A Folha não lê Wikipédia?
Por Arnaldo F. Marques, em seu Facebook
30/11/2013
EPA EPA EPA
Hã?????????????????
“O Memorial da América Latina é uma fundação de direito público estadual, com autonomia financeira e administrativa, vinculada à Secretaria de Estado da Cultura.”
Sabemos que essa “autonomia” é manipulável por meio da composição do Conselho da fundação (quase sempre com maioria do governo de plantão), veja-se a muito mais importante Fundação Padre Anchieta.
O Memorial foi construído pelo governo estadual (Quércia) e há 19 anos está sob administração do PSDB.
Aí vem a Folha e joga o foco no 11º mês da administração municipal de Haddad???
Como assim????
É muita cara de pau…
Qualquer pessoa que trabalhe na área de aprovação de projetos e alvarás sabe que a parte de segurança contra incêndios é de responsabilidade de um órgão estadual, o Corpo de Bombeiros.
São os Bombeiros, e não a prefeitura, que emitem o alvará de segurança. Aliás, não apenas contra incêndios, também em relação a outros itens de segurança, como corrimões nas escadas, rotas de fuga em caso de emergência, lotação máxima etc.
Os Bombeiros são ESTADUAIS e agem de forma completamente autônoma da prefeitura.
Sim, sim, na prática, no Brasil, as prefeituras muitas vezes fazem vista grossa aos apelos dos Bombeiros.
De qualquer modo, neste caso os apelos (e os possíveis embargos) seriam enviados à Fundação Memorial, estadual. A prefeitura seria mera coadjuvante.
Mas não vi ninguém mostrando apelos dos Bombeiros em relação ao Memorial.
A matéria nem cita os Bombeiros…
_______________Prefeitura fez evento no Memorial da América Latina sem alvará em dia
ANDRÉ MONTEIRO, Folha
DE SÃO PAULO
Apesar de informar que o Memorial da América Latina não tinha alvará, a própria Prefeitura de São Paulo realizou um evento público no local há cerca de dois meses.
O auditório Simon Bolívar, que foi atingido pelo incêndio de ontem, foi palco da audiência pública de apresentação das propostas do Arco Tietê, uma das vitrines da campanha eleitoral do prefeito Fernando Haddad (PT).
Realizado no dia 10 de setembro, o evento foi presidido pelo secretário de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco, e lotou boa parte do auditório.
O Alvará de Funcionamento para Local de Reunião é um documento que comprova que o estabelecimento atende às normas e exigências necessárias para concentração de grande número de pessoas.
Deve ser renovado anualmente, mas o do Memorial venceu em 1993. A prefeitura afirma que foi aberto processo solicitando novo alvará, “porém não foram apresentados os documentos e os atestados assinados por profissionais responsáveis pelas condições de segurança”.
Incêndio no Memorial da América Latina
Vista interna do prédio, mostra a Pomba em Bronze do escultor Alfredo Ceschiatti
O centro cultural diz que tinha uma licença especial para o auditório e apresentou toda a documentação exigida. “Nós tivemos uma reunião com a secretária de Licenciamento, que informou que a partir da documentação, o alvará estava aprovado. Estou esperando o documento”, diz o cineasta João Batista de Andrade, diretor-presidente do Memorial.
Segunda a prefeitura, uma vistoria realizada no local em maio, para um evento temporário, “constatou irregularidades relacionadas, por exemplo, à instalação elétrica e acúmulo de matérias”.
Diz ter exigido providências, que foram atendidas.
Andrade afirma que o auditório estava regular. “A prefeitura deu uma licença especial para o Simon Bolívar. Essa licença saiu em maio, o Corpo de Bombeiros fez uma vistoria e estava tudo correto, inclusive com a validade até 2014″, diz.
“Desde que assumi, há um ano e um mês, estou tentando legalizar a situação. Nós fizemos tudo o que nos pediram.”
MEMORIAL
O memorial foi inaugurado em 18 de março de 1989 e ocupa uma área de 84.480 m² na Barra Funda, zona oeste. O projeto foi desenvolvido pelo antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) com desenho do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012).
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