‘O Brasil merece mais que um ministro Lobão no STF’
3 de Novembro de 2014, 12:18 - sem comentários aindaE para quem acha que Laura exagera, veja o vídeo do Viomundo, manifestante armado falando sobre o caminhão e o ataque físico dos manifestações a qualquer um que deles discordassem na matéria de Caio Castor: Caio Castor: Na Paulista, pedido de impeachment e ataques a quem discorda
Capa: sobreposição de imagens
Gilmar Mendes, o Lobão do STF
Laura Capriglione, Notícias Yahoo
03/11/2014
Por mais uma dessas descomposturas a que o país parece estar se acostumando, agora é o ministro Gilmar Mendes quem vem apresentar seu soco inglês no corredor polonês pós-eleitoral. Em vez da contenção e do aprumo que esperaria quem não o conhecesse, “avisou e denunciou” que o STF(Supremo Tribunal Federal) corre o risco de se tornar uma “corte bolivariana” com a possibilidade de governos do PT nomearem 10 de seus 11 membros a partir de 2016.
Trata-se de uma aleivosia. Irresponsabilidade sem fim.
Quando os 2.500 nostálgicos da Ditadura saíram em passeata por São Paulo, clamando peloimpeachment da presidente Dilma Rousseff, legitimamente eleita pela maioria dos brasileiros, de Gilmar Mendes não saiu um só arrufo em defesa da democracia. Em vez disso, ele agora surge para ajudar a agitar o espantalho de um tal “bolivarianismo”, como se o Brasil estivesse prestes a se converter em uma ditadura de esquerda.
Está em companhia de gente como Lobão e Eduardo Bolsonaro, deputado federal eleito por São Paulo (PSC), que em discurso sobre o carro de som, disse que se seu pai, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), fosse candidato a presidente, ele teria “fuzilado” a presidente. Preparado para isso o filho já mostrou que está: compareceu ao ato com uma pistola enfiada no cinto, como se no faroeste vivesse.
Isso pode?
Entre outras delicadezas, a turma implorou pela “intervenção militar”, mandou “Dilma para a Cuba que a pariu”, ameaçou petistas que encontrou pelo caminho. Nem o CQC, a Rede Globo, a “Folha de S.Paulo” ou “Estadão” escaparam. E, sempre muito bem educadinha, a malta carregou faixa com os dizeres: “Pé na bunda dela. O Brasil não é a Venezuela.” Ela, no caso, é a presidente, uma senhora de 66 anos, diga-se.
Maus perdedores existem no gamão, no futebol, no bingo. E nas eleições.
Contê-los é tarefa de quem tem interesse em ver o jogo –no caso, o democrático—prosseguir.
Eis por que é simplesmente repugnante ver um ministro da mais alta corte do Brasil repetir palavras-de-ordem que são um chamamento à ruptura do Estado Democrático e de Direito.
Como o ministro Gilmar Mendes sugere que se evite “a possibilidade de governos do PT nomearem 10 dos 11 membros” do STF? Cassando o direito de a presidente fazê-lo é uma das respostas. Cassando a própria presidente é outra. Estendendo a idade-limite para a aposentadoria dos ministros, dos atuais 70 anos para 75 anos, é outra.
Em todos os casos, o que se pretende é ganhar no tapetão a eleição que se perdeu nas urnas.
O descalabro da entrevista que o ministro Gilmar Mendes deu à “Folha de S.Paulo” e publicada na segunda-feira (03/11) não fica nisso. Ofendeu os demais membros do STF ao falar sobre os riscos de a mais alta instância do Judiciário se transformar em uma “corte bolivariana”, sugerindo que todos se curvariam mansamente aos ditames do Executivo.
Convenientemente, ele esqueceu-se de que no julgamento do mensalão foi um tribunal formado em sua maioria por ministros indicados por petistas o que condenou a antiga cúpula do PT…
Não há nada, contudo, que demova o agitador. Para demonstrar sua tese, Gilmar Mendes sacou a história do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no Brasil a 12 anos e 7 meses de prisão por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro no processo do mensalão. Pizzolato, como se sabe, ante a condenação, simplesmente fugiu para a Itália, onde por fim foi capturado.
Segundo Gilmar Mendes, exemplificando o risco do tal “bolivarianismo”, “já tivemos situações constrangedoras. Acabamos de vivenciar esta realidade triste deste caso do Pizzolato” [refere-se ao fato de a Justiça italiana ter negado a extradição dele para cumprir pena no Brasil pela condenação no mensalão].
Em seu afã de defender o indefensável, o ministro também atacou a Justiça italiana, ao acusá-la de tomar suas decisões movida por interesses alheios ao estrito cumprimento da lei. Seria “bolivariana” também a Justiça de lá? Nem Bolsonaro ousou tamanho descalabro.
Se fosse pouco, Gilmar Mendes ainda se deu ao desfrute de comentar um caso que se encontra em fase de investigação, atropelando todos os ritos processuais. “Enquanto estávamos julgando o mensalão já estava em pleno desenvolvimento algo semelhante, talvez até mais intenso e denso, isso que vocês estão chamando de Petrolão. É interessante, se de fato isso ocorreu, o tamanho da coragem, da ousadia.”
Um apresentador de programa sensacionalista não faria diferente.
Por fim, como nunca poderia se tivesse o mínimo de apreço pela liturgia do cargo que ocupa, Mendes partiu para o bate-boca mais baixo, acusando o ex-presidente Lula de não ser um abstêmio: Será que ele “passaria no teste do bafômetro?”, indagou. Lula, para quem não sabe, não concorreu a nenhum cargo eletivo, não atropelou ninguém e nem sequer dirige automóveis.
Convenhamos, o Brasil merecia bem mais do que um ministro Lobão no STF.
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O Brasil cresceu nos últimos 12 anos graças ao esforço e trabalho dos pobres
3 de Novembro de 2014, 11:17 - sem comentários aindaTodo preconceito é burro, porque todo preconceito é repetição do senso comum sem apoio dos fatos.
Todo preconceito é ausência de conceitos.
O preconceituoso que quer, por exemplo, negar o voto a um cidadão beneficiário do Bolsa Família, desconhece que cada R$ 1 gasto com Bolsa Família adiciona R$ 1,78 ao PIB.
O dever de todo cidadão não preconceituoso é informar, se contrapor ao preconceito com dados e informações, ser intransigente com a desinformação, ser incansável no restabelecimento do conceito para combater o preconceituoso.
O caminho da inclusão
Jessé de Souza – O Estado de S. Paulo
25/10/2014
Última década de crescimento econômico brasileiro foi obra do esforço e do trabalho da parte de baixo da população, que dinamizou a sociedade – e seu avanço é que pode garantir nosso futuro, afirma sociólogo
Eleitora de Dilma em comício de campanha no Rio de Janeiro. RICARDO MORAES/REUTERS
O Brasil de hoje está diante de nova escolha histórica que pode decidir seu futuro. Essa escolha se refere a dois modelos de sociedade distintos. O primeiro, que ainda é o dominante, foi gestado em outro momento decisivo de nossa história, um desses momentos raros em que a escolha entre caminhos alternativos possíveis se realiza e se congela depois em uma espécie de “destino” para as gerações futuras. Esse momento foi o golpe de 1964 e das forças que o apoiaram, que optou por construir um modelo de moderna sociedade de consumo para 20% da população. Essa opção histórica foi consolidada nos anos 1990 com o governo FHC.
O segundo modelo representa o anseio das forças derrotadas em 1964 por uma sociedade mais inclusiva. Modelo esse que vingou na esfera política nos últimos 12 anos, ainda que longe de deter a hegemonia na esfera pública que constrói a “opinião pública” e, portanto, não detém o efetivo controle da prática econômica e social. Afinal, existem limites claros para um Estado reformador em meio a uma sociedade conservadora. Ainda que esse segundo modelo tenha conseguido incluir, de modo precário e instável, outros 20% adicionais da população no mercado de consumo e reduzido formas extremas de miséria material, seu desenvolvimento se deu de modo errático, incompleto, sem efetivo planejamento e ao sabor das conjunturas. A fragilidade das conquistas realizadas pelo segundo modelo é explicada pela manutenção da força social e econômica do modelo anterior, as quais se mantiveram intocadas mesmo depois da eventual perda do poder político.
Para que compreendamos a força inabalada do modelo dominante, mesmo com a perda eventual do poder político, é preciso compreender como funciona a íntima e orgânica relação entre economia e a política. A pedra de toque para que possamos perceber esse jogo, sempre mantido cuidadosamente nas sombras, é o mote da “corrupção e ineficiência estatal” contraposta à suposta virtude e eficiência do mercado. Essa é, na realidade, a “única bandeira” de legitimação do modelo excludente de sociedade ainda no poder real. Esse é, afinal, o único pretexto por meio do qual os interesses mais privados do 1% mais rico podem ser travestidos em suposto interesse geral.
Na verdade, o mercado capitalista, aqui e em qualquer lugar, sempre foi uma forma de “corrupção organizada”, começando com o controle dos mais ricos acerca da própria definição de crime: criminoso passa a ser o funcionário do Estado ou o batedor de carteira pobre enquanto o especulador de Wall Street – a matriz da Avenida Paulista – que frauda balanços de empresas e países e arruína o acionista minoritário embolsa, hoje mais que antes da crise, bônus milionários. Enquanto os primeiros vão para a cadeia, o segundo, que às vezes arrasa a economia de países inteiros, ganha foto na capa da Time como financista do ano. Quem é que ganha, na verdade, com a corrupção tornada legal do mercado e celebrada como mérito? É isso que o cidadão feito de tolo não vê. No Brasil, inclusive, a tolice é ainda muito pior que em qualquer outro lugar. Nenhuma sociedade complexa é tão absurdamente desigual como a nossa, na qual quase 70% do PIB é ganho de capital – lucro, juro, renda da terra ou aluguel – e está concentrado no 1% mais rico da população. Por outro lado, só cerca de 30% cabe aos salários dos restantes 99%. Nas sociedades capitalistas mais dinâmicas da Europa, como França e Alemanha, essa relação é inversa. Nós, brasileiros, somos pelo menos o dobro mais tolos que os europeus. Essa deveria ser a real vergonha nacional.
Mas tem muito mais. Essa transferência grotesca de riqueza entre nós é realizada por serviços e mercadorias superfaturados – cobrados pelo mercado e não pelo Estado – com as taxas de juro e de lucro mais altas do mundo, que são cobradas pelos bancos e pelas indústrias cujos lucros e juros vão para o 1% mais rico. E quem são as classes cujos indivíduos são feitos de tolos senão aquelas médias e trabalhadoras ascendentes, precisamente as que consomem os carros com o dobro da taxa de lucro dos carros europeus; pagam taxas de juro estratosféricas para bancos em qualquer compra a prazo; e serviços de celular dos mais caros do mundo, ainda que o serviço seja incomparavelmente pior? Quem é feito de tolo aqui senão partes significativas das classes médias e trabalhadoras ascendentes, muitas das quais defendem o Estado mínimo e o mercado máximo e pagam preços máximos por produtos e serviços mínimos e de baixa qualidade a capitalistas que possuem monopólios para produzir mercadorias e serviços de segunda categoria?
É essa “corrupção organizada” do mercado que “aparece” como milagre do mérito de capitalistas que na verdade herdaram o privilégio e nunca correram nenhum risco. E é essa visão das coisas que é difundida na esfera pública. Se pensarmos duas vezes, no entanto, percebe-se que o Estado é, pasme-se, o único lugar onde a corrupção ainda é visível como tal e tem, portanto, alguma possibilidade de controle real.
Decisivo, também, é o papel das frações majoritárias e conservadoras da classe média de “verdade” entre nós, aquela que tem um estilo de vida e padrão de consumo semelhante a suas irmãs europeia e americana. Essa classe média é a sócia menor do modelo de sociedade para 20% da população e ocupa os cargos de prestígio do mercado superfaturado e monopolizado. Essas frações são a “tropa de choque” do 1% de endinheirados não só porque o defendem na prática nos tribunais, nas salas de aula, nos jornais e em todas as dimensões do cotidiano onde a defesa dos privilégios dessa pequena minoria e de seu sócio menor está em jogo; ela também é quem sai à rua, como nas manifestações de junho de 2013, sequestrando as demandas populares do início dos protestos em nome da eterna corrupção só da política, para defender os interesses da classe de endinheirados que a explora. Afinal, esse 1% é a única parcela que efetivamente tem algo a ganhar quando se encurta o Estado e se mercantiliza toda a sociedade. Nas sociedades que aprenderam a mitigar a produção de desigualdades que o capitalismo estimula, foi o Estado que retirou a saúde, a educação e a previdência das mãos do mercado, de modo a garantir um mínimo de condições básicas de competição social mesmo para quem não nasceu em berço privilegiado. Demonizar o Estado é o pretexto perfeito para quem ganha com a mercantilização total da sociedade, ou seja, o mesmo 1% que já controla toda a riqueza. Mas a tolice das classes médias e frações ascendentes que compram esse discurso como se fosse seu não explica a raiva e o ódio ao uso do Estado – ainda que de modo parcial, incipiente e inconcluso – para os interesses da maioria esquecida da população brasileira.
Isso acontece hoje em dia num grau muito mais alto, posto que essa classe, agora, teme por seu lugar de privilégio devido ao encurtamento do espaço social com as classes populares que foi a principal obra dos últimos governos. O Brasil de hoje ainda marginaliza 60% de sua população das benesses da sociedade moderna, mas o Estado ousou aumentar o número de incluídos no mundo do consumo de 20% para 40%. É a raiva ancestral de uma sociedade escravocrata, acostumada a um exército de servidores cordatos e humilhados, que explica a tolice dos que compram a ideia absurda de mais mercado no país do mercado já mais injusto e concentrado do mundo. A raiva, no fundo, é contra o fato de muitos desses esquecidos estarem agora competindo pelo espaço antes reservado à classe média, como vimos nos “rolezinhos”, nas reclamações dos aeroportos cheios e na perda dos valores de distinção com relação à “gentinha” não mais tão cordata e humilhada. Sem o ressentimento e o desprezo ao populacho – no fundo, o medo da competição social revertido em agressão -, não há como entender que tanta gente seja manipulada por um discurso hoje tão descolado da realidade como o da virtude do mercado e demonização do Estado.
Se existe algum bem na polarização das últimas eleições é que ela mostra os conflitos reais que racham a sociedade contemporânea brasileira: a contradição entre as classes sócias no projeto de construção de uma sociedade para 20% e o projeto inconcluso e incipiente de um Brasil para a maioria da população. A segunda “abolição da escravatura” – hoje não mais de uma raça, mas de uma grande classe de excluídos – proposta por Joaquim Nabuco há mais de cem anos é hoje mais atual que nunca.
Esse é o núcleo do modelo alternativo de sociedade para o Brasil moderno. Central para o sucesso do projeto é que tanto as frações progressistas da classe média – elas também existem – quanto as que hoje são feitas de tolas por seus verdadeiros algozes compreendam que têm muito mais a ganhar com um Brasil mais inclusivo.
A última década de crescimento econômico brasileiro, depois de 30 anos de estagnação, foi obra do esforço e do trabalho da parte de baixo da população, que logrou dinamizar a economia e a sociedade como um todo. Com um mínimo de estímulo, foram as classes populares voluntariosas que encheram de otimismo e vigor uma sociedade estagnada e decadente. O futuro do Brasil, e muito especialmente das classes médias e ascendentes, não aponta para a aliança subordinada com os endinheirados em que o lugar do otário e do esperto já está pré-decidido. Aponta para o novo, para o nunca realizado que é a verdadeira cura para a doença brasileira: o câncer do Brasil para poucos.
Para isso não é preciso muito: só um pouquinho mais de reflexão e generosidade e um pouquinho menos de mesquinharia e tolice.
*Jessé de Souza, doutor em Sociologia pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha, e professor titular da Universidade Federal Fluminense (UFF), é autor de ‘A Ralé Brasileira: euem é e como vive’ (Humanitas)
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A cultura do ódio e recalque estimulados pela mídia nestas eleições
1 de Novembro de 2014, 22:26 - sem comentários aindaTrês vídeos muito interessantes que desvelam o caldo conservador no Brasil.
Desinformação, ignorância e estímulo do ódio para desacreditar instituições e processos democráticos são ingredientes para a fórmula da cultura do ódio que contaminou os eleitores tucanos. Derrotados nas eleições, agora eles partem para a agressão física e verbal.
Libertem-se, ainda há tempo.
O primeiro é histórico, uma animação do Wall Disney de 1943 (com a França ocupada e Hitler no poder)
O segundo Slavoj Žižek explica a ideologia do ódio
E, finalmente, Freixo com seu belíssimo discurso lembrando Todorov
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Jean Wyllys: o udenismo revanchista foi alimentado pela mídia
1 de Novembro de 2014, 21:51 - sem comentários ainda“Muitos fatores podem explicar o resultado de uma eleição, a preferência por um partido ou por outro. Preferências que manterão o PT por mais quatro anos no poder, ou que mantém o PSDB no comando do estado de São Paulo há 20 anos. Em momento algum se pode duvidar da democracia. Mas há o revanchismo, a irresponsabilidade e o ressentimento.
Quando falo em irresponsabilidade, falo também da estupidez de certos apresentadores da tevê, como Diogo Mainardi.”
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Hei, Sheherazade, vai levar os traficantes de classe média pra casa?
1 de Novembro de 2014, 21:11 - sem comentários aindaNão faz muito tempo a apresentadora do SBT, Raquel Sheherazade, utilizando uma concessão pública de TV destilou todo o seu racismo e ódio de classe contra um adolescente negro em situação de rua que foi espancado e amarrado a um post por jovens de classe média da zona sul do Rio de Janeiro (relembre o caso: O Brasil que relincha aplaude Sheherazade).
Os mesmo jovens tratados como herói por Sheherazade são presos com armas, drogas e dinheiro em casa. Traficantes. E agora, Sheherazade, você vai levá-los para casa? E o Brasil que relincha pedindo diminuição da maioridade penal e aplaudindo Sheherazade o que pensa de seus ~heróis~ que fizeram ‘justiça’ com as próprias mãos e agora mostram verdadeiramente quem são?
PS. Detalhe para o ‘primor’ da Manchete do G1: os traficantes que agrediram e amarram no poste um adolescente negro, como se vivêssemos no século XIX, são tratados como ‘jovens’; a vítima desses agressores, o menino em situação de rua, é tratado de ‘infrator’.
Jovens que amarraram infrator em poste são detidos por tráfico
Rapazes de classe média são suspeitos de vender drogas na Zona Sul.
Na casa de um deles, a polícia apreendeu drogas, armas e dinheiro.
Henrique Coelho Do G1 Rio
Dez pessoas foram detidas na manhã desta quinta-feira (30) durante ação da polícia para combater o tráfico de drogas na Zona Sul do Rio. Segundo a polícia, entre os detidos e 44 investigados por relação com a quadrilha estão jovens que participaram do episódio em que um jovem foi amarrado a um poste no Aterro do Flamengo, além de membros da tática black bloc.
Agentes de diferentes delegacias deixaram a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, às 6h da manhã, para cumprir mandados de busca e apreensão em apartamentos de jovens de classe média, em dois bairros da Zona Sul do Rio. Segundo as investigações, eles são suspeitos de vender drogas na área da praça São Salvador, em Laranjeiras, que fica a poucos metros de um quartel do Corpo de Bombeiros.
Na operação de busca e apreensão, foi apreendida farta quantidade de maconha, haxixe, LSD, skunk e outras drogas. Na casa de um dos presos foi apreendida, inclusive, uma balança de precisão.
“Recebemos muitas denúncias no Disque-Denúncia e usuários prestaram depoimento, indicando os locais de compra e venda de drogas, e essas pistas foram corroboradas pela nossa apreensão”, afirmou o delegado Roberto Gomes Nunes, da 9ª DP (Catete), responsável pelo caso, que tem quase duas mil páginas de investigação.
Logo no início da manhã, os agentes fizeram buscas em apartamentos nas ruas Marquês de Abrantes e Senador Vergueiro, no Flamengo.
Outro alvo da operação foi um prédio na Rua das Laranjeiras, onde foi realizada uma prisão, além da apreensão de drogas, arma e dinheiro. O rapaz não resistiu à prisão e com ele foram encontrados uma pistola, munição, haxixe e R$ 27 mil.
O filho do zelador de um prédio da Rua Ipiranga também foi preso. Com ele, os policiais apreenderam maconha e um computador. Os dois jovens presos em flagrante foram levados para a Cidade da Polícia. As investigações duraram 10 meses e agora a polícia espera identificar outros integrantes da quadrilha.
Ao todo, quarenta e quatro pessoas estão sendo investigadas pela Polícia Civil por tráfico e associação por tráfico de drogas.
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