Folha: Editorial: Internet para o usuário
9 de Novembro de 2013, 16:39 - sem comentários aindaUm Editorial inacreditável não porque é ruim, mas porque foi publicado na Folha. Acho que a galera do Marco Civil hackeou o site da Folha
Mas todos sabemos que até a direita mais golpista representada por este jornaleco sabe que se as teles conseguirem o poder que desejam com o fim da neutralidade, com a apropriação de nossos dados e com o lobby da Globo em relação ao direito autoral, adeus internet.
Editorial: Internet para o usuário
08/11/2013
Já se tornou rotina. Embora o projeto tramite em regime de urgência, semanas começam e terminam sem que o Marco Civil da Internet seja votado na Câmara. Interesses diversos, mas nunca os dos usuários, têm impedido que os deputados cheguem a um consenso.
Uma reunião entre os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) não bastou para que líderes da base governista se inclinassem a aprovar a proposta. Apesar da atuação direta do Planalto, o PMDB, maior aliado do PT no governo federal, mostra-se irredutível.
O partido não quer dar seu aval à neutralidade de rede, princípio que impede empresas de telecomunicações de cobrar mais caro ou diminuir a velocidade da conexão em função do tipo de conteúdo acessado pelo usuário.
Especialistas não têm dúvidas. Afirmam, em uníssono, que a internet será bem pior se a neutralidade não for garantida. O PMDB, ainda assim, prefere amparar as razões comerciais das teles.
Nesse ponto, o relator do projeto, Alessandro Molon (PT-RJ), tem se mostrado firme na defesa dos cerca de 100 milhões de internautas brasileiros. Em outros temas, porém, a discussão prolongada o levou a incluir no texto inaceitáveis ameaças à liberdade de expressão.
A maior delas se esconde sob o véu da proteção aos direitos autorais. De acordo com a proposta, sites somente serão responsabilizados por danos decorrentes de conteúdos gerados por terceiros se, após ordem judicial, não removerem o material questionado.
Com essa formulação, a regra é adequada. Provedores não tem condições de analisar tudo o que será postado por terceiros; se pudessem ser imediatamente responsabilizados, agiriam de forma preventiva para bloquear a difusão de qualquer conteúdo sobre o qual repousassem suspeitas mínimas. Seriam evidentes os prejuízos à liberdade de expressão na internet.
Ocorre que o projeto cria exceção para questões ligadas a direitos autorais. Nesses casos, a diretriz não se aplicaria. Em versões recentes, o texto deixa o assunto para regulação posterior. Até lá, valeriam as normas estatuídas na legislação autoral hoje em vigor.
A solução é canhestra. Abre-se uma janela para que, enquanto não for criada lei específica, sites sejam corresponsáveis pelos conteúdos de terceiros, sempre que houver violação de direito autoral.
Dessa forma, o Marco Civil da Internet protegeria, por exemplo, os interesses de grandes redes de televisão, às quais importa impedir, por todos os meios, a divulgação imprópria de seus conteúdos.
Os usuários, mais uma vez, sairiam sacrificados –algo inadmissível para um projeto apelidado de Constituição da internet.
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Para Paulo Bernado e Helena Chagas, quem sabe entendam o poder da Comunicação como mecanismo de promoção da cidadania
9 de Novembro de 2013, 10:49 - sem comentários aindaBelíssimo projeto este, que prova que o direito à comunicação é empoderamento. Pena que no Brasil temos negado este direito a tantos milhões de brasileiros devido à concentração midiática alimentada pelo MINICOM E SECOM.
PS. Agradeço a Edmar Roberto Prandini por me mostrar este belo projeto.
Para acessar o blog do Jornal feito integralmente por moradores de rua vá para http://bocaderuanainternet.blogspot.com.br
“Boca de Rua – Vozes de uma Gente Invisível” é um documentário inédito que conta a história do único jornal do país produzido inteiramente por pessoas que moram na rua. Com textos, fotos e ilustrações que revelam um pouco da realidade escondida nas grandes cidades, o veículo (fonte de renda para os participantes do projeto) é reconhecido mundialmente pela ONG International Network Of Street Papers (INSP).
Até agora, mais de 150 pessoas passaram pelo Boca e cerca de 70 já deixaram de morar nas ruas. No jornal os integrantes aprendem a ler, a escrever e a lutar contra a invisibilidade.
Com dez minutos de duração, o filme faz parte do Programa Rumos do Itaú Cultural. A instituição propôs uma ação inovadora que premiou 10 diretores brasileiros para a realização de web-documentários.
Nem O Globo e Estadão acompanharam a Folha em sua manchete demotucana
8 de Novembro de 2013, 14:39 - sem comentários aindaE o jornalixo da Folha corrigido pelo Daniel Ribeiro
“Como a gente sabe que a Folha é um jornal plural, imparcial e a serviço do Brasil, imagino que essa manchete ambígua seja fruto da correria na hora de fechar a edição. Então resolvi ajudar o jornal pra não parecer que eles estavam querendo enganar o leitor de propósito! Imagina só que absurdo pensar algo do tipo!”
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Wagner Iglecias: Haddad na mira
8 de Novembro de 2013, 12:19 - sem comentários aindaHaddad na Mira
Por: Wagner Iglecias*, especial para o Maria Frô
08/11/2013
Fernando Haddad é um dos principais nomes da geração de petistas que ganhou proeminência após o surgimento do escândalo do Mensalão do PT, em 2005. Enquanto velhas lideranças como José Dirceu, José Genoíno e João Paulo Cunha viveram profundo desgaste de suas imagens perante a opinião pública, Haddad, assim como já havia ocorrido com Dilma e poderá ocorrer com Alexandre Padilha, foi uma das novas apostas do PT para manter-se competitivo eleitoralmente. No caso dele, deu certo e acabou eleito prefeito de São Paulo. Mas mal iniciou sua gestão e já foi quase abalroado pelas manifestações de junho, tendo sofrido o desgaste da manutenção do aumento da tarifa de ônibus, mais tarde revogada em constrangedora cerimônia televisiva em que pareceu secundar o governador tucano Geraldo Alckmin, na sede do governo do estado.
Como bem se sabe, em política é sempre muito importante dar o tom do debate, tomar a dianteira da agenda pública, manter a oposição no córner e fazer com que ela simplesmente reaja, ao invés de ser a protagonista da cena. Nesse sentido, a gestão Haddad saiu das cordas nas quais se encontrava em junho e retomou o protagonismo do debate ao propor o reajuste escalonado e progressivo do IPTU na cidade de São Paulo, nos fazendo lembrar a todos que política tributária, antes de servir para irrigar os cofres do poder público, existe para promover justiça social. Não a toa os setores mais reacionários da cidade passaram a bombardear a medida diuturnamente, e com liminares concedidas por juízes o reajuste está, por enquanto, suspenso. Mesmo com grande parte da cidade estando isenta do pagamento do tributo, ou ter tido redução em relação ao que foi pago no ano passado, ou ter tido aumento abaixo dos índices oficiais de inflação, a maioria dos paulistanos está neste momento convencida de que o reajuste do IPTU foi uma grande maldade por parte da prefeitura. Esta é uma guerra que Haddad está por enquanto perdendo para a direita.
A outra guerra que pode estar começando a ser perdida é do desbaratamento do esquema de corrupção pelo qual fiscais municipais teriam desviado cerca de meio bilhão de reais dos cofres da da prefeitura durante a gestão de Gilberto Kassab. Notícias dão destaque ao fato de que um dos principais secretários de Haddad teria recebido R$ 200 mil destes fiscais a título de financiamento de sua campanha eleitoral para vereador ano passado. É algo que precisa ser esclarecido. Mas manchetes capciosas e textos de colunistas sabidamente anti-petistas parecem querer debitar na conta de Haddad e do petismo os malfeitos que supostamente teriam ocorrido em gestões de partidos de direita, como o PSD (Kassab) e o PSDB (José Serra). Um famoso colunista carioca chega mesmo a afirmar que PT e PSDB disputarão, na eleição de 2014, um campeonato particular para ver quem roubou mais. Ai surge a pergunta: a quem interessa isso, a criação dessa ideia de um mar de lama generalizado? E quem se beneficia disso, desta tentativa de enojar o eleitorado em relação aos partidos tradicionais e mais conhecidos? Talvez àqueles partidos e candidatos que se apresentam como puros, quase apolíticos, e diferentes de tudo que está ai?
A eleição de 2014 está na ordem do dia, e o combate permanente às medidas protagonizadas pela gestão de Haddad à frente da prefeitura de São Paulo é parte da guerra maior que se anuncia, pelo governo do estado de São Paulo e pela Presidência da República. E vou além: desgastar Haddad é não apenas jogar água no chope petista para 2014, como tentar a inviabilizar o nome de um político jovem, ponderado e firme, como é caso do prefeito paulistano, o qual é um nome que pode vir a ser uma alternativa do petismo para vôos maiores num cenário futuro para além do próximo mandato presidencial.
*Wagner Iglecias é doutor em Sociologia e professor do Curso de Graduação em Gestão de Políticas Públicas e do Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina da USP.
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8 de Novembro de 2013, 10:25 - sem comentários aindaImaginem se a administração com funcionários que desviaram meio milhão de reais e foram presos com a investigação levada a cabo pela CGM criada por Haddad não fosse a de Serra-Kassab. Será que a FOLHA sonegaria dos seus leitores o nome do prefeito, o partido do prefeito e o período que ele governou a cidade.