“Eu tinha um cachorro preto, seu nome era depressão”
22 de Dezembro de 2013, 8:12 - sem comentários aindaExcelente iniciativa da Organização Mundial da Saúde: uma animação (com legendas em português) para sensibilizar as pessoas sobre a depressão que afeta cada vez mais gente.
Aqueles que têm alguém próximo afetado por esta terrível doença podem entender o quão difícil é a vida para o depressivo e como ele precisa de ajuda e compreensão. Espalhem entre os amigos e familiares.
PS. Ao menos neste contexto ignorem a cor do cachorro.
Uma faixa exclusiva de ônibus incomoda muito motorista egoísta… 300 km de faixas incomodam muito mais…
21 de Dezembro de 2013, 17:39 - sem comentários aindaJá que a SECOM da PMSP é um órgão completamente inútil e esconde as coisas boas que a gestão do prefeito Haddad está fazendo PARA A MAIORIA DA CIDADE a gente mostra.
Uma faixa exclusiva de ônibus incomoda muita gente…
Por Raquel Rolnik, Yahoo Notícias
19/12/2013
300 km de faixas incomodam muito mais…
Todos os dias, os paulistanos gastam, em média, 2h e 42min para se locomover na cidade. Por mês, são dois dias e seis horas passados no trânsito. Por ano, chegamos a passar, em média, 27 dias presos em congestionamentos.
Não é difícil adivinhar que setor da população puxa essa média pra cima: segundo dados da última pesquisa Origem e Destino, realizada pelo metrô, o tempo gasto pelos usuários de transporte público em seus deslocamentos é 2,13 vezes maior que o de quem usa o transporte individual.
Sob o impulso das manifestações de junho, uma das medidas adotadas em São Paulo para tentar enfrentar o problema do transporte público foi a implementação de faixas exclusivas de ônibus em várias regiões da cidade. Neste final de ano, já são 295 km de faixas exclusivas e um ganho de quase 50% na velocidade média dos ônibus, que subiu de 13,8 km/h para 20,4 km/h.
Mas a medida vem descontentando, principalmente, usuários de automóvel particular, que têm passado mais tempo em congestionamentos desde a instalação das faixas. Sobre o assunto, um dos primeiros que se manifestou contrariamente às faixas foi o Estadão, que em um editorial do mês de outubro acusou a gestão municipal de “má vontade com o transporte individual”.
Recentemente foi a vez de a revista Época São Paulo decretar em manchete de capa que a experiência das faixas “deu errado”. Na matéria, a revista acusa a frota de ônibus paulistana de ter recebido “tratamento VIP” em diversas ruas da cidade.
Quem fala em “má vontade com o transporte individual” e em “tratamento VIP” dado aos ônibus parece desconhecer o fato de que os carros particulares, que transportam apenas 28% dos paulistanos, ocupam cerca de 80% do espaço das vias. Enquanto isso, os ônibus de linha e fretados, que transportam 68% da população, ocupam somente 8% desse espaço.
Esses números só confirmam que, na verdade, a “má vontade” de nossos gestores sempre se voltou ao transporte coletivo e quem sempre usufruiu de “tratamento VIP” foram os carros… afinal, o transporte por ônibus em nosso país sempre foi considerado “coisa de pobre” e, como tal, nunca precisou ser eficiente, muito menos confortável.
Em São Paulo, de fato, 74% das viagens motorizadas da população com renda até quatro salários mínimos são feitas por modo coletivo. De imediato, a implementação das faixas exclusivas de ônibus beneficia especialmente essa população, que depende do transporte público e historicamente é a mais afetada pela precariedade do sistema.
Entretanto, apenas criar faixas exclusivas, sem introduzir mudanças substanciais na qualidade, regularidade e distribuição dos ônibus, não vai produzir a mudança desejada de não apenas propiciar conforto para quem já é usuário, mas também atrair novos usuários, que hoje se deslocam em automóveis.
Isso inclui desde medidas básicas, como comunicar aos passageiros quais linhas passam em cada ponto, até a melhoria da distribuição das linhas e sua frequência.
Evidentemente, um plano de melhorias a ser implementado ao longo dos próximos anos é necessário para que este conjunto de aspectos seja atacado. Se este plano existe, onde se encontra? Quando foi lançado e por quem foi debatido antes de ser adotado?
Parte das avaliações negativas com relação ao transporte público tem a ver também com isso: anunciam-se medidas e não se pactua uma intervenção articulada, de longo prazo, em que os usuários consigam saber o que, quando e como será alterado…
Wilson Damázio cai depois das declarações preconceituosas para justificar violência policial
21 de Dezembro de 2013, 13:28 - sem comentários aindaLeia também:
Quantas mulheres já foram abusadas por esse pensamento de que “O policial exerce um fascínio no dito sexo frágil”?
DECLARAÇÕES DERRUBAM SECRETÁRIO
Fabiana Moraesfmoraes@jc.com.brO baiano Alessandro Carvalho Liberato de Mattos é o novo secretário de Defesa Social de Pernambuco, após pedido de desligamento do delegado Wilson Damázio, que estava no cargo desde abril de 2010. O ato foi provocado por causa da repercussão de suas declarações na entrevista publicada ontem no Jornal do Commercio e que integra a série Casa-grande & senzala. O governador Eduardo Campos disse ao JC que não titubeou em aceitar o pedido de exoneração de Damázio: “Em função das declarações, do que conversamos e da entrega do cargo, eu não pensei duas vezes. Lamento profundamente”.
Na entrevista, Damázio, que foi procurado pela repórter Fabiana Moraes depois dos relatos de abuso de poder (incluindo abuso sexual) do Grupo de Ações Táticas Itinerantes (Gati), da Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicleta (Rocam) e Patrulha do Bairro, disse que não aceitava mais comportamentos inadequados da corporação e que os casos registrados estavam sendo punidos, a exemplo dos dois policiais (Patrulha do Bairro) que ano passado foram acusados de forçar uma mulher a praticar sexo oral em ambos dentro de uma viatura. Ao mesmo tempo, o chefe da segurança civil do governo Eduardo Campos deixou clara uma postura que não condiz com a importância de seu cargo – e não se trata de uma importância relativa ao status, e sim na responsabilidade urgente de se capacitar policiais que não conheçam direitos humanos apenas através de cartilhas. Na conversa, homossexuais foram relacionados à ideia de “desvio de conduta” e mulheres foram alvo de preconceito e generalização: segundo o secretário, elas tem fascínio por policiais fardados.
Na carta na qual colocou o cargo à disposição, Wilson Damázio afirmou que as palavras ditas não constituem seu pensamento nem visão do mundo, “razão pela qual repilo os termos e peço desculpas a todos aqueles que porventura tenham se sentido ofendidos”. Disse ainda que a entrevista que embasou a reportagem foi interrompida em vários momentos, o que teria permitido o desenvolvimento, nos intervalos, de conversações informais, em tom de brincadeira “e termos que, reconheço, foram inapropriados e inadequados”. No entanto, no momento em que relata uma das frases que mais provocaram reação (“Não sei por que mulher gosta tanto de farda”), Wilson Damázio respondia a uma observação sobre os policiais que foram pegos, no Ceará, praticando sexo oral em mulheres, dentro das viaturas. O ex-secretário ainda escreveu que suas palavras e a história de sua vida “podem ser confundidas com as políticas desenvolvidas pelo governo do Estado que vem revolucionando a Segurança Pública no Brasil com transparências, práticas cidadãs além de total e absoluta intolerância com qualquer conduta contrária aos direitos humanos, à liberdade de expressão e à proteção dos direitos individuais da pessoa humana”.
NADA MUDA
Pouco depois, o governador Eduardo Campos aceitou o pedido de exoneração em uma reunião com Damázio. Ali, ele designou o delegado federal Alessandro Carvalho para ficar à frente da pasta e disse que o Pacto pela Vida não sofrerá alterações.
“O Pacto pela não é uma política minha, nem do governo, nem da Secretaria de Defesa Social. É um programa da sociedade, construído com a academia, os movimentos sociais e o Ministério Público. Esses valores têm que preservados”, afirmou o governador em entrevista a veículos dos Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, na sede provisória do governo, no Centro de Convenções.
Eduardo Campos ainda deu a entender que o episódio pode ser utilizado na campanha presidencial do ano que vem. “O Pacto pela Vida é uma política exitosa. Tomei a decisão para que ele não se torne palco de uma disputa que eu, efetivamente, não desejo”, salientou o governador, pré-candidato à sucessão da presidente Dilma Rousseff.
O governador disse ainda que estranhou as declarações do agora ex-secretário. “ME somo a muitos que estranharam algumas declarações dadas pelo secretário Wilson Damázio. Quem o conhece sabe que ele cultua valores que estão bem distantes do que dão a entender aquelas declarações.”
Eduardo declarou também que, com a substituição na cúpula da SDS, espera que o trabalho não seja atrapalhado. “Para mim, o episódio está superado. Aproveito para agradecer a Damázio pelos 30 anos de serviços prestados a Pernambuco. Ele serviu de forma correta.”
Alessandro Carvalho assumiu a função de delegado-chefe da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, no Paraná, em 2006 e atualmente ocupava a Secretaria-executiva de Defesa Social.
MOVIMENTOS SOCIAIS CONDENAM ENTREVISTA
A entrevista concedida pelo secretário de Defesa Social Wilson Damázio, publicada ontem no Jornal do Commercio, fechando a série Casa-grande & senzala, provocou forte reação dos movimentos de direitos civis do Estado. Ontem à tarde foi realizada no Gabinete de Assessoria Jurídica às Associações Populares (Gajop), no Centro, coletiva com representantes de 26 grupos, entre eles o Movimento Nacional de Direitos Humanos, Direitos Urbanos/Recife, Fórum de Mulheres de Pernambuco e Fórum LGBT de Pernambuco. O grupo deverá entrar com representação no Ministério Público de Pernambuco para cobrar a responsabilidade civil do secretário.
Na internet, foram centenas de manifestações, entre elas a do delegado da Polícia Civil Igor Leite, que foi contundente em sua fala: nela lembrava que tanto ele quanto o chefe da Associação dos Delegados de Pernambuco (Adeppe), Flaubert Queiroz, foram notificados. Ele, por ter sido contrário à retirada de um policial do plantão. O outro, por ter recomendado a investigação de eventuais abusos praticados por PMs.
Clique aqui para ver a nota das ONGs contra as declarações
Para Rodrigo Deodato, do Gajop, a fala só confirma o pensamento não apenas do secretário, mas de toda uma parcela da corporação. “É um grupo que anda afastado da efetivação dos direitos humanos, que mostra descompromisso com a luta do rol de direitos de todas e todos.” Mariana Azevedo, do Fórum de Mulheres de Pernambuco, não viu novidade na entrevista: “Não é a primeira vez que ele tem uma postura como essa. As posições dele durante as manifestações populares mostraram isso. Só confirma o que vivemos nas ruas, a violência institucional não só em relação aos movimentos sociais, mas com mulheres, negros. A prioridade pelos números do Pacto Pela Vida se sobrepõe à vida das pessoas”, disse. Sobre a questão da homofobia, Thiago Rocha, do Fórum LGBT, disse, em nome da entidade, que homossexuais não se reconhecem como fora de uma conduta. “Estamos fartos de ser colocados dessa forma, dessa ideia de um ‘padrão tradicional’. Nós fazemos parte dessa cultura.”
O grupo questionou a postura do governo em promover políticas públicas voltadas ao público LGBT, que seria incoerente com as declarações do secretário, e publicou nota repudiando o discurso de Damázio. Intitulado Pacto Seletivo pela Vida: desvio de conduta é a fala do Secretário, o texto faz referência à afirmação dele de que homossexuais apresentam desvio de conduta, pois fogem “ao padrão de comportamento da família brasileira tradicional”.
Segundo a nota assinada pelo coletivo, “além de provocar indignação e revolta, as declarações tornam nítida a forma de gestão da segurança pública em Pernambuco e o descompromisso do governo Eduardo Campos com a luta contra a violência patriarcal – que só é tratada na sua vertente doméstica, deixando de lado toda a gama de situações violentíssimas e de violação de direitos humanos de meninas e mulheres, como as abordadas na matéria do JC. O machismo institucional impregnado nas palavras do secretário é o mesmo que está presente na atuação da polícia. Assim, é conivente e legitima estupros, espancamentos e abusos cometidos por policiais nas noites do Recife.”
Quantas mulheres já foram abusadas por esse pensamento de que “O policial exerce um fascínio no dito sexo frágil”?
20 de Dezembro de 2013, 15:03 - sem comentários aindaA leitora Nadja Granja Falcone envia o seguinte trecho da declaração do Secretário de Segurança de Pernambuco:
Declaração do secretário de Segurança de Pernambuco
“O policial exerce um fascínio no dito sexo frágil. Eu não sei por que é que mulher gosta tanto de farda. Todo policial militar mais antigo tem duas famílias, tem uma amante, duas. É um negócio. Eu sou policial federal, feio pra c**.. a gente ia pra Floresta (Sertão), para esses lugares. Quando chegávamos lá, colocávamos o colete, as meninas ficavam tudo sassaricadas. Às vezes tinham namorado, às vezes eram mulheres casadas. Pra ela é o máximo tá dando pra um policial. Dentro da viatura, então, o fetiche vai lá em cima, é coisa de doido.”
“Quer dizer: desvio de conduta a gente tem em todo lugar. Tem na casa da gente, tem um irmão que é homossexual, tem outro que é ladrão, entendeu? Lógico que a homossexualidade não quer dizer bandidagem, mas foge ao padrão de comportamento da família brasileira tradicional. Então, em todo lugar tem alguma coisa errada, e a polícia… né? A linha em que a polícia anda, ela é muito tênue, não é?”
A entrevista completa: JConline
E Nadja pergunta:
Quantas mulheres já foram abusadas por esse pensamento de que “O policial exerce um fascínio no dito sexo frágil”?
Quanto gays já apanharam porque na mentalidade de policiais como o secretário de segurança de Pernambuco ser gay é “desvio de conduta”?
E o que será “padrão de comportamento da família brasileira tradicional”?
Deus me livre e guarde minha família desse tal ”
padrão de comportamento”
“Por qualquer bugiganga ou caco de espelho estavam se entregando, de pernas abertas, aos ‘caraíbas’ gulosos de mulher” (trechos extraídos de Casa Grande & Senzala. 41ª edição, Rio de Janeiro,Record, 2000)
Quantas mulheres já foram abusadas por esse pensamento de que “O policial exerce um fascínio no dito sexo frágil”?
20 de Dezembro de 2013, 15:03 - sem comentários aindaA leitora Nadja Granja Falcone envia o seguinte trecho da declaração do Secretário de Segurança de Pernambuco:
Declaração do secretário de Segurança de Pernambuco
“O policial exerce um fascínio no dito sexo frágil. Eu não sei por que é que mulher gosta tanto de farda. Todo policial militar mais antigo tem duas famílias, tem uma amante, duas. É um negócio. Eu sou policial federal, feio pra c**.. a gente ia pra Floresta (Sertão), para esses lugares. Quando chegávamos lá, colocávamos o colete, as meninas ficavam tudo sassaricadas. Às vezes tinham namorado, às vezes eram mulheres casadas. Pra ela é o máximo tá dando pra um policial. Dentro da viatura, então, o fetiche vai lá em cima, é coisa de doido.”
“Quer dizer: desvio de conduta a gente tem em todo lugar. Tem na casa da gente, tem um irmão que é homossexual, tem outro que é ladrão, entendeu? Lógico que a homossexualidade não quer dizer bandidagem, mas foge ao padrão de comportamento da família brasileira tradicional. Então, em todo lugar tem alguma coisa errada, e a polícia… né? A linha em que a polícia anda, ela é muito tênue, não é?”
A entrevista completa: JConline
E Nadja pergunta:
Quantas mulheres já foram abusadas por esse pensamento de que “O policial exerce um fascínio no dito sexo frágil”?
Quanto gays já apanharam porque na mentalidade de policiais como o secretário de segurança de Pernambuco ser gay é “desvio de conduta”?
E o que será “padrão de comportamento da família brasileira tradicional”?
Deus me livre e guarde minha família desse tal ”
padrão de comportamento”
“Por qualquer bugiganga ou caco de espelho estavam se entregando, de pernas abertas, aos ‘caraíbas’ gulosos de mulher” (trechos extraídos de Casa Grande & Senzala. 41ª edição, Rio de Janeiro,Record, 2000)