O que diria Gilmar Mendes sobre…o ministro Gilmar Mendes encontrar-se com investigados da Lava Jato para discutir Impeachment de Dilma?
16 de Julho de 2015, 9:02Por Bob Fernandes
13/07/2015
Collor, Casa da Dinda, Ferrari, denúncias, milhões em propina… Já vimos esse filme. Mas nunca é demais recordar…
Aquele filme foi precedido por dois anos de reportagens de capa, e horário nobre, sobre o heroico “Caçador de Marajás” das Alagoas.
Valia, valeu tudo para enfrentar o escalado para o papel de “grande vilão” na primeira eleição direta: Brizola. Não foi Brizola e o resto é história.
Gilmar Mendes fez História em 2008, quando preso o banqueiro Daniel Dantas.
Presidente do Supremo, o ministro produziu dois habeas corpus em 48 horas e uma torrente de críticas à Satiagraha, operação sepultada no rastro de vasta pancadaria.
Gilmar atacou o uso de algemas e o que chamou de “ameaça ao Estado de Direito” e “espetacularização das prisões”. Sobre operações da Polícia Federal disse:
-Têm notório caráter de retaliação (…) e de controle ideológico contra juízes, terrorismo lamentável (…) Quem faz isso não é agente público, é gângster…
Citando grampo fantasma, suposta gravação que ninguém ouviu, Gilmar e o então senador Demóstenes Torres chamaram o presidente, Lula, “às falas”.
Lula, em gravíssimo erro que viria a custar muito, demitiu da ABIN Paulo Lacerda, o delegado que reestruturou e fortaleceu a Polícia Federal.
Gilmar Mendes não tem se pronunciado sobre a atual onda de prisões espetaculares. Mas as repórteres da Folha, Marina Dias e Natuza Nery, revelaram movimentos de Gilmar.
Na última quinta-feira, 9 , o ministro do Supremo foi até a residência do Presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Presente também o deputado Paulinho, da Força Sindical.
Paulinho, já alvo de 5 inquéritos, tem condenação por improbidade administrativa.
Eduardo Cunha, investigado no escândalo de corrupção na Petrobras, pode vir a ser julgado pelo mesmo Supremo.
Com Paulinho da Força e Eduardo Cunha o ministro do Supremo discutiu, em detalhes, cenários da crise. Inclusive um processo de impeachment da presidente Dilma.
O que diria o ministro Gilmar Mendes sobre…o ministro Gilmar Mendes em tal companhia e tertúlia?
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Lelê Teles: Os deuses devem estar loucos
14 de Julho de 2015, 12:52OS DEUSES DEVEM ESTAR LOUCOS
Por Lelê Teles, especial para o Maria Frô
14/07/2015
dizem que antes do fim do mundo, receberíamos alguns sinais. o mundo, antes de chegar ao fim, ficaria de pernas para o ar.
assim o vejo hoje. o fim deve estar próximo.
dizem que a maconha pode ser a cura para o câncer. mas o diabo é que Bob Marley morreu de câncer.
na Bolívia – tome nota leitor atento – um índio fez o país, finalmente, entrar para a civilização.
já nos Esteites, o primeiro presidente negro da história daquela nação, vê o seus irmãos de cor serem humilhados pelos seus comandados. parece que botaram um preto na casa branca só para meterem porrada nos pretos sem remorsos.
hoje, nos Esteites, há mais negros encarcerados do que haviam nas fazendas de algodão. os libertaram para prendê-los.
os roqueiros, isso nem um profeta previu, se mostraram uns burguezóides reacionários e o papa – veja se não é um sinal – caminha pelo mundo pregando o comunismo: terra, trabalho e teto.
no Brasil, terra do jabuti e da jabuticaba, o nosso parlamento, que era uma feira livre, gourmetizou-se, e agora vai virar um shopping. não sem antes se transformar em um templo evangélico.
vivemos em um presidencialismo parlamentarista, seja lá o que diabo isso queira significar.
o PT, veja que curioso, fez o maior petêco com a sua história. o partido que antes abrigara Chico Mendes, hoje não briga mais com Kátia Abreu, a rainha da motosserra.
Joaquim Levy, empedernido conservador, é a nova estrela do governo popular. o mesmo governo que, talvez por sua incapacidade de se auto destruir, paga uma grana altíssima para que a mídia o faça.
um político do PSC, o reacionário partido dos peixinhos, toma o microfone na tribuna e faz o mais brilhante discurso do ano, de esquerda, em favor – veja aí o rabo de seta do capeta – da democracia, do direito das minorias, contra os partidos de direita e em defesa do PT.
só faltou exigir que voltemos a ser um estado laico.
madames invadem suas cozinhas, atrás de panelas, e vão às varandas para chorar de barriga cheia.
no futebol, os brasileiros comemoram a data da derrota para a Alemanha e os alemães, não.
com mil diabos.
o chefe de jornalismo da Rede Globo escreveu um livro afirmando que nós, brasileiros, não somos racistas. pois não é que o seu jornal teve que defender uma jornalista vítima do mais abjeto racismo?
e a presidenta da Associação Nacional dos Jornais, afirmou, na cara dura, que a mídia velha é o verdadeiro partido de oposição no Brasil. em seguida, aécio (grafemos em minúscula), o nosso napoleão de hospício, afirmou fazer oposição ao Brasil.
um juiz justiceiro fez o que quis a mídia e foi chamado de batman; o partido de Judith Brito o lançou como candidato à presidência. agora, um outro juiz justiceiro, que igualmente atendeu à demanda de dona Judith, é também lançado como candidato.
talvez montarão um partido da liga da justiça, e os dois juízes justiceiros, batman e robin, formarão a dupla dinâmica de 2018.
sinto cheiro de enxofre. o efeito estufa aquece a terra. no apocalipse diz que o mundo terminará em brasa.
farei um churrasco na boca de um vulcão, enquanto assisto ao grotesco e último espetáculo de irmão matando irmão, pai matando filho, cadeirante espancando muletado, amigos virando inimigos.
enquanto isso, em uma remota ilha do Atlântico Sul, focas estupram pinguins. e INRI Cristo, o filho do homem, anda de patins elétrico.
Palavra da salvação.
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Este Brasil de miséria não existe mais, é deste Brasil que a direita tem saudades
12 de Julho de 2015, 13:37Aruanda: os 50 anos de um filme clássico
Por LUIZ ZANIN, em seu blog
27/12/2010 | 14:14
JOÃO PESSOA/PARAÍBA“Como eu fui burro! Como eu fui burro!”. É o que teria dito o jovem Glauber Rocha ao conhecer Aruanda, o seminal documentário de Linduarte Noronha, filme que está comemorando 50 anos de existência. Anos bem vividos, aliás, pois poucas obras do audiovisual brasileiro foram tão influentes e seminais quanto este em aparência singelo registro de uma comunidade quilombola na Serra do Talhado, no Estado da Paraíba.
A “burrice” a que aludia Glauber Rocha se refere ao seu começo de carreira, em particular ao belo e estetizante curta-metragem O Pátio (1959), que pouca coisa teria a ver com os caminhos em seguida trilhados pelo cineasta baiano após sua estreia em longa-metragem com Barravento, em 1962. Ao assistir Aruanda, Glauber teria pressentido que o mapa da mina passava por aí. Numa imersão bruta na realidade brasileira, não em seu pitoresco, mas no registro mais verdadeiro e realista, que não excluía um olhar poético sobre a condição fragmentada do País. Quem conta essa história sobre Glauber é o próprio Linduarte Noronha, na sabedoria e na memória dos seus 80 anos. Ao lado de Aruanda, outro curta-metragem exerceu esse papel de farol para os jovens diretores do Cinema Novo: Arraial do Cabo, da dupla Paulo Cezar Saraceni e Mário Carneiro.
Com seu trabalho pioneiro, Linduarte entrou para a história do cinema brasileiro. Foi reconhecido. A fortuna crítica de Aruanda é impressionante. No calor da hora, os maiores ensaístas do cinema brasileiro escreveram sobre ele. Glauber Rocha, além do reconhecimento verbal, escreveu sobre Aruanda no Jornal do Brasil e depois incorporou o artigo em seu livro Revisão Crítica do Cinema Brasileiro. Paulo Emílio Sales Gomes e Jean-Claude Bernardet o estudaram em profundidade em seus livros e nas páginas do Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo. Paulo Emilio dizia que Aruanda era um manifesto. Em 2007, Bernardet voltou a ele em ensaio escrito para o suplemento Cultura de O Estado. A professora da ECA, Marília Franco, coordena, na USP, um laboratório de estudos sobre documentários chamado…Aruanda. O festival de cinema de João Pessoa, que promoveu esta homenagem aos 50 anos da obra, chama-se Cine Fest Aruanda (acaba de realizar sua 6ª edição) e distribui o Troféu Aruanda. Em suma, o filme de Linduarte Noronha nunca saiu de cartaz durante esse meio século de existência.
Curiosamente, a obra teve origem numa reportagem. Linduarte, antes de ser cineasta, era jornalista e crítico de cinema em diários da Paraíba. Tinha fama de exigente. Tanto assim que um dos distribuidores de filmes da cidade, irritado com os textos negativos sobre seus produtos, o apelidou de Bílisduarte Noronha. Linduarte ri muito ao recordar a história e lembrar seus 15 anos de crítico militante. Mas o trabalho que está na origem de Aruanda é uma reportagem à maneira clássica. Linduarte, e o correspondente do Estadão na Paraíba, Dulcídio Moreira, tinham ouvido falar de uma comunidade quilombola na Serra do Talhado. Os descendentes de escravos viviam de maneira primitiva, quase isolados da economia do país. Sobreviviam da venda de potes de barro, confeccionados de maneira artesanal e segundo técnicas ancestrais. Ambos subiram ao Talhado em 1957, em lombo de cavalo. Linduarte publicou a reportagem no jornal A União e Dulcídio a sua, no Estadão, com o título “Talhado não é mais que uma longínqua favela”. A notícia mereceu chamada de primeira página no Estado.
Havia mesmo naquela comunidade material para um excelente trabalho jornalístico, afinal era, nos anos 1960, uma sobrevivência arcaica em país que se industrializava. Havia também assunto para um filme, pressentia Linduarte. Só não havia como fazê-lo, por falta de condições técnicas. E não é que o jovem Linduarte teve a caradura de se deslocar ao Rio de Janeiro e pedir a Humberto Mauro, então presidente do Ince (Instituto Nacional do Cinema Educativo), que lhe emprestasse câmera e outros apetrechos? Diz que formulou o pedido a Mauro, que, de tão surpreso, gritou a um funcionário: “Esse rapaz da Paraíba quer que todos nós sejamos presos!” Mas como Mauro não era diretor igual aos outros, escravo da burocracia, Linduarte saiu do instituto com uma câmera Bell & Howell debaixo do braço. Voltou com ela à Paraíba e lá começou a fazer história, ainda que sob descrença e chacota de seus colegas da redação.
Aliou-se ao fotógrafo Rucker Vieira e subiram a Serra do Talhado. Trabalharam durante meses com os habitantes do quilombo e, depois da filmagem, o material foi levado ao Rio, ao Laboratório Líder, para ser montado. Não há no filme depoimentos orais dos habitantes do Talhado. Apenas o registro de imagens do seu trabalho de oleiros, realizado em especial pelas mulheres. Depois, o produto, potes e jarras, é colocado no lombo de jegues e levado para a cidadezinha mais próxima, Santa Luzia, onde são vendidos e trocados por mantimentos. Um ciclo econômico primitivo e, em aparência, sem saída. Esse círculo de ferro da pobreza extrema era justamente o que o documentário queria mostrar. E também era esta a ambição do Cinema Novo, que ensaiava nascer da parceria entre Glauber Rocha, que viera da Bahia, e jovens aspirantes a cineastas da Zona Sul carioca. Aruanda lhes apontava o caminho a seguir.
Em seus 22 minutos de duração, o filme tem a graça e o frescor das obras definitivas. Começa por uma parte que se poderia chamar de “ficcional”. Faz os próprios moradores encenarem a saga dos membros da família de Zé Bento (Paulino Carneiro), no século 19, em busca de terra fértil, onde pudessem se estabelecer. Encontram, por fim, uma nascente d’água e começam a construir a casa de barro, com a mesma técnica ainda hoje empregada nas regiões pobres do país, seja no sertão ou no litoral. Após esse prólogo, há um corte brusco e saltamos do século 19 para meados do século 20. Vemos as mãos no trabalho de moldar o barro e, dele, tirar os artefatos. A trilha sonora utiliza material em conformidade com as imagens – a comovente canção folclórica “ Ô mana deixa eu ir” (recriada por Villa-Lobos) e, em outras cenas, um tema recorrente tocado por uma banda de pífanos.
Quem pergunta a Linduarte por que empregou a forma ficcional para mostrar a chegada dos ex-escravos à Serra do Talhado, ouve a resposta: “Não havia escolha”, diz. “Não queria usar uma longa narração em off e precisava mostrar de alguma maneira como eles haviam chegado lá”. E, uma vez chegados lá, revelar como e porque aquelas pessoas permaneciam à parte, como num espaço econômico primitivo e perpetuador da sua condição precária. Na época, o Brasil instalava sua indústria automobilística e ainda havia gente vivendo à maneira do século 19. Essa sobrevivência do arcaico no moderno era um depoimento chocante sobre os contrastes sociais do País. Linduarte havia encontrado assunto e a forma para tratá-lo. De onde tirou essa sacada? Quando lhe perguntam sobre influências, responde: “apenas a dos cinejornais”. Aruanda é um filme de jornalista. A técnica cinematográfica, ele aprendeu, como autodidata, do Tratado de Realização Cinematográfica, do russo Lev Kulechov.
De maneira inspirada, Linduarte encontrou a maneira mais direta de mostrar as coisas como elas são. Simples assim.
A repercussão crítica
Um filme se completa naquilo que sobre ele se escreve. Para Paulo Emilio, Aruanda era “um manifesto” – quer dizer, um indicador do caminho a seguir na linha evolutiva do cinema brasileiro.
Glauber Rocha escreve que Linduarte e Rucker Vieira “entram na imagem viva, na montagem descontínua, no filme incompleto. Aruanda inaugura o documentário brasileiro nesta fase de renascimento que atravessamos.” (Revisão Crítica do Cinema Brasileiro, 1963).Jean-Claude Bernardet, mesmo fazendo reparos à precariedade técnica, diz que “a fita é importante porque, além de ser uma provocação e um estímulo, além de tratar de assunto brasileiro, o faz de uma maneira que pode se tornar um estilo e dar ao cinema brasileiro uma configuração particular (fora de qualquer emprego de folclore, exotismo, naturalismo, etc.), o que este, ao que eu saiba, nunca possuiu, nem de longe.” (Suplemento Literário do Estado de S. Paulo, 12/8/1961).
Em 2006, Bernardet volta ao assunto. Participando de um seminário no Fest Aruanda, percebe que o filme feito por Linduarte, Rucker era diferente daquele que ele e outros intelectuais haviam detectado como guinada no cinema brasileiro no início dos anos 60. E o clássico que hoje se discute à luz de certo recuo histórico, era ainda outra coisa, já contaminada pela consagração. O texto “Aruanda como objeto mental” (Caderno 2/Cultura, 18/2/2007) articula essa fértil ideia de Bernardet: o mesmo filme pode adquirir configurações distintas segundo a época e o grupo de pessoas que sobre ele se debruçam.
De certa forma, há um Aruanda para cada espectador e para cada época. E isso por vários motivos. Um deles é, em se tratando de interpretação artística, esse deslizamento é inevitável. Mais ainda quando se trata de obra ambígua como é o caso. Moderna pela fotografia, montagem e precariedade de meios aplicadas à própria linguagem, Aruanda é antiquada pela narração em off por um locutor à Luiz Jatobá, como lembra Bernardet. E, depois, porque, à maneira de um clássico, Aruanda não se esgota e nem deixa de produzir significações, mesmo tendo já tanto tempo de estrada.
Um dos significados da palavra Aruanda é liberdade.
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Jean Wyllys: e se uma turba decidisse linchar Sheherazade por fazer apologia ao linchamento?
12 de Julho de 2015, 11:42Por Jean Wyllys em seu Facebook
Os direitos humanos, em sua formulação consagrada internacionalmente, são de todos e todas, e não apenas da jornalista e sua turma.
Os direitos à vida e à integridade física, bem como o direito à defesa em um julgamento justo, não podem ser entendidos como privilégios de gente branca que mora em bairros privilegiados e tem renda para consumir – que é como a apresentadora do telejornal os entende.
Mais uma vez, o linchamento, a barbárie eivada de racismo. Cleydenilson Pereira Silva, um jovem de 29 anos acusado de ter cometido um crime, foi amarrado a um poste e espancado até a morte por uma turba de psicopatas em São Luis, Maranhão. Chutes, pedradas, garrafadas. Foi condenado sem juiz nem advogado, sem lei nem direitos, sentenciado à morte por uma multidão surtada de fascismo.
Lembrei-me da âncora cafona do telejornal, do fascista viúvo da ditadura, dos propagandistas do ódio e da “justiça” sem lei.
Lembrei, também, de um trecho do meu livro “Tempo bom, tempo ruim”.
“Em sua visão do mundo estreita e sustentada em preconceitos, a âncora do telejornal e os que lhe aplaudem consideram a defesa dos direitos humanos dos pobres e dos marginais um estorvo para a segurança do “cidadão de bem”. Ora, isso é algo que não podemos aceitar!
Os direitos humanos, em sua formulação consagrada internacionalmente, são de todos e todas, e não apenas da jornalista e sua turma. Os direitos à vida e à integridade física, bem como o direito à defesa num julgamento justo, não podem ser entendidos como privilégios de gente branca que mora em bairros privilegiados e tem renda para consumir – que é como a apresentadora do telejornal os entende. Esses direitos são também daquele adolescente espancado e atado a um poste por uma trava de bicicleta!
Como a jornalista se sentiria se um grupo de pessoas, fazendo justiça com as próprias mãos, decidisse linchá-la justamente por sua apologia ao linchamento? Ela deveria refletir sobre essa pergunta antes de estimular a barbárie mais uma vez.
Desacreditar o Estado Democrático de Direito em cadeia nacional para defender linchamento de um adolescente negro, pobre e supostamente delinquente é apodrecer nossa época. Isso, sim é fazer do Brasil o cu do mundo”.
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Aécio Neves finalmente fala a verdade: “O PSDB é o principal partido de oposição AO Brasil”
8 de Julho de 2015, 13:36Aécio Neves e seus atos falhos. Primeiro disse que foi reeleito presidente da República, sem nunca ter sido eleito para a presidência da República
Depois o senador Aécio Neves diz que o PSDB é o maior partido de oposição AO Brasil.
Tenham paciência para ouvir o áudio, por volta dos 5 minutos da entrevista o repórter fala verdades: 1) que no governo Dilma a PF tem liberdade para investigar 2) que o mensalão mineiro no governo tucano não foi investigado. Aécio perde o rebolado, antes todo cantando de galo incriminando a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula, finge não ter relação alguma com Azeredo e com o mensalão Mineiro. A cara de pau de Aécio é impressionante.
O ato falho de Aécio Neves que afirma que o PSDB é “o principal partido de oposição AO Brasil” dito entre 8min e 8min 27 segundos.
Neste ato falho ele tem toda a razão como destacou o senador Humberto Costa:
A bancada do PT no Senado considera que o PSDB deveria parar de falar mentiras contra o PT e seu governo. E começar a falar verdades sobre si. Como fez seu presidente. Hoje, Aécio Neves, em ato falho significativo, afirmou que “o PSDB é o maior partido de oposição ao Brasil”.
Reconhecemos que, nesse ponto, Aécio tem razão. Por sua busca frenética no quanto pior melhor, na ingovernabilidade e no golpismo, aí está, despudorada, a grande verdade sobre o PSDB.
Nota da bancada do PT no Senado sobre o PSDB e o golpe
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, divulgou Nota, na qual afirma que o PT e seu governo querem inibir a ação das instituições e da imprensa brasileiras, ao classificar suas ações investigativas como tentativas de golpe.
Ora, se o PSDB, em conluio com a imprensa que se autodenomina um partido de oposição, quer criminalizar o PT e seu governo no TCU por ações contábeis normais que sempre foram feitas em suas administrações, isso é golpe, sim!
Se o PSDB quer criminalizar doações legais e transparentes de campanhas feitas ao PT, quando se sabe que aquele partido oposicionista recebeu, em valores maiores, doações feitas pelas mesmas empresas, isso é golpe, sim!
O Estado Democrático de Direito não admite o uso cínico, hipócrita e oportunista da moral de ocasião e a utilização despudorada dos “dois pesos e duas medidas”, como aconteceu no caso do mensalão do PSDB.
O PT nunca classificou a imprescindível luta contra a corrupção como golpe. Até mesmo porque foi o PT, e não o PSDB, que criou as condições políticas, jurídicas e administrativas para que a Polícia Federal, o Ministério Público, o TCU e a CGU pudessem atuar com desembaraço no combate aos desvios. Foi o PT, não o PSDB, que deu transparência à administração pública no Brasil, com o Portal da Transparência e a Lei de Acesso à Informação.
O PSDB parece desconhecer que não vivemos mais nos tempos prevaricadores do engavetador-geral, quando até mesmo votos em emendas constitucionais podiam ser comprados com a certeza da impunidade.O PSDB parece também desconhecer que o Brasil não é mais uma “república de bananas”, que dá ensejo a golpes com base em pretextos jurídicos canhestros e no ressentimento dos derrotados nas urnas.
Aécio Neves, que parece cada vez mais inspirado pelo espírito golpista da UDN de Carlos Lacerda, deveria se inspirar mais na figura democrática e visceralmente antigolpista de seu avô, Tancredo Neves.
De qualquer forma, a bancada do PT no Senado considera que o PSDB deveria parar de falar mentiras contra o PT e seu governo. E começar a falar verdades sobre si.
Como fez seu presidente. Hoje, Aécio Neves, em ato falho significativo, afirmou que “o PSDB é o maior partido de oposição ao Brasil”.
Reconhecemos que, nesse ponto, Aécio tem razão. Por sua busca frenética no quanto pior melhor, na ingovernabilidade e no golpismo, aí está, despudorada, a grande verdade sobre o PSDB.
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