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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
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No Paraná tucano: greve geral do funcionalismo público

8 de Fevereiro de 2015, 19:52, por Desconhecido

Os professores em assembleia já decidiram aderir à greve geral do funcionalismo. Bombeiros e policiais militares sinalizam que podem aderir e mais, oficiais da PM prometem ser solidários aos manifestantes e não reprimir grevistas:

“Se forem convocados para trabalhar na Assembleia, no dia 9, não sejam violentos nem agridam os professores ou outros manifestantes. Somos policiais em defesa do povo paranaense… Não vamos repetir o que houve no passado onde muitos professores foram agredidos de maneira covarde”, orientou capitão Walter, da Patrulha Escolar de Londrina.”

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Foto montagem e citação do comando da polícia militar: blog do Esmael.

Créditos da Capa do Post: Assembleia dos Professores Paranaenses que decidiram adesão à greve geral do funcionalismo público do Paraná. Foto: Jean Carlo.

Educação aprova reinstalação da greve a partir de segunda (09)

APP Sindicato

Uma multidão de mais de sete mil educadores(as), de todo o Paraná, votou favorável a greve geral por tempo indeterminado

Um coro poderoso gritava: “Greve, greve, greve!”. Foi assim que, por unanimidade, a categoria aprovou a reinstalação da greve geral, por tempo indeterminado, dos(as) trabalhadores(as) em educação pública do Paraná.  Oficialmente, a greve inicia às 07h da segunda-feira, dia 9. O desmonte das carreiras no Estado foi o elemento catalisador que levou milhares de professores, professoras, funcionários e funcionárias de escola a uma das maiores assembleias estaduais da categoria dos últimos anos. Cerca de dez mil educadores(as) participaram da assembleia, além de centenas de trabalhadores de outras áreas, estiveram no estacionamento do Guarapuava Esporte Clube neste sábado, dia 7.

Desde o início da manhã, com a chegada das caravanas vindas de vários municípios, era claramente perceptível a indignação dos(as) educadores(as). Faixas, camisetas, versões de músicas (usando o governador Beto Richa como mote) davam conta do que seria a assembleia. Na acolhida, o presidente da APP, professor Hermes Leão, destacou o momento histórico. Ao encaminhar a votação da retomada da greve geral – que estava suspensa desde abril do ano passado – a categoria ovacionou a proposta, encaminhada pelo Conselho Estadual da APP (que se reuniu na sexta-feira). 

Após a assembleia, a categoria saiu em caminhada, pela ruas de Guarapuava, para dar uma amostra das mobilizações que ocorrerão no Estado nos próximos dias, a começar pela concentração e audiência pública em frente a Assembleia Legislativa a partir das segunda-feira, dia 9, às 9h. Além da deliberação da greve, os(as) educadores(as) também aprovaram a:

PAUTA DA GREVE
1. Retirada ou rejeição dos projetos de lei PLC 06/2015 e o 60/2015 (a nomenclatura que receberam as duas mensagens enviadas pelo governador à Assembleia Legislativa do Paraná na última semana);
2. Pagamento imediato dos salários em atraso (PSS, 1/3 de férias, auxílio alimentação, conveniadas);
3. Retomada das negociações sobre os temas educacionais e a organização escolar;
4. Retomada do Porte das Escolas (tendo como referência mínima dezembro de 2014).

PONTOS IMEDIATOS PARA NEGOCIAÇÃO
1. Retomada imediata dos projetos educacionais e programas;
2. Abertura e reabertura de turmas/matrículas, contra a superlotação das salas de aulas;
3. Nomeados de todos(as) os(as) concursados(as);

PROPOSTA DE CALENDÁRIO ORGANIZATIVO
08/02 -  Convocação pública de audiência com deputados nos municípios onde moram;
08/02 e 09/02 - Organização dos comandos de greve;
09/02 – INÍCIO DA GREVE e:
:: Concentração e audiência pública em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), às 09h;
:: Recepção à comunidade escolar em frente às escolas, para informes sobre a GREVE;
:: Lobby junto aos(às) deputados(as);
:: Acompanhamento da sessão plenária, na Alep, às 14h.
10/02 – Manifestação conjunta com os(as) servidores(as) – FES – em Curitiba (organizar as caravanas);
:: Preparação de painel com o governador e deputados(as) estaduais aliados X traidores/inimigos da educação pública e dos(as) servidores(as) públicos(as);
:: Recepção ao governador e a vice-governadora e deputados(as);
:: Ato de repúdio ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) frente ao seu posicionamento em relação ao auxílio transporte dos(as) servidores(as) da Educação;
:: Aprovação dos comandos de greve e encaminhamentos aprovados pelo Conselho Estadual.

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Na Globo a ordem é clara: nenhuma menção a FHC na cobertura da Lava Jato

8 de Fevereiro de 2015, 18:30, por Desconhecido

Esta semana diversos ativistas e profissionais de comunicação digital debateram num post do Emerson Luis a matutice digital do PT e do governo Dilma. Sem exceção, muita gente que entende do riscado não consegue ver a estratégia de comunicação nem do partido nem do governo petista.

Hoje, Luis Nassif dá uma aula grátis sobre como se opera a manipulação midiática e como todos nós, estamos estarrecidoa diante da completa ausência de política de comunicação de um governo e uma presidenta diuturnamente atacados sem exibir qualquer reação efetiva.

Continuo perguntando à presidenta Dilma, quando ela fará uso de um direito constitucional de falar com o povo brasileiro em cadeia nacional contra este massacre cuidadosamente elaborado nos porões golpistas? Quando ela efetivamente virá ao combate como nos falou durante uma coletiva no ano passado?

Crédito da Imagem de capa: Twitter

“Ontem,  a diretora da Central Globo de Jornalismo, Silvia Faria, enviou um e-mail a todos os chefes de núcleo com o seguinte conteúdo:

“Assunto:  Tirar trecho que menciona FHC nos VTs sobre Lava a Jato

Atenção para a orientação 

Sergio e Mazza: revisem os vts com atenção! Não vamos deixar ir ao ar nenhum com citação ao Fernando Henrique”.

O recado se deveu ao fato da reportagem ter procurado FHC para repercutir as declarações de Pedro Barusco – de que recebia propinas antes do governo Lula.”

A estratégia de Dilma para a guerra da comunicação: “virem-se”

Por Luis Nassif, Jornal GGN

08/02/2015

golpistas

São curiosos esses tempos de crise e de vácuos de poder.

Recentemente foi divulgada uma entrevista de Jango com John Foster Dulles, o brasilianista, em 15 de novembro de 1967.

Na entrevista, um mea culpa: “Goulart disse que em seus esforços para promover reformas estruturais, ele fez concessões demais a grupos políticos no Brasil”.

O objetivo era aprovar as reformas estruturais: “Foram reformas em prol da independência, do desenvolvimento, do bem-estar do povo e da justiça social. A justiça social não era algo no sentido marxista ou comunista”.

Mostrou como a ampliação dos meios de comunicação aumentou as demandas da população: “Hoje, com o uso amplo de rádios e televisores, o povo pobre vê as condições melhores que existem em outros lugares. O grande problema é a justiça social. Não é um problema de comunismo. Mas a insatisfação pode se converter em revolta se as condições não melhorarem. 92% da América Latina se encontra na condição mais precária possível”.

Finalmente, mencionou a campanha da imprensa contra seu governo: “Houve uma campanha para envenenar a opinião pública contra “meu governo”. Goulart disse que a imprensa estava contra seu governo. Ele acrescentou que a imprensa tem problemas financeiros e é influenciada por grandes grupos empresariais”.

Na raiz de todo acirramento da mídia estão problemas financeiros provocados por épocas de transição tecnológica. Foi assim nos anos 20, com o advento do rádio; nos anos 50, com o início da TV; nos anos 60, com a crise financeira dos jornais. E agora.

Do ponto de vista financeiro, tem-se a seguinte situação:

1.     No ano passado, pela primeira vez a Rede Globo fechou no vermelho. A empresa está revisando todo seu modo de produção, acabando com os contratos permanentes com artistas, que eram mantidos no cast, muitas vezes sem aproveitamento, apenas para não serem contratados por competidores. O quadro está tão complicado, que a ABERT (Associação Brasileira das Empresas de Rádio e Televisão) levantou o veto que tinha em relação à TV digital, vista agora como uma forma de faturamento suplementar

2.     A Editora Abril está se esvaindo em sangue. O valor do vale refeição caiu para R$ 15,00, que só cobre o preço do refeitório instalado no prédio. Há informações de que até o refeitório será desativado nos próximos dias. As redações estão abrindo mão de jornalistas experientes, sendo trocados por novatos sem grande experiência.

3.     O Estadão está há tempos à venda.

4.     A Folha caminha para ser, cada vez mais, uma editoria da UOL.

É uma questão de vida ou de morte: ou empalmam o poder ou tornam-se irrelevantes.

O jogo da informação

É por aí que se entende a campanha da mídia em busca do impeachment.

Os vícios do modelo político brasileiro afetam todos os partidos. Mais ainda o governo FHC com a compra de votos e as operações ligadas ao câmbio e à privatização. A gestão Joel Rennó foi das mais controvertidas da história da empresa.

Ao tornar o noticiário seletivo, os grupos de mídia conspiram contra o direito à informação, centrando todo o fogo em uma das partes e blindando todos os malfeitos dos aliados.

Ontem,  a diretora da Central Globo de Jornalismo, Silvia Faria, enviou um e-mail a todos os chefes de núcleo com o seguinte conteúdo:

“Assunto:  Tirar trecho que menciona FHC nos VTs sobre Lava a Jato

Atenção para a orientação 

Sergio e Mazza: revisem os vts com atenção! Não vamos deixar ir ao ar nenhum com citação ao Fernando Henrique”.

O recado se deveu ao fato da reportagem ter procurado FHC para repercutir as declarações de Pedro Barusco – de que recebia propinas antes do governo Lula.

No Jornal Nacional, o realismo foi maior. Não se divulgou a acusação de Barusco, mas deu-se todo destaque à resposta de FHC (http://migre.me/oyiwP) assegurando que, no seu governo, as propinas eram fruto de negociação individual de Barusco com seus fornecedores; e no governo Lula, de acertos políticos.

Proibiu-se também a divulgação da denúncia da revista Época (do próprio grupo) contra Gilmar Mendes.

estadao_manipulação

No Estadão, a perspectiva de um racionamento inédito de água, assim como as repercussões na saúde e na economia, é tratado da seguinte maneira.

Se não vierem chuvas até março, a SABESP finalmente adotará o racionamento. Era essa a posição da empresa desde o ano passado e foi impedida pelo governador Geraldo Alckmin.

Só após a posse do novo presidente, Jerson Kelman, a SABESP conseguiu romper com os vetos de Alckmin ao racionamento. Respeitado internacionalmente, Kelman assumiu declarando que crises de água precisam ser tratadas com coragem e racionamento.

Segundo a matéria do Estadão, “A pedido do governador Geraldo Alckmin (PSDB), o presidente da SABESP Jerson Kelman definirá até o fim da semana um nível mínimo de segurança do Sistema Cantareira”.

A total falta de atitudes de Alckmin é convertida em “monitoramento diário”.  Algumas reportagens relataram o fato da única atitude de Alckmin consistir em consultar um aplicativo de tempo no seu celular, para torcer pela chegada das chuvas.

Na reportagem do Estadão, essa demonstração de amadorismo, de um governador sem nenhum conhecimento de questões hídricas monitorar “pessoalmente” as chuvas, converte-se em uma prova de responsabilidade: ”O quadro hídrico vem sendo monitorado pessoalmente pelo governador e sua equipe diariamente e debatido em reuniões que acontecem a cada dois dias no Palácio Bandeirantes”.

Na home do Estadão, uma reportagem especial sugere que a responsabilidade pela crise é do prefeito Fernando Haddad   que deixou de aplicar um programa de despoluição da Billings. O título na home é “Governo Haddad deixou de investir R$ 1,6 bi em represas”.

Na matéria interna, esclarece-se que os problemas são a não liberação de recursos pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o fato dos valores de licitação do programa – feitos na gestão Kassab  – incluírem insumos (como asfalto e cimento) em valores acima do teto estabelecido pela Caixa Econômica Federal.

Os fatos e a campanha

Mesmo com todo o poder de fogo, sozinhos os grupos de mídia não conseguem criar um mundo virtual. Ainda mais nesses tempos de redes sociais, o enfrentamento precisa ser dado através de uma estratégia de comunicação – que também não é algo feito no ar. Ela precisa estar subordinada a uma estratégia política, à identificação dos pontos nevrálgicos do noticiário, ao tratamento antecipado de todo tema sensível, à criação da agenda positivo.

De qualquer modo, na primeira reunião com seu Ministério, Dilma já definiu sua estratégia de comunicação. Juntou os Ministros e ordenou a eles mais ou menos o seguinte:

-       Vocês precisam entrar na batalha de comunicação.

Eles:

- Como?

E ela, mais ou menos assim:

-       Virem-se.

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A fala lamentável de Rui Costa e o genocídio negro institucionalizado

8 de Fevereiro de 2015, 16:03, por Desconhecido

Revolta e causa indignação um governador eleito pelo PT endossar sem investigação a ação da polícia, historicamente autoritária e não raro agindo fora da lei.

O uso de metáfora futebolística de modo tão inapropriado só aumenta a gravidade de como está sendo conduzida a ação do governo baiano diante da chacina de 12 jovens negros no Cabula:

Segundo Rui Costa é preciso, em poucos segundos, “ter a frieza e a calma necessárias para tomar a decisão certa”. “É como um artilheiro em frente ao gol que tenta decidir, em alguns segundos, como é que ele vai botar a bola dentro do gol, pra fazer o gol”, comparou. “Depois que a jogada termina, se foi um golaço, todos os torcedores da arquibancada irão bater palmas e a cena vai ser repetida várias vezes na televisão. Se o gol for perdido, o artilheiro vai ser condenado, porque se tivesse chutado daquele jeito ou jogado daquele outro, a bola teria entrado”, continuou.

A matança da população jovem, do sexo masculino e da cor negra no país é algo tão naturalizada que não indigna e nem comove a população brasileira. Ao contrário, possíveis vítimas nas favelas, morros e periferias dos grandes centros vivem legitimando tais ações e pedindo ‘pena de morte’ para os ‘bandidos’. Como se a pena de morte pra este grupo populacional já não existisse.

Vários programas em todos os canais televisivos expõem corpos negros cravados de bala, mutilados, ovacionam ações ilegais da polícia, repetem várias vezes cenas de tortura, linchamentos na hora do almoço e jantar.

Âncoras de telejornais louvam pitboys brancos, de classe média, justiceiros que amarram e espancam adolescentes negros em postes. Ao serem questionados de usar uma concessão pública para estimularem o crime, desqualificam a luta pelos direitos humanos e debochadamente anunciam: “Está com dó? Leva pra casa”. E quando se descobre que os jovens de classe média justiceiros traficavam drogas não há nenhum comentário de retratação no horário nobre ou qualquer tratamento desumanizador diante do caso já que os bandidos em questão são brancos e de classe média.

70% dos jovens assassinados no Brasil, ano após ano, são da cor negra. Isso tem de significar algo, mas não significa. A mentalidade escravagista, que desumanizou a pessoa negra no Brasil continua firme e forte. É o que faz um governador, eleito pelo PT, fazer um dos discursos mais lamentáveis da história.

Enquanto isso, a polícia que aplaude ruidosamente o governador é acusada de assassinar 12 pessoas que já estavam rendidas.

Testemunha diz que vítimas da chacina do Cabula (BA) estavam rendidas

Claudia Belfort, na Ponte

07/02/2015

Segundo o homem, que pediu para não ter o nome revelado, os rapazes estavam rendidos e desarmados quando foram executados

Um morador do bairro Cabula, Salvador, desmentiu a versão da Polícia Militar da Bahia, sobre o assassinato de 12 jovens numa suposta troca de tiros, na madrugada de sexta-feira, 06/01. Segundo o homem, que pediu para não ter o nome revelado, os rapazes estavam rendidos e desarmados quando foram executados, a informação é do jornal Correio, de Salvador.

chacina cabula
Corpos dos jovens no Hospital Roberto Santos

“Nossos contatos com organizações sociais e relatos da comunidade mostram que há indícios de que algumas dessas mortes foram feitas com as pessoas já rendidas”, afirma Átila Roque, diretor da Anistia Internacional, que pediu ao Governo da Bahia uma investigação minuciosa sobre os assassinatos e proteção às testemunhas do caso. O Reaja ou será mort@, articulação de movimentos e comunidades de negros e negras da Bahia, também encaminhou à Secretaria de Segurança Pública da Bahia, um pedido de reunião com a participação da Anistia Internacional e Justiça Global até a terça-feira (10/02)

A reportagem da Ponte teve acesso a três diferentes vídeos dos corpos das vítimas, feitos no Hospital Roberto Santos, para onde elas foram levadas. Três deles têm marcas de bala nas costas, outros três apresentam ferimentos a bala no peito, e um deles aparece com um curativo em volta de toda cabeça. Num dos vídeos é possível ver um policial fardado gravando imagens dos corpos com seu telefone celular. As imagens são muito fortes, e optamos por não publicar.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, o tiroteio aconteceu por volta das 4h, na Estrada das Barreiras. A Rondesp (Rondas Especiais), da PM, havia recebido uma denúncia de que um grupo planejava assaltar uma agência bancária na região e nove policiais, divididos em três viaturas, foram atender ao chamado. Quando chegaram ao local, os PMs encontraram um veículo e cerca de seis homens próximos a uma agência da Caixa Econômica. Ao se dirigirem ao grupo, eles atiraram contra os agentes e fugiram em direção a um matagal, onde havia outros integrantes da quadrilha escondidos, num total de cerca de trinta pessoas.

Na troca de tiros, além dos 12 mortos, outros três rapazes ficaram feridos e um sargento foi atingido na cabeça de raspão. “É surreal um grupo de 30 homens trocarem tiros com 9 policiais e só atingirem de raspão um sargento”, disse à Ponte outro morador do local.

Em entrevista coletiva, o governador da Bahia, Rui Costa, disse que a princípio não haverá afastamento de policiais, por não haver indícios de atuação fora da lei no caso. “Quando uma operação policial que termina com 12 mortos é vista como normal, isso demonstra a falência do sistema de segurança pública”, comentou Roque.

Na comunidade o clima é tenso. “Desde ontem (sexta) o comércio está fechando às 17h, hoje ouvimos foguetes o dia inteiro, e aqui quando tem foguete, em algum momento tem tiro”, afirmou à Ponte uma moradora do local, que também pediu para ter a identidade preservada. “Tem gente desesperada aqui, está cheio de polícia na comunidade”.

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Num mundo onde tudo é descartável a sabedoria de Sebastião Salgado

8 de Fevereiro de 2015, 13:51, por Desconhecido

Hoje, por causa de um post de Mia Couto no Facebook, descobri um programa de entrevistas da TV Brasil chamado Espaço Público, exibido em 02/09/2014, no qual o fotógrafo brasileiro e conhecido mundialmente, Sebastião Salgado, fala de seu trabalho e do que lhe move: a condição humana e sua imensa fragilidade no planeta terra.

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Vale a pena conhecer um pouco mais deste fotógrafo magistral:

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Radicado na França, Salgado já percorreu mais de 100 países registrando em milhares de fotos a condição humana e também a beleza e degradação do planeta.

Economista por formação, o mineiro Sebastião Salgado já trabalhou nas principais agências de fotofrafias da Europa, como as agências Sygma, Gamma e Magnum Photos. Suas imagens, sempre em preto e branco, estão no caminho entre o jornalismo e a arte.

A preocupação com o meio ambiente, revelada nas obras do premiado fotógrafo abriu espaço para a criação do Instituto Terra, que tem como objetivo a preservação da floresta e o desenvolvimento sustentável. Junto com a esposa, Salgado já recuperou uma extensa área da Mata Atlântica no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, com a plantação de um milhão e meio de árvores.

Na entrevista Sebastião Salgado fala das suas experiências pelo mundo e sobre o seu mais recente trabalho: a mostra Genesis, que também virou livro. O projeto levou oito anos para ser concluído com mais de 30 viagens pelo mundo, aos lugares mais remotos e intocados do planeta.

Entre outros trabalhos fotográficos que resultaram em publicações estão Trabalhadores (1996), Terra (1997), Serra Pelada (1999), Outras Américas (1999), Retrato de Crianças do Êxodo (2000), Êxodos (2000), O Fim do Pólio (2003), Um incerto Estado de Graça (2004) e O Berço da Desigualdade (2005).

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Dilma não cede ao mercado: Ademir Bendine no comando da Petrobras

6 de Fevereiro de 2015, 17:17, por Desconhecido

Para o jornalista Breno Altman, Dilma ter escolhido Ademir Bendine para o comando da Petrobras é um grande acerto. Para o professor Gilberto Maringoni também. 

Descubra por quê.

PRESIDENTE DILMA VIRA O JOGO NA PETROBRAS

Por Breno Altman, Ópera Mundi

06/02/2015

A indicação de Aldemir Bendine para o comando da Petrobras é mais do que uma surpresa.

O atual chefe do BB representa linha de resistência diante da escalada de forças privatistas para tomar de assalto a estatal do petróleo.

O mercado estava assanhado, afinal, para fincar cabeça-de-ponte na principal companhia brasileira.

A pressão corporativa e de mídia assumiu, nos últimos dias, dimensões de chantagem contra a presidente Dilma Rousseff.

Se não encontrasse uma solução à la Joaquim Levy para a empresa, iria arder no mármore do inferno.

Muitos apostaram que Dilma bateria novamente a mão no tatame, entregando mais uma trincheira estratégica do Estado para operadores do capital, no afã de relaxar o crescente cerco sobre o governo.

Quem assim o previu, agora morde a língua. Incluindo o modesto signatário desse blog.

A nomeação de Bendine constitui resposta ousada. Apesar de não ser quadro do PT ou da esquerda, com carreira inteiramente construída no Banco do Brasil, é aliado inquestionável do processo de mudanças iniciado em 2003.

Escolhido para dirigir a instituição financeira a partir de 2009, foi peça chave na política de enfrentamento da crise econômica, liderando estratégia agressiva para reduzir juros e expandir crédito, um dos pilares das medidas anticíclicas destinadas a impedir o encolhimento da produção e consumo internos.

Sob sua batuta, o Banco do Brasil ajudou a ampliar a participação dos bancos públicos, forçando grupos privados a reduzirem momentaneamente seus spreads (diferença de juros pagos aos investidores e cobrados dos credores), raridade em nossa história monetária.

Bendine foi uma das vedetes de 2012, marcado pela aposta em reduzir os juros pagos pelo Estado aos fundos financeiros – a taxa básica, descontada a inflação, que havia sido de 4,5% no ano anterior, caiu para 1,41%.

Este avanço foi parcialmente anulado a partir de 2013, quando o governo se julgou sem forças para continuar a batalha deflagrada contra o rentismo e o Banco Central voltou a elevar fortemente a taxa Selic.

O Banco do Brasil perde, então, parte de seu protagonismo, mas tal resultado não pode ser atribuído à gestão do futuro presidente da Petrobras.

Apesar do recuo, Bendine continuou a ser hostilizado pelos setores da imprensa que se conectam à banca privada e haviam desempenhado função de vanguarda na disputa contra a orientação vigente em 2012.

Ainda que não sejam conhecidas publicamente suas posições sobre regime de partilha e política de conteúdo nacional, por exemplo, seria difícil imaginar que venha a ser capturado por interesses de grupos privatistas.

Além do mais, conhece bastante bem a empresa que irá assumir e apresenta inegável expertise no tratamento de imbróglios financeiros, como é o caso.

Sindicatos dos bancários reclamam de sua mão de ferro em embates e negociações salariais, mas é obrigatório reconhecer que os laços de lealdade e identidade de Bendine se entrelaçam com o campo progressista.

Não é à toa que as ações da Petrobras despencaram após a divulgação de seu nome como presidente da empresa.

O mercado precificou o tamanho de sua frustração diante da decisão firme e inesperada da presidente Dilma Rousseff.

___________________

DILMA REAGIU NA PETROBRÁS

Gilberto Maringoni, em seu Facebook

06/02/2015

O “mercado” está detonando a indicação de Aldemir Bendine para a presidência da Petrobras. Idem articulistas da grande mídia, que aproveitam para desqualificar o regime de partilha na exploração do Pré-sal, aprovado por lei há alguns anos.

É bom ter em mente que Dilma tentou reagir a um beco quase sem saída que criou, ao capitular para o capital financeiro na montagem da área econômica de seu governo e ao fisiologismo desbragado nos demais postos de seu ministério. Em ambos os casos, ela traiu o que pregara na campanha.

Agora, não.

Apesar de Bendine não ser nenhuma coca-cola, é um nome anos luz melhor do que conselheiros desinteressados propunham.

Entre as alternativas com “credibilidade no mercado”, estavam Paulo Leme e Henrique Meirelles. Qualquer um dos dois equivalia a uma privatização branca da empresa.

Explica-se.

Leme, executivo do Goldman Sachs é um ultraliberal de anedota. Privatizaria a mãe, se lhe fosse possível. Mora há décadas nos EUA e quis integrar o governo FHC. Nem mesmo o príncipe dos sociólogos se sentiu à vontade para trazê-lo à Brasília.

Meirelles – que teria as bênçãos de Lula – iria pelo mesmo caminho. Ex-presidente do BankBoston, sua gestão no Banco Central ficou inesquecivelmente marcada pela puxada na taxa de juros que deu em 2010, no auge da crise internacional. Legou a Dilma uma sobrevalorização cambial que depenou a indústria de transformação.

Bendine, por sua vez, tem problemas na folha corrida, a começar por um financiamento meio esquisitão que proporcionou a uma apresentadora de TV. Tem, além disso, problemas com a Receita.

Mas Bradesco, Rede Globo e quase todas as grandes empresas brasileiras têm problemas com a Receita. Como Bendine, elas têm de ser cobradas até o último centavo devido.

Bendine apresenta como vantagem o fato de ser funcionário de carreira do Banco do Brasil. Fez sua vida no Estado.

É a salvação da lavoura? Isso se verá nos próximos dias e semanas.

Agora, uma perguntinha fundamental precisa ser feita. Por que a Petrobras, uma empresa estatal, precisa loucamente de credibilidade no mercado?

Por dois motivos básicos.

Primeiro, para obter financiamentos a custo módico.

Segundo, para garantir rentabilidade aos acionistas privados.

Mas por que uma empresa estratégica precisa garantir rentabilidade a acionistas privados?

Porque nos anos 1990, FHC privatizou 40% da companhia, ao abrir seu capital, na bolsa de Nova York, depois de quebrar o monopólio estatal do petróleo.

Se Dilma fosse de fato consequente, aproveitaria a baixa para recomprar as ações e retomar o controle público da empresa, fechando seu capital.

Não fará isso. Falta-lhe coragem e decisão.

Mas evitar que o financismo empalmasse a empresa – sendo Dilma quem é – já está de bom tamanho, por enquanto.

(Agora, falta esclarecer todo o escândalo do Petrolão, para que não falte cadeia a quem merece!

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