O que me chama a atenção na matéria mentirosa da Folha (que novidade!) é que mesmo a Folha engordando 3 vezes mais o total do dinheiro emprestado pelo BNDES aos estados/municípios e setor privado para a construção dos estádios, ela mostra sem querer que o mote #educação #padraoFIFA é uma imensa bobagem, já que os recursos públicos tanto para a educação como para a saúde são vultosos.
Nem vou falar que só com os gastos dos turistas estrangeiros durante a Copa o Brasil vai receber o que emprestou para construir os estádios. Nem vou falar do que já foi construído ou ampliado e que ficará depois da Copa. Vou me atear à desinformada comparação entre os gastos com estádios e o tal educação #padraoFIFA, saúde #padraoFIFA.
O que o BNDES EMPRESTOU para a construção de estádios representa uma semana dos gastos com educação no Brasil. Como a Folha incluiu malandramente gastos empregados na infra-estrutura de mobilidade urbana, a conta passou a ser a de um mês. Entenderam por que sempre disse que comparar os investimentos públicos pra educação e saúde com gastos para a realização da Copa além de uma comparação improcedente, se fosse atendida deixaria em apuros todos os brasileiros quem dependem de saúde e educação públicas?
Por Arnaldo Ferreira Marques em seu Facebook
Na verdade, Folha, os 25,8 bilhões incluem a infraestrutura criada ou ampliada que usa a Copa como pretexto (aeroportos, BRTs, avenidas, VLTs etc.). Isso não é “gasto com a Copa”, é gasto em serviços públicos essenciais que foi acelerado a partir do “embalo” da Copa.
Alguém acredita que seria implantado um VLT a toque de caixa em Cuiabá se a cidade não fosse sede da Copa?
Mas está certíssimo: se esse tipo de investimento só se concentrar em São Paulo e Rio, a migração não para nunca. Deixa Cuiabá se desenvolver e se tornar um polo de atração.
O “gasto com a Copa” (estádios) é de cerca de 8 bilhões, portanto 10 dias dos gastos da educação.
Mas alguém duvida que, com raras exceções (Curitiba, por exemplo), nossos estádios antigos eram inseguros e desconfortáveis para os FlaxFlu, Náutico x Sport, Bahia x Vitória, Grenal, SanSão, Corinthians x São Paulo, Atlético x Cruzeiro pelo Brasil afora?
E tem gente com a cara de pau de comparar o Brasil, onde esporte é paixão e religião, com a África do Sul, onde a Copa do Mundo é um evento como outro qualquer, como se fosse uma convenção de médicos ou um encontro de escoteiros.
Nossos estádios são preciosos, lotam fácil com 70 mil pessoas (e se andavam esvaziados não é por falta de paixão, é por serem inseguros e desconfortáveis, não fossem lucrativos Grêmio e Palmeiras não teriam construído os seus). Gastar neles não é jogar dinheiro fora.
Enfim, quanto ao fato de nossos estádios serem absurdamente mais caros que os de Copas anteriores, isso é MENTIRA.
Todas as “””análises””” que vi apontando esse suposto “superfaturamento absurdo” manipulam os dados, comparando sutilmente euros (ou dólares) com reais sem fazer o câmbio (??), ou apresentando custos de obras europeias inauguradas em 2004, 2003, até nos anos 1990!
E ainda vêm com um “custo por assento”, como se a metragem de arquibancada fosse um bom termo de comparação, desconsiderando o tipo de solo, a área total (pode ter menos assentos mais mais infraestrutura, serviços etc.). Mas, mesmo por assento, nossos preços estão na média dos estádios recentes.
Filho, liga pra Vale e pergunta quanto custava a tonelada do minério de ferro em 2002, e compara com o preço de hoje.
A realidade é que praticamente todos os estádios recentes (do porte dos brasileiros) custaram entre 300 e 500 milhões de euros, que é exatamente o custo das arenas brasileiras.
Eu tenho ‘n’ pontos de crítica à organização da Copa 2014, mas o que não dá é para inventar problema onde não existe. Isso só confunde
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