Que flores florescerão da jornada de junho de 2013 no Brasil?
Por: Fábio Maldonado em seu Facebook
26/08/2014
Meme kibado do Esquerda Festiva, que havia kibado a minha frase no Facebook.
Esta é uma pergunta que Carlos Eduardo Martins, professor e chefe do Departamento de Ciência Política da UFRJ, se fez, prevendo, lá em julho do ano passado, três possibilidades de projeto em conflito.
O que chama muito a atenção é a segunda opção proposta pelo professor:“b) a do capitalismo monopolista de Estado, que busca refundar o pacto neoliberal aumentando o grau de controle dos monopólios sobre o Estado. Para isso reivindica-se por intermédio das grandes empresas dos meios de comunicação, como a expressão mais organizada da sociedade civil e porta voz da brasilidade (…). Sua opção preferencial, ainda que não a exclusiva, é por lideranças políticas pessoais, sem representação partidária expressiva, como Marina Silva ou Joaquim Barbosa, superando-se o déficit de coordenação política em um presidencialismo de coalizão com a articulação destas lideranças ao monopólio midiático, que lhes garantiria governabilidade pautando a ação do parlamento e do judiciário;”
Marina Silva – com seu coordenador da área econômica Eduardo Gianetti (um dos renomados representantes nacionais do neoliberalismo), com Alice Setubal como principal articuladora do seu projeto e herdeira do Banco Itaú (portanto ligada ao mercado financeiro), e com o seu agora candidato à vice-presidente, Beto Albuquerque, ligado ao agronegócio (e à Monsanto) -, se mostra especialmente a candidatura principal da restauração do neoliberalismo no país, mencionado na citação em cima.
Carlos Eduardo foi muito feliz na sua previsão, já que Marina deixará em breve o PSB (partido do momento, depois do PT e do PV), assim que seu partido seja regularizado.
Por fim, a razão do slogan do “novo político” que tentam colar na imagem de Marina (que é fundadora do PT, foi senadora por muitos anos e também ministra do governo Lula), também foi decifrada pelo professor:“A direita neoliberal parece contar com mais recursos para aproveitar a conjuntura imediata. Mas seus quadros políticos e seus partidos tradicionais estão bastante desmoralizados e a alternativa mais plausível é a de um candidato que se lance fora deste circuito tradicional, apoiado pelo sistema midiático.”
Aguardemos os próximos capítulos…
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