Timmermans esteve no Brasil no início da semana passada e se reuniu com o vice-presidente Geraldo Alckmin e uma série de ministros do governo Lula, incluindo Marina Silva (Meio Ambiente). Durante a visita, acenou com uma possível doação da UE ao Fundo Amazônia, iniciativa voltada à proteção do bioma.
Por Redação, com ANSA – de Bruxelas
O vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, afirmou nesta terça-feira que o bloco precisa construir uma aliança com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva para “salvar a Amazônia”.
Combate a incêndio na Amazônia, em foto de arquivoA declaração foi dada em entrevista à agência italiana de notícias ANSA na Cidade do México, última etapa de uma viagem de 10 dias pela América Latina que também incluiu Colômbia e Brasil.
– Acredito que a União Europeia deva construir uma aliança com o presidente Lula para salvar a Amazônia e interromper o desmatamento. Farei o meu melhor para que a UE contribua e se empenhe – declarou Timmermans, que também é comissário de Ação Climática do bloco.
– Se continuarmos nesse ritmo, chegará o momento, não muito distante – em que a Amazônia começará a se transformar em uma savana. Precisamos fazer de tudo para evitá-lo e colaborar com os países interessados, criando oportunidades de desenvolvimento – disse.
Timmermans esteve no Brasil no início da semana passada e se reuniu com o vice-presidente Geraldo Alckmin e uma série de ministros do governo Lula, incluindo Marina Silva (Meio Ambiente). Durante a visita, acenou com uma possível doação da UE ao Fundo Amazônia, iniciativa voltada à proteção do bioma.
Acordo comercial com o Mercosul
Em sua entrevista à ANSA, o vice da Comissão Europeia também defendeu a ratificação do acordo comercial com o Mercosul “o quanto antes”, tendo como base compromissos “justos e sustentáveis”.
– Precisamos de uma colaboração mais próxima com um de nossos parceiros comerciais mais importantes e necessitamos que duas sociedades similares em termos de valores se aproximem. Chegou a hora – declarou.
A ratificação do acordo também foi tema da reunião da segunda-feira entre Lula e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz. Na ocasião, o petista pediu mudanças no texto, mas disse que espera concluir novas negociações ainda no primeiro semestre deste ano.