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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
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Ricardo Kotscho: Melancólico fim da revista “Veja”, de Mino a Barbosa

27 de Setembro de 2014, 18:18, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Melancólico fim da revista “Veja”, de Mino a Barbosa

Por Ricardo Kotscho, em seu blog
27/09/2014

Uma das histórias mais tristes e patéticas da história da imprensa brasileira está sendo protagonizada neste momento pela revista semanal “Veja”, carro-chefe da Editora Abril, que já foi uma das maiores publicações semanais do mundo.

Criada e comandada nos primeiros dos seus 47 anos de vida, pelo grande jornalista Mino Carta, hoje ela agoniza nas mãos de dois herdeiros de Victor Civita, que não são do ramo, e de um banqueiro incompetente, que vão acabar quebrando a “Veja” e a Editora Abril inteira do alto de sua onipotência, que é do tamanho de sua incompetência.

Para se ter uma ideia da política editorial que levou a esta derrocada, vou contar uma história que ouvi de Eduardo Campos, em 2012, quando ele foi convidado por Roberto Civita, então dono da Abril, para conhecer a editora.

Os dois nunca tinham se visto. Ao entrar no monumental gabinete de Civita no prédio idem da Marginal Pinheiros, Eduardo ficou perplexo com o que ouviu dele. “Você está vendo estas capas aqui? Esta é a única oposição de verdade que ainda existe ao PT no Brasil. O resto é bobagem. Só nós podemos acabar com esta gente e vamos até o fim”.

É bem provável que a Abril acabe antes de se realizar a profecia de Roberto Civita. O certo é que a editora, que já foi a maior e mais importante do país, conseguiu produzir uma “Veja” muito pior e mais irresponsável depois da morte dele, o que parecia impossível.

A edição 2.393 da revista, que foi às bancas neste sábado, é uma prova do que estou dizendo. Sem coragem de dedicar a capa inteira à “bala de prata” que vinham preparando para acabar com a candidatura de Dilma Rousseff, a uma semana das eleições presidenciais, os herdeiros Civita, que não têm nome nem história próprios, e o banqueiro Barbosa, deram no alto apenas uma chamada: ” EXCLUSIVO – O NÚCLEO ATÔMICO DA DELAÇÃO _ Paulo Roberto Costa diz à Polícia Federal que em 2010 a campanha de Dilma Rousseff pediu dinheiro ao esquema de corrupção da Petrobras”. Parece coisa de boletim de grêmio estudantil.

O pedido teria sido feito pelo ex-ministro Antonio Palocci, um dos coordenadores da campanha da então candidata Dilma Rousseff, ao ex-diretor da Petrobras, para negociar uma ajuda de R$ 2 milhões junto a um doleiro que intermediaria negócios de empreiteiras fornecedoras da empresa.

A reportagem não informa se há provas deste pedido e se a verba foi ou não entregue à campanha de Dilma, mas isso não tem a menor importância para a revista, como se o ex-todo poderoso ministro de Lula e de Dilma precisasse de intermediários para pedir contribuições de grandes empresas. Faz tempo que o negócio da “Veja” não é informar, mas apenas jogar suspeitas contra os líderes e os governos do PT, os grandes inimigos da família.

E se os leitores quiserem saber a causa desta bronca, posso contar, porque fui testemunha: no início do primeiro governo Lula, o presidente resolveu redistribuir verbas de publicidade, antes apenas reservadas a meia dúzia de famílias da grande mídia, e a compra de livros didáticos comprados pelo governo federal para destinar a esc0las públicas.

Ambas as medidas abalaram os cofres da Editora Abril, de tal forma que Roberto Civita saiu dos seus cuidados de grande homem da imprensa para pedir uma audiência ao presidente Lula. Por razões que desconheço, o presidente se recusava a recebe-lo.

Depois do dono da Abril percorrer os mais altos escalões do poder, em busca de ajuda, certa vez, quando era Secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República, encontrei Roberto Civita e outros donos da mídia na ante-sala do gabinete de Lula, no terceiro andar do Palácio do Planalto.”

“Agora vem até você me encher o saco por causa deste cara?”, reagiu o presidente, quando lhe transmiti o pedido de Civita para um encontro, que acabou acontecendo, num jantar privado dos dois no Palácio da Alvorada, mesmo contra a vontade de Lula.

No dia seguinte, na reunião das nove, o presidente queria me matar, junto com os outros ministros que tinham lhe feito o mesmo pedido para conversar com Civita. “Pô, o cara ficou o tempo todo me falando que o Brasil estava melhorando. Quando perguntei pra ele porque a “Veja” sempre dizia exatamente o contrário, esculhambando com tudo, ele me falou: `Não sei, presidente, vou ver com os meninos da redação o que está acontecendo´. É muita cara de pau. Nunca mais me peçam pra falar com este cara”.

A partir deste momento, como Roberto Civita contou a Eduardo Campos, a Abril passou a liderar a oposição midiática reunida no Instituto Millenium, que ele ajudou a criar junto com outros donos da imprensa familiar que controla os meios de comunicação do país.

Resolvi escrever este texto, no meio da minha folga de final de semana, sem consultar ninguém, nem a minha mulher, depois de ler um texto absolutamente asqueroso publicado na página 38 da revista que recebi neste final de semana, sob o título “Em busca do templo perdido”. Insatisfeitos com o trabalho dos seus pistoleiros de aluguel, os herdeiros e o banqueiro da “Veja” resolveram entregar a encomenda a um pseudônimo nominado “Agamenon Mendes Pedreira”.

Como os caros leitores sabem, trabalho faz mais de três anos aqui no portal R7 e no canal de notícias Record News, empresas do grupo Record. Nunca me pediram para escrever nem me proibiram de escrever nada. Tenho aqui plena autonomia editorial, garantida em contrato, e respeitada pelos acionistas da empresa.

Escrevi hoje apenas porque acho que os leitores, internautas e telespectadores, que formam o eleitorado brasileiro, têm o direito de saber neste momento com quem estão lidando quando acessam nossos meios de comunicação.

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A coletiva dos blogueiros, a mídia ‘golpista’ e a presidenta Dilma que resolveu encarar a comunicação como algo estratégico

27 de Setembro de 2014, 15:35, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Do Palácio da Alvora acompanhei (pelo twitter) o início da coletiva dos blogueiros com Dilma.

As impressões dos twitteiros foram múltiplas: gente que apoiava a iniciativa da presidenta em nos receber, gente que questionava a nossa legitimidade para fazer uma entrevista com Dilma Rousseff, gente medindo nosso grau de ‘petismo’ (detratores à direita e ressentidos à esquerda), Noblat, álibi do governador Arruda, nos detratando como faz costumeiramente:

Os custos financeiros para gente desinformada por Noblat

Não é fácil para um blog sem recursos se deslocar para Brasília da noite para o dia. Não temos patrões que financiam nossos deslocamentos: passagens de avião, táxi, alimentação, ida ao salão para fazer as unhas, uma escova no cabelo (afinal, você não vai entrevistar a presidenta no estado que se encontra: mais parecida com um ajudante de obras que com uma blogueira).

Para aqueles trolls que, ao invés de avaliarem nossas questões à presidenta e suas respostas, ficaram nos perguntando no twitter quem pagou nossas passagens, seguem os custos. Aproveito para informar que aí do lado direito do post, tem uma conta da Caixa Econômica Federal, que tal depositar uma contribuição?

Cabelo e unha pra se ajeitar minimamente para entrevistar a elegante presidente Dilma: R$ 117,00

Passagens ida e volta à BSB compradas de um dia para o outro com dinheiro emprestado R$ 1.852,68;

Ônibus e metrô até o aeroporto com bilhete único R$ 4,65;

Um café e um pão de queijo no aeroporto R$ 9,50 para quem acordou às 5 da matina a tempo de pegar o vôo

Almoço com os blogueiros R$ 42,00;

Táxi do aeroporto até o restaurante R$ 50,00, do restaurante ao Palácio do Alvorada R$ 45,00, do Palácio do Alvorada até o aeroporto R$ 67,00, do aeroporto de Congonhas até o metrô 30,00;

Metrô até a estação onde meu carro estava estacionado R$ 3,00, mais combustível do carro em deslocamento de casa até o metrô.

Para ser mais precisa no meu caso: o restaurante que fomos não aceitava cartão, um blogueiro financiou meu almoço e como estava sem dinheiro na carteira, os blogueiros arcaram com os custos do deslocamento dos táxis.

O impacto da coletiva na rede e fora dela

Esta foi a primeira entrevista dada por Dilma aos blogueiros e a primeira na história do país dada por um presidente da República em época de campanha eleitoral. Lula quando nos concedeu sua primeira entrevista faltava cerca de dois meses para o fim de seu segundo mandato.

Quando recebi o telefonema de Altamiro Borges, comentei: Que coragem da presidenta nos receber em pleno período eleitoral. Ela será atacada e cada palavra que usar será distorcida. Nós também seremos atacados por todos os lados. Bóra!

Topei na hora por vários motivos: primeiro porque quando o presidente Lula inaugurou as coletivas com blogueiros progressistas, eu havia ido à Brasília uma semana antes para um Simpósio Internacional de Direitos Humanos e não pude voltar na semana seguinte. Apesar de participar da coletiva por twitcam, achava que não poderia recusar este segundo convite.

Lula inaugurou na presidência da República as coletivas com blogueiros. Depois disso ele foi para dois encontros do BlogProg (2011 e 2014) e realizou em 2014 uma nova coletiva. Fui convidada e novamente não pude estar presente porque estava com dengue. Na foto, converso com com o então presidente Lula, via twicam.

Mal havíamos terminado a entrevista, nossa coletiva era notícia em vários portais da velha mídia (e mais tarde nos jornais televisivos) O Globo, Folha, Folha regional, Estadão O Tempo. Houve até aqueles que acham que falar da Petrobras se resume a esculhambar a Petrobras.Uma de minhas questões tratou do pré-sal e permitiu à presidenta discorrer com sinceridade quando os recursos do pré-sal serão perceptíveis na educação, além de explicar o processo de partilha e todo o desenvolvimento da indústria local no setor de navipeças).

De acordo com o Muda Mais, mais de 600 mil pessoas acompanharam a coletiva dos ‘blogueiros sujos’ com a presidenta Dilma Rousseff, numa sexta-feira à tarde. Um número expressivo. Um número que irrita gente como Noblat.

Havíamos sido informado que a presidenta tinha outros compromissos e que teríamos uma hora com ela. Mas desde o início a presidenta se mostrou flexível e acabou ficando duas horas conosco.

Na saída do Palácio do Alvorada, havia uma turma de jornalistas à espera das vans que levam os visitantes ao Palácio da Alvorada. Eles aguardavam o fim de nossa coletiva para realizarem a coletiva deles com a presidenta Dilma. Quando descemos de nossa van,  uma das jornalistas gritou para os demais, num tom provocador para que pudéssemos ouvir: “Vamos embora, imprensa golpista!” Possivelmente a moça estava irritada por ter tido de esperar a presidenta finalizar sua entrevista com blogueiros.

Eduardo Guimarães tentou dizer à mocinha que quando usamos “PIG”, nos referimos aos patrões dos monopólios da comunicação e aos sabujos que se apresentam como colunistas e que não fazem jornalismo, mas puramente uma oposição descolada da realidade dos fatos e vivem de detratar aqueles que elegeram como inimigos: os ditos blogueiros progressistas. A moça fez questão de reafirmar que terá futuro na grande mídia e repetiu: “eu sou golpista sim”.

A Íntegra da Entrevista

Abaixo a íntegra da nossa coletiva em áudio e vídeo. No arquivo do áudio o som está bem melhor que no de vídeo.


 Como vocês podem avaliar é possível fazer uma entrevista questionando o governo sem necessariamente ser mal educado.

A ordem das intervenções foi estabelecida pela SECOM, de acordo com a disposição dos blogueiros na mesa.

Miro foi o primeiro a perguntar e questionou a presidenta sobre o monopólio da mídia e a não ação do governo brasileiro em enfrentar este monopólio. A presidenta respondeu que lutará por um marco regulatório como reza a constituição (nosso mantra, exaustivamente repetido e tema da Carta dos Blogueiros de Salvador: Nada além da Constituição).

Dilma citou de cor o Capítulo V, Artigo 220, parágrafo 5 da Constituição de 1988:

A segunda a formular a questão foi Conceição Lemes, editora do Viomundo e responsável pelo blog da Saúde. Lemes falou sobre o tema que é especialista: a saúde, mais precisamente sobre a qualidade do serviço de saúde (público e privado). Foi uma excelente oportunidade para a presidenta explicar além de programas mais visíveis como o de provimento de médicos (Mais Médicos), como em seu governo há ações concretas de monitoramento para melhorar a qualidade do SUS. Dilma disse: “Gerir é olhar detalhe” e relatou algumas dessas ações e as mudanças que elas vêm operando no serviços prestado à população.

Sobre as OS (organizações sociais no SUS), Dilma discordou de Lemes (que é contra a administração privada nos serviços públicos de saúde). Para a presidenta elas não são ruins a priori.  Dilma concluiu sua resposta afirmando que é preciso integrar os sistemas público e privado de saúde para sanar outro problema (além da atenção básica ampliada pelo Mais Médicos) que é o atendimento de especialistas a usuários do SUS. A presidenta propõe uma rede integrada por clínicas públicas, privadas e filantrópicas.

Rovai foi o terceiro jornalista a questionar a presidenta e optou por trazer uma questão dos leitores, dada a recorrência que o tema se apresentou no seu blog. Sua questão foi sobre a desmilitarização das polícias, a ação delas nas periferias brasileiras. A presidenta, mais uma vez, mostrou que está bastante ciente da realidade brasileira e embora tenha destacado que constitucionalmente segurança pública é da competência dos governos estaduais, ela assume um compromisso de agir no intuito de refrear o genocídio da juventude negra:

Hoje a principal pauta do movimento negro é a luta contra a violência que mata a juventude negra e a estatística é clara sobre quem morre: negros e jovens da periferia. Eu assumi o compromisso contra ao auto de resistência, que legaliza esse processo. Vamos colocar o peso do governo nos auto de resistência, pois, o que se verifica, é que na grande maioria dos casos é (auto de resistência) pra encobrir o verdadeiro assassinato”.

 A presidenta também foi honesta em revelar que não conhece a proposta da PEC 51. Alô, alô ministro da Justiça!

Paulo Moreira Leite interveio na questão de Renato e trouxe à tona o sistema carcerário. Novamente Dilma, além de mostrar conhecimento sobre o tema, incluindo os escandalosos números de encarceramento do país, propôs algumas soluções que visam de fato a reintegração dos presos, falou da possibilidade de incluí-los no Pronatec. Para a presidenta: “A política de cárcere do Brasil é cega, nem certa, nem errada, ela não sabe para onde vai. Os presídios viraram território do crime organizado” e declarou que o governo vai intervir nesta questão, na defesa dos direitos humanos.

Na sequência Paulo fez sua questão sobre Reforma Política. Dilma traz em seu programa de governo o compromisso com a reforma política. Durante a campanha do plebiscito popular que totalizou mais de 7,5 milhões de votos a favor de uma Reforma Política, a presidenta se posicionou abertamente a favor dele. Na entrevista, ela defendeu o Plebiscito para consultar o povo brasileiro a respeito do financiamento público de campanhas. Para ela: “Se a gente não acreditar na força do povo brasileiro, a gente não tem mais nada pra acreditar.”

Miguel do Rosário, questionou a presidenta sobre projetos que não foram executados como o trem bala. Isso permitiu a presidenta não apenas explicar porque esse projeto não foi adiante no momento de crise econômica na Europa como falar sobre desenvolvimento tecnológico e a necessidade de mobilidade urbana nas grandes áreas conurbadas ao redor das metrópoles como Rio e São Paulo.

Kiko Nogueira foi o sexto blogueiro a formular sua questão e tratou das reações da mídia brasileira ao discurso da presidenta na abertura da 69ª Assembleia da ONU. Dilma falou sobre como seu discurso é manipulado pela mídia e explicou “Tem uma deliberada tentativa de confundir uma coisa com a outra. O Conselho de Segurança da ONU não aprovou os bombardeios dos EUA na Síria. Aprovaram que o recrutamento de terroristas em territórios estrangeiros fosse considerado crime, jamais aprovaram e deram sanção ao bombardeio, ao contrário, não estão autorizando”. A presidenta retomou o que disse na ONU, recorrendo à história, argumentando que os ataques ao Afeganistão, Iraque, Líbia e Síria demonstraram que a ação militar não estabelece a paz, que a guerra não é solução para questões políticas. Ela condenou as ações do Estado Islâmico do Iraque, mas ressaltou o processo que determinou o crescimento do ISIS. 

Eduardo Guimarães foi o penúltimo blogueiro a questionar Dilma, também tocou na questão da comunicação, perguntou à presidenta porque ela não reagiu à virulência de uma mídia detratora e só começou o enfrentamento agora. Eduardo pergunta à presidenta “se num próximo governo ela não acha que não só a gestão, mas a política tem de estar na ordem do dia?”

Dilma respondeu que sim e disse que é durante a campanha, por meio de um palanque direto, como candidata, que ela pode falar ao povo brasileiro presencialmente, sem intermediários, que seu discurso “Não é filtrado“.

Durante sua resposta a Eduardo, ela retoma o que havia discorrido sobre a manipulação da mídia do seu discurso na ONU: “Meu discurso na ONU foi integralmente,  integralmente distorcido”. Retoma também alguns dos exemplos que Eduardo deu sobre a manipulação dos fatos pela mídia monopolizada no Brasil: o desemprego, o ataque a Petrobras e diz: “Há uma forma de fazer oposição no Brasil que tem de ser denunciada, é a forma do quanto pior melhor”.

A presidenta ressaltou no entanto, que essa prática de a mídia agir como partido político de oposição não é exclusividade do Brasil. Neste momento ela retoma a conturbada entrevista do Bom dia Brasil onde foi interrompida por 82 vezes pelos três jornalistas que a sabatinaram e sobre como eles brigam com os fatos. Dilma citou como exemplo, o embate que travou com Miriam Leitão sobre a crise econômica que atinge a Alemanha: “Podem ler qualquer artigo sobre a Alemanha você vai ver que todos os artigos dizem que a Alemanha está em queda, que vive uma situação de recessão. Isso não é uma questão de desrespeito, a imprensa brasileira falar A,b,c ou d, é só ler a imprensa internacional.”

Dilma diz que chegou a conclusão que em sua campanha a verdade vai vencer a mentira, numa alusão de que os dados da realidade serão mais fortes que a manipulação deliberada dos fatos pela mídia. Ela agradeceu aos que enfrentam esse discurso manipulador, mas acredita que terá que fazer um enfrentamento mais sistemático disso e diz que no próximo mandato terá de dar mais respostas a essa prática: “Não posso ser tão bem comportada, me levaram para outro caminho, não era o que eu queria”.

Após 1 hora e 38 minutos, eu fui a última blogueira a formular minhas questões.

Primeiro cumpri uma promessa ao pedreiro que resolveu pegar uma reforma que se arrasta há um ano e nove meses e terminá-la. Seu Cláudio admira Dilma e vive falando de como gosta da Dona Dilma para mim. Quando eu disse que na sexta-feira não estaria em casa e expliquei os motivos, ele arregalou os olhos: É mesmo, dona ‘menina’!. Eu disse: Sim seu Cláudio, o senhor tem algum recado para ela? Ele disse queria muito escrever uma carta pra ela. E o dia passou e ele não a escreveu. Na quinta à noite liga o seu Cláudio: “Dona Menina”, a senhora fala mesmo pra presidenta? Falo, seu Cláudio, o que o senhor quer dizer a ela? E aí ele passa a me ditar a carta:

“Eu queria dizer que pra gente humilde ela é boa demais. Agora a gente terminou aquele sofrimento.

Os que acham Dilma ruim querem passar a gente pra traz, aqueles que ficavam pisando nos coitados. A gente passava fome.

No Nordeste o povo está com a senhora. 

Que Deus alumine a senhora. E sempre pense em nós, os pobres.”

 Para mim, seu Cláudio, minha mãe, sua conterrânea que defende Lula e Dilma todos os dias, representam bem as gerações que sempre foram desprezadas pelo Estado Brasileiro e nesta última década tiveram a atenção dos estadistas.

No entanto, os mais jovens que nasceram num país um pouco melhor, onde as necessidades básicas já são atendidas, não fazem a menor ideia do que foi esta revolução silenciosa que diminuiu a pobreza em 70% e tirou o país do mapa da fome.

Por isso minha primeira questão retomou o mote do Eduardo. Eu queria saber que ações concretas a presidenta tomaria para efetivamente dispensar esses intermediários que distorcem deliberadamente o seu discurso todos os dias e pior, sonegam informações cruciais ao povo brasileiro, quando se apartam do jornalismo e brigam com os fatos. Minha primeira questão para a presidenta era como não deixar que também os candidatos oportunistas desvalorizassem políticas públicas de combate à desigualdade e reduzissem as conquistas do povo brasileiro à meritocracia. Eu questionei a presidenta sobre qual será a sua política de comunicação no seu possível segundo mandato. Afinal, até petistas ao assistirem seu programa eleitoral, descobrem realizações que desconheciam.

Falei da imagem cristalizada na mídia sobre ela como uma pessoa mau humorada, gerentona, imagem, por vezes, repetida até mesmo por gente do campo da esquerda. Ela brincou: “Outro dia perguntaram para mim: Mas você é humana, eu falei: Eu sou terráquea. Apesar de meu neto de 3 anos, que agora descobriu os planetas, dizer que somos de Saturno“. Brinquei com ela respondendo que achava que ela é de Saturno mesmo, porque fico profundamente impressionada com a capacidade de Dilma de dominar com propriedade tantos assuntos, de como ela qualifica o debate dominando da crise hídrica (uma pena vocês não terem acompanhado a aula que ela deu sobre isso quando numa conversa informal falávamos do clima seco de Brasília e da secura que vivemos nas torneiras em São Paulo) até educação infantil numa perspectiva pedagógica e não assistencialista como historicamente foram tratadas as creches.

Prossigo explicando a ela meu sentimento de indignação quando vejo negarem a ela o papel de grande estadista que ela é ao conseguir governar este país olhando o detalhe e também o plano macro.

Pergunto à presidenta o que ela imagina para pôr em prática uma comunicação direta com o povo brasileiro, ressaltando que nossos problemas não residem apenas na concentração midiática (relembro que entregamos a ela o PLIP e que vamos cobrá-la). Ressalto que o problema da comunicação é generalizado nos governos petistas e que isso associado à manipulação dos fatos e à sonegação de informações pela mídia monopolizada não atinge apenas os governos petistas, isso interfere em toda a sociedade, apartada de seu direito de saber e exigir direitos. O ataque ao seu governo atinge a auto-estima do povo brasileiro. Finalmente, na minha longa intervenção emendo uma questão do meu interesse, como educadora que sou, elogiando sua postura de classe na defesa do patrimônio nacional, o pré-sal, perguntando a ela, quando nós sentiríamos os primeiros impactos positivos na educação proveniente dos recursos do pré-sal.

A presidenta entendeu porque resolvi ler a cartinha do seu Cláudio e agradeceu. E partiu direto para responder a minha última questão sobre os recursos do pré-sal na educação. Respondeu com a honestidade que lhe é peculiar e disse: “É lento”.

Ela discorreu sobre o montante dos recursos dos royalties nos diversos campos do pré-sal e, ao mesmo tempo, esclareceu os custos para o processo de extração. Ressaltou que a partir de 2017 a sociedade brasileira sentirá mais claramente esses recursos na educação e seu pico nos anos seguintes. Ou seja, mais uma vez, Dilma mostra a estadista que é, ao pensar o país não para um mandato, mas para as futuras gerações.

“O pré-sal é muito dinheiro, sobre quaisquer aspectos, é muito dinheiro” . Neste momento a presidenta faz uma defesa da soberania do país ao defender a Petrobras. É curioso que nenhum veículo de imprensa tenha tratado disso ao falar de nossa entrevista e houve até aqueles que disseram que nós não tratamos da Petrobrás. 

O mote do pré-sal fez a presidenta discorrer longamente sobre a importância estratégica da Petrobras pra o desenvolvimento do Brasil como um todo:

Por que a Petrobras é um grande negócio (para o país)? Pelo seguinte, é impossível alguém que não seja mal intencionado, mal intencionado aí, eu estou falando de gente que quer que a Petrobras perca poder para passar as riquezas do petróleo para outros interesses privados, mais  internacionais do que qualquer de outro tipo. Por quê? Porque a Petrobras tinha 16 bilhões de reserva (…), mas vamos deixar por baixo, que seja, que quando fizerem todos os cálculos que seja 12 bilhões. O valor de uma empresa de Petróleo está na quantidade de reservas que tem (a Petrobras tem a terceira maior reserva do mundo) Isso nós fizemos uma licitação e usamos o que a lei de partilha nos permite que é atribuir a Petrobras o direito de explorar x, y, z que a União definir. 

Neste momento a presidenta se refere à questão de Miguel que ao abordar as ferrovias, falou da indústria de auto-peças. A presidenta fala da indústria de navipeças destacando que ela é ainda mais importante.

A Petrobras é importante primeiro porque ela será um grande fator de desenvolvimento industrial (…) Navipeças é tão o mais sofisticada que a indústria automobilística, todas as plataformas, todas as sondas, todos os navios de apoio, enfim todos os barcos, pequenos, médios e grandes, mais os equipamentos todos, mais os serviços. Então tem uma parte que é um processo de integração tanto da indústria local, quanto a indústria internacional. O que nós fizemos que eles (a presidenta se refere aos interesses privados especialmente os internacionais) são contra também. Fizemos a política de conteúdo local. Nela, nós passamos a produzir aqui várias coisas. Vamos lembrar que não tinha um santo estaleiro neste país funcionando de forma significativa em 2003, em 2002 idem. Ela relembra do período de quando era ministra das Minas e Energias durante o governo Lula:  “Eu comecei brigando por isso, há muito tempo brigamos por isso. Chegaram a dizer que nós não tínhamos competência para fazer cascos e frisa: Casco! chegaram a dizer que nós não tínhamos competência para fazer nada. Ainda hoje dizem.”

Eduardo ironiza com o verso da música do roqueiro reacionário Roger, e diz que o cara que fez esta música não gosta de Dilma. Ela faz uma cara engraçada como quem diz, fazer o quê, paciência. Retomo, falando do complexo de vira-latas.
Dilma volta a falar, vejam que ela parece ignorar a primeira parte de minha questão. Só parece:

Eu acho que no Brasil, nós estamos num momento de transição, por quê? Porque ao passar esse momento é irreversível. A presidenta é enfática: Tem coisas que se tornam irreversíveis! Ninguém desmonta uma empresa que é a sexta do mundo. Não desmontarão! E nós temos um modelo que é diferente, nosso modelo de partilha é diferente. É que vocês esqueceram um pouco. No primeiro governo Lula é muito parecido com o meu primeiro governo. Tudo a nós era negado, num segundo foi muito vento a favor, então, era impossível negar a realidade. Chegaram a esse ponto. Agora nós estamos vivendo uma crise internacional que eles teimam.” Dilma retoma novamente a discussão da crise alemã. “Essa discussão se a Alemanha estava ou não em crise, esta discussão é estarrecedora. Porque isso não se discute, você pode comentar, algo como eu acho que ela sai (da crise), olha eu acho que vai demorar tanto, mas que a Alemanha está com problema não dá pra negar.E não sou eu que digo, é eles (os alemães) que dizem.

Dilma volta à questão da mídia: “Eu acho que tem uma parte da mídia que é assim e tem uma parte que você briga na eleição (não no sentido de tapa) é uma briga no sentido de confronto de posições”, complemento: uma disputa ideológica, de projetos políticos.

Leite interfere sobre a característica mais programática desta eleição e a presidenta concorda: “Eu acho que ela é mais programática, ela é mais clara”. Nesse momento a presidenta dá um recado à Marina: “Apesar de as pessoas acharem que se dizer que se você discorda de alguém, você está atacando”. Rovai questiona: Incomoda esta vitimização? Dilma:

Não, a mim não incomoda, é do jogo. Tem pessoa que gosta de aparecer como vítima, tem outros que não, eu não gosto. Eu acho que a culpa é da gente. A responsabilidade e da gente. Eu não apareço como vítima porque eu assumo minhas responsabilidades. Eu não posso me colocar como vítima. Eu não posso dar ao Brasil esta demonstração. Não posso fazer isso.

Retomo minha primeira questão: Presidenta a senhora pretende tentar uma comunicação mais direta? Ela escapa de novo. Insisto, quero que ela diga o que pretende fazer.

Aí ela responde: Eu acho que darei bem mais combate, vamos dizer assim. Só.

Uma frase curta e matadora que para bom entendedor basta, lembrando que a presidenta em nossa entrevista disse com todas as letras “Não posso ser tão bem comportada, me levaram para outro caminho, não era o que eu queria”. E ela foi muito sincera,  afinal, recordemos 2010: depois de a Folha durante a campanha presidencial daquela ano estampar uma ficha falsa do Dops com o rosto da presidenta, publicar entrevista de espião de Dilma, acusá-la de maus feitos ocorridos durante a gestão FHC, ela ainda assim, ignorou tamanhas agressões e foi prestigiar em fevereiro de 2011 a festa dos 90 anos da Folha e aí passou a ser criticada pelo seu próprio campo, incluindo a blogueira que lhe escreve.

Par encerrar com chave de ouro uma entrevista que revela muito mais que o batido manchetão da mídia ontem sobre nossa entrevista, Rovai conseguiu roubar mais uns minutinhos do PIG que esperava lá fora impaciente. Prestem atenção no final do vídeo no que a presidenta fala e como fala e lembrem-se que ela ficou duas horas conosco e a coletiva seguinte não teria este tempo. Parece que “o combate” já começou \o/.

A questão de Rovai era sobre se a classe C se é ou não despolitizada e em sua resposta a presidenta fala do futuro, de sua visão de Brasil e mais uma vez a gente percebe como Dilma sabe o que está fazendo e qual o patamar de país que ela sonha.

Há uma frase genial dela que após o final da entrevista comentei com Miguel do Rosário sobre como ela tem uma visão não apenas ampla do país, mas um projeto de país, fundamentado em sua formação política. O Brasil não é para principiantes e Dilma tem clareza disso: “Tem que resolver problemas do século XIX e ao mesmo tempo atuar em questões do século XXI”.

Em sua fala, a presidenta retoma a importância estratégica da cultura, elogia o profissionalismo dos meninos artistas das periferias urbanas e trata da educação desde os seus primeiros anos, numa visão de creche não assistencialista e sim numa perspectiva educacional, dando ênfase a esta fala: creche não é para mulher poder trabalhar tão somente, creche é pra desenvolver às crianças desde os seus primeiros anos de vida. Fala ainda da importância dos esportes. São dez minutos de olhos que brilham quando fala deste país que ela tanto ama e que defende desde muito jovem e por ele já foi torturada e está de pé.

Impressões pessoais

Se a presidenta já tinha me impressionado ao falar com tanta propriedade da banda larga e ações estratégicas do Estado, ela me convenceu sobre a sua sabedoria e preparo. Poucos povos no mundo tem o privilégio de ter uma presidenta como ela e que a cada dia toma mais gosto pela política. Pela segunda vez tive o prazer de ouvir Dilma Rousseff discorrer sobre diferentes assuntos, ouvindo, concordando ou discordando, mas sempre atenta e com profundo respeito aos interlocutores.

Não tenho dúvidas que o Brasil está indo para um patamar jamais experimentado em sua história. Temos uma Estadista que não foge de suas responsabilidades que não pensa o país só para quatro anos, que pensa o Brasil para muitas gerações. O Brasil tem jeito, não é mais um “país do futuro”, é um país do presente, sendo tecido com firmeza, foco, responsabilidade e planejamento.

Lula estava coberto de razão ao indicar Dilma para continuar o seu trabalho. Nós, o povo brasileiro, acertamos em cheio ao eleger Dilma, primeira mulher a presidir o país e acertaremos novamente ao garantir sua reeleição.

Quanto aos Noblat, à mocinha da coletiva a quem Dilma atendeu depois de nossa longa entrevista, enfim, a mídia velha monopolizada que se preparem: temos uma presidenta pronta para o combate, blogueiros sujos e sem grana que se mobilizaram para ir entrevistar a presidenta cujo projeto político defendem, mais de 600 mil  brasileiros que gastaram duas horas ininterruptas de seu tempo para ouvir a presidenta falando com eles.

Blogs em sua maioria sem recursos, sem publicidade. Alô, alô leitores, leiam a blogosfera progressista, compartilhem seus posts, assinem os blogs que fazem da luta pela democratização das comunicações a luta pela democratização plena do Brasil. Invistam na blogosfera que tem lado sim, porque imparcialidade é falácia de sabujos que adoram interromper a presidenta 82 vezes em 30 minutos, mas se curvam para banqueiros e seus representantes. Nós temos honestidade intelectual, fazemos críticas quando elas precisam ser feitas, mas  não botamos os interesses do país à venda.

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Assista ao vivo à coletiva dos blogueiros com Dilma Rousseff

26 de Setembro de 2014, 9:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

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Wagner Iglecias: Marina na CUFA, com discurso fácil da meritocracia, deseduca o eleitor

25 de Setembro de 2014, 20:18, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Deseducação política

Por Wagner Iglecias, especial para o Maria Frô

Em evento nesta 5a. feira, na sede da Central Única das Favelas, no Rio de Janeiro, a candidata Marina Silva insinuou que o atual governo quer se apropriar do esforço individual de milhões de pessoas que melhoraram de vida nos últimos anos: “Não é correto o governo, qualquer governo, o meu –se Deus o povo brasileiro quiserem e eu for eleita–, o PSDB, o PT, quem quer que seja, se apropriar do esforço das pessoas e tentar passara a ideia de que tudo que você conquistou foi o governo que te deu, isso não educa nem ao governo, nem à sociedade. É a visão patrimonialista, da casa grande e da senzala.’

Foto: CUFA
Marina, até por sua origem extremamente humilde, sabe como ninguém o quanto o povo brasileiro rala, sempre ralou, e muitas vezes em condições extremamente difíceis. É óbvio que a melhoria de vida dos mais pobres se deve ao seu esforço. Mas este esforço, por parte do povo, sempre existiu. O que não existia eram condições para que este esforço desse resultado. Logo, não fosse a criação de programas sociais por parte do governo e de um ambiente econômico propício, esses milhões de pessoas não teriam subido na vida. Ou será que nos anos 1980 (ou antes do Plano Real, ou antes do Bolsa Família, ou da geração de milhões de postos de trabalho), quando a imensa maioria do país era muito pobre, as pessoas não ralavam e não se esforçavam?

Que governantes tentem, o tempo todo, incutir na cabeça dos eleitores o quão maravilhosos são, e quanto benefício trouxeram às pessoas, é algo tão natural quanto as tantas promessas que fazem visando conquistar um novo mandato ou apear do poder um adversário. Nesse sentido o governo petista não é diferente dos demais. No entanto, ao apelar para o discurso fácil da meritocracia, da redução de tudo ao esforço individual, quem deseduca o eleitor é Marina. É claro que num processo de ascensão econômica de milhões de pessoas tão despolitizado como foi o verificado neste governo petista qualquer candidato se depara com um terreno fértil para o blablablá fácil. Mas relegar a segundo plano a política e a economia para tratar o fenômeno social mais importante do país neste século é no mínimo imprudente. Ainda que em eleição valha dizer qualquer coisa.

Para completar, a candidata coroou seu raciocínio falando em patrimonialismo e casa grande e senzala. Evocou Raymundo Faoro e Gilberto Freyre para, acho, fustigar o PT. Ou li muito mal Os Donos do Poder e Casa Grande e Senzala ou acho que ela quis, na verdade, referir-se a clientelismo. O que, se foi isso mesmo, reitera a ideia bastante conservadora e difundida em amplos setores da sociedade brasileira de que política social é algo irrelevante e que se resume a um toma lá, dá cá para compra de apoio político.

*Wagner Iglecias é doutor em Sociologia e professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP.

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Amanhã, às 15 horas, blogueiros entrevistam a presidenta Dilma Rousseff

25 de Setembro de 2014, 19:45, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Conforme já anunciado pelo Rovai, aqui, amanhã, às 15 horas, no Palácio do Alvorada, oito blogueiros farão uma coletiva com a presidenta Dilma Rousseff.

A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) atendeu a uma solicitação feita pelo Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé e pela Altercom.

Participarão da coletiva eu, representando o Blog Maria Frô, Renato Rovai (Revista Fórum),  Conceição Lemes (Viomundo), Altamiro Borges (Blog do Miro), Eduardo Guimarães (Blog da Cidadania) , Miguel do Rosário (Cafezinho), Paulo Moreira Leite (247), Kiko Nogueira (Diário do Centro do Mundo).

Conforme Rovai antecipou em seu post, esta é a primeira vez que um presidente da República concede entrevista a blogueiros no período do processo eleitoral. O presidente Lula foi o primeiro a ser sabatinado pela blogosfera, mas isso aconteceu após a eleição de Dilma.

Rovai promete uma cobertura diferente pela Revista Fórum. O blog Maria Frô espera transmitir ao vivo a nossa coletiva também por aqui.

Se fosse você a fazer a entrevista com a presidenta, o que perguntaria? 

Deixe suas sugestões na caixa de comentários.

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