Neste mês, o BC registrou a realização de mais de 400 milhões de transações pelo PIX em um intervalo de 48 horas, um número recorde. Com a grande movimentação, ações que objetivam garantir a segurança do usuário se tornam prioridade, com mais de 2,5 milhões de “golpes do PIX” registrados, ao longo de 2023.
Por Redação – de Brasília
O aumento substancial nos casos de fraudes digitais ao sistema de transferência imediata de fundos, o PIX, levou a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o Banco Central (BC), nesta sexta-feira, a ampliar o estudo sobre melhorias para o Mecanismo Especial de Devolução (MED), um recurso do PIX criado para facilitar as devoluções em caso de irregularidades no processo. O MED 2.0, como é chamado o projeto, foi proposto pela Febraban e seu desenvolvimento deverá ser concluído até o ano que vem, até ser implantado em 2026.
O PIX é um serviço popular, oferecido pelo Banco Central do Brasil, para pagamentos e transferências de dinheiro em tempo real
Neste mês, o BC registrou a realização de mais de 400 milhões de transações pelo PIX em um intervalo de 48 horas, um número recorde. Com a grande movimentação, ações que objetivam garantir a segurança do usuário se tornam prioridade, com mais de 2,5 milhões de “golpes do PIX” registrados, ao longo de 2023.
A meta das instituições é a de reduzir a prática das diferentes modalidades de fraudes e golpes utilizando o PIX. A principal mudança proposta pela Febraban ao BC é para que o fluxo permita o bloqueio de valores em outras contas bancárias utilizadas pelos golpistas – no fluxo atual, a notificação de infração associada à devolução permite o bloqueio de valores relacionados apenas à primeira conta recebedora do recurso, e os golpistas repassam o dinheiro rapidamente. A proposta foi aceita pelo regulador.
Recursos
Criado pelo BC em 2021, o MED permite que as vítimas de fraude, golpes ou crimes possam reclamar em sua instituição pelos canais de atendimento em até 80 dias da data da realização do PIX. Ao efetuar a reclamação, os recursos são bloqueados na conta do recebedor para análise detalhada do caso e, se for considerado procedente, os recursos são devolvidos à vítima.
Mas, esta devolução depende da disponibilidade de fundos na conta do fraudador, o que fragiliza a solução. Muitas vezes, o dinheiro furtado do correntista é automaticamente redirecionado para outras contas, tão logo seja obtido pelos fraudadores.
