WANDERLEY GUILHERME DOS SANTOS: Marinômetro: Teologia, necrofilia e sustentabilidade
20 de Agosto de 2014, 12:39 - sem comentários aindaAntes mesmo do PSB decidir sobre o/ candidato/a que substituiria Eduardo Campos, a Folha de São Paulo lançou Marina Silva num DataFolha registrado no TSE poucas horas após a confirmação da morte do então candidato. A mídia aproveitou o velório-comício para consagrar a missionária evangélica Marina Silva como substituta de Eduardo Campos na corrida presidencial. A morbidez necrófica chamou a atenção também do Manchetrômetro. Segue o artigo de Wanderley Guilherme dos Santos sobre o vale tudo que se tornou o #funeralmício.
Teologia, necrofilia e sustentabilidade
Por: WANDERLEY GUILHERME DOS SANTOS, Marinômetro
19/08/2014
A declaração teológica da candidata missionária causou espanto também nas redes sociais, gerando piadas como a do print acima.
Pedro Ladeira em foto da Folha mostra-nos uma flagrante contradição: no velório-comício de Eduardo Campos, a missionária evangélica, Marina Silva, levanta o terço católico.
Em 16 de agosto, a então candidata a vice-presidente Marina Silva declarou ao jornal Estado de São Paulo que não estava no jatinho em que morreu Eduardo Campos, segundo a reportagem, “por providência divina”. Foi sua primeira declaração sobre o acidente, repetida, com variantes, em todas as suas declarações posteriores.
Espantou-me a teologia implícita na espiritualidade propagada pela missionária Marina Silva. O ardor com que defende a sobrevivência do mais humilde ser terreno, animal, mineral ou vegetal, indiferente aos custos do bem estar do rebanho humano, imprimiu ao tema da sustentabilidade da saúde planetária um rigor imobilista de difícil adesão. Na parte humana de seus mandamentos, os vetos à mudança em costumes e aos experimentos científicos condenariam a espécie às tábuas atuais de causas mortis, intolerância social e crimes. A variante teológica de fundo parecia duramente reacionária.
Mas é ainda mais implacável a teologia da missionária Marina. Para preservar sua missão, providenciou um acidente que matou o candidato a presidente de sua coligação partidária (pois seu verdadeiro partido, o REDE, era declaradamente um mioma que esperava crescer no ventre do hospedeiro PSB), e todos os acompanhantes de Eduardo Campos, pilotos, repórteres, assessores, dos quais não se conhece a confissão religiosa, nem se haviam concordado em sacrificar a própria vida em nome dessa implacável e ególatra missão.
O noticiário tende a difundir a mesma necrofilia teológica, linguagem que a mídia escolheu para enquadrar o acidente e suas conseqüências político-eleitorais. As próximas pesquisas, menos debochadas, informarão qual o impacto imediato na distribuição das preferências pré-eleições.
Em time que está ganhando não se mexe
20 de Agosto de 2014, 10:49 - sem comentários aindaNenhum passo atrás. Bóra pra frente que o futuro já chegou. Sem fundamentalismo, sem neoliberalismo, meu voto sem medo de ser feliz é de Dilma Rousseff.
A influência dos meios de comunicação vai além da produção de noticiário. Eles contratam as pesquisas e organizam os debates
18 de Agosto de 2014, 22:24 - sem comentários aindaAs eleições e a mídia
A influência dos meios de comunicação vai além da produção de noticiário. Eles contratam as pesquisas e organizam os debates
por Marcos Coimbra, na Carta Capital
18/08/2014 11:18
Está mais que na hora de discutir a interferência da mídia no processo eleitoral.
Na próxima terça 19, com o início da propaganda eleitoral na televisão e no rádio, entraremos na etapa final da mais longa eleição de nossa história. Começou em 2011 e nossa vida política gira em torno dela desde então.
A batalha da sucessão de Dilma Rousseff foi iniciada quando cessou o curto período de lua de mel com as oposições, no primeiro ano de governo. Talvez em razão do vexame protagonizado por José Serra na campanha, o antipetismo andava em baixa.
Durou pouco. Na entrada de 2012, o clima político deteriorou-se. As oposições perceberam que, se não fizessem nada, marchariam para nova derrota na eleição deste ano. Ao analisar as pesquisas de avaliação do governo e notar que Dilma batia recordes de popularidade a cada mês, notaram ser elevadas as possibilidades de o PT chegar aos 16 anos no poder. E particularmente odiosa. Serem derrotadas outra vez por Dilma doía mais do que perder para Lula.
Ela era “apenas” uma gestora petista, sem a aura mitológica do ex-presidente. Sua primeira eleição podia ser creditada, quase integralmente, à força do mito. Mas a segunda, se viesse, seria a vitória de uma candidatura “normal”. Quantas outras poderiam se seguir?
A perspectiva era inaceitável para os adversários do PT. Na sociedade, no sistema político e no empresariado, seus expoentes arregaçaram as mangas para evitá-la. A ponta de lança da reação foi a mídia hegemônica, em especial a Rede Globo.
Recordar é viver. Muitos se esqueceram, outros nem souberam, mas a realidade é que a “grande imprensa” formulou com clareza um projeto de intervenção na vida política nacional.
Não é teoria conspiratória. Quem disse que os “meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste País, já que a oposição está profundamente fragilizada”, foi a Associação Nacional de Jornais, por meio de sua presidenta, uma das principais executivas do Grupo Folha. Enunciada em 2010, a frase nunca foi tão verdadeira quanto de 2012 para cá.
Como resultado da atuação da vanguarda midiática oposicionista, estamos há três anos imersos na eleição de 2014. A derrota de Dilma é buscada de todas as formas. O “mensalão”? Joaquim Barbosa? A “festa cívica” do “povo nas ruas”? O “vexame” da Copa do Mundo? A “compra da refinaria”? O “fim do Plano Real”? A “volta da inflação”? O “apagão” na energia? A “crise na economia”? A “desindustrialização”? O “desemprego”?
Nada disso nunca teve verdadeira importância. Tudo foi e continua a ser parte do esforço para diminuir a chance de reeleição da presidenta.
Ou alguém acha que os analistas e comentaristas dessa mídia acreditam, de fato, na cantilena que apregoam quando se vestem de verde-amarelo e se dizem preocupados com a moral pública, os empregos dos trabalhadores ou a renda dos pobres? Ou que queiram fazer “bom jornalismo”?
Temos agora uma ferramenta para elucidar o papel da mídia na eleição. Por iniciativa do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, está no ar o manchetômetro (http://www.manchetometro.com.br), um site que acompanha a cobertura diária da eleição na “grande imprensa”: os jornais Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo, além do Jornal Nacional da Globo (como se percebe, os organizadores do projeto julgaram desnecessário analisar o “jornalismo” do Grupo Abril).
Lá, vê-se que os três principais candidatos a presidente foram objeto, nesses veículos, de 275 reportagens de capa desde o início de 2014. Aécio Neves, de 38, com 19 favoráveis e 19 desfavoráveis. Tamanha neutralidade equidistante cessa com Dilma: ela foi tratada em 210 textos de capa. Do total, 15 são favoráveis e 195 desfavoráveis. Em outras palavras: 93% de abordagens negativas.
É assim que a população brasileira tem sido servida de informações desde quando começou o ano eleitoral. É isso que faz a mídia para exercer o papel autoassumido de ser a “oposição de fato”.
O pior é que a influência dessas empresas ultrapassa o noticiário. Elas contratam as pesquisas eleitorais que desejam e as divulgam quando e como querem. E organizam os debates entre candidatos.
Está mais que na hora de discutir a interferência dessa mídia no processo eleitoral e, por extensão, na democracia brasileira.
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DataFolha lançou Marina no dia da morte de Eduardo Campos e jogou Aécio para o 3º lugar
DataFolha lançou Marina no dia da morte de Eduardo Campos e jogou Aécio para o 3º lugar
18 de Agosto de 2014, 12:18 - sem comentários aindaComo dado em primeira mão no Maria Frô, o DataFolha não esperou nem achar os restos dos corpos do acidente aéreo que matou o candidato Eduardo Campos e três horas após a confirmação de sua morte registrou pesquisa eleitoral no TSE.
A intenção da Folha era clara: pegar a comoção nacional das pessoas abaladas pela tragédia e tentar forçar um segundo turno a todo custo.
De acordo com a pesquisa feita a toque de caixa e divulgada hoje (18/08) Marina Silva, entra na corrida como candidata presidencial em segundo lugar, com 21% das intenções de voto. A presidenta e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, registra 36%, e Aécio Neves, 20%.
O DataFolha entrevistou entre 14 e 15 de julho 2.843 eleitores em 176 municípios. Se com o início da campanha eleitoral esse quadro permanecerá assim é outra história. Mas o resultado não deixa de ser irônico: ao absorver parte dos nulos e dos indecisos (a taxa de votos nulos ou em branco desceu de 13% para 8% e de indecisos, de 14% para 9%) Marina botou Aécio Neves para o terceiro lugar. O que os tucanos farão?
E para além de selfies, poses no funeralmício, quando efetivamente os candidatos debaterão seu programa de governo?
Infográfico via O Globo
Em um mês Israel mata 1.822 civis, fere 9.370 e desabriga 450 mil palestinos
17 de Agosto de 2014, 6:31 - sem comentários aindaA fala deste menino palestino deveria nos causar imensa revolta e nos mobilizar para pôr fim ao genocídio dos palestinos praticado pelo Estado de Israel. Deveria nos cobrir de vergonha por permitirmos tais monstruosidades.
E se você ainda repete a falácia da propaganda do Estado de Israel, caia em si. Veja os números, veja a vergonhosa atuação de um exército covarde, comandando por um Estado covarde que mata civis, em sua maioria mulheres e crianças, que não poupa de seus bombardeios fulminantes nem escolas da ONU.
Israel é governado por loucos. Loucos que matam, loucos que invadem a terra, loucos que praticam genocídio e falam isso abertamente como a aloprada deputada que disse que era preciso exterminar as mulheres palestinas para que não nascessem ‘terroristas’. Quem é terrorista e pratica terrorismo de Estado é Israel e todos os países que o apoiam, como os Estados Unidos.
O genocídio em Gaza: 1.822 mortos, 9.370 feridos e 450 mil desabrigados
Por: Achille Lollo, de Roma (Itália) via Brasil de Fato
06/08/2014
Iyad Al Baba/Oxfam: Uma situação trágica e dramática que não impressiona minimamente a maioria da sociedade israelense, vítima de uma contínua lavagem cerebral, executada ad hoc pela mídia e, sobretudo, pelos políticos sionista
No dia 3 de agosto, depois de quase um mês de guerra, o balanço da operação “Protective Edge” é dramático. Dos 1.822 civis assassinados pelos pilotos dos F-16 e dos F-15, pelos artilheiros dos tanques, dos canhões de longo alcance e dos lança-foguetes, 398 eram crianças.
A última vítima dessa evidente limpeza étnica é uma menininha de oito anos, Aseel Muhammad al-Bakri, que morreu quando um piloto de F-16 alvejou com um foguete a sua casa no campo de refugiados al-Shaiti, nos arredores da Cidade de Gaza.
Certamente esse piloto já brindou com seus oficiais a “grande façanha guerreira” que realizou no dia 3 de agosto contra aquele campo de refugiados palestinos. Seus familiares e amigos sionistas devem estar ansiosos por confraternizar a coragem desse heroi da Força Aérea Israelense.
Afinal, como disse a famosa primeira-ministra sionista, Golda Meier, na década de 1960: “Os palestinos são como baratas, que devem ser, apenas, esmagadas”.
Passados 50 anos, parece que esse mote virou palavra de ordem em Israel, não só pelos extremistas da direita sionista, mas por 86% dos israelenses que manifestaram seu apoio ao governo de Benjamin Netanyahu, por ter atacado Gaza com uma verdadeira operação de guerra (Operation Protective Edge) para o definitivo aniquilamento do Hamas.
O lobby sionista
Em todos os países europeus e nos EUA o lobby sionista conseguiu convencer os governos e, sobretudo, os diretores de jornais, revistas e TVs com a tese, de que a existência do Estado de Israel estava perigosamente ameaçada pelas brigadas do Hamas, motivo pelo qual Israel devia atacar Gaza para garantir seu direito de defesa. Palavras que logo foram repetidas compulsivamente, inclusive, pelo presidente dos EUA, Barack Obama, no momento em que o Congresso autorizava o fornecimento de mais bombas, foguetes e projéteis de todo tipo ao Tzahal (exército de Israel) por um valor de 228 milhões de dólares.
Não esquecendo que no mês de fevereiro passado o governo sionista recebeu dos EUA o tradicional cheque de 1,6 bilhão de dólares para a manutenção das forças armadas israelenses. Uma “doação imperial” que o governo sionista recebe desde 1948.
Assim durante os primeiros dias da invasão sionista, quando nas ruas da Cidade de Gaza havia uma centena de palestinos mortos, as principais televisões e jornais do “Primeiro Mundo” produziram um show midiático, mostrando o voo irregular dos foguetes Qassam que os membros das Brigadas Ezzedim conseguiam lançar de Gaza em direção ao território israelense.
O show foi tão bem articulado que a correspondente da CNN e depois, também a da RAI-2, pareciam que estavam chorando quando anunciavam que um foguete Qassam estava sobrevoando o território israelense. Desta forma, milhões de europeus e estadunidenses acreditaram cegamente que os cidadãos de Israel estavam sendo massacrados pelos homens de Hamas com os referidos foguetes Qassam.
Dizer que isso foi uma fábula é pouco, já que dos 1200 foguetes Qassam que os homens das Brigadas Ezzedim conseguiram lançar contra o território de Israel, apenas dez provocaram a morte de três israelenses e a danificação de cerca de 30 casas, enquanto outros 50 alvejaram estradas do interior provocando apenas buracos.
Foguetes artesanais que continuam sendo apresentados como o máximo da tecnologia militar. Foguetes que, até hoje, nunca alvejaram uma caserna, um depósito de munições do exército ou uma central elétrica ou um hospital. Pois os lobistas sionistas e a mídia não dizem que os referidos foguetes não possuem sistema de navegação eletrônica, isto é, são lançados e caem quando acaba a força de propulsão.
Por outro lado, os moderníssimos F-15 e F-16 estadunidenses, os foguetes Patriot e todo o armamento de última geração que o Tzahal lançou contra a Faixa de Gaza, movimentando na ocasião 86 mil reservistas, seria o contraponto estratégico para “garantir o direito de defesa de Israel”.
Genocídio
Neste âmbito, até o dia 3 de agosto, o ataque do exército sionista provocou a morte de 1.822 civis, dos quais 398 eram crianças, o ferimento de 9.370 palestinos, dos quais 2.744 eram crianças e a destruição de 50% das casas, das escolas, dos hospitais e de toda a infraestrutura socioeconômica, ao ponto que os moradores de Gaza têm energia elétrica somente por duas horas ao dia e a água corre apenas em algumas ruas, visto que os “heroicos pilotos de Israel” bombardearam a única central de tratamento de água e quase todas as estações e subestações de energia elétrica.
Uma situação trágica e dramática que não impressiona minimamente a maioria da sociedade israelense, vítima de uma contínua lavagem cerebral, executada ad hoc pela mídia e, sobretudo, pelos políticos sionistas. Consequentemente, essa maioria apoia e sustenta cegamente essa guerra que já tem cheiro de genocídio e de limpeza étnica, tal como aconteceu em Ruanda e também como os nazistas fizeram na Europa a partir de 1939.
Um genocídio que foi invocado publicamente pela deputada Ayelet Shaked do partido sionista “Casa Hebraica” que na sua página do Facebook escreveu: “Por traz de cada terrorista há homens e mulheres que ajudaram na formação de cada terrorista. São todos inimigos combatentes e o sangue deles deverá recair sobre suas cabeças. Isso se refere também às mães dos mártires que mandaram seus filhos para o Inferno. Também elas deveriam seguir o destino de seus filhos, e seria o mais justo. Pois, deveriam ir para o Inferno fisicamente também as casas onde foram criadas essas serpentes”.
Isso é chamamento ao genocídio, à limpeza étnica, ao massacre dos palestinos em nome de Deus, visto que se cita o Inferno e se deseja a destruição de suas casas e de suas propriedades que, desde 1948, continuam sendo desapropriadas para serem entregues aos “valentes” colonos sionistas.
Por acaso o ex-presidente israelense, prêmio Nobel da Paz, Shimon Peres ficou escandalizado com as palavras da deputada Ayelet Shaked? Ninguém falou, ninguém censurou, ninguém pediu desculpa pela violência política dessa deputada sionista. Um silêncio que nos Estados Unidos foi ainda mais severo, já que as excelências da Freedom House ou da Human Rights não se manifestaram contra esse manifesto em favor do genocídio palestino que o exército do Estado de Israel está executando com “grande profissionalismo”.
Gaza como Timor?
Os responsáveis da “grande política mundial” proferiram algumas palavras de condenação contra o exército de Israel somente quando a opinião pública de seus países ficou impressionada diante das fotos de crianças despedaçadas pelas bombas e praticamente assassinadas após os repetidos bombardeios contra escolas e abrigos da ONU.
A verdade é que todos os presidentes e primeiros-ministros dos países da Otan justificam o genocídio praticado pelo exército sionista na Faixa de Gaza por causa da histórica aliança estratégica com o Estado de Israel, que no Oriente Médio representa os interesses geoestratégicos do Ocidente.
Por isso, o ataque destruidor contra a Faixa de Gaza torna-se compatível com a lógica geoestratégica dos EUA e dos países da Otan, visto que o Hamas é o único sujeito político que rejeita a equação do poder imperial – uma lógica que determinou a necessária derrota política e, sobretudo, militar do Hamas para depois poder, desmilitarizar por completo a resistência palestina e acabar com as reivindicações nacionalistas e revolucionárias da chamada “questão palestina”.
Neste âmbito, o Estado de Israel está fazendo, de fato, o trabalho sujo. Porém, após ter concluído o genocídio em Gaza, o Ocidente vai entregar à ONU a tarefa de reorganizar “pacificamente” os palestinos, tal como foi feito no Timor Leste.
A propósito é bom recordar que o exército da Indonésia – também ele financiado e monitorado pelos EUA – realizou no Timor Leste uma matança de quase 500 mil timorenses de 1975 até 2001.
Parece uma mera casualidade, porém, na segunda-feira (4), o ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, declarou que “Israel apoiaria o mandato da ONU na Faixa de Gaza, para depois devolver esse território a Abu Mazem, aos homens da ANP”.
No mesmo dia, também o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabious, e o próprio presidente francês, François Hollande, bem como o primeiro-ministro da Grã Bretanha, David Cameron, começaram a falar em “solução timorense”.
O problema dessa nova fábula é que antes de a Faixa de Gaza ser entregue aos comissários da ONU e aos corruptos empresários palestinos ligados à ANP para a reconstrução daquele território, o mesmo deverá ser “limpo, física e estruturalmente” de todos os militantes do Hamas e dos outros grupos islâmicos. Por isso, a matança deve continuar não só até o último túnel, mas, sobretudo, até o último combatente palestino.
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