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#Coxinhasde jaleco não querem trabalhar se inscrevem no MaisMédicos e afinam, que venham os cubanos!

1 de Outubro de 2013, 19:34 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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O edital do programa MAIS MÉDICOS deixa claro que são 40 horas semanais de atuação e dedicação exclusiva em saúde da família, ou seja, generalista, clínico geral. Mas… os coxinhas de jaleco acham que saúde pública é a casa da mãe Joana e poderão usar dedo de silicone, ter carga horária de 150 horas semanais e não cumprir nem 15… e bater na mesa e gritar ensandecidamente que jamais serão punidos. Este tempo acabou. Que venham os cubanos!

Mais Médicos: debandada de profissionais continua a aumentar
No Estado do Rio, 13 deles não querem mais participar do programa do governo federal
Na capital paulista, 15 desistiram; em Recife, além de dois desfalques, uma médica está de licença desde o primeiro dia de trabalho
LETICIA FERNANDES E LETÍCIA LINS, O Globo

RIO E RECIFE — Um mês após o início oficial das atividades de profissionais brasileiros no Mais Médicos, o número de desistências continua aumentando. No estado do Rio, dos 13 municípios que participam do programa, pelo menos sete sofreram baixas após a chegada dos médicos nas cidades designadas. O total de desistências nesses municípios foi de 13 profissionais. Esta semana, vão chegar mais dois mil médicos cubanos para participar do programa.

Em Mesquita, onde se apresentaram quatro médicos no início de setembro, dois acabaram desistindo de participar do programa. Ambos alegaram não ter disponibilidade para trabalhar as quarenta horais semanais previstas no edital do Mais Médicos. Além disso, se recusaram a atender como generalistas na atenção básica, um dos pontos mais conhecidos do programa. Ja em Duque de Caxias, onde seis dos 11 profissionais previstos se apresentaram, dois desistiram.
No Rio, dos seis médicos que se apresentaram à Secretaria Municipal de Saúde, participando, inclusive, de uma cerimônia no dia 2 de setembro, três desistiram. A secretaria não informou o motivo das desistências.
Dos quatro médicos inscritos na primeira fase para Itaboraí, um desistiu. Na fase de médicos intercambistas, o município teve sete inscritos, sendo que três já desistiram.
Em São Gonçalo, dois médicos chegaram ao município, mas apenas um permanece. Em Paracambi, um dos municípios prioritários do Estado, e que, a princípio, não receberá médicos estrangeiros, dois brasileiros se apresentaram, mas um desistiu.
São João de Meriti e Nova Iguaçu, que pediram um médico cada, e Itaguaí, que solicitou quatro profissionais, não conseguiram preencher as vagas solicitadas. Nessas cidades, os profissionais nem chegaram a se apresentar às secretarias locais. Guapimirim, Japeri e Seropédica não responderam à solicitação da reportagem.Já em Belford Roxo, onde os cinco profissionais previstos chegaram a se apresentar, apenas dois estão trabalhando.
Apesar de muito elogiados pela população, há um atrito entre médicos concursados — contratados pelo município — e os profissionais recém-chegados. O salário médio de um médico contratado no município da Baixada Fluminense para trabalhar vinte horas semanais é de R$ 1.375. O profissional do Mais Médicos trabalha quarenta horas por semana, mas ganha quase sete vezes mais do que os colegas de consultório. Na Unidade Básica de Saúde (UBS) Vilar Novo, um médico concursado disse se sentir injustiçado com a chegada dos colegas:
— Aqui tem médico suficiente, o programa (Mais Médicos) tem que ser para o interior. Além de tudo, para pagar o que estão pagando, é um absurdo. Aqui, está totalmente defasado. Trabalho aqui desde 95, fui um dos primeiros médicos concursados da cidade. São as injustiças do país. Eu me senti injustiçado — disse o médico, que não quis se identificar.
Apenas três estão trabalhando em São Paulo
Com exceção da capital fluminense, que não informou a razão das desistências, o motivo dos desfalques é unânime: os profissionais alegam que a carga horária semanal é muito alta. Em alguns casos, os médicos também não querem atender como generalistas, e sim na sua especialidade.
Em São Paulo, também houve baixas. Na capital, que a princípio receberia 18 médicos, só três estão trabalhando. Em Campinas, a segunda cidade do estado que mais receberia médicos (quatro no total), um chegou a se apresentar, mas desistiu no mesmo dia, pois não aceitou atender como médico generalista.
De acordo com o Ministério da Saúde, os profissionais brasileiros do Mais Médicos já alocados nos municípios começam a receber salário até o dia 7 de outubro. Dos 1.096 brasileiros inicialmente inscritos para o programa, apenas 461 já começaram a atender.
Em Recife, duas desistências
Já em Recife, dos oito profissionais brasileiros enviados pelo Mais Médicos, três não estão trabalhando. Nas comunidades Chico Mendes e Cidade Operária, ambas na Zona Oeste da capital pernambucana, as médicas Renata Sarmento Pereira e Lorena Vitorino Januária desistiram do programa. Os postos de saúde da família permanecem desfalcados.
A falta de médicos revolta o aposentado Alman Paulino da Silva, de 62 anos, que não consegue atendimento para ele, assim como marcar consultas para a esposa, Eunice Ramos Cardoso, de 64 anos:
- Está tudo muito difícil. Já perdi as contas das vezes em que fui ao posto e não fui atendido por falta de médico. Disseram que ia chegar um, mas ficou só na promessa. O posto tem duas equipes. Uma atende à comunidade Chico Mendes e a outra aos moradores da comunidade Chimboé. Esta última está sem médico há muito tempo e quem mora em Chimboé, como eu, fica sem atendimento a vida inteira. É sofrimento demais. Minha mulher precisa de um parecer cardiológico e nem o encaminhamento eu consigo fazer.
Pernambuco recebeu 76 médicos, sendo 62 brasileiros e 14 estrangeiros, que atuarão na capital ou cidades próximas. Recebeu, ainda, 34 cubanos, que estão a postos em pequenas cidades da zona da mata, do agreste e do sertão, como Machados, Passira e Custódia.
Licença médica
Além das duas médicas que desistiram do programa, uma outra profissional, a alagoana Adeísa Toledo Lyra, de 57 anos, nem chegou a dar expediente em Recife, mas vai receber o salário normalmente porque está de licença médica remunerada. Ela se apresentou na capital pernambucana durante cerimônia de recepção preparada pelo Ministério da Saúde, no mesmo dia em que pediu transferência para Maceió ou cidade próxima à capital de Alagoas.
A solicitação foi feita ao secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, que foi a Recife no dia 2 de setembro para recepcionar os inscritos do programa escalados para atuar na capital pernambucana.
O diálogo foi presenciado pela imprensa. Durante o encontro, Adeísa afirmou que não poderia ficar na capital, porque tinha que acompanhar a mãe, que é idosa e doente, em Maceió. Barbosa lhe informou que era impossível atendê-la, já que Maceió não aderiu ao Mais Médicos.
À tarde, no mesmo dia, ela se apresentou no Posto de Saúde da Família de Santa Terezinha, que fica no bairro de Santo Amaro, um dos mais violentos da capital. A médica deu entrevista, posou para fotografias, saiu nos jornais locais de TV e afirmou que iria resolver os problemas pessoais para “servir à comunidade”.
A médica fez fotos até carregando um bebê e passou a ser considerada a primeira a assumir o posto. No entanto, no mesmo dia, encaminhou pedido de licença médica à Prefeitura de Recife, alegando fortes dores na coluna. O pedido foi deferido, com período de validade entre dois e 16 de setembro. No dia 17, a médica renovou a licença, alegando que precisava permanecer em Maceió para se submeter a tratamento com acupuntura.
A nova licença venceu na segunda-feira. Portanto, nesta terça-feira ela terá que se apresentar ao Posto de Saúde da Família. Caso não o faça, a Secretaria de Saúde da Prefeitura encaminhará o problema para o Ministério da Saúde, pois está impedida de fazer a substituição.
A unidade do PSF de Santo Amaro tem duas equipes. Uma delas está desfalcada há mais de um ano. Nesta segunda-feira, a situação era de expectativa:
- Será que essa doutora vem mesmo? A vida aqui está um sofrimento. A gente vem ao postinho, não consegue marcar consulta nem ser atendida – reclamou Josineide Carneiro Nascimento, de 55 anos, que nesta segunda-feira voltava para casa sem conseguir atendimento para a amiga Joselita Dias de Lima, de 68 anos, que é hipertensa e precisava também de atendimento ginecológico.

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Fonte: http://mariafro.com/2013/10/01/coxinhasde-jaleco-nao-querem-trabalhar-se-inscrevem-no-maismedicos-e-afinam-que-venham-os-cubanos/

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