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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | 2 people following this article.
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O que a Empiricus dizia sobre as empresas de Eike Batista

31 de Janeiro de 2017, 0:09, por Feed RSS do(a) News

Empiricus

Do twitter de Alfredo Cunha

O que a Empiricus falava para seus clientes sobre as empresas do Eike? 
http://www.infomoney.com.br/onde-investir/acoes/noticia/3014951/veja-maiores-erros-dos-analistas-com-ogx 



Grafiteiros retomam seu Trabalho. Agora contra o prefake de São Paulo

26 de Janeiro de 2017, 15:26, por Feed RSS do(a) News

Indio se escondendo do doria Do twitter de Dr.Fernando Ortiz@DrFernandoOrtiz

Os grafiteiros retomaram seus trabalhos, mas agora contra João Dória. Olha o índio se escondendo, com medo de ser visto e apagado! pic.twitter.com/bqYlZCVrO8



Um desenho esclarecedor sobre o suposto déficit da previdência

26 de Janeiro de 2017, 15:14, por Feed RSS do(a) News

previdencia

 



A eleição de Donald Trump e o progressismo de aluguel

25 de Janeiro de 2017, 12:29, por Feed RSS do(a) News

Embora não concordemos com a expressão "neoliberalismo progressista" usada pela autora, pois os neoliberais jamais financiarão organizações cujo objetivo seja a superação das relações capitalistas e o desenvolvimento de uma sociedade Humana, Justa, Fraterna e Igualitária, republicamos aqui o artigo de Nancy Fraser por conter questionamentos que precisam ser debatidos e encarados de frente.

Nancy Fraser | Dissent Magazine

Resultado eleitoral nos EUA, assim como rejeição a reformas de Renzi na Itália e vitória do Brexit no Reino Unido, indica rejeição popular a aliança entre forças progressistas e forças do capitalismo cognitivo, consolidada por governos Clinton e Obama
 
A eleição de Donald Trump faz parte de uma série de grandes revoltas políticas que, juntas, sinalizam o colapso da hegemonia neoliberal. Elas incluem a votação pelo Brexit, no Reino Unido, a rejeição das reformas do então primeiro-ministro Matteo Renzi, na Itália, a campanha de Bernie Sanders pela nomeação como candidato do Partido Democrático, nos Estados Unidos, e o crescente apoio à direitista Frente Nacional francesa, dentre outras. Embora sejam diferentes em ideologia e objetivos, estas insurreições eleitorais compartilham a mesma meta: todas elas rejeitam a globalização corporativa, o neoliberalismo e o establishment político que os promove. Em todos estes casos, os eleitores disseram “Não!” à combinação letal de austeridade, livre comércio, débito predatório e empregos precários e mal pagos, elementos que caracterizam o capitalismo financeiro dos dias atuais. Seus votos são uma resposta à crise estrutural desta forma de capitalismo, que se tornou patente a partir do colapso quase total da ordem financeira mundial em 2008.

Até recentemente, no entanto, a principal resposta à crise foi o protesto popular – dramático e intenso, certamente, mas em grande medida efêmero. Os sistemas políticos, em contraste, pareceram relativamente imunes, sendo ainda controlados por funcionários partidários e pelas elites do establishment, ao menos em Estados capitalistas poderosos, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a Alemanha. Hoje, contudo, o impacto eleitoral reverbera em todo o mundo, incluindo as grandes capitais financeiras do mundo. Os que votaram em Trump, assim como os que votaram pelo Brexit e contra as reformas na Itália, revoltaram-se na verdade contra os grandes donos da política. Torcendo o nariz para o establishment partidário, repudiaram o sistema que erodiu sua qualidade de vida ao longo dos últimos 30 anos. A surpresa não é que tenham feito isso, mas que tenham demorado tanto tempo.

Ainda assim, a vitória de Trump não é unicamente uma revolta contra as finanças globais. O que seus eleitores rejeitaram não foi simplesmente o neoliberalismo, mas o neoliberalismo progressista. A expressão pode soar como um oxímoro, mas é um alinhamento político real e perverso que explica os resultados da eleição norte-americana e, talvez, alguns dos desenvolvimentos políticos em outras partes do mundo. Nos EUA, o neoliberalismo progressista é uma aliança entre, de um lado, correntes majoritárias dos novos movimentos sociais (feminismo, antirracismo, multiculturalismo e direitos LGBT) e, do outro lado, um setor de negócios baseado em serviços com alto poder “simbólico” (Wall Street, o Vale do Silício e Hollywood). Nesta aliança, as forças progressistas se unem às forças do capitalismo cognitivo, especialmente à “financeirização”. Embora involuntariamente, o primeiro oferece ao segundo o carisma que lhe falta. Ideais como diversidade e empoderamento, que poderiam em princípio servir a diferentes fins, hoje dão brilho a políticas que destruíram a indústria e tudo aquilo que antes fazia parte da vida da classe média.

O neoliberalismo progressista foi desenvolvido nos Estados Unidos ao longo das três últimas décadas, tendo sido ratificado pela eleição de Bill Clinton em 1992. Clinton foi o principal arquiteto e defensor dos ideais dos “Novos Democratas”, o equivalente americano do “Novo Trabalhismo” de Tony Blair. No lugar da coalização à la New Deal entre trabalhadores sindicalizados do setor industrial, afro-americanos e classes médias urbanas, Clinton forjou uma nova aliança entre empresários, a classe média dos subúrbios, novos movimentos sociais e juventude, levando-os a proclamar juntos sua boa fé moderna e progressista, sua aceitação da diversidade, do multiculturalismo e dos direitos das mulheres. Ao mesmo tempo em que apoiava estas ideais progressistas, o governo Clinton cortejava Wall Street. Entregando a economia à Goldman Sachs, ele desregulou o sistema bancário e negociou acordos de livre comércio que aceleraram o processo de desindustrialização. Isso significou o fim do cinturão da ferrugem (o “Rust Belt”), outrora a maior fortaleza da democracia social do New Deal, que corresponde à região que na última eleição entregou a vitória a Donald Trump. O cinturão, assim como os novos centros industriais do sul, sofreu um grande baque à medida que a financeirização se desenvolveu ao longo das últimas duas décadas. Continuadas por seus sucessores, incluindo Barack Obama, as políticas de Clinton degradaram as condições de vida de toda a classe trabalhadora, mas especialmente a dos funcionários do setor industrial. Em suma, o clintonismo carrega uma grande parcela de culpa pelo enfraquecimento dos sindicatos, pela queda dos salários reais, pela crescente precariedade das condições de trabalho e pelo surgimento da família com dois provedores.

David Shankbone / Flickr CC
“Empregos, educação, saúde”: manifestante em protesto do Occupy Wall Street, em Nova York, em 2011

Aliás, conforme sugerido pelo último item, o ataque à segurança social foi reinterpretado por meio de um discurso emancipatório carismático, emprestado dos novos movimentos sociais. Ao longo dos anos, à medida que o setor industrial ruía, o país ouviu falar muito de “diversidade”, “empoderamento” e “não discriminação”. Ao identificar “progresso” com meritocracia, em vez de igualdade, o discurso igualou o termo “emancipação” à ascensão de uma pequena elite de mulheres “talentosas”, minorias e gays na hierarquia corporativista exclusivista. Esta compreensão individualista e liberal de “progresso” gradualmente substituiu o entendimento de emancipação mais abrangente, anti-hierárquico, igualitário, sensível às questões de classe e anticapitalista, que prosperou nos anos 1960 e 70. À medida que a Nova Esquerda sucumbia, sua crítica estrutural da sociedade capitalista desapareceu, e o pensamento individualista e liberal característico de nosso país se reafirmou, abalando imperceptivelmente as aspirações dos “progressistas” e autodeclarados esquerdistas. O que selou o acordo, no entanto, foi o fato de tais acontecimentos terem sido simultâneos à ascensão do neoliberalismo. Um partido que apoie a liberalização da economia capitalista é o parceiro perfeito para o feminismo corporativo e meritocrático focado em “assumir riscos” e “superar as barreiras da discriminação de gênero no trabalho”.

O resultado foi um “neoliberalismo progressista” que misturou ideais truncados de emancipação com formas letais de financeirização. Foi esta a mistura que os eleitores de Trump rejeitaram. Dentre os que foram deixados para trás neste admirável mundo novo e cosmopolita estão os operários, mas também gerentes, pequenos empresários, e todos aqueles que dependem da indústria do cinturão da ferrugem e do sul, bem como as populações rurais devastadas pelo desemprego e pelas drogas. Para estas populações, os danos causados pela desindustrialização foram acrescentados aos insultos do moralismo progressista, que os acusa frequentemente de serem culturalmente atrasados. Rejeitando a globalização, os eleitores de Trump também repudiaram o cosmopolitismo liberal que a ela associavam. Para alguns (embora de maneira alguma isto se aplique a todos), não foi difícil culpar, pela deterioração de suas condições de vida, a cultura do politicamente correto, as pessoas negras e as latinas, os imigrantes e os muçulmanos. Aos olhos deles, as feministas e os poderosos de Wall Street são figuras semelhantes, perfeitamente reunidas na pessoa de Hillary Clinton.

O que tornou possível esta percepção foi a ausência de uma esquerda genuína. Apesar de comoções periódicas, como o Occupy Wall Street, que acabou não durando muito tempo, há décadas a esquerda não se apresenta como uma força estável na política dos Estados Unidos. Também não havia qualquer narrativa de esquerda compreensível, que poderia relacionar as queixas legítimas dos apoiadores de Trump a uma crítica abrangente da financeirização, por um lado, e a uma visão antirracista, antimachista e anti-hierárquica da emancipação, por outro. Igualmente devastador foi o fato de que as possíveis relações entre novos movimentos trabalhistas e sociais foram simplesmente ignoradas. Apartados um do outro, estes dois polos indispensáveis para uma militância viável de esquerda chegaram a ser vistos como antíteses.

Foi assim pelo menos até o início da notável campanha pelas primárias de Bernie Sanders, que lutou para reuni-los, embora tenha enfrentado certa resistência inicial da parte do movimento Black Lives Matter. Dinamitando o senso comum neoliberal em vigência, a revolta de Sanders foi o equivalente democrata ao que ocorria com Trump entre os republicanos. Enquanto Trump ainda estava lutando pela aprovação do establishment republicano, Bernie chegou muito perto de derrotar a sucessora ungida de Obama, cujos lacaios controlavam todas as alavancas do poder no Partido Democrata. Entre si, Sanders e Trump obtiveram a aprovação da grande maioria dos eleitores americanos, mas apenas o populismo reacionário de Trump sobreviveu. Trump venceu com facilidade seus rivais republicanos, incluindo os que eram favorecidos por grandes doadores e chefes do partido, mas a insurreição pró-Sanders foi efetivamente minada por um Partido Democrata muito menos democrático. No momento das eleições gerais, uma alternativa de esquerda havia sido efetivamente solapada. O que sobrou foi o “pegar ou largar” da escolha entre o populismo reacionário e o neoliberalismo progressista. Quando a chamada esquerda se resolveu em prol de Hillary Clinton, o rumo dos acontecimentos já estava traçado.

Gage Skidmore / Flickr CC
“Um futuro no qual acreditar”: apoiador em comício de Bernie Sanders, então pré-candidato presidencial pelo Partido Democrata, em janeiro de 2016

Esta é uma alternativa que a esquerda teria de recusar. Em vez de aceitar os termos apresentados a nós pelas classes políticas, que opõem emancipação a proteção social, deveríamos trabalhar no sentido de redefini-los, tendo como apoio a crescente repulsa da sociedade contra a ordem atual. Em vez de nos aliarmos ao ideal da financeirização-com-emancipação contra a proteção social, deveríamos construir uma nova aliança entre emancipação e proteção social, contra a financeirização. Neste projeto, que se alinha ao de Sanders, emancipação não significaria diversificar a hierarquia corporativa, mas antes aboli-la. Da mesma forma, prosperidade não significaria aumento de valor acionário ou lucro corporativo, mas a disponibilização a todos os cidadãos dos requisitos materiais necessários para uma vida confortável. Esta combinação continua sendo a única resposta digna e vitoriosa na conjuntura atual.

Eu não derramo lágrimas pela derrota do neoliberalismo progressista. Certamente, há muito o que temer de uma administração Trump racista, anti-imigrantes e antiecológica. No entanto, não deveríamos entrar em luto nem pela implosão da hegemonia neoliberal, nem pelo desmantelamento do poder do clintonismo sobre o Partido Democrata. A vitória de Trump foi uma derrota para a aliança entre emancipação e financeirização. Mas sua presidência não oferecerá nenhuma resposta à crise atual, nenhuma promessa de um novo regime, nenhuma hegemonia segura. O que veremos, em vez disso, é um interregnum, uma situação instável de abertura em que novas mentes e corações poderão ser conquistados. Nesta situação, não há apenas perigo, mas também oportunidade: é a chance de construir uma nova nova esquerda.

Se isso ocorrerá ou não depende, em parte, de uma reflexão profunda da parte dos progressistas que apoiaram a campanha de Hillary Clinton. Eles terão de deixar de lado a cômoda, mas falsa narrativa de que perderam para um “grupo de deploráveis” (racistas, misóginos, islamofóbicos e homofóbicos) ajudados por Vladimir Putin e pelo FBI. Eles terão de reconhecer que têm sua parcela de culpa, ao sacrificar a causa da proteção social, do bem estar material e a dignidade da classe trabalhadora em prol de uma falsa compreensão de emancipação, definida em termos de meritocracia, diversidade e empoderamento. Eles terão de refletir profundamente sobre como podemos transformar a economia política do capitalismo financeiro, revivendo o chamado de Sanders por um “socialismo democrático” e descobrindo o que isto pode significar no século 21. Terão, acima de tudo, de se dirigir às massas que elegeram Trump – ao menos àquela parcela que não é composta por racistas ou extremistas de direita, mas é igualmente vítima de um sistema efetivamente “fraudado”. Estes cidadãos podem e devem ser recrutados para um projeto antineoliberal de uma esquerda renovada.

Isto não significa que teremos de nos calar sobre as urgentes questões colocadas pelo racismo e pelo machismo. O que teremos de fazer é mostrar como estas antiquíssimas formas de opressão encontram nova expressão e terreno nos dias de hoje por meio do capitalismo financeiro. Rebatendo a falsa noção de uma cisão irreconciliável, devemos relacionar os preconceitos sofridos pelas mulheres e por minorias étnicas às dificuldades enfrentadas pelos eleitores de Trump. Desta forma, uma esquerda revitalizada poderia lançar as bases de uma nova e poderosa coalizão, comprometida com a luta em prol de todos os oprimidos.

*Nancy Fraser é professora de filosofia e política na New School for Social Research (Nova York) e autora, mais recentemente, de “Fortunes of Feminism: From State-Managed Capitalism to Neoliberal Crisis” (“Fortunas do Feminismo: do Capitalismo de Estado à Crise Neoliberal”, em tradução livre) pela editora Verso em 2013. Artigo publicado originalmente na revista Dissent Magazine.

Tradução: Henrique Mendes para OPERA MUNDI



São Paulo mais cinza. Mais feia. Agradeça a Dória e seus eleitores que não sabem o que é arte e o que é pichação

24 de Janeiro de 2017, 13:46, por Feed RSS do(a) News

Apagaram tudo, pintaram tudo de cinza, só ficou no muro tristeza e tinta fresca

cinza

O showman Dória faz aparições populistas e midiáticas e sinaliza o jeito tucano de governar.

Não gere a cidade e não sabe distinguir entre uma pichação e um Grafite.

Aliás, apaga os grafites e deixa as pixações.

Querem as pessoas submissas ao Cinza.

A Ditadura do Espetáculo esta no ar.

As duas fotos são só um exemplo do que esta ficando a cidade de São Paulo.

Gentileza

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro ficou coberta de tinta

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro tristeza e tinta fresca

Nós que passamos apressados
Pelas ruas da cidade
Merecemos ler as letras e as palavras de gentileza

Por isso eu pergunto a você no mundo
Se é mais inteligente o livro ou a sabedoria

O mundo é uma escola
A vida é um circo
Amor palavra que liberta
Já dizia um profeta

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro tristeza e tinta fresca
Por isso eu pergunto a você no mundo
Se é mais inteligente o livro ou a sabedoria

O mundo é uma escola
A vida é um circo
Amor palavra que liberta
Já dizia o profeta



Trabalho gratuito nas redes: como o ativismo de 99% pode gerar ainda mais lucros para 1%

22 de Janeiro de 2017, 15:22, por Feed RSS do(a) News

Por Marcos Dantas*, Marcela Canavarro** e Marina Barros***

Charge 8 homens t 792x1200 Desde a explosão das revoltas populares no Norte da África, em 2010, o papel das assim chamadas "redes sociais", como Facebook, Twitter e Youtube, tem sido debatido na imprensa e nos meios acadêmicos. Ainda cabe à História mensurar o peso que tais ferramentas tiveram nas manifestações populares da Primavera Árabe, que resultaram na derrubada de governos há décadas no poder e que também se espalharam pela Europa, Estados Unidos e América Latina.

No entanto, curiosamente, é evidente que as plataformas que teriam servido ao protesto político popular, não são, por assim dizer, públicas. São organizadas e controladas por poderosas corporações privadas, voltadas para a obtenção de lucro, algumas com importantes presenças inclusive nas bolsas de valores, a exemplo do Google ou do Facebook. São entidades capitalistas. Dificilmente estarão a serviço da superação da economia de mercado e desta sociedade desigual em que vivemos.

Perguntamos: não estarão elas também lucrando com o ativismo da militância
reticular?

Este artigo contém alguns elementos, ainda exploratórios, de pesquisas que vêm sendo desenvolvidas pelos seus autores. São descritas algumas práticas colaborativas em redes ativistas, a exemplo do "Rio na Rua" (RnR) e do Avaaz, visando, sobretudo, exibir o estágio metodológico em que se encontra a pesquisa, tendo ainda um longo caminho a percorrer para sustentar a sua hipótese central: as redes colaborativas,politizadas ou não, mobilizam trabalho gratuito de bilhões de pessoas que servem,como qualquer trabalho não pago, para a acumulação de capital.

Leia a íntegra clicando em

 

* Professor Titular  da  Escola  de  Comunicação  da  UFRJ,  doutor  em  Engenharia  de  Produção  pela Coppe/UFRJ  e  mestre  em  Ciência  da  Informação  pelo  Ibict

** Doutoranda de Mídias Digitais na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e mestranda na linha  de  Tecnologias  da  Comunicação  e  Estética  na  Escola  de  Comunicação  da  UFRJ.

*** Mestranda  na  linha  de  Tecnologias  da  Comunicação  e  Estética  na  Escola  de  Comunicação  da  UFRJ.



Previdência: perversidades na regra de transição 

19 de Janeiro de 2017, 12:50, por Feed RSS do(a) News

Se a reforma passar nos termos propostos, o valor de todas as aposentadorias pelo regime geral (INSS), a partir da promulgação da emenda, será calculado com base em 51% das médias de contribuições, acrescida de 1% por ano de contribuição, exceto apenas para quem já tenha direito adquirido

 

Por Antônio Augusto de Queiroz – de Brasília:

As regras de transição nas reformas previdenciárias, tanto no Brasil quanto no exterior, costumam ser generosas, com longos períodos para respeitar o direito “acumulado” e não frustrar completamente a expectativa de direito. Foi assim na reforma de FHC e, via PEC paralela, na do Lula.

As regras de transição nas reformas previdenciárias, tanto no Brasil quanto no exterior, costumam ser generosas

As regras de transição nas reformas previdenciárias, tanto no Brasil quanto no exterior, costumam ser generosas

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, do governo Temer, ao contrário da tradição, restringe drasticamente as possibilidades de transição, especialmente para os segurados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que congrega os trabalhadores da iniciativa privada, contratados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e filiados ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

O segurado do INSS que, na data da promulgação da Proposta de Emenda à Constituição. Ainda for não aposentado ou ainda não tiver preenchido os requisitos para requerer o benefício, será incluído nas novas regras e não será beneficiado pelas regras de transição. Exceto se tiver idade igual ou superior a 45 anos, no caso da mulher, e 50, no caso do homem.

O “felizardo” que for “beneficiado” pelas regras de transição poderá se aposentar antes dos 65 de idade, o novo requisito. Porém terá que pagar um “pedágio” de 50% sobre o tempo que faltar nessa data para completar os 30 anos de contribuição, se mulher, ou os 35, se homem.

Esse segurado, entretanto, será “beneficiado” apenas em relação ao requisito da idade. Ou seja, não será exigida dele a idade mínima de 65 anos. Mas sua aposentadoria será calculada com base nas novas regras, quais sejam: 51% da média dos salários de contribuição, acrescida de 1% por ano de contribuição.

Assim, mesmo que o segurado faça parte da transição (tenha idade igual ou superior a 45m/50h). Não valem mais as regras de cálculo anteriores (fórmula 85/95. O fator previdenciário, a média das maiores contribuições, etc). Estas só permanecem para o segurado que, mesmo já tendo condições de requerer o benefício na data da promulgação da emenda. Ainda não o fez, sendo preservado pelo direito adquirido.

Novas regras

Além disto, as novas regras de cálculo, diferentemente do atual, que somente considera 80% dos maiores salários de contribuição, passará a levar em conta todas as contribuições feitas ao longo da vida laboral, a partir de julho de 1994, rebaixando ainda mais a média.

Portanto, se a reforma passar nos termos propostos, o valor de todas as aposentadorias pelo regime geral (INSS), a partir da promulgação da emenda. Será calculado com base em 51% das médias de contribuições. Acrescida de 1% por ano de contribuição, exceto apenas para quem já tenha direito adquirido.

Não bastasse tudo isso, a PEC elimina a aposentadoria por tempo de contribuição e institui uma nova aposentadoria por idade. Com exigência superior à regra atual, penalizando duramente as mulheres. Além de ampliar o tempo de contribuição mínimo exigido de 15 para 25 anos. Num verdadeiro retrocesso social. A nova regra alcança, inclusive, os atuais segurados que não tenham sido protegidos pela regra de transição.

O valor da aposentadoria do segurado do INSS, portanto, poderá variar. Entre 76% da média das contribuições. No caso de quem requerer o benefício após 25 anos de contribuição, e 100% da média, desde que o segurado comprove 49 anos de contribuição.

Critérios

Sem esses dois critérios, os futuros segurados não poderão se aposentar. Exceto no caso de invalidez ou de aposentadoria por atividade insalubre. Quando a redução poderá ser de até 10 anos na idade e cinco no tempo de contribuição. Em qualquer hipótese, há ampliação dos requisitos e redução do valor do benefício em relação às regras atuais.

No caso dos servidores públicos, a transição é um pouco menos perversa. Mas também é prejudicial. O servidor com mais de 50 anos de idade e servidoras com mais de 45 podem ser incluídos na regra de transição.

Tanto em relação à nova idade quanto em relação ao cálculo do benefício. Desde: 1) que tenha ingressado no serviço público antes de 2004, 2). Comprove 20 anos de serviço público no momento da aposentadoria, 3). Pague um pedágio de 50% sobre o tempo que faltava para aposentadoria no momento da promulga da reforma, e 4). Contem com 30 anos de contribuição, se mulher, ou 35, se homem.

Todos os demais, atuais e futuros, serão submetidos às novas regras. Inclusive quanto a cálculo do benefício, nos exatos termos dos segurados do INSS. Em qualquer hipótese, como se vê, há ampliação dos requisitos e redução do valor do benefício em relação às regras atuais.

Antônio Augusto de Queiroz, é jornalista, analista político e diretor de Documentação do Diap

O post Previdência: perversidades na regra de transição  apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.



Oito homens têm a mesma riqueza que os 3,6 bilhões mais pobres do mundo

16 de Janeiro de 2017, 10:48, por Feed RSS do(a) News

Relatório da Oxfam destaca a crescente concentração de renda no mundo, no qual 1% das pessoas tem o mesmo volume de recursos que os 99% mais pobres...

Pois é, e a chamada esquerda não consegue comunicar isso ao povo. Será culpa do povo?

Por Redação da Carta Capital
Montagem / Arquivo
BilionáriosSlim Helú, Zuckerberg e Bill Gates: a desigualdade no mundo é assombrosa

Um novo relatório da Oxfam, divulgado nesta segunda 16, revela que o fosso material entre o 1% e os 99% da humanidade, respectivamente, o topo e a base da pirâmide da riqueza mundial, torna-se cada vez maior, com consequências nefastas para a sociedade. 

O documento também capta uma tendência preocupante: o abismo entre ricos e pobres está aumentando em uma velocidade muito maior do que a prevista.

Baseado no Credit Suisse Wealth Report 2016 e na lista de milionários da Forbes, o relatório alerta que apenas oito homens concentram a mesma riqueza do que as 3,6 bilhões de pessoas que fazem parte da metade mais pobre da humanidade. 

Os oito primeiros colocados na lista da Forbes são o criador da Microsoft, Bill Gates (75 bilhões de dólares), Amancio Ortega (67 bilhões), da grife espanhola Zara; Warren Buffet (60,8 bilhões), da Berkshire Hathaway, Carlos Slim (50 bilhões), das telecomunicações e Jeff Bezos (45,2 bilhões), da Amazon. Figuram ainda o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg (44, 6 bilhões), Larry Ellison (43,6 bilhões), da Oracle, e, por fim, Michael Bloomberg (Bloomberg LP), com 40 bilhões. 

Tal riqueza é, na maioria dos casos, hereditária. Nas próximas duas décadas, 500 indivíduos passarão mais de 2,1 trilhões de dólares para seus herdeiros, uma soma maior do que o PIB de um país como a Índia, que tem 1,2 bilhão de habitantes.

Os super-ricos

Intitulado Uma economia humana para os 99%, o relatório analisa de que maneira grandes empresas e os "super-ricos" trabalham para acirrar o fosso da desigualdade.

A renda de altos executivos, frequentemente engordada pelas ações de suas empresas, tem aumentado vertiginosamente, ao passo que os salários de trabalhadores comuns e a receita de fornecedores têm, na melhor das hipóteses, mantido-se inalterado e, na pior, diminuído.

O estudo aponta que, atualmente, o diretor executivo da maior empresa de informática da Índia ganha 416 vezes mais que um funcionário médio da mesma empresa. 

Além disso, os altos lucros das empresas são maximizados pela estratégia de pagar o mínimo possível em impostos, utilizando para este fim paraísos fiscais ou promovendo a concorrência entre países na oferta de incentivos e tributos mais baixos.

"As alíquotas fiscais aplicadas a pessoas jurídicas estão caindo em todo o mundo e esse fato – aliado a uma sonegação fiscal generalizada – permite que muitas empresas paguem o menos possível em impostos", afirma o documento.

Além disso, há a obsessão em manter no mais alto patamar os retornos financeiros para os acionistas das empresas. Na década de 1970 no Reino Unido, por exemplo, 10% dos lucros eram distribuídos aos acionistas. Hoje, o percentual é de 70%.

 

Nigéria
Homem busca comida no lixo em Lagos, na Nigéria, em 4 de janeiro. O país africano é um dos vários que vai colocar em prática políticas de renda mínima (Foto: Pius Utomi Ekpei / AFP)

Outra estratégia perversa é utilizar o trabalho análogo à escravidão para manter os custos corporativos baixos. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que 21 milhões de trabalhadores forçados geram cerca de US$ 150 bilhões em lucros para empresas, todos os anos.

Pesquisas citadas pelo relatório da Oxfam também revelam como o 1% beneficia-se da distribuição desigual da riqueza e utilizam-se de sua influência material e política para continuar a gozar de tal benefício.

Entre os artifícios utilizados estão o financiamento de candidaturas políticas, da atividade de lobby e, indiretamente, o custeamento de centros de estudos e universidades que visam produzir "narrativas políticas e econômicas" compatíveis com as premissas que favorecem os ricos.

"Os bilionários do Brasil fazem lobby para reduzir impostos e, em São Paulo, preferem usar helicópteros para ir ao trabalho, evitando os engarrafamentos e problemas de infraestrutura enfrentados nas ruas e avenidas da cidade", diz o documento.

A Oxfam alerta que a crescente desigualdade produz efeitos catastróficos nas sociedades, aumentando a criminalidade, a insegurança e, ao mesmo tempo, minando iniciativas de combate à pobreza. "Ela (a desigualdade) gera mais pessoas vivendo com medo do que com esperança", conclui a organização.

Confira o estudo na íntegra:

 

Leia também


Brasil não é para amadores

16 de Janeiro de 2017, 10:24, por Feed RSS do(a) News
Esta é uma peça de ficção e qualquer semelhança com fatos relacionados à produção de artigos científicos é mera coincidência
 
 
Wikimedia Commoms
Fabrica

Chegou de um reino distante a ideia de construir uma fábrica de carburadores, prova cabal de avanço e sofisticação

Era uma vez um reino distante. Seus habitantes viviam da exploração das coisas da terra e da dilapidação dos recursos do Estado. Vez por outra, lançavam-se em aventuras modernizantes, emulando, entusiasmados, os esforços civilizatórios de reinos de além-mar.

Caracterizava as altas castas locais o deslumbramento com o estrangeiro. Conceitos débeis e práticas esdrúxulas aportavam com frequência no reino distante: das modas de vestir às modas de ouvir, dos modos de pregar aos modos de orar, das coisas do comércio às coisas do prazer.

Assim chegou ao reino distante a ideia de construir uma fábrica de carburadores, tida como prova cabal de avanço e sofisticação. Tratadas como de interesse nacional pela corte e seus séquitos, as obras avançaram celeremente. Recursos foram alocados, gestores contratados e operários treinados. 

Inaugurada com pompa e circunstância, a incrível fábrica iniciou a produção, gerou empregos e muito mais. A corte local logo percebeu que não bastava fabricar carburadores. Um reino moderno, verdadeira sociedade do conhecimento, deveria ir além dos modos e costumes do mundo da manufatura. Foram criados centros de pesquisa, colóquios e revistas científicas. A missão era inovar e ser referência mundial em carburadores.

Todos os anos, os grandes estudiosos dos carburadores reuniam-se por uma semana nos melhores hotéis de praia ou montanha. Ali discutiam seus mais recentes avanços, cumprimentavam-se por descobertas e agraciavam-se com prêmios e honrarias.

As revistas científicas cresceram e se multiplicaram, especializando-se em materiais, tecnologia e processos produtivos. Números especiais de grande repercussão foram dedicados à influência da cultura organizacional sobre a eficiência do filtro de ar e ao impacto da intersubjetividade de gênero sobre o circuito de água no coletor. Um texto tratando da apreciação crítica da política de horas extras à luz de Habermas e Foucault foi alvo de polêmicas e originou dois simpósios específicos.

Os primeiros anos foram de regozijo e autocongratulações. Afinal, o reino agora se igualava às grandes potências mundiais. A tranquilidade e a felicidade aos poucos deram lugar, entretanto, a turbulências e preocupações. Um grupo de oposição logo se articulou, o MSC, Movimento dos Sem Carburadores. Seus aguerridos membros pintaram faixas, criaram slogans, fizeram piquetes e ameaçaram invadir a incrível fábrica. Seu líder, carismático e combativo, argumentava que a maior parte da população do reino não podia sequer sonhar em comprar um carburador.

Mais vozes críticas surgiram, ocuparam mídias sociais e blogs a denunciar a má qualidade dos carburadores e a baixa produtividade da incrível fábrica. Acuada, a alta gestão da fábrica mobilizou-se, consultou renomados gurus internacionais e implantou um choque de gestão: estabeleceu metas, criou indicadores e implantou modernos métodos de avaliação de desempenho. Para incentivar os funcionários, foram estabelecidos prêmios de produtividade.

A reação inicial foi adversa. Gestores advertiram que boicotariam o novo sistema. Operários ameaçaram entrar em greve e parar a produção. Em pouco tempo, porém, venceu o secular conformismo, tão característico daquele reino distante. E todos se adaptaram às novas práticas. A produtividade aumentou e a incrível fábrica passou a bater recordes de produção. Nunca naquele país foram produzidos tantos carburadores.

No entanto, um detalhe passou despercebido, não havia por ali veículos que usassem carburadores. Por isso, toda a produção da incrível fábrica passou a ser transportada para imensos armazéns erguidos com urgência para guardar os estoques.

Como não havia receita de vendas e funcionários e fornecedores precisavam ser pagos, a alta gestão da incrível fábrica começou a tomar empréstimos com os agiotas do reino distante, tipo que lá havia em profusão. Nesse momento, um vice-rei, movido pelos mais altos interesses, decidiu intervir.

Plenamente amparado pelos poderes constituídos, criou um imposto especial para garantir a perenidade da incrível fábrica, que continuou a operar e produzir carburadores.

E assim, cientistas e operários, agiotas e gerentes viveram todos felizes para sempre.

 
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16 de Janeiro de 2017, 10:24, por Feed RSS do(a) News
Essas instituições são pressionadas a construir mais e melhores nexos entre as demandas sociais e as pesquisas científicas
 
 
Universidade de São Paulo/Divulgação
USPAs universidades são uma das principais conquistas do processo civilizatório

Dois cientistas conversam. “Você já conseguiu a pontuação?”, pergunta o primeiro. “Já, esse ano foi tranquilo, eu tinha vários projetos com doutorandos. Foi fácil. Aliás, eu devia ter segurado um pouco. Tive mais produção do que eu precisava”, responde o interlocutor.

Numa versão para não iniciados, a pergunta seria: “Você já atingiu sua meta de publicação de artigos?”, e a resposta, “sim, claro, meus orientandos desenvolveram vários artigos, que eu assinei como coautor. Até ultrapassei a meta. Devia ter administrado as publicações para deixar um pouco para o ano que vem”.

Cabe explicar aos interessados que as universidades são uma das principais conquistas do processo civilizatório. Elas têm como principais focos de atuação a preparação de quadros profissionais e de cidadãos, por meio do ensino, e o aporte de conhecimento, por meio da pesquisa, para ajudar a sociedade a enfrentar seus desafios.

Poucas décadas atrás, observadores mais atentos notaram que as universidades públicas brasileiras, embora crescessem e absorvessem parte considerável dos recursos públicos destinados à educação, exibiam fraquezas em sua missão de gerar conhecimento. Instalou-se uma ampla e bem-intencionada iniciativa que passou a monitorar e avaliar, entre outros fatores, a produção científica nacional, medida em número de artigos publicados em periódicos qualificados. O sistema fomentou a produção, que expandiu consideravelmente.

Nos últimos anos notou-se, entretanto, que muito do publicado não é citado em artigos posteriores, ou seja, provavelmente não tem utilidade significativa para a ciência. Com isso, esforços consideráveis empreendidos pelas melhores mentes do País, a partir de recursos escassos, são desperdiçados. 

Esse quadro paradoxal não é particular dos trópicos. A crise acadêmica de produção de artigos sem consumo do conhecimento neles contido transcende fronteiras. Em texto veiculado em outubro no blog Intellectual Takeout, Daniel Lattier observa que um trabalho acadêmico, que pode levar meses ou anos para ser elaborado e passa por um período longo de revisões até ser publicado, é lido em média por só dez pessoas.

Em menção a um estudo sobre o tema, o autor registra que 82% dos artigos científicos publicados em periódicos acadêmicos da área de ciências humanas não chegam a ser citados em outros trabalhos. Dos artigos referidos, só 20% são lidos e metade destes é apenas pelos seus autores, revisores e editores dos periódicos nos quais são publicados.

O que explica esse triste estado das coisas? Lattier sugere duas causas. A primeira é a pressão que condiciona a empregabilidade e a carreira dos pesquisadores à produção científica medida em quantidade de artigos publicados.

Tal requisito leva à maximização da produção com base no que o autor denomina de plágio criativo, o rearranjo de pesquisas anteriores com pequenas variações adicionadas. O segundo fator é o caminho aparentemente inexorável da especialização, com a multiplicação de grupos com interesses de pesquisa cada vez mais estreitos. O fenômeno cria um fosso entre pesquisadores e a sociedade e entre pesquisadores de clãs hiperespecializados e os demais.

Práticas que estimulam a produção científica desvinculada do consumo e do uso do conhecimento podem gerar efeitos infaustos.

Primeiro, fomentam comportamentos centrados em interesses individuais e inibem o altruísmo, pedra fundamental da ciência.

Segundo, tendem a corromper jovens pesquisadores cuja abnegação se transforma, com o tempo, em mercantilismo.

Terceiro, frustra a sociedade, que tem o direito de esperar contribuições para o tratamento das suas questões mais importantes, seja por meio de uma voz de autoridade, capaz de prover perspectivas amplas, bem informadas e desapaixonadas sobre os temas em pauta, seja por intermédio de modelos, práticas e soluções para problemas reais.

Significativamente, começa a ser mencionada, nos debates internacionais sobre o papel da universidade, a figura do “tradutor”, profissional ambidestro capaz de estabelecer conexões entre a universidade e a sociedade.

O debate é representativo do aumento da expectativa sobre a universidade e começa a indicar caminhos para se construirem pontes sobre os abismos entre as modernas torres de marfim e o restante da sociedade.

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