A alta do dólar e a imprensa reprovada em Matemática
29 de Julho de 2015, 11:44Abundam as manchetes desinformativas na imprensa sejam nos jornais, portais ou telejornais. E você acredita.
Raro é ver um veículo de comunicação fazendo autocrítica. Por isso, é louvável ver a crítica feita por Gamberini à imprensa da qual ele também faz parte.
Veja só, você foi inundado na última semana com uma mentira. Gamberini em seu comentário no telejornal da TV Gazeta não apenas fez a autocritica como lhe informou como você mesmo pode constatar como a desinformação que toda a toda imprensa anunciou sobre a alta é falsa. Gamberini levanta ainda algumas hipóteses sobre este comportamento doentio da mídia brasileira: ela, muitas vezes, faz isso por incompetência, já que um jornalismo que desinforma não pode ser considerado jornalismo, mas também por má fé.
As pessoas não se dão conta do quanto são desinformadas e enganadas diariamente pela grande mídia brasileira. Fique atento!
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É oficial: vitória das ciclovias ‘vermelho PT’ em Sampa, vitória do bom senso!
27 de Julho de 2015, 17:56Os bebedores de gasolina que moram em carros, odeiam corredores de ônibus e ciclovias têm mais um motivo pra chorar: as ciclovias na capital paulista são legais. Segue a decisão do Tribunal de Justiça. Chorem, reaças!
Justiça aprova implantação de ciclovias em São Paulo
Acórdão destaca a importância da bicicleta como meio de transporte e da construção de vias exclusivas para a melhora da mobilidade urbana
De Secretaria Executiva de Comunicação
27/07/2015O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo confirmou a política de implantação de ciclovias na capital paulista. No julgamento do recurso da Prefeitura contra uma iniciativa do Ministério Público que visava impedir a construção das vias exclusivas para bicicletas, o desembargador Marcos Pimentel Tamassia, da 1ª Câmara de Direito Público, destacou a importância desse modal como meio de transporte e do projeto da administração municipal para a melhora da mobilidade urbana.
Em março, uma decisão de primeira instância, proferida em caráter liminar (provisório), havia determinado a paralisação da implantação das ciclovias na cidade. O pedido havia sido feito pela promotora Camila Mansour Magalhães da Silveira, alegando que a administração não havia feito o planejamento necessário para a realização das intervenções.
A Prefeitura conseguiu suspender a liminar em 27 de março. No julgamento do agravo de instrumento, no último dia 21 de julho, o Tribunal de Justiça confirmou a decisão em favor da municipalidade.
O desembargador relator afirmou que a administração conseguiu provar que a implantação do sistema cicloviário na cidade “não está sendo feita a esmo e sem qualquer estudo, como quer fazer parecer o Ministério Público”.
Marcos Pimentel Tamassia destacou que essa iniciativa é uma das mais importantes da atual gestão, lembrando que ela foi eleita pelo povo paulistano para exercer suas opções de políticas públicas. “Não vislumbro determinação legal para que a implantação do projeto de ciclovias na cidade seja obrigatoriamente precedido de audiências públicas ou de outra forma de participação popular na execução de um projeto de governo municipal”, escreveu o magistrado em seu voto.
Ele lembrou que as bicicletas são um meio de transporte previsto pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), com direito a ocupar um espaço na via pública, e que a implantação de ciclovias e ciclofaixas oferecem maior segurança para o ciclista. Citou também o artigo 58 do CTB, que determina que, na ausência de faixas exclusivas ou acostamentos, a bicicleta tem preferência sobre os veículos automotores para circular nos bordos das faixas de rolamento.
O desembargador afirmou ainda que a necessidade de eventuais ajustes no processo de implantação das ciclovias não justifica “paralisação ou retrocesso do projeto que se apresenta como uma alternativa a uma melhor mobilidade urbana, que está no limite do caos na cidade”.
“Não há como se entender como leviana ou ilegal a opção do governo municipal pela implantação dos 400 quilômetros de ciclovias ou mesmo vê-la como uma suplantação dos interesses da Administração sobre os interesses dos administrados de modo suficiente a determinar sua interrupção”, escreveu o magistrado, que defendeu também o uso integrado da bicicleta a outros meios de transporte coletivo.
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Bizarro: Prefeitura de Santo Antonio da Patrulha faz convite sexista para Conferência de Política para Mulheres
25 de Julho de 2015, 20:30Da página Iniciativa das Mulheres Unidas do RS
“A Prefeitura de Santo Antônio da Patrulha, do PP, mesmo partido dos (ex) deputados: Adolfo Brito, Ernani Polo, Frederico Antunes, João Fischer, Mano Changes, Pedro Westphalen, Silvana Covati e Vinicius Ribeiro que votaram pela extinção da nossa Secretaria de Políticas para as Mulheres, agora convida para Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres e lança o convite abaixo.
Uma imagem que claramente objetifica mulheres, desumaniza as mulheres.
A explicação para a imagem bizarra é ainda mais bizarra, leia aqui
A mensagem abaixo, escrita por Jurema Chagas foi enviada à Administração Municipal e ao COMDIM de Santo Antonio da Patrulha ela sintetiza o absurdo de uma imagem circular neste contexto.
Prezado COMDIM e Administraçao Municipal,
Não tenham nenhuma honra em convidar as mulheres para vossa Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres, com esse convite de imagem abjeta que reforça a ideia da diferença de gênero baseada no corpo e ignora toda a luta das mulheres para vencer os estereótipos e preconceito fundados num sistema sociohistórico que condicionou as mulheres a uma posição hierarquicamente inferior na escala de valores e produziu um campo de força de relações assimétricas entre homens e mulheres em nossa sociedade. Nosso repúdio é veemente a esse convite que coloca a mulher novamente naquele lugar em que o olhar masculino acostumou-se a situá-la, de subserviência e objetificação de onde desloca para si, o homem, o papel tão confortavelmente mantido através dos séculos de poder e controle sobre a mulher subjugada.
À Administração Municipal – e seu braço, o Condim – enquanto responsáveis por implementar as políticas públicas para as mulheres que essa Conferência tem por objetivo construir, cabe perceber, antes de aprovar uma peça publicitária como essa, que a sujeição da mulher ao homem se dá também por meio da linguagem imagética. Nessa imagem podemos ver toda a carga de preconceitos que subjaz ao pensamento do/a autor/a a ocupar importante espaço da narrativa moldada pelos valores convencionais que sempre nortearam a esfera masculina, e que contribuíram para erigir os pilares da sociedade patriarcal brasileira.
O mesmo homem opressor e também vítima de um sistema que o faz emissor e receptor de um conjunto de representações simbólicas que o subjugam a determinados paradigmas e o situam numa intencionalidade de desconstituir o feminino para constituir o masculino. É como se o homem necessitasse menosprezar, desqualificar, diminuir as demais características da mulher e apenas enaltecer o seu corpo, para afirmar e mesmo superestimar a própria inteligência, estabelecendo, consciente ou inconscientemente, uma relação de alteridade para satisfazer o próprio ego.
Como sabemos, essa dicotomia não é simplesmente uma divisão neutra de um campo descritivo abrangente, mas necessariamente hierarquiza e classifica os dois termos polarizados de modo que um deles se torna o termo privilegiado e o outro sua contrapartida suprimida, subordinada, negativa. “ O termo subordinado (a mulher) é a negação ou recusa, ausência ou privação do termo primário, sua queda em desgraça; o termo primário, o homem, define-se expulsando seu outro e neste processo estabelece suas próprias fronteiras e limites para criar uma identidade para si mesmo” (Grosz, 2000). Do mesmo modo, tendo-se em vista o teor da imagem, o visível tom depreciativo a princípio deveria soar como ‘elogio’ às formas e sensualidade femininas, mas estabilizam a mulher no lugar do subalterno, do recipiente, do objeto do olhar desejante masculino. Um olhar motivado pelas representações já cristalizadas do feminino, da imagem de mulher colocada no lugar de subserviência. Essa imagem não escapa à mediação das representações oferecidas pela linguagem, já que esta tem o poder de construir e não apenas de expressar significados, significado construído dentro da linguagem a partir de um processo de diferenciação. Nesse caso “o significado é construído através da contraposição de elementos diferentes, cuja definição reside precisamente nas diferenças entre eles. A imagem nos remete claramente à oposição macho/fêmea intimamente aliada à oposição mente/corpo, como tipicamente tem sido representada (explícita ou implicitamente) o corpo como equivalente ao feminino e a mente equivalente ao masculino, excluindo, assim, o status da mulher como sujeito do conhecimento e nos faz veririfcar como ainda hoje – ou, em outras palavras, passados tantos anos de luta e conquistas feministas – atuantes mecanismos da opressão patriarcal vinculam a mulher muito mais intimamente ao corpo do que o homem e, através dessa identificação polarizam homem e mulher, restringindo os papéis sócio-econômicos das mulheres a termos (pseudo) biológicos. (CHAGAS, Jurema.Blogs pessoais: a representação do eu na vida cibernética, Ed. Penalux, 2013
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O dia em que, na Globo, um programa humorístico fez humor político de qualidade
25 de Julho de 2015, 17:17Uma grande sacada dos roteiristas do Zorra Total: parodiar os festivais de música popular brasileira fins da década de 1960.
Várias Tvs brasileiras promoveram festivais musicais naquela época, o mais famoso e que bateu recorde de audiência foi o de 1967 da TV Record, feito que entrou para o Guinness Book.
A Globo, na esteira das emissoras como a Excelsior, Record, Tv Rio, Tv Tupi, passou a produzi-los e adotou o nome dado pela Tv Rio: FIC (Festival Internacional da Canção).
Na paródia feita pelo programa Zorra (ex- Zorra Total) que será exibido hoje à noite e está disponível em seu site, no lugar das músicas de protestos entram canções reacionárias, com apresentadores vestidos em traje de gala, ao estilo dos apresentadores dos clássicos festivais da Record, orquestra no palco, plateia, flores para decoração.
Cheio de pompa e circunstância os apresentadores anunciam a abertura do FICO- Festival Internacional do Coxinha, o primeiro festival musical de apoio à volta da ditadura.
A jovem guarda e suas cantoras estilo ternuninha viram guardas jovens: e no lugar de “Pare o Casamento” cantado por Wanderléa, jovens atrizes globais aparecem vestidas de guardas e cantam um “Seeeeenhor miliiiiico pare os rolezinhos”.
Disparada de Jair Rodrigues, vira Disparate, uma paródia pedindo a volta da censura e cantada por “Capitão Rodrigues”.
A banda do Legislativo – Corrupção Urbana- , canta a volta do pau de arara num xote que abomina a classe C, os aeroportos cheios de pobres viajando de avião pós Era Lula. Travestidos como deputados mauricinhos, estilizados como o mais caricato deles, Bolsonaro, eles louvam a ditadura.
Enquanto a plateia de coxinhas vibra com cartazes repletos de frases em prol da ditadura: “o povo não tem cura, volta ditadura” os apresentadores anunciam a próxima atração do FICO: um Chico Buarque às avessas cantando a Banda às avessas, vestido com camisa polo, cardigã amarrado no pescoço, bem coxinha, bem almofadinha, bem mauricinho, a Banda marcial Almeida Prado Melo Franco de Holanda pratica autotrollagem: “dá choque neste coxinha que adora torturador”
Encerrando o festival “Os Paramilitares do Retrocesso” fazem a crítica à truculência das PM brasileiras: “Dou porrada em playboy black bloc e peão, a gente não livra ninguém”
Assistam ao quadro e apreciem a raridade que é o Zorra (ex- Zorra Total) fazer humor político e com qualidade:
PS. Um leitor me informou que toda a direção do Ex Zorra Total, atual Zorra foi trocada e tem outra proposta.
Aleluia, pelo visto ao menos neste programa, a Globo vai abandonar os lixos que andou produzindo nas últimas décadas nos supostos programas de humor, como o lamentável, reacionário e preconceituoso Casseta & Planeta que, infelizmente, substituiu o genial TV Pirata e parece que para compensar o novo Zorra abrirá mão de fazer piadas sem graça atacando grupos estigmatizados na sociedade. Aleluia!
Veja a matéria do Mauricio Stycer sobre o novo programa: “No ‘Zorra’ é proibido piada homofóbica”, conta Marcius Melhem.
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Tadeu Porto: A saga da alma penada antipetista
25 de Julho de 2015, 14:57A saga da alma penada antipetista
Por Tadeu Porto*, Brasil em Debate
21/07/2015
Se as mazelas são concentradas numa só instituição, ao combatê-la somente se tem a falsa sensação de dever cumprido. Com isso, toda uma estrutura viciada ganha sobrevida para continuar os malfeitos. Para grandes atores como a mídia, o mercado e a oposição, o raciocínio monoargumentativo “fora Dilma/PT” é extremamente vantajoso
O antipetismo é fruto de uma postura covarde e corriqueira: fulano quer criticar a República na figura do Partido dos Trabalhadores, mas se esquiva dos juízos acerca de outras agremiações, pois se considera “apartidário”. Em suma, quer que a dialética das discussões nacionais gire em torno exclusivamente do PT numa total incoerência com nosso sistema atual.
Eu mesmo fazia algo semelhante aos meus cinco anos de idade, quando brincava de pega-pega. Aqui em Minas a gente chama essa tática de “estar de altas”: você pode abdicar das regras do jogo a qualquer momento, dizendo, no melhor do mineirês, “tôdi altas”.
Obviamente, as crianças deixam para usar essa tática quando estão em perigo e, embora essa estratégia tenha o lado positivo da inclusão, nada mais ético e justo que ela seja deixada de lado quando os jovens alcançam a capacidade de competir de igual para igual.
Aparentemente, nossos eleitores participam dos processos eleitorais com uma estratégia semelhante a estar de altas, apesar de cada um ter o mesmo poder de voto. O que nos leva a um pleito distorcido no qual petistas são atacados, mas, quando tentam contra-argumentar, mostrando outras mazelas institucionais, acabam sendo ignorados e o debate verossímil não avança.
Existe uma grande ironia nisso, pois, os “apartidários” têm votos bem definidos e participam do processo de maneira firme e concreta (o whatsapp não me deixa mentir). Ou seja, vou negar até a morte que sou PSDB (só um exemplo, viu?!) e assim vou fugir de um trem de acusações – usando o mineirês de novo, mas dessa vez tem sentido literal – contudo, no dia da eleição, estarei com a disposição de um José Sarney para apertar o 45.
Considere, por exemplo, cinco crianças brincando de pega-pega (pegadores x fugitivos): PieTro, DEMosténes, PriScila Borges, PriScila De Brito e PaMela De Brito. Imaginem que o PieTro era fugitivo e foi pego. Agora, como pegador, toda vez que o ele chega perto de tocar alguém, a vítima em potencial grita “estou de altas”. Injusto não é?
Reparem, porém, que o debate sobre nosso sistema político se parece muito com esse cenário: quem nunca escutou “estou nem aí pra Arruda ou Azeredo” ou “tenho lado nenhum, só tem bandido e nenhum partido presta”, para depois ouvir “então, como estava falando, o Luladrão continua… ”
É fácil destacar pelo menos um grande problema nessa distorção, péssimo para o avanço natural da nossa democracia. Se as mazelas são concentradas numa só instituição, ao combatê-la somente, se tem a falsa sensação de dever cumprido. Com isso, toda uma estrutura viciada ganha sobrevida para continuar os malfeitos, pois nunca estará em foco. Por isso que grandes atores da política, como a mídia, o mercado e a oposição fomentam sem o menor pudor o raciocínio monoargumentativo “fora Dilma/PT” para tentar manter a lógica atual, extremamente vantajoso para eles.
Um exemplo disso está nas práticas de um dos políticos mais habilidosos e oportunistas do país, o presidente da Câmara Eduardo Cunha.
Observem que o pupilo de PC Farias sempre reage as manifestações contra ele colocando a culpa no Partido dos Trabalhadores. Foi assim quando: (1) foi recebido com protestos na Paraíba; (2) criticou a posição da CUT frente ao PL 4330; (3) deu uma entrevista ao programa pingo nos is, culpando somente o PT pela crise nacional e (4) atacou a OAB por questionar as suas manobras.
Ademais, num movimento mais recente, imputou à presidenta e ao PT o fato de ter sido denunciado pelos também lobistas Júlio Camargo e Alberto Youssef, ignorando bisonhamente que todos os grandes partidos estão envolvidos em delações. Em sua entrevista de “rompimento” (como se alguma vez tivesse sido governo) bateu duro no partido da Dilma utilizando, inclusive, aquela falácia do “eles sabiam de tudo” que só encontramos no submundo da sujeira, ou seja, na Veja.
E dentro do anseio de manter o sistema como está, com os mesmos setores financeiros e políticos no comando, a estratégia do presidente da Câmara é exitosa, há de se confessar. Com o ódio ao PT aflorado, ele conseguiu, com manobras nada republicanas, aprovar o cerne da manutenção do poder pelo mercado financeiro que é o financiamento privado de campanha, onde empresas patrocinam políticos por trocas de favores.
Cunha é apenas um exemplo desse método nefasto e maniqueísta de se levar o debate apenas para um lado, dentro de um octógono de possibilidades. Numa democracia recente, é natural que as forças políticas se excedam, portanto, devem-se pensar correções sistematicamente. Todavia, fica impossível construir uma maneira ótima de evoluir analisando apenas uma ou duas variáveis do processo.
O pior é que o deputado carioca se trata de uma marionete facilmente descartável, portanto mais relevante que combatê-lo seria construir ações progressivas mais concretas como uma constituinte exclusiva para uma reforma política com a cara do povo, a democratização das mídias e novas políticas que diminuam a desigualdade, como taxação de grandes fortunas e heranças.
Por fim, fica a dica: nem que a alma penada suba a Serra ou Caia do precipício, ela vai fazer uma busca Geral do nosso espectro político e encontrar outro corpo para encarnar e tentar combater a revolução social que o Brasil tanto deseja. Sendo assim, cabe a nossa população valer-se de novas práticas para participar da política com mais razão e ética. Chegou a hora de crescer e condenar a tática de “estar de altas”.
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