança nesse procedimento; as mulheres pobres, em sua maioria negras, correm riscos imensos na prática de aborto clandestino, sem contar com assistência de profissionais da saúde. Por ser uma prática ilegal essas mulheres não podem recorrer aos SUS se decidirem interromper a gravidez.  A alta taxa de mortalidade materna no Brasil está relacionada em grande parte aos abortos clandestinos desassistidos.

Por isso, organizações feministas, profissionais da saúde conscientes deste grave problema de saúde pública lutam há décadas pela descriminalização do aborto e para que caso a mulher decida interromper a gravidez, ela possa fazer isso de modo mais seguro possível.

Há uma campanha no site do Senado que propõe regular a interrupção voluntária da gravidez, dentro das 12 primeiras semanas de gestação, pelo Sistema Único de Saúde.  A ideia está explicada no Portal do Senado para que este tema seja discutido pelos senadores e se torne uma lei.

Seguindo a experiência de outros países onde a prática foi adotada e teve como consequência além da diminuição da mortalidade materna, a redução do número de abortos praticados pelas mulheres, o projeto prevê que:

Uma equipe de saúde interdisciplinar deverá informar a mulher sobre as disposições desta lei, a natureza do aborto e os riscos inerentes a esta prática, assim como sobre as alternativas ao aborto, incluindo programas sociais de apoio financeiro, bem como sobre a possibilidade de oferecer a criança à adoção. Uma equipe interdisciplinar deverá prestar apoio psicológico e social à mulher, para ajudá-la a superar as causas que induziram a decisão de interromper a gravidez, e para garantir que ela possua todas as informações necessárias para tomar uma decisão consciente e responsável. A gestante terá um período de reflexão de cinco dias, após o qual, se ratificado que deseja terminar sua gravidez, um médico ginecologista realizará o procedimento imediatamente. A ratificação da mulher será expressa por consentimento informado. As interrupções voluntárias da gravidez, nos termos desta lei, em vista da evidência científica disponível, serão orientadas para a redução de riscos à saúde da mulher. Somente o aborto realizado nos termos desta lei será descriminalizado no Brasil, permanecendo ilegais quaisquer práticas com caráter e valor comercial.

descriminalização-aborto

Uma tirinha bem didática sobre como o aborto é tratado no país

Se você entende o problema de saúde pública causado pelo número astronômico de abortos clandestinos no país e é a favor da despenalização da interrupção da gravidez você pode apoiar esta ideia no site do Senado. A causa já conta com mais de 9 mil assinaturas e necessita de 20 mil para ser discutida pelos senadores.

É fácil participar: acesse o site do Senadopreencha seu nome, seu endereço de e-mail e o código de verificação (ele é exigido para evitar o uso de script), você receberá um mail de confirmação (ele pode demorar algum tempo para ser enviado à sua caixa de mail). Ao receber o mail do Senado,  você precisa confirmar sua adesão à causa, clicando no link enviado no mail, como no exemplo a seguir:

confirmação

Caso você não consiga acessar a página do Senado, proceda da seguinte maneira:

- Atualize a página pressionando F5
- Use um navegador diferente (como mozilla, chrome, explorer, safari…)
- Acesse o projeto por este caminho: http://www12.senado.gov.br/ecidadania/elegislacao, clique no texto de Ideias Legislativas à esquerda. Na nova janela, selecione o projeto a favor da regulamentação da interrupção da gravidez.

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Narcotraficantes mexicanos confessam execução dos 43 estudantes entregues a eles pela polícia de Iguala

8 de Novembro de 2014, 12:20, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

O vídeo abaixo denuncia o desaparecimento em 26 de setembro deste ano de 43 estudantes mexicanos que seguiam para a Cidade do México, capital do país, para participar da Marcha de protestos de 2 de outubro.


O ônibus dos estudantes de Ayotzinapa foi abordado por policiais de Iguala (Guerrero) e narcotraficantes de um cartel local. Seis dias depois foram encontrados 28 corpos em uma vala clandestina de Iguala. Hoje, o jornal O Público (matéria reproduzida abaixo) revela que os 43 estudantes desaparecidos foram assassinados.

Não vemos na mídia monopolizada no país qualquer proximidade da cobertura que fazem das tentativas de golpe da direita venezuelana contra o governo de Maduro e não há nada semelhante ocorrendo na Venezuela com o que está ocorrendo no México.

E o assassinato de 43 estudantes  não é um caso isolado no México: em 2010 foram 72 corpos encontrados em San Fernando (Taumalipas); em 2011, foram 133 corpos encontrados no mesmo lugar e mais 351 em Durango y Lerdo (Durango), em 2013, 109 corpos em La Barca (Zapopan) e Tlajomulco (Jalisco).

Mas como diz o professor André Augusto da Fonseca:  “México e Colômbia podem torturar e assassinar centenas de camponeses, sindicalistas e estudantes todos os anos, mas enquanto forem aliados dos EUA a mídia amestrada brasileira continuará considerando-os como modelos para o Brasil.”

Autoridades mexicanas admitem que os 43 estudantes desaparecidos foram assassinados

Por: ROSA SOARES, Público

08/11/2014 – 11:49

Narcotraficantes confessaram a morte dos estudantes e foram encontrados restos mortais de corpos no local onde terão sido deixados.

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O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, promete fazer justiça sobre o desaparecimento dos estudantes. Foto: HENRY ROMERO/REUTERS

Três narcotraficantes detidos no México confessaram o assassinato de um elevado número de pessoas e a investigação encontrou vestígios de corpos no local onde alegam terem queimado os corpos, revelações que podem pôr fim à esperança de encontrar vivos os 43 estudantes desaparecidos desde 26 de Setembro.

A informação foi dada esta sexta-feira pelo Procurador-geral do México, em conferência de imprensa, onde revelou que o assassinato, muito provavelmente dos estudantes, foi confessado por membros do cartel Guerreros Unidos.

O Presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, já reagiu aquilo a que chamou de “crime abominável” e prometeu fazer justiça sobre o caso. “Aos pais dos jovens desaparecidos e à sociedade, asseguro que não vamos descansar até que a justiça seja feita”.

Segundo as declarações do procurador Jesús Murillo Karam, os  três detidos do cartel – Patrício Reyes, Jonatan Osorio e Agustín García -, confessaram a autoria da morte “de dezenas de pessoas” e que os corpos foram depositados numa lixeira e queimados com pneus e gasolina.

As confissões obtidas e os restos mortais encontrados “indicam muito lamentavelmente o homicídio de um grande número de pessoas na região de Cocula”, avançou o procurador. Ainda assim, Jesús Murillo Karam salvagurada que, até a análise dos restos mortais encontrados, a realizar na Áustria, “os estudantes ainda são considerados desaparecidos”.

A prova de que os restos mortais são dos estudantes pode não ser tarefa fácil. Segundo informações do procurador, os traficantes confessaram que os restos mortais calcinados foram colocados em sacos de plástico e atirados a um rio próximo.

Um dos sacos foi encontrado fechado, adiantou o responsável, mas salvaguardou que pelo “alto nível de degradação, devido ao fogo, será muito difícil extrair um ADN que permita a sua identificação”. Acrescentou, no entanto, que “não serão poupados esforços até esgotar todas as possibilidades científicas”.

Segundo o procurador, “os três detidos são membros do Guerreiros Unidos e nos depoimentos admitiram terem recebido e executado um grupo de pessoas que lhes foi entregue pela polícia municipal de Cocula e Iguala”.

Recorde-se que o grupo de estudantes desapareceu na cidade Iguala, após ter sido preso pela policia.

No início da semana, a polícia mexicana prendeu o presidente da câmara de Iguala, José Luis Abarca, e a sua mulher, María de los Ángeles Pineda, apontados como os mentores dos ataques contra estudantes, e que estavam fugidos.

Segundo as investigações, os jovens foram sequestrados por policias municipais sob as ordens do autarca de Iguala, alegadamente para evitar que invadissem um evento público da sua mulher, que aspirava ser a próxima presidente da cidade.

O caso do desaparecimento dos estudantes tem estado na origem de várias manifestações, em vários estados mexicanos, e mesmo fora do país. Os desenvolvimentos agora conhecidos representam um duro golpe na esperança de encontrar os estudantes com vida. Ainda assim, vários testemunhos de pais continuam a pedir às autoridades do país que reforcem a investigação, por considerarem que não estão esgotadas as possibilidades de encontrar os jovem vivos.

Após o anúncio do procurador-geral, também a Amnistia Internacional divulgou um comunicado onde considera que se está perante “um crime de Estado”, e critica as investigações “limitadas e incompletas” feitas ao desaparecimento dos estudantes.

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Aos leitores que repetem ‘bolivarianismo’ e não fazem ideia do que falam

8 de Novembro de 2014, 10:29, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

A sequência de imagens que é capa deste post, que circula na rede há pelo menos uns 4 anos, mostra como é persistente o trabalho de desinformação e manipulação da direita no Brasil.

A ideia da montagem tosca reproduzida abaixo e que foi amplamente utilizada durante a campanha de 2010 era falar para setores conservadores já contaminados e setores despolitizados do eleitorado brasileiro contra o que a direita brasileira denomina de ‘esquerdização’ da América Latina.

Ao mesmo tempo que esta direita estereotipa governos progressistas legitimamente eleitos como foram os de Chávez na Venezuela e os de Evo Morales na Bolívia e aqui propalados por colunistas da mídia monopolizada como ‘ditaduras’, a campanha da direita buscava associar o ex-presidente Lula e a então candidata Dilma Rousseff à maneira torta como enxergam Cuba pós-Fidel.

montagem

Historiadores ficam estarrecidos com a manipulação midiática de colunistas reacionários contra o Decreto 8.243/2014, da presidenta Dilma, regulando um direito Constitucional, o de participação social, derrubado pelo Congresso reacionário em seção que avançou noite a dentro, dois dias depois das eleições presidenciais.

O colunismo reacionário da mídia monopolizada em ataque constante ao decreto 8.243/2014 repetia incansavelmente o termo ‘bolivarianismo’ traduzido como ‘ditadura comunista’.

Os Estados Unidos fizeram 146 consultas públicas e nem por isso esta mesma mídia reacionária os trataram como ‘ditadura comunista’.

Uma das maiores especialistas em Bolívar,  a jornalista peruana Marie Arana, editora literária do jornal estadunidense The Washington Post, autora de Bolivar: American Liberator (Bolívar: Libertador Americano) explica:

Ser bolivariano é ser unificador. Significa se livrar de qualquer estrutura opressora. Se você olha para seu trabalho e seus escritos (de Simon Bolívar), a educação é algo muito importante para ele. Bolívar acreditava que era preciso criar uma forma de ensinar ética às pessoas. E qual é o nosso maior problema hoje? A corrupção, a ilegalidade, a informalidade. Ele entendeu muito antes de todos que tínhamos sido privados de uma educação básica e sido corrompidos de certa forma. Então, ser bolivariano seria defender a educação, a liberdade, a ética, a equidade social e o esclarecimento do homem.

Maringoni, especialista em américa Latina, também fez um excelente texto sobre a crassa ignorância dos que repetem amedrontados que somos todos ‘bolivarianos’:   Maldito bolivariano! Em seu texto ele mostra a quem de fato interessa esta manipulação do termo:

A acusação de bolivariano feita por Gilmar Mendes e outras figuras do mesmo nível parte de quem conta com a ignorância alheia. E é bradado especialmente por aqueles que omitem um pequeno detalhe dessa história: na Venezuela, o contrário de bolivariano é uma oposição que não vacilou em patrocinar um destrambelhado golpe de Estado, em 2002, que retirou Chávez do poder por três dias e, de quebra, todas as referências a Simón Bolívar dos símbolos nacionais. A intentona foi um fracasso e, como se sabe, desmoralizou a oposição por vários anos.

A omissão é mais do que interessada.

Até mesmo Elio Gaspari que não tem nada de defensor de Dilma ou do PT não consegue lidar com a estratégia grotesca da direita golpista e num artigo de O Globo deixa claro as intenções de Gilmar Mendes, o porta-voz da direita reacionária e anti-democrática no Supremo: O Supremo e o bolivarianismo:

Para ficar na inspiração venezuelana, sabe-se bem o que é chavismo, mas em 2002 sua oposição meteu-se num ridículo golpe militar, dissolveu o Congresso e o Judiciário, perdeu a parada e fugiu. O Brasil não é uma Venezuela, não tem nem precisa de chavismo, muito menos desse tipo de oposição. (…)

Faltaram 3,5 milhões de votos para desempregar a doutora Dilma. Associar uma derrota eleitoral ao fim do mundo só serve para atrapalhar a vida de quem constrói infernos particulares.

 

Além das fontes citadas, o blog Maria Frô, num serviço de utilidade pública para qualificar o debate político no país, reproduz na íntegra um texto bem didático. Talvez com essas leituras eu não tenha mais de ler  dezenas de comentários completamente descolados da realidade que pacientemente tive de ler e me dei ao trabalho de responder neste post: Deputados tiram nosso direito de participação, comemoram e se exibem na rede.

Você sabe o que é o bolivarianismo?

A palavra da moda no Brasil é usada por muita gente que não faz ideia de seu significado. Entenda o que é bolivarianismo e por que ele nada tem a ver com “ditadura comunista”

Por:  Marsílea Gombata, Carta Capital

07/11/2014

dilma maduro
Roberto Stuckert Filho/PR. Em encontro de maio de 2013, Dilma recebe quadro do ex-presidente Hugo Chávez do atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro

Após ser apropriado pelo ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, o termo originado do sobrenome do libertador Simón Bolívar aterrissou no debate político brasileiro. São frequentes as acusações de políticos de oposição e da mídia contra o governo federal petista. Lula e Dilma estariam “transformando o Brasil em uma Venezuela”. Mas o que é o tal bolivarianismo de que tanto falam? É um palavrão? O Brasil é uma Venezuela? Bolivarismo é sinônimo de ditadura comunista? Antes de sair por aí repetindo definições equivocadas, leia as respostas abaixo:

O que é bolivarianismo?

O termo provém do nome do general venezuelano do século 19 Simón Bolívar, que liderou os movimentos de independência da Venezuela, da Colômbia, do Equador, do Peru e da Bolívia. Convencionou-se, no entanto, chamar de bolivarianos os governos de esquerda na América Latina que questionam o neoliberalismo e o Consenso de Washington (doutrina macroeconômica ditada por economistas do FMI e do Banco Mundial).

Bolivarianismo e ditadura comunista são a mesma coisa?

Não. Mesmo considerando a interpretação que Chávez deu ao termo, o que convencionou-se chamar bolivarianismo está muito longe de ser uma ditadura comunista. As realidades de países que se dizem bolivarianos, como Venezuela, Bolívia e Equador, são bem diferentes da Rússia sob o comando de Stalin ou mesmo da Romênia sob o regime de Nicolau Ceausescu. Neles, os meios de produção estavam nas mãos do Estado, não havia liberdade política ou pluralidade partidária e era inaceitável pensar diferentemente da ideologia dominante do governo. Aqueles que o faziam eram punidos ou exilados, como os que eram enviados para o gulag soviético, campo de trabalho forçado símbolo da repressão ditatorial da Rússia. Na Venezuela, por exemplo, nada disso acontece. A oposição tem figuras conhecidas como Henrique Capriles, Leopoldo López e Maria Corina Machado. Cenário semelhante ocorre na Bolívia, no Equador e também no Brasil, onde há total liberdade de expressão, de imprensa e de oposição ao governo.

Foi Chávez quem inventou o bolivarianismo?

Não. O que o então presidente venezuelano Hugo Chávez fez foi declarar seu país uma “república bolivariana”. A mesma retórica foi utilizada pelos presidentes Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia). A associação entre bolivarianismo e socialismo, no entanto, é questionável segundo a própria biógrafa de Bolívar, a jornalista peruana Marie Arana, editora literária do jornal americano The Washington Post. De acordo com ela, esse “bolivarianismo” instituído por Chávez na Venezuela foi inspirado nos ideais de Bolívar, tais como o combate a injustiças e a defesa do esclarecimento popular e da liberdade. Mas, segundo a biógrafa, a apropriação de seu nome por Chávez e outros mandatários latinos é inapropriada e errada historicamente: “Ele não era socialista de forma alguma. Em certos momentos, foi um ditador de direita”.

O que se tornou o bolivarianismo na Venezuela?

Quando assumiu a Presidência da República em 1999, Chávez declarou-se seguidor das ideias de Bolívar. Em seu governo uma assembleia alterou a Constituição da Venezuela de 1961 para a chamada Constituição Bolivariana de 1999. O nome do país também mudou: era Estado Venezuelano e tornou-se República Bolivariana da Venezuela. Foram criadas ainda instituições de ensino com o adjetivo, como as escolas bolivarianas e a Universidade Bolivariana da Venezuela.

Mas esse regime que Chávez chamava de bolivarianismo era comunista?

Não, apesar de o ex-presidente venezuelano ter usado o termo “Revolução Bolivariana” para referir-se ao seu governo. A ideia era promover mudanças políticas, econômicas e sociais como a universalização à educação e à saúde, além de medidas de caráter econômico, como a nacionalização de indústrias ou serviços. Chávez falava em “socialismo do século XXI”, mas o governo venezuelano continua permitindo a entrada de capital estrangeiro no País, assim como a parceria com empresas privadas nacionais e estrangeiras. Empreiteiras brasileiras, chinesas e bielo-russas, por exemplo, constroem moradias para o maior programa habitacional do país, o Gran Misión Vivienda Venezuela, inspirado no brasileiro Minha Casa Minha Vida.

O Brasil “virou uma Venezuela”?

Esta afirmação não faz sentido. O Brasil é parceiro econômico e estratégico da Venezuela, mas as diretrizes do governo Dilma e do governo de Nicolás Maduro são bastante distintas, tanto na retórica quanto na prática.

Os conselhos populares são bolivarianos?

Não, e aqui o engano vai além do uso equivocado do adjetivo. Parte da Política Nacional de Participação Social, os conselhos populares seriam a base de um complexo sistema de participação social, com a finalidade de aprofundar o debate sobre políticas públicas com representantes da sociedade civil. Ao contrário do alegado por opositores, os conselhos de participação popular não são uma afronta à democracia representativa. Conforme observou o ex-ministro e fundador do PSDB Luiz Carlos Bresser-Pereira, os conselhos estabeleceriam “um mecanismo mais formal por meio do qual o governo poderá ouvir melhor as demandas e propostas [da população]”.

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A Folha acreditou em Eliane Cantanhêde

8 de Novembro de 2014, 7:54, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Uma das colunistas mais urubus do jornalismo monopolizado é Eliane Cantanhêde. 

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Ela é do tipo que anuncia uma margem de erro em pesquisa do IPEA como catástrofe. É o caso da pesquisa PNAD onde em 2013 houve variação do número de sem renda de 10,08 milhões para 10,45 milhões. Como o próprio IBGE esclarece, a Pnad “é amostral, o total de indivíduos sem declaração de rendimentos tem flutuação anual diferenciada. Além disso, uma parcela também anualmente distinta dos informantes se recusa a prestar informação sobre a renda. Os métodos para os cálculos com a variável renda e as demais variáveis devem, portanto, considerar as possíveis flutuações existentes nas variáveis utilizadas.” 

Desse modo o próprio IBGE informa que:

1) a pesquisa é auto declarada, ou seja, a pessoa pode se recusar a dizer quanto ganha

2) que o IBGE não checa com outros dados objetivos.

O governo afirma que todos os outros índices que dispõe mostram que a pobreza caiu. Não há porque mentir sobre isso, já que este governo tem um compromisso inegável com o combate à miséria e depende de inúmeros outros levantamentos pra fazer suas políticas públicas focada neste objetivo.

Colunistas como Cantanhêde se agarram nessas picuinhas para dizer que o país está indo para o buraco, pra estimular o discurso dos que estigmatizam os beneficiários do Bolsa Família como Bolsa ‘preguiça‘…

Vejam,  é a primeira vez em 10 anos que houve uma variação para cima de 370 mil pessoas que declaram não ter nenhuma renda. Mas durante a última década as pesquisas do PNAD que mostraram que a miséria no país caía a olhos vistos não foram dignas de estardalhaço em manchetes, ou tema das colunas dos bastiões da direita do jornalismo monopolizado. Ao contrário, o crescimento do país, a diminuição da miséria a geração de mais de 25 milhões de empregos formais foram menosprezados. Da mesma forma não mereceram a devida atenção os dados impressionantes que mostram que em  2001 havia 50 milhões de pessoas em situação de indigência e recorde de desemprego para a situação de hoje com índices baixos de desemprego e com a inclusão de mais de 50 milhões de brasileiros no mercado de consumo. Hoje, a maioria dos brasileiros estão na classe média, está emprega, estuda mais.

Já nos tempos dos tucanos que Eliane é porta-voz, uma simples olhada nos arquivos da própria Folha nos mostra o tamanho da miséria e caos que o país estava mergulhado nos tempos de FHC:

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Entre os que receberam bilhete azul na Folha de São Paulo estão Fernando Rodrigues e Eliane Cantanhêde. Enfim, parece que a Folha passou a acreditar no discurso de catástrofe de seus próprios colunistas e eles passaram a ser tratados como estatística,  a mesmo estatística sombria propalada na falecida coluna de Cantanhêdes e das demais viúvas tucanas na mídia monopolizada.

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