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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
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Pedro Ramos de Toledo: A greve dos professores de SP, o silêncio e o tártaro

21 de Março de 2015, 17:34, por Desconhecido

Ontem os professores ocuparam novamente a Paulista, Consolação e Praça da República e de novo embaixo de chuva.

Nenhum destaque na mídia, nenhuma chamada da Rede Globo “vem pra Rua”, nenhum dos indignados do dia 15/03 se juntaram aos professores para lutar pelo desmonte da educação pública levado a cabo pelo tucanato há mais 20 anos governando o Estado de São Paulo.

A imprensa reacionária que ataca os governos progressistas da Venezuela, Equador, Bolívia adoram escrever, por exemplo, que não há papel higiênico na Venezuela. Será que eles já entraram em alguma escola pública do estado de São Paulo? Será que eles sabem que além de faltar água, não ter produtos de limpeza também não há papel higiênico? Por que será que não vemos posts indignados de Augusto Nunes, Reinaldo Azevedo sobre as denúncias dos professores? Seria pelo fato de as escolas públicas do estado estarem sob gestão tucana há mais de 20 anos?

A greve, o silêncio e o tártaro

Por: Pedro Ramos de Toledo, especial para o Maria Frô

“Ser Professor e Não Lutar é uma contradição pedagógica” Paulo Freire

Na rede pública do Estado de São Paulo, a Angústia, a Insatisfação e a Sensação de Fracasso Profissional não faltam um único dia. Não abonam, não tiram licença médica e podem ser encontrados na sala dos professores das 7h às 23h, diariamente, entre a copa do cafezinho e a sala da direção. Verdadeiros profissionais, nunca chegam atrasados (o fato de morarem na escola ajuda bastante nesse quesito) e se gabam de receber, anualmente, o bônus dedicado aos “excelentes profissionais” que fazem do “mérito” uma importante política de incentivo. E como todo “funcionário-padrão”, nunca, nunca fazem greve.

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Este ano o bônus foi bem gordo e Angústia foi às compras. Os cortes de verbas repassadas às escolas conduziram à carência e à paralisação das atividades administrativas das Unidades Escolares (UEs). Secretarias deixaram de emitir documentos simples devido à falta de papel sulfite e toner. As áreas comuns se tornaram verdadeiros chiqueiros por falta de material de limpeza; nem mesmo papel higiênico era encontrado. A verba de manutenção, utilizada para dar um “tapa” nos horrorosos galpões escolares durante as férias, desapareceu. Ninguém sabe, ninguém viu. As aulas retornaram do mesmo jeito que acabaram no ano anterior: “saunas” de aula sem ventiladores; paredes pichadas e sujas; carteiras e cadeiras quebradas.

Insatisfação não deixou por menos. Mais de 3.300 salas de aula foram fechadas, colocando na rua 20.000 professores que laboravam de sol a sol em estado precário. Milhares de professores efetivos foram obrigados a completar a jornada em até quatro escolas diferentes para poder pagar o aluguel e por comida na mesa. Professores eventuais são obrigados a passar 16 horas de pé, amontoados em quadras de futebol a centenas, para angariar meia dúzia de aulas. Desmaios e agressões são comuns, bem como o olhar de desprezo dos funcionários das diretorias de ensino. Salas de aula com 70 alunos, enfurnados em verdadeiros fornos, tornaram-se a regra. Não há livros didáticos e material de apoio em quantidade suficiente para atender à necessidade dos estudantes. (A apostila do Estado de São Paulo não conta. Criada às pressas em 2007 para despejar dinheiro público nas contas da Gráfica do Grupo Folha, nunca recebeu em oito anos uma única revisão. Ela é melhor utilizada para tapar as janelas quebradas.)

E a Sensação de Fracasso? Essa está como um pinto no lixo. As notas dos Ensinos Fundamental e Médio permanecem teimosamente estacadas no mesmo ponto há vinte anos, Alheias a todas as tentativas de melhoria da educação pelo viés neoliberal; o tráfico atua livremente dentro das escolas, um mercado bastante rico e diversificado. A violência entre alunos, professores e funcionários é cotidiana, tanto física quanto simbolicamente, fruto do modelo vigente que norteia o ensino público: a escola-prisão. Atores escolares são lembrados diariamente, por todas as condições acima citadas, o que, aos olhos do Estado e da sociedade, são de fato: Lixo. Não há outra interpretação. A Escola dos pobres não passa de uma prisão precária, destinada a mantê-los não apenas cincunstritos à periferia, mas também marginais em em seu próprio futuro. A invisibilidade dos professores da rede do Estado e o silêncio em relação ao tártaro da Educação deixa claro que tal postura não cabe apenas ao nosso Almirante do Tietê, mas também é norma entre a elite branca que desfila em micaretas fascistas e trabalha nas redações da grande mídia corporativa. Mas não há nada de novo nesse front.

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Frente a essa situação, dezenas de milhares de professores reunidos no vão do MASP, no último dia 13 de março, decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A pauta de reivindicações é ampla e extensa, assim como é a lista de problemas que enfrentamos diariamente nas escolas e que vão muito além da nossa obscena condição salarial:

- reabertura de todas as 3,3 mil salas de aulas fechadas
- fim da superlotação das salas: máximo de 25 alunos por sala
- readmissão de todos os professores demitidos: fim da “quarentena” e “duzentena”
- fim da divisão da categoria: revogação da lei 1093.
- revogação do decreto do reajuste ZERO!
- reposição das perdas salariais: 75,33% de reajuste para equiparar os professores aos demais profissionais de nível superior.
- redução da jornada de trabalho (1/3 extraclasse já!)
- fim da política de bônus: pagamente de 14º salário a todos os professores
- fim da prova de mérito e da quebra da isonomia salarial da categoria
- convocação de todos os professores concursados e estabilidades aos professores temporários
- fim da limitação de faltas médicas e direito ao atendimento no Iamspe a todos os professores.
- direito de creche a todos os filhos de professores. Pagamento de adicional (auxílio-creche) às mães e pais professores, enquanto essa reivindicação não for atendida
- reajuste do valor do vale alimentação (R$ 30) e vale transporte, e que sejam pagos a todos os professores.
- não à Escola de Tempo Integral do governo tucano (gratificação de 70% para todos)
- não à política de corte de verbas destinada à manutenção das escolas
- garantia de abastecimento de água nas unidades escolares

Cada pauta reivindicatória de nossa greve busca apontar na direção daquilo que nossa categoria entende ser fundamental e imprescindível se quisermos transformar a educação pública brasileira. Esta transformação não pode, em momento algum, ignorar a necessidade de valorização da nossa categoria, hoje tão precarizada quanto as escolas nas quais atua.

No entanto, a despeito do consenso nacional sobre a importância estratégica da educação de base para o desenvolvimento pleno de nosso país, fica claro que em todas as esferas governamentais – assim como nas ditas camadas sociais “superiores” – a situação desesperadora em que vivem os professores brasileiros é um tabu a não ser discutido na sala de jantar. A precarização de nossa categoria, iniciada pelos golpistas de 1964 e consolidada pelos economistas liberais da década de 90, estendeu-se para a periferização dos professores no próprio debate nacional sobre Educação.

Não participamos dos Conselhos Estaduais; não somos chamados para debates públicos ou consultas; mesmo as universidades públicas e seus professores, do alto de seus doutorados, tratam-nos com o mais absoluto desprezo: aos seus olhos somos os serventes de pedreiros na construção do edifício do saber. Uma única noite entre os alunos que frequentam os cursos de licenciatura da FEUSP nos afoga em comentários de deboche com relação à docência. A maioria deles encara a licenciatura como último recurso a ser utilizado, no caso de tudo o mais dar errado em suas vidas. Isso explica porque apenas 3% dos professores da Rede são egressos de universidades públicas. Para a Casa Grande, aqueles que educam os escravos não têm absolutamente nada a oferecer. Devem ser silenciados para bem cumprir o papel de carcereiros da juventude preta e pobre da periferia.

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Esse descaso ficou ainda mais evidente na última semana. Enquanto nossa greve cresce, fruto do trabalho de milhares de professores organizados nos comandos de greve, centenas de casos de assédio moral se espalharam pelas escolas como uma epidemia. Dirigentes ameaçaram professores em seu legítimo direito de greve e professores eventuais foram constrangidos a entrar nas salas de professores grevistas. A ordem da Secretaria é ignorar a existência da greve. Essa política absurda e autoritária foi evidenciada por nota da Secretaria, que afirma que “96% dos professores encontram-se em sala”. Ora, essa é a taxa natural de presença dos professores em um dia letivo normal. É como se a greve simplesmente não existisse! Tampouco é possível saber da greve pelos oligopólios midiáticos, aliados viscerais do tucanato paulista.Na última sexta-feira, 40.000 professores pararam a Avenida Paulista e marcharam em direção à Secretaria da Educação. A Record tratava sobre a calvície; a Band ganhava pontos explorando a morte de um pobre trabalhador atingido por um relâmpago; da Globo, Folha, Estadão e SBT, sequer comentamos: sabemos bem o que esperar desse mato. Nos portais de internet, todas as notícias se resumem a uma única nota: Professores querem mais aumento. Mais nada.

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Cerca de 120.000 professores deixaram claro lutarão contra este deplorável estado de coisas. Nossa luta vai além da recuperação salarial da categoria – essencial e necessária – e se aprofunda na destruição sistemática da educação-mercadoria em favor da escola pública, gratuita e de qualidade para todos. Magistério não é sacerdócio. Queremos ser tratados como profissionais, trabalhadores que se orgulham do trabalho que fazem e que sabem ser fundamental para o sucesso escolar a construção de condições materiais favoráveis para que ele venha a criar raízes e florescer. Não lutamos apenas por nós, mas por todos aqueles que sonham e labutam pela construção de um ensino público de qualidade. Pedimos por isso o apoio de todas as forças progressistas que entendem ser a luta pela educação pública algo além de meras palavras vazias.

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“Todo ano é a mesma novela”. Foram estas as palavras de Geraldo Alckmim, Governador do Estado de São Paulo, ao ser questionado sobre a greve dos Professores da Rede Estadual de Ensino. Não, governador. Não é uma novela. É um filme de terror. Um filme que o senhor dirige e projeta há vinte anos. Está na hora de mudarmos o rolo do filme. Por bem ou por mal. Ignorar-nos não será mais uma opção.

Na luta.

*Pedro Ramos de Toledo é Professor da Rede Pública do Estado de São Paulo.

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O 15/03 na ótica dos jornalistas Livres

21 de Março de 2015, 14:18, por Desconhecido

JORNALISTAS LIVRES: 15 DE MARÇO

15 de março passou a ser a data da posse dos presidentes da república durante a ditadura militar.

Ao escolherem essa data, 36 anos após o ultimo general assumir a cadeira de presidente no país, os organizadores das múltiplas manifestações que ocorreram principalmente em São Paulo no último domingo trouxeram à tona o receio de que o Brasil pudesse estar repetindo uma velha e terrível história.

Será mesmo?
FONTE ORIGINAL: Facebook Jornalistas Livres

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Carta Aberta do Grupo de Estudos e Pesquisas Paulo Freire

21 de Março de 2015, 13:31, por Desconhecido

Prezados(as), O Grupo de Estudos e Pesquisas Paulo Freire (GEPPF), registrado no CNPq, e localizado no Centro de Educação da Universidade Federal do Espírito Santo, foi constituído recentemente com o objetivo de empreender estudos e pesquisas, e também de construir um espaço dialógico sobre a obra freireana no Espírito Santo, tendo em vista realizar aquilo que o professor nos pediu em vida: mais que divulgar e/ou “aplicar” suas ideias, discutir e recriar sua obra.

Infelizmente, nosso primeiro ato oficial, depois da certificação institucional, não foi um evento, curso ou pesquisa, mas uma carta que altivamente busca defender Paulo Freire, sua obra e memória de injustas acusações de setores conservadores que, no âmbito da luta de classes (como não nos deixava esquecer, nem nos enganar), ousam atacar publicamente nosso mestre Paulo Freire, aproveitando-se das manifestações de 15/03/2015.

Nossa carta foi construída pelas mãos dos professores pesquisadores que compõem o grupo (Itamar Mendes da Silva, Valter Martins Giovedi e Débora Monteiro do Amaral) e foi lida pelo professor Itamar (que é Conselheiro Estadual de Educação) na sessão plenária do Conselho Estadual de Educação do Espírito Santo no dia 18 de março, sendo aprovada por unanimidade e publicada na página do CEE-ES. Neste contexto queremos dividi-la com vocês.

Grupo de Estudos e Pesquisas Paulo Freire (GEPPF).

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Carta Aberta: Obrigado Paulo Freire!

Prezados(as),

Vimos à presença de vocês pedindo licença para nos posicionarmos, primeiramente enquanto educadores(as) capixabas e brasileiros, e depois como estudiosos/pesquisadores da educação, frente a algumas manifestações particulares no interior das manifestações do último domingo, dia 15/03/2015.

As declarações de ódio explícito a Paulo Freire e sua suposta “pedagogia de doutrinação comunista” foi uma das marcas dos protestos ocorridos no último domingo em vários lugares do Brasil.

Certamente, quem estendeu cartazes desse tipo atacando, senão o maior, um dos maiores educadores brasileiros de todos os tempos, reconhecido internacionalmente como autor de uma obra magnífica e também como símbolo de uma práxis pedagógica a serviço da construção de uma sociedade mais humana, justa e democrática, desconhece a sua história, não leu a sua obra ou, se leu, não a compreendeu.

Qualquer leitor atento da obra de Freire é obrigado a reconhecer que a sua Pedagogia é atravessada pelo princípio do diálogo como método essencial de construção do conhecimento. Não conseguimos entender como é possível que alguém que afirma e reafirma reiteradamente o diálogo como o caminho necessário para uma educação que respeita a autonomia dos educandos, pode ser rotulado de doutrinador.

A educação é por princípio uma atividade de difusão de valores políticos, axiológicos, estéticos, ideológicos etc. Freire insistia em nos alertar: NÃO EXISTE EDUCAÇÃO NEUTRA.

Transmitir conteúdos prontos sem problematizar os diferentes usos que se faz e que se pode fazer deles na vida concreta da sociedade tem sido a prática dominante da educação escolar brasileira há séculos. Tal processo tem ocorrido de modo dogmático, autoritário, antidialógico e antidemocrático. Ou seja, promovendo (aí sim) uma doutrinação política em favor de uma ordem autoritária, hierárquica, injusta, formadora de sujeitos submissos, incapazes de compreender o uso social do conhecimento que é sempre subordinado a algum interesse.

Freire explicitou que não existe conhecimento e professor que pairam acima das circunstâncias sociais. A educação não é neutra, ao contrário, é sempre a favor ou contra algo, a favor ou contra alguém, a favor ou contra uma dada realidade. Assumindo-se o caráter eminentemente político de qualquer ato educativo, o educador, de fato, não é aquele que se diz neutro, e sim aquele que abre o diálogo com os educandos a respeito das suas visões de mundo, problematizando-as e buscando seus fundamentos. Freire nos ensinou a fazer isso, ou seja, ensinou-nos a fazer uma educação adequada a uma sociedade democrática.

Tempos difíceis esses em que vivemos. Pessoas que não se importam de marchar junto com outras que pedem intervenção militar acusam Paulo Freire, um dos maiores símbolos da luta democrática do Brasil, de defender a doutrinação na educação. Se tivéssemos certeza de que esse tipo de deturpação e inversão da realidade não passasse de mera provocação sem maiores danos, nem precisaríamos nos dar ao trabalho de responder e comentar. Porém, infelizmente, não é assim. A história nos ensina que um povo movido por ódio, ignorância, irracionalidade e manipulação midiática pode provocar muitos estragos.

Pode, inclusive, manchar uma obra reconhecida mundialmente, independentemente do sistema político adotado, pois se trata de uma obra moderna, humanista, democrática e defensora do respeito aos seres humanos e seus direitos. Inclusive os que com honestidade intelectual e política discordam, reconhecem que é uma obra eminentemente dialógica.

O Brasil, com suas condições objetivas, produziu no decorrer do século XX este educador e pensador da educação reconhecido pelo mundo, que não sejamos nós, neste início de século XXI a desfazer esta lição de diálogo e democracia.

Freire nos ensinou a fazer da educação um instrumento de luta a favor dos mais vulneráveis da sociedade e revelou que a educação hegemônica tem servido aos poderosos. Seja por desonestidade, seja por ignorância, seja por manipulação, seja por cumplicidade com a ordem social vigente no planeta, os que levantam cartazes contra Paulo Freire fazem um desfavor à educação do Brasil e do mundo.

Diante de tudo o que dissemos anteriormente resta-nos concluir dizendo e conclamando a todos(as) educadores(as) deste país a se indignar, dizendo:

OBRIGADO PAULO FREIRE: por ter aberto os nossos olhos sobre o potencial da educação.

OBRIGADO PAULO FREIRE: por ter nos legado uma obra de tanto valor.

OBRIGADO PAULO FREIRE: por nos deixar orgulhosos por saber que um brasileiro é tão lido e respeitado no mundo inteiro, inspirando milhões de educadores e estudiosos, que veem em sua vida e em sua obra uma inspiração para continuar lutando contra todas as formas de opressão e para continuar desvendando as deturpações promovidas por aqueles que se acham os únicos merecedores de uma vida digna.

Grupo de Estudos e Pesquisas Paulo Freire (GEPPF) da Universidade Federal do Espírito Santo

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O PT deve denunciar criminalmente a Rede Globo por incitar o ódio no Brasil

15 de Março de 2015, 12:57, por Desconhecido

Durante todo o dia a A Rede Globo golpista de televisão transmitiu um micareta macabra, estimulou o ódio na TV, focava sua câmara em cartazes criminosos, chamava descerebrados para a rua, comparava Dilma a Collor, lia o tempo todo cartazes de “vem pra rua”.

O dia inteiro a Globo e seus comentarias associaram o nome da presidenta Dilma à Lava a Jato que não faz parte dos 49 denunciados pela PGR, mas não mencionaram o tucano Anastasia, ex-governador de Minas Gerais, e um dos 49 denunciados na lista da PGR.

O que vimos nas ruas brasileiras hoje foi um desfile de raivosos analfabetos políticos desde uma mulher pregando feminicídio, a faixas com suásticas, cartazes pedindo o fim de Paulo Freire (!!!!!) até atentado a bomba no diretório do PT, em Jundiaí-SP. A Globo estimulou um ato terrorista no Brasil. 

A Globo não transmitiu um ato, ela estimulou minuto a minuto uma festa do ódio, da despolitização, a Globo é tão criminosa quanto todos que praticaram crime hoje travestidos de movimento pacífico.

LEI Nº 7.170, DE 14 DE DEZEMBRO DE 1983. Define os crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social, estabelece seu processo e julgamento e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I Disposições Gerais Art. 1º – Esta Lei prevê os crimes que lesam ou expõem a perigo de lesão: I – a integridade territorial e a soberania nacional; Il – o regime representativo e democrático, a Federação e o Estado de Direito; Ill – a pessoa dos chefes dos Poderes da União.

O PT deve denunciar criminalmente uma concessão pública que tem obrigação de respeitar a Constituição brasileira e passou todo o dia em cadeia nacional instigando o ódio no país, a ponto de criminosos praticarem um ato terrorista contra a sede do Partido dos Trabalhadores.

NOTA OFICIAL – ATENTADO AO PT DE JUNDIAÍ.

Bomba foi jogada na sede do PT de Jundiaí neste domingo

Neste domingo (15/3), o Diretório do Partido dos Trabalhadores de Jundiaí, que fica na rua Prudente de Moraes, região central de Jundiaí, sofreu um atentado. Uma bomba, provavelmente do tipo molotov, foi jogada dentro da sede do Diretório, causando sérios estragos em uma das salas do prédio do partido.

O presidente municipal, Arthur Augusto, informa que neste momento está recebendo oficiais da Polícia Militar e da perícia técnica. “Quero crer que não seja uma ação orquestrada por adversários políticos”, diz Arthur.

O presidente lamenta o ocorrido e aguarda as investigações. ”Vamos aguardar a PM e a perícia investigarem o que houve e punirem os culpados pelo ataque”. Arthur também ressalta o processo de incitação ao ódio que tem sido amplamente deflagrado em todo o Brasil. “É preciso ter cuidado com o que se divulga porque todos nós podemos ser vítimas desse processo que induz à desinformação, ao desserviço da democracia e, consequentemente, ao ódio que tem se instalado em nosso país”.

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Ato #Dia13Diadeluta: Nei, taxista; Joana, desempregada e algumas impressões e informações

14 de Março de 2015, 10:43, por Desconhecido

Centrais sindicais como a CUT e a CTB e movimentos sociais como o MST, movimento de moradia, movimento negro, movimento das mulheres, entidades estudantis com a UNE e UJS dentre outros organizam um ato em nível nacional. Milhares de pessoas ocuparam as ruas das capitais brasileiras e em São Paulo, mesmo sob forte chuva uma massa compacta ocupou das 10h até as 19h a avenida Paulista e saiu em passeata da até a Praça da República, tomando toda a extensão de duas grandes artérias da cidade (a avenida Paulista e a avenida da Consolação.

Todas as vezes que isso acontece  vemos na mídia grande sempre a mesma coisa, por vezes com requintes de humor: todos eles acusam a CUT de pagar para as pessoas irem na manifestação. Curioso que você nunca vê na grande mídia notícias como essas aqui sobre o ato golpista do dia 15/03:

Quem financia campanha do Impeachment e protesto de Caminhoneiros?

Manifestação do dia 15 é financiada por R$ 1 milhão no Piauí

A Folha manda meninos assustados para fazer DataFolha com as mesmas perguntas viciadas de sempre contra Dilma Rousseff e o PT (veja um deles no vídeo de Eduardo Guimarães). O Estadão publica duas matérias estilo ‘para nossa alegria’. Pausa para o print da primeira matéria do Estadão sobre esses provocadores. Vejam se você não se comovem com o fato de eles terem sido ‘obrigados’ a interromper o ‘protesto’ em ‘razão’ a forte chuva:

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Eu andei da Paulista até a República durante toda a Passeata, fiz vários vídeos como este aqui:
Pode chover, pode molhar, ninguém segura a resistência popular!

Nós andamos quilômetros embaixo de chuva lavando a alma em festa democrática sem nenhum, nenhum incidente. 100 mil pessoas que a #GloboGolpista que não sabe calcular a ocupação de 4 pessoas por metro quadrado cobrindo a Paulista e a Consolação juntas caminhando ou movendo-se sobre duas rodas no meio do temporal e em festa:


O disparate entre o público que ocupou as duas principais artérias de São Paulo com o que a mídia pró-golpe desinforma é tão grande que já tem evento no Facebook para ajudá-los a fazer contas: Mutirão p/ ensinar a Mídia Golpista a contar o Nº de pessoas em Atos e Passeatas e Marchas nas Ruas
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Foto: Conceição Oliveira, Avenida Paulista.

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Foto: Conceição Oliveira, Avenida Paulista.

Agora, nova pausa para o segundo primor do Estadão: uma longa matéria “para a nossa alegria, parte 2″ onde 8 pessoas (eu disse oito manifestantes) que foram em 7 carros, (eu disse sete), enfrentar o ‘exército de Stédile’ e desistiram, porque eles são analfabetos políticos, pregam a volta do regime de exceção e tortura no Brasil, mas tem amor à própria vida:

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Ao ler esta matéria eu não sei o que é mais bizarro: 1) o discurso de maluco dos 8 manifestantes; 2) O Estadão fazer uma matéria deste tamanho para a nossa alegria; 3) o número de carros ser 7 e o  de manifestantes 8, tipo teve um solidário que deu carona a outro (na chamada o número de manifestantes eram 6!); 4) a indignação dos valentões com o ‘exército de Stédile, 5) A camiseta do professor de Campinas há 3 dias em BSB pra ‘reforçar’ o ato de 8 pessoas dos Revoltados online…

Bom, já os diverti bastante com a ~qualidade de nosso jornalismo~ e se você que não foi ao ato em Sampa quiser informação de qualidade sobre ele, procure notícias nos sites das entidades como o da CUT (AQUI AQUI e AQUI, por exemplo, na blogosfera que cobriu o ato, com as publicações da Mídia Ninja ou dos #jornalistasindependentes, no link do evento do Facebook também tem muito material: AQUI.

O que eu gostaria de registrar são pequenas coisas.

A primeira delas a lição que CUT, MST, CTB, UNE, UJS, movimentos de moradia, movimento negro, mulheres, professores, cidadãos democratas que não participam de nenhum movimento deram ao resolver que fariam um ato em defesa do Estado de Direito, em defesa da democracia, em defesa da Petrobras, em defesa da Reforma Política, contra as medidas provisórias do ministro Joaquim Levy e pra mostrar que não só vencemos as eleições democraticamente, mas sabemos que democracia se constrói dia a dia e cobraremos de todas as autoridades eleitas que cumpram seu programa de campanha. Espero que : o terror que alguns companheiros petistas e até jornalistas e blogueiros de esquerda mostraram em conversas privadas tenha se dissipado, espero que eles tenham mais fé na força popular, independente de um PT acuado e titubeante.

A segunda lição que o povo do #dia13diadeluta deu foi para a mídia bandida que fez de tudo para esvaziar a mobilização do ato: ‘Lula não vai” era manchete; “Governo pede a CUT que cancele o ato” outra manchete mentirosa e que tratava a maior central deste país como se fosse um time de futebol e seu presidente um chefe de torcida organizada. Muitos dos repórteres da #Globogolpista que desfilaram de capacete como se fossem pra guerra devem ter ficado desnorteados ao ver aquela multidão de gente, embaixo de chuva torrencial e em festa.

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José Roberto Burnier repórter da Globo está cobrindo um ato ou uma guerra?

Precisamos informar ao Burnier que nossa guerra é contra a manipulação, mas ninguém nesta manifestação além de desmascarar a manipulação de uma emissora que nasceu com o golpe militar iria agredir fisicamente vocês

A última lição vai para os golpistas, todos eles: os tucanos, os empresários que financiam locaute de empresas de transporte e movimentos golpistas nas ruas e nas redes de descerebrados, a UDN Gourmet, os palhaços midiotas incensados pela mídia golpista e os analfabetos políticos que prestam serviços a esta malta.

Eu conversei com muitas pessoas durante o ato de ontem, sempre querendo saber quem elas eram, de onde vinham, se estavam ou não vinculadas a algum partido, sindicato ou movimento. Se todos os cem mil manifestantes estivessem vinculados a sindicatos e movimentos sociais nada disso desqualificaria quem foi ao ato do dia de luta, como quer a grande mídia, ao contrário isso qualifica a manifestação e a diferencia da massa midiotizada que pede intervenção militar em regime democrático porque seu candidato foi derrotado nas eleições.

A chuva era intensa, absurda e os poucos momentos em que ela estiou eu tentei fazer alguns vídeos. Subi alguns no Instagram, mas infelizmente não deu para gravar tudo que vi e ouvi. Selecionei dois vídeos entre os que consegui fazer no meio do temporal e caminhando durante a passeata. Prestem bem atenção, eles mostram que nem todos se deixam enganar pela mídia golpista, que nem todos, mesmo tendo motivos reais pra estarem revoltados caem no golpe do discurso reacionário dos revoltados empresários que lucram com a campanha golpista do impeachment vendendo camisetas a 99 reais. Eles mostram que o povo pensa.

Joana me chamou a atenção desde a Paulista: mulher, negra, desempregada, residente da Zona Leste de onde saiu de bicicleta, vestida para a chuva para participar do ato. Tentei me aproximar dela algumas vezes, mas a chuva e a multidão dificultaram o contato.

Fiquei um bom tempo esperando a marcha caminhar para a Consolação em direção à praça da República, fiquei na esquina vendo a Consolação ser completamente preenchida e ainda com uma massa imensa na Paulista. Até que reencontrei Joana:

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Joana é moradora da Zona Leste, veio de bicicleta e está desempregada há 5 meses. Ela tinha todos os motivos pra cair no discurso de ódio dos revoltados online, mas veja o que ela pensa:

Joana escolheu vir para esta manifestação, ela não apenas sabe sobre a crise como está sentido na pele seus efeitos, mas ela tem consciência de classe. Pergunto a ela: você acha que a UDN Gourmet vai lutar por você no domingo? Ela com toda clareza do mundo: “De jeito nenhum!”

Presidenta Dilma, ouça a Joana, governe para as Joanas que a elegeram e que continuam a sair na rua para defender o seu governo.

O segundo entrevistado conheci na fila do metrô da Praça da República, como ficamos quase uma hora pra chegar até a catraca, consegui fazer a entrevista antes de ele desistir e ir a pé pra casa.

Nei quebra todos os estereótipos que temos: é careca, tem tipo físico fortão, mas não vai desfilar com os skinheads no domingo. Mora em Santa Cecília, região central de Higienópolis, mas é gente diferenciada; é taxista, mas não tem absolutamente nada daquele discurso reacionário de taxistas que ouvem o veneno das rádios paulistas 24 horas ao dia. Ele é bem informado e sabe exatamente porque temos de sair às ruas em defesa da Petrobras, ouça-o:

Por último, pela primeira vez desde janeiro de 2015, a direita golpista perdeu o comando da rede e do twitter nesta sexta. Das 10 hashtags mais usadas no twitter (entre 5h e 17h no dia 13/março), as quatro primeiras foram produzidas pela esquerda: 1 #Globogolpista (48.028 menções) 2 #Dia13diadeluta (17.819) 3 #Domingoeunãovouporque (14.819) 4 #Dilmalinda (7.753) Só em quinto lugar apareceu uma hashtag da direita (#canseidesertrouxaagoraeuvou – 4.290). 6 #Jornalistaslivres ficou em sexto lugar, com 2.475 menções. (fonte: Interagentes)

O ato na Paulista (e em várias outras cidades do Brasil nesse histórico #dia13diadeluta, a retomada das redes pela esquerda que estava zonza desde o início do segundo governo Dilma podem ser um ponto de inflexão na disputa política. Acompanhemos e lutemos. Democracia é matéria frágil em país de longa tradição escravista e autoritária. Viúvos da ditadura não se conformam com ela, com inclusão social é da natureza do escorpião. 

“Pisa ligeiro, pisa ligeiro, quem não pode com a formiga não assanha o formigueiro”, acho que a direita golpista entendeu o recado dado por 100 mil formigas em marcha.

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