Índice de Confiança do Consumidor aumenta em janeiro
27 de Janeiro de 2016, 11:08Apesar da alta do Índice de Confiança do Consumidor em relação a dezembro de 2015, houve queda de 13,2% na comparação com janeiro de 2015
Por Redação, com ABr e Agências de Notícias – de Brasília:
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 2,5 pontos entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016, atingindo 67,9 pontos. O indicador voltou a crescer, depois de uma queda de 2 pontos em dezembro.
A alta do ICC foi provocada tanto pelo grau de confiança dos consumidores no momento presente quanto pela sua confiança em relação aos próximos meses. O Índice da Situação Atual, que mede o momento presente, subiu 1,1 ponto, depois de oito meses em queda.
O Índice de Expectativas, que mede a avaliação dos consumidores em relação ao futuro, avançou 3,4 pontos, atingindo o maior patamar desde agosto de 2015.
Apesar da alta do Índice de Confiança do Consumidor em relação a dezembro de 2015, houve queda de 13,2% na comparação com janeiro de 2015.
Inflação e consumidores
Os consumidores brasileiros estimam que os próximos 12 meses terão uma inflação acumulada de 11,3%, segundo pesquisa feita neste mês e divulgada, nesta terça-feira, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador é 0,3 ponto percentual superior à pesquisa realizada em dezembro do ano passado.
De acordo com a FGV, o aumento é reflexo de um alto Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, que fechou 2015 em 10,67%, bem acima do teto da meta de inflação do governo federal, de 6,5%.
A FGV espera, no entanto, que haja uma reversão da expectativa dos consumidores no segundo semestre deste ano, quando os efeitos da crise sobre os preços serão intensificados.
Previsão de analistas
Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam por mais inflação neste ano e em 2017. A estimativa das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano foi ajustada pela quarta vez seguida, ao passar de 7% para 7,23%. Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior, mas ainda distante do centro da meta. A projeção da inflação para 2017 passou de 5,40% para 5,65%, no segundo ajuste consecutivo.
Dilma fala sobre a necessidade de cooperação econômica na AL
27 de Janeiro de 2016, 10:52Segundo Dilma, Brasil e Equador concordaram em estreitar ainda mais o relacionamento para que as relações bilaterais possam enfrentar a travessia que os países estão passando
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A presidenta Dilma Rousseff reafirmou a necessidade de intensificar a cooperação econômica e comercial entre os países da América Latina e do Caribe, para que possam “superar mais rapidamente os desafios impostos pela crise [econômica]”. Ela fez a declaração em Quito, na noite de terça-feira, após reunião com o presidente do Equador, Rafael Correa.
Dilma embarcou nesta quarta-feira para o Equador, onde participa, nesta quarta-feira da 4ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
– Analisamos o complexo quadro econômico internacional e a sua incidência preocupante sobre nossos países e sobre toda a região, em especial o impacto da queda do preço das commodities do petróleo, dos minérios, dos grãos e a desaceleração da economia chinesa que hoje transita de um padrão baseado em investimento e infraestrutura para outro, baseado no consumo e em serviços – disse Dilma.
- Nós temos muita consciência de que o Brasil não retoma a sua capacidade de crescer, que o Brasil não consegue restabelecer as suas condições sustentáveis de crescimento, nesse novo contexto internacional, sem o crescimento dos demais países da América Latina, sem que os demais países da América Latina tenham também condições de se recuperar – completou.
Segundo a presidenta, Brasil e Equador concordaram em estreitar ainda mais o relacionamento para que as relações bilaterais possam funcionar “como uma ponte para essa travessia” que os países estão enfrentando.
Dilma citou projetos da parceria entre o Brasil e o Equador.
– A Hidrelétrica de Manduriacu e o projeto de irrigação Daule Vinces dão testemunho de nosso comprometimento com a promoção de uma cooperação intensa com o Equador – disse.
A presidenta também destacou o Eixo Multimodal Manta-Manaus.
– Esse projeto, de Manta-Manaus, é um projeto estratégico nessa região. Trata-se da integração de toda a região amazônica da América do Sul e aproximando as regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, tanto aproximando o Equador do Atlântico quanto o Brasil do Pacífico – acrescentou.
A presidenta embarca nesta tarde de volta para o Brasil e na quinta-feira participa de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, formado por ministros de estado e representantes da sociedade civil, empresariado e centrais sindicais.
Contas externas fecham 2015 com saldo negativo
26 de Janeiro de 2016, 12:54A balança comercial foi a que mais contribuiu para reduzir o déficit das contas externas
Por Redação, com ABr – de Brasília:
As contas externas fecharam 2015 com déficit de US$ 58,942 bilhões, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados, nesta terça-feira. Esse saldo negativo das transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo, correspondeu a 3,32% de tudo o que o país produziu – Produto Interno Bruto (PIB). O resultado ficou abaixo da projeção do BC para o ano, de US$ 62 bilhões ou 3,48% do PIB.
No balanço das transações correntes, a conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) foi a que apresentou o maior saldo negativo, no ano passado: US$ 42,357 bilhões.
A conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) contribuiu para o resultado negativo, com US$ 36,978 bilhões.
A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) apresentou resultado positivo, de US$ 2,724 milhões.
A balança comercial foi a que mais contribuiu para reduzir o déficit das contas externas. No ano passado, o superávit comercial (exportações maiores que as importações) chegou a US$ 17,670 bilhões.
Renda
Mesmo assim, o país gastou além de sua renda. Quando isso ocorre, é preciso financiar esse resultado negativo com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior. O investimento direto no país (IDP), recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiamento, por ser de longo prazo.
Em 2015, o IDP chegou a US$ 75,075 bilhões e foi mais que suficiente para cobrir todo o déficit em transações correntes. Em 2014, esses investimentos foram maiores: US$ 96,895 bilhões, mas abaixo do saldo negativo em transações correntes que chegou a US$ 104,076 bilhões. O resultado do ano passado superou a projeção do BC, de US$ 66 bilhões.
O país registrou saída de investimento em ações negociadas em bolsas de valores no Brasil e no exterior e em fundos de investimento no total de US$ 98 milhões, em 2015. A saída de investimento em títulos negociados no país chegou a US$ 2,050 bilhões.
Gasto de brasileiros no exterior em queda
Com a alta do dólar, as despesas de brasileiros no exterior caíram 32,1% em 2015, na comparação com o ano anterior. Os gastos em viagens ao exterior ficaram em US$17,357 bilhões no ano passado, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados, nesta terça-feira. Esse é o menor valor desde 2010, quando os gastos chegaram a US$ 15,965 bilhões.
As receitas de estrangeiros deixadas no Brasil chegaram a US$ 5,844 bilhões no ano passado, com queda de 14,6%%, na comparação com 2014.
Com despesas maiores que as receitas, a conta de viagens internacionais fechou o ano passado negativa em US$ 11,513 bilhões, contra US$ 18,724 bilhões registrados em 2014.
Custo da construção sobe 0,32% em janeiro
26 de Janeiro de 2016, 11:01Em Salvador, o Índice Nacional de Custo da Construção do Mercado subiu 0,61%, depois de uma estabilidade em dezembro
Por Redação, com ABr – de Brasília:
O Índice Nacional de Custo da Construção do Mercado (INCC-M) iniciou o ano em alta ao atingir, neste mês de janeiro, variação de 0,32%, ficando acima do registrado em dezembro passado (0,12%). Houve elevações tanto no grupo de materiais, equipamentos e serviços, que subiu de 0,23% para 0,52%, quanto no índice referente à mão de obra, que passou de 0,02% para 0,15%.
Esses resultados referem-se à coleta de preços no período de 21 de dezembro de 2015 ao último dia 20. O INCC-M é calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). No acumulado dos últimos 12 meses, o índice registra aumento de 6,82% . A taxa relativa a materiais de construção, equipamentos e serviços acumulou elevação de 6,55% e a mão de obra, de 7,06%.
Neste mês de janeiro, o custo da mão de obra foi influenciado pelo reajuste salarial do Recife e as antecipações em Salvador. Das sete capitais onde é feita a pesquisa, apenas o Rio de Janeiro apresentou queda no ritmo de reajuste, com alta de 0,2% ante 0,23%.
Em Salvador, o Índice Nacional de Custo da Construção do Mercado subiu 0,61%, depois de uma estabilidade em dezembro. No Recife, a taxa passou de 0,02% para 1,13%; em Brasília, de 0,13% para 0,17%; em Belo Horizonte, de 0,13% para 0,27%; em Porto Alegre, de 0,2% para 0,31%, e em São Paulo, de 0,11% para 0,25%.
Para consumidores, inflação pode ficar em 11,3% nos próximos 12 meses
26 de Janeiro de 2016, 10:23A FGV espera que haja uma reversão da expectativa dos consumidores no segundo semestre deste ano
Por Redação, com ABr e Agência de Notícias – de Brasília:
Os consumidores brasileiros estimam que os próximos 12 meses terão uma inflação acumulada de 11,3%, segundo pesquisa feita neste mês e divulgada, nesta terça-feira, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador é 0,3 ponto percentual superior à pesquisa realizada em dezembro do ano passado.
De acordo com a FGV, o aumento é reflexo de um alto Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, que fechou 2015 em 10,67%, bem acima do teto da meta de inflação do governo federal, de 6,5%.
A FGV espera, no entanto, que haja uma reversão da expectativa dos consumidores no segundo semestre deste ano, quando os efeitos da crise sobre os preços serão intensificados.
Previsão de analistas
Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam por mais inflação neste ano e em 2017. A estimativa das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano foi ajustada pela quarta vez seguida, ao passar de 7% para 7,23%. Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior, mas ainda distante do centro da meta. A projeção da inflação para 2017 passou de 5,40% para 5,65%, no segundo ajuste consecutivo.
A meta de inflação tem como centro 4,5% e o limite superior é 6,5%, em 2016, e 6%, no próximo ano.As estimativas são do boletim Focus, uma publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores da economia.
Depois da polêmica envolvendo a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC na semana passada, a projeção mediana (que desconsidera extremos das estimativas) para a taxa básica de juros, a Selic, passou de 15,25% para 14,64% ao ano. Ao final de 2017, a estimativa também caiu de 12,88% para 12,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano.
Desembolsos do BNDES caem 28% ante 2014
25 de Janeiro de 2016, 13:42De acordo com o órgão, o cartão O Cartão BNDES, exclusivo para micro, pequenas e médias empresas, encerrou o ano praticamente estável
Por Redação, com Reuters e Agências de Notícias – de Brasília:
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 136 bilhões para projetos de investimento em 2015, 28% a menos do que o desembolsado no ano anterior, informou a instituição em nota nesta segunda-feira.As aprovações atingiram R$ 109,5 bilhões e as consultas somaram R$ 124,6 bilhões, recuo de 47% dos dois indicadores em relação a 2014.
O setor de Infraestrutura foi o que registrou maior participação, com R$ 54,9 bilhões, ou 40,4% do total, seguido dos setores de Indústria — para o qual o BNDES desembolsou R$ 36,9 bilhões (27,1%) —, Comércio e Serviços (R$ 30,4 bilhões, ou 22,4%) e Agropecuária (R$ 13,7 bi, ou 10,1%).
Setores prioritários
Frente à conjuntura, o BNDES ajustou sua Política Operacional, preservando maiores níveis de participação, taxas menores e prazos mais longos para setores e temas prioritários. Como resultado, e mesmo diante do cenário de retração, o Banco manteve níveis consistentes de apoio em áreas importantes. Destaque para os projetos de energia elétrica, que receberam R$ 21,9 bilhões (alta de 15%), e de logística de transporte, que cresceram 8%, com cerca de R$ 20 bilhões desembolsados.
O salto mais relevante nos financiamentos à área de energia foi dado pelos projetos eólicos, que tiveram uma expansão de 85%, com os desembolsos passando de R$ 3,3 bilhões para R$ 6,1 bilhões. Na área de logística, um avanço importante foram as liberações a projetos de mobilidade urbana, que atingiram R$ 8,5 bilhões, 30% acima dos R$ 6 bilhões desembolsados em 2014. Somente ao transporte metroviário, com a construção e expansão dos metrôs de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza, o BNDES liberou R$ 6 bilhões em 2015 frente a R$ 4,6 bilhões em 2014.
Os desembolsos do BNDES a projetos da denominada Economia Verde atingiram R$ 31,3 bilhões em 2015, com aumento de 11%. A chamada Economia Verde engloba projetos de eficiência energética, energias renováveis, gestão de água, esgoto e resíduos sólidos, melhorias agrícolas, adaptação a mudanças climáticas, reflorestamento e transportes públicos de passageiros (metrôs e trens), entre outros.
Em Inovação, o Banco conseguiu manter um nível relevante de apoio, com desembolsos de R$ 6 bilhões, igualando a cifra recorde de 2014. Alguns destaques foram projetos de apoio a esforços de engenharia no setor aeronáutico e de microeletrônica e de suporte ao desenvolvimento da biotecnologia avançada nas áreas de biofármacos, biocombustíveis e bioquímicos.
O Cartão BNDES, exclusivo para micro, pequenas e médias empresas, encerrou o ano praticamente estável, com liberações de R$ 11,2 bilhões e 746 mil operações realizadas, frente a R$ 11,5 bilhões em 2014. Importante instrumento de crédito, o Cartão contribuiu para os desembolsos a empresas de menor porte, para as quais o BNDES liberou R$ 37,3 bilhões no ano passado, com 926 mil operações efetuadas
Tesouro Direto: venda de títulos públicos sobem 190,5% em 2015
25 de Janeiro de 2016, 11:59O Tesouro Nacional divulgou em 2015 uma série de melhorias no programa para que os investidores tivessem melhor compreensão da aplicação
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A expansão das vendas do programa Tesouro Direto atingiu números recordes em 2015. Dados divulgados, nesta segunda-feira, pelo Ministério da Fazenda mostram que no ano passado as vendas de títulos públicos no programa cresceram 190,5% em relação a 2014, passando de R$ 4,978 bilhões para R$ 14,457 bilhões no ano. As vendas líquidas, que são a diferença entre as vendas e os vencimentos e resgates antecipados, aumentaram 207,8% no período, subindo de R$ 2,515 bilhões para R$ 7,741 bilhões , informou o Tesouro Nacional.
Outro dado significativo é a quantidade de operações de vendas, que passou de 387.319 em 2014 para 1.044.258 em 2015 (169,6%). Houve ainda uma redução da distância entre o número de investidores posicionados, que efetivamente investem, e os cadastrados no programa.
No ano passado, o Tesouro Nacional divulgou uma série de melhorias no programa para que os investidores tivessem melhor compreensão da aplicação. Segundo o Ministério da Fazenda, desde a implementação das novidades, os principais indicadores vêm registrando números superiores aos obtidos nos meses anteriores, compondo uma sequência de recordes para o Tesouro Direto. Esses resultados são divulgados mensalmente no Balanço do Tesouro Direto. Novidades são aguardadas neste ano e no próximo que, informou o Tesouro Nacional, têm o objetivam tornar o investimento ainda mais acessível e atraente.
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas possam adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, pela internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem de pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.
A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional, que pode variar de acordo com a Selic, os índices de inflação, o câmbio ou uma taxa definida antecipada.
Inflação sobe para 7,23% este ano, preveem analistas
25 de Janeiro de 2016, 10:10A meta de inflação tem como centro 4,5% e o limite superior é 6,5%, em 2016, e 6%, no próximo ano
Por Redação, com ABr – de Brasília:
Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam por mais inflação neste ano e em 2017. A estimativa das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano foi ajustada pela quarta vez seguida, ao passar de 7% para 7,23%. Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior, mas ainda distante do centro da meta. A projeção da inflação para 2017 passou de 5,40% para 5,65%, no segundo ajuste consecutivo.
A meta de inflação tem como centro 4,5% e o limite superior é 6,5%, em 2016, e 6%, no próximo ano.
As estimativas são do boletim Focus, uma publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores da economia.
Depois da polêmica envolvendo a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC na semana passada, a projeção mediana (que desconsidera extremos das estimativas) para a taxa básica de juros, a Selic, passou de 15,25% para 14,64% ao ano. Ao final de 2017, a estimativa também caiu de 12,88% para 12,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano.
A polêmica surgiu às vésperas do anúncio da decisão do Copom, quando o presidente do BC, Alexandre Tombini, divulgou comentário sobre a revisão de projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia brasileira. Na terça-feira, primeiro dia de reunião do Copom, Tombini disse, em nota, que as revisões foram significativas e seriam consideradas na decisão do comitê.
O FMI aumentou a projeção de queda da economia brasileira neste ano de 1% para 3,5%. Para 2017, a expectativa é de estabilidade, com a estimativa de crescimento zero do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), contra a expectativa de crescimento de 2,3%, divulgada em outubro do ano passado.
O comunicado de Tombini em dia de reunião do Copom foi incomum e indicou uma mudança de direção com relação à Selic. Analistas criticaram a comunicação do BC, que anteriormente informava que adotaria as medidas necessárias para controlar a inflação, ou seja, que elevaria a Selic. Para alguns analistas, o BC estaria cedendo a pressões ao mudar a comunicação e tomar a decisão de manter a Selic em 14,25% ao ano.
Quando há elevação da taxa Selic, a demanda por produtos e serviços é afetada, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam as pessoas a economizar em vez de gastar. Quando há redução da Selic, o efeito é o contrário: incentiva produção e consumo, mas alivia o controle da inflação. Nas suas decisões, o BC tem que decidir se no momento a prioridade é controlar a inflação ou estimular a economia. Além de afetar a demanda, a elevação da taxa influencia também as expectativas com relação à inflação.
Na avaliação das instituições financeiras, a economia deve encolher 3% este ano, contra a previsão anterior de 2,99%. Para 2017, a expectativa é de recuperação, com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,8%. A estimativa anterior era 1% de expansão da economia.
Aramco diz que IPO pode ser oferecida no mercado internacional
24 de Janeiro de 2016, 11:22
A Aramco tem reservas de petróleo estimadas em cerca de 265 bilhões de barris, mais de 15 % de todos os depósitos globais da commodity
Por Redação, com Reuters – de Dubai:
Uma Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) da saudita Aramco, maior petroleira do mundo, pode ser oferecida no mercado local ou internacional, mas não incluiria reservas energéticas da Arábia Saudita, informou o chairman da empresa na rede de televisão saudita Al-Arabiya.
– As reservas não seriam vendidas, mas a capacidade da empresa de produzir a partir das reservas está em estudo – disse Khalid al-Falih ao canal em uma entrevista realizada em Davos, que sediou o Fórum Econômico Mundial na semana passada.
Falando à revista Economist no início deste mês, o vice-príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman disse que Riad pode vender ações da Aramco como parte de uma iniciativa de privatização.
A Aramco tem reservas de petróleo estimadas em cerca de 265 bilhões de barris, mais de 15 % de todos os depósitos globais da commodity, e por isso pode se tornar a primeira companhia avaliada em US$ 1 trilhão ou mais a ter presença na bolsa se lançar sua IPO, segundo analistas.
Mas várias fontes familiarizadas com os altos escalões disseram à agência inglesa de notícais Reuters que a grande dimensão da Aramco e a confidencialidade que a cerca, por se tratar do principal instrumento da política petrolífera do reino, representam obstáculos para qualquer lançamento de ações da empresa do conglomerado. Elas ainda afirmaram que a Arábia Saudita está avaliando a venda de ações de empreendimentos de refino com petroleiras estrangeiras.
Recessão afasta nove entre dez brasileiros do consumo
23 de Janeiro de 2016, 17:17Mas boa parte das pessoas que não conseguiram realizar seus projetos no ano passado, devido à recessão econômica, se mostra disposta a efetivar seus planos em 2016
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro
Pesquisa divulgada esta semana pelo Instituto Data Popular mostra que nove entre dez brasileiros diminuíram o consumo no ano passado, devido à recessão da economia. As entrevistas foram feitas entre os dias 4 e 12 de janeiro com 3,5 mil consumidores maiores de 16 anos em 153 municípios de todos os Estados.
Segundo os dados, dos 99% dos consultados que acreditam que o país está em crise, 81% têm certeza de que vivenciam um período de recessão. Para 55%, esta é a pior crise que já enfrentaram. De acordo com o presidente do instituto, Renato Meirelles, isso acontece por dois fatores.
O primeiro deles é que existe hoje um contingente enorme de consumidores que não participavam do mercado na época em que o Brasil conviveu com hiperinflação.
– Não eram adultos na época da hiperinflação. É, de fato, um conjunto de consumidores jovens que tendem a achar que esta é a maior crise. A gente já teve crises com taxas de desemprego maiores, com o país com menos reserva internacional do que tem hoje, com mais inflação – disse Meirelles, para quem a crise atual não é a maior que o país atravessa.
Outro fator, segundo Meirelles, é que nas crises anteriores, de 2002 de 2008, em geral, as pessoas tinham a sensação de que estava difícil comprar um bem ou produto ou melhorar de vida. Segundo ele, hoje a sensação de “voltar para trás” e isso aumenta a percepção de que esta é a maior crise. Como a situação atual veio depois de um processo de crescimento forte, da democratização do consumo, de os brasileiros passarem a ter acesso a produtos e serviços que antes não consumiam, a sensação de perda se torna mais forte, disse Renato Meirelles.
Recessão sem fim
O presidente do Data Popular observou, entretanto, que boa parte das pessoas que não conseguiram realizar seus projetos no ano passado, em função da crise, se mostra disposta a efetivar seus planos em 2016. Do percentual de 63% que planejaram comprar um imóvel em 2015, mas encerraram o ano sem cumprir a meta, 35% acreditam que conseguirão realizar o sonho este ano. O percentual sobe para 69% se for considerado o universo de pessoas que planejaram comprar um eletrodoméstico em 2015 e não conseguiram (54% dos entrevistados).
– A pesquisa mostrou que o consumidor está se programando para realizar seus planos, seja buscando uma renda extra, fazendo escolha do que é prioritário ou não no seu gasto, seja buscando financiamento, para voltar a comprar aquilo que ele tinha pensado em ter no ano passado e não comprou – disse.
Significa que a crise funciona como uma alavanca para que as pessoas retomem o que haviam programado.
– É um consumidor que entra nesta crise mais preparado do que em crises anteriores – ressaltou Meirelles.
Outro aspecto evidenciado por esse cenário é que a estratégia das empresas que querem conquistar esse consumidor tem que mudar, segundo Renato Meirelles.
– Em um cenário de crise, as empresas têm que ganhar dos seus concorrentes. Esse é o momento de as empresas consolidarem seus clientes fiéis e avançarem sobre a concorrência, que é a consequência disso no mercado – disse, ao destacar que as empresas que souberem fidelizar o consumidor e se mostrar de alguns forma como parceira terão mais chances de crescer do que outras.
Número de famílias endividadas cai em 2015
22 de Janeiro de 2016, 11:34A redução do número de famílias com dívidas, para a CNC, está ligada a fatores desfavoráveis ao consumo, como aumento da inflação
Por Redação, com ABr – de Brasília:
O ano de 2015 teve uma redução de 1,3% no número médio de famílias com dívidas, divulgou, nesta sexta-feira, a Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a CNC, no entanto, o número de famílias com dívidas e contas em atraso (inadimplentes) aumentou 8,4% em relação a 2014, chegando a 20,9%.
Pela primeira vez, desde 2010, ocorre aumento no número de famílias com contas atrasadas. No ano passado, 19,4% das famílias estavam nessa situação.
Os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) e apontam aumento da inadimplência. O número de famílias que reconheceram não ter perspectiva de pagar suas contas atrasadas subiu 23,2% e chegou a 7,7% do total. Em números absolutos, havia mais de 1,1 milhão de famílias nessa situação em 2015, contra 899 mil em 2014.
A redução do número de famílias com dívidas, para a CNC, está ligada a fatores desfavoráveis ao consumo, como aumento da inflação e desaquecimento do mercado de trabalho.
A pesquisa também aponta que a renda das famílias brasileiras está mais comprometida com o pagamento de dívidas. O percentual médio da renda usada para este fim subiu de 30,4% para 30,6% – a maior taxa da série iniciada em 2010.
Crédito
Segundo a pesquisa, o encarecimento do crédito causado pelo aumento das taxas de juros contribuiu para um maior comprometimento da renda, que teve queda em valores reais no ano passado.
Um percentual de 12,4% das famílias se consideravam muito endividado em 2015, contra 11,6% em 2014. A parcela que acredita estar pouco endividada caiu de 26,6% para 26,2%.
As famílias com renda de até dez salários mínimos estão mais endividadas (62,4%) e também apresentam percentuais maiores quando perguntadas se têm contas em atraso (23,4%) e se estão sem condições de pagá-las (9%).
Para as famílias que ganham mais de dez salários mínimos, o endividamento está em 54,8%, 20,1% têm dívidas atrasadas e 2,8% declaram que não vão ter condições de quitá-las.
Emprego na indústria recua 0,4% em novembro
22 de Janeiro de 2016, 11:08Na indústria, o emprego também acumulou perdas de 6% nos 11 primeiros meses do ano e 5,9% no período de 12 meses
Por Redação, com ABr – de Brasília:
O total de pessoal ocupado na indústria recuou 0,4% na passagem de outubro para novembro de 2015, marcando a 11ª queda consecutiva do emprego industrial neste tipo de comparação. Os postos de trabalho nesse setor da economia caíram 7,2% em relação a novembro de 2014, o 50º resultado negativo, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O emprego industrial também acumulou perdas de 6% nos 11 primeiros meses do ano e 5,9% no período de 12 meses. A queda acumulada em 12 meses (-5,9%) é a mais intensa da série histórica do indicador, iniciada em 2001.
Os outros dois indicadores da pesquisa também apresentaram quedas nos quatro tipos de comparação temporal, em novembro de 2015. O número de horas pagas para os trabalhadores da indústria recuou 0,2% na comparação com outubro de 2015, 7,7% em relação a novembro de 2014, 6,6% no acumulado do ano e 6,5% no acumulado de 12 meses.
Pagamento
A folha de pagamento real caiu 2,2% na comparação com outubro de 2015, 10,6% na comparação com novembro de 2014, 7,5% no acumulado do ano e 7,1% no acumulado de 12 meses.
Indústria e a queda do faturamento
O faturamento real da indústria, que mede o desempenho do setor, considerando todos os ganhos de uma empresa, descontada a inflação, caiu 2,7% em novembro. As horas trabalhadas na produção recuaram 1,7% frente a outubro, segundo a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada no dia 15 deste mês pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Na comparação com o ano anterior, o faturamento acusou queda de 13,3% e as horas trabalhadas na produção caíram 12,1%. O tempo gasto pelos trabalhadores na fabricação de produtos aumenta quando a economia está aquecida para atender o crescimento das encomendas.
– O indicador de horas trabalhadas na produção alcançou dois dígitos de janeiro a novembro na comparação com o mesmo período de 2014, confirmando a trajetória negativa da produção na indústria – destacou o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
Segundo ele, a consequência da retração da atividade industrial é a queda do emprego.
IPCA-15 varia 0,92% em janeiro influenciada por alimentos
22 de Janeiro de 2016, 11:01Em dezembro do ano passado, o IPCA-15 teve variação de 1,18%, o maior resultado para meses de dezembro desde 2002, segundo dados divulgados pelo IBGE
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) em 2016 teve variação de 0,92% em janeiro, divulgou, nesta sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro do ano passado, o IPCA-15 teve variação de 1,18%, o maior resultado para meses de dezembro desde 2002. Em janeiro de 2015, a prévia da inflação ficou em 0,89%.
Com o resultado, a taxa acumulada em 12 meses ficou em 10,74%. De janeiro a dezembro de 2015, a prévia acumulou uma variação de 10,71%. O indicador é chamado IPCA-15 porque mede a variação de preços entre os dias 15 do mês anterior e do mês de referência.
Alimentos
O grupo alimentação e bebidas foi o que apresentou a maior inflação no primeiro indicador deste ano, ao variar 1,67%, segundo os números do IPCA-15. A oscilação de preços, no entanto, desacelerou em relação a dezembro, quando estava em 2,02%.
Os três alimentos que tiveram as maiores altas nos preços são muito presentes na mesa do brasileiro: a cenoura (23,94%), o tomate (20,19%) e a cebola (15,07%).
O movimento de desaceleração da alta de preços também ocorreu na habitação (de 0,69% para 0,57%), nos artigos de residência (de 0,60% para 0,48%), no vestuário ( de 0,73% para 0,49%), nos transportes (1,76% para 0,87%), educação (0,32% para 0,28%) e comunicação (0,87% para 0,11%).
A inflação registrou alta apenas nos grupos saúde e cuidados pessoais, de 0,61% para 0,66%, e despesas pessoais, de 0,56% para 1%.
Transportes
O aumento das tarifas de ônibus urbanos em algumas capitais brasileiras como São Paulo e Salvador puxou para cima a inflação sobre o grupo transportes. A variação para os transportes públicos foi de 1,12%, acima dos 0,87% registrados no grupo. Para os ônibus urbanos, a taxa foi de 1,92%.
Táxis (1,47%) e ônibus intermunicipais (2,65%) também ficaram acima do índice geral do grupo. Os combustíveis foram o componente de maior impacto no índice, com uma inflação de 1,26%.
Pesou para que o índice desacelerasse a queda da inflação para as passagens aéreas, que saíram de uma alta de 36,54% em dezembro para uma queda de 5,79% em janeiro.
Despesas pessoais
Entre as despesas pessoais, as maiores variações na inflação vieram de excursão (7,07%), manicure, (2,17%) e cigarro (1,51%).
Nos estados
Com a divulgação do IPCA-15 de janeiro, a região de Curitiba é a que mais acumula alta de preços, com 12,27% de inflação em 12 meses. Apesar disso, a capital paranaense teve desaceleração entre dezembro e janeiro – o índice de 1,29% caiu para 0,53%.
No indicador mensal, a maior inflação foi registrada em Fortaleza, com 1,20%. Na capital do Ceará, houve desaceleração em relação a dezembro, quando a taxa foi de 1,37%.
Belo Horizonte é a capital pesquisada que acumula a menor inflação em 12 meses, de 9,33%. Diferentemente da maioria das cidades, a capital mineira não teve desaceleração e repetiu em janeiro o índice de dezembro, de 0,79%.
Com peso de 31,68% no indicador nacional, São Paulo teve desaceleração, de 0,99% para 0,95%, e acumula 11,05% de inflação em 12 meses, acima da média do Brasil, de 10,74%.
Juros altos sufocam a economia, alerta Stiglitz
21 de Janeiro de 2016, 17:14Segundo o especialista, a política monetária brasileira, com juros na estratosfera “estrangula a economia”, que poderia aquecer com medidas “contracíclicas”
Por Redação, com agências internacionais – de Davos, Suíça
Para o economista Joseph Stiglitz, prêmio Nobel e um dos mais conceituados analistas econômicos da atualidade, a política de juros altos como solução para alta inflacionária, como determinam os principais operadores do mercado financeiro, está “desacreditada” na maior parte do mundo e tem o agravante de estrangular economias em desenvolvimento, como a do Brasil. Stiglitz falou a jornalistas, durante o Fórum Econômico Mundial. Segundo avaliação de Stglitz, pouca gente no mundo, atualmente, ainda adota a política de juros altos para combater a inflação.
— Esse modelo que diz que, se a inflação está alta, você sobe os juros é uma teoria que foi desacreditada. (Para aplicar a melhor solução) é preciso saber qual é a fonte da inflação — afirmou o economista ao diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo.
Stiglitz acrescentou que, se o aumento de preços se deve ao aquecimento da economia, os juros podem ser uma opção porque isso freia a demanda.
— Mas se for um impulso dos custos, você tem de ser cuidadoso. Nesse caso, a alta dos juros reduz a inflação matando a economia — disse.
Juros estrangulam
Segundo o especialista, a política monetária brasileira “estrangula a economia”, que poderia aquecer com medidas “contracíclicas”, a que incentiva o mercado interno por meio de concessão de crédito, por exemplo.
A medida que ele sugere é básica:
— Quando a economia desacelera, as receitas tributárias caem e ocorrem déficits. Se a economia for estimulada, a receita sobe. Dessa forma, a política monetária pode ajustar a política fiscal.
Ainda segundo afirmou, a demanda em todo o mundo está fraca, muito em razão das desigualdades sociais.
— As pessoas no topo não gastam tanto quanto as pessoas na base. Então, à medida que a desigualdade cresce, a demanda se enfraquece — afirmou.
Ainda na entrevista, Stiglitz criticou a forma como a política se mistura com economia no Brasil.
— Sempre que ocorrem escândalos da magnitude do que acontece agora no Brasil, a economia é jogada para baixo. Isso cria uma espécie de paralisia — lacrou.
Retração econômica é uma fase de transição, diz Barbosa
21 de Janeiro de 2016, 13:30A estimativa para a retração do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 1% para 3,5%, informou o FMI
Por Redação, com ABr – de Davos:
O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse, nesta quinta-feira, que a retração econômica não é normal, mas “uma fase de transição para o Brasil”. Ele participou de um painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, sobre a retomada do crescimento global. Com o novo cenário internacional de queda no preço das commodities, o país está se adaptando a essa realidade, segundo o ministro.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou a projeção de queda da economia brasileira este ano. A estimativa para a retração do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 1% para 3,5%. De acordo com o FMI, 2016 será o segundo ano consecutivo de queda da economia. Em 2015, de acordo com o fundo, houve retração de 3,8%. Em 2017, a expectativa é de estabilidade, com estimativa de crescimento zero para o PIB. Em outubro do ano passado, o FMI projetava crescimento de 2,3%, em 2017.
Barbosa afirmou que o Brasil se beneficiou dos preços altos de commodities e investiu os recursos na rede proteção social.
– Reduzir a desigualdade é tão importante quanto aumentar o PIB per capita em economias emergentes e isso requer ação governamental. Mesmo em um cenário econômico mais adverso, o governo tem que atuar para reduzir a desigualdade, e o desafio é manter as políticas de redução da desigualdade – disse.
Para o ministro, é possível ter aumento de produtividade e, ao mesmo tempo, diminuição da desigualdade. “A chave para conseguir isso é ter as instituições certas para distribuir os ganhos de produtividade de uma forma que gere mais oportunidades de emprego e melhor qualificação da força de trabalho.”
América Latina
Perguntado sobre o papel do Brasil para a volta do crescimento da América do Sul, Barbosa destacou que a retomada econômica exige aumento dos investimentos.
– O Brasil tem uma baixa taxa de investimento comparada a outras economias emergentes, e nossa principal tarefa é aumentar nosso investimento, o que requer não apenas mais estabilidade macroeconômica, mas, especialmente, um papel mais ativo do governo para coordenar os projetos de investimento e incrementar a integração regional – completou.