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Eleitorado do ‘túmulo das utopias’ troca voto por bala da PM estarrece filósofa

6 de Outubro de 2014, 15:37 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Ontem minha tecla insistente no debate do #48HDemocracia foi sobre o comportamento do eleitorado paulista, aquele que trocou seu voto pela seca nas torneiras, por aperto no metrô e trens, por mais repressão nas periferias, pelo sucateamento da USP, pela repressão às greves, pelo não repasse de verbas recebidas do governo federal pra instituições como a Santa Casa que chegou a fechar.

Argumentei por diversos momentos que o eleitorado do túmulo das utopias não é para principiantes. Falei ainda hoje aqui e hoje leio o estarrecimento de Marilena Chauí. Mas minha ex-professora que me desculpe, não estamos estarrecidos, se por um lado Laura Capriglione tem toda a razão à crítica que faz ao PT genérico de São Paulo, todo mundo que anda pelas periferias da cidade tem plena consciência do nível de despolitização e reacionarismo presentes nela. É um embrutecimento produzido é bem verdade, pela ausência de políticas públicas, mas especialmente devido a esquerda ter abandonado estas periferias, e a formação política ter ido para o espaço.

http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/10/48hdemocracia-blogueira-maria-fro-fala-sobre-diferencas-entre-eleicoes-de-2010-e-2014/

explorar fhc e o colonista aecioano por a foto deles e mais a do tiririca

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https://www.google.com.br/elections/explorer?hl=pt-BR#/election/br.2014/contest/1/district/0

Sobre Alckmin, Tiririca, democracia e entulhos da ditadura.

O negocio é criticar o tiririca! Acho que é pra não parecer feio ter votado no Alckmin, pra camuflar também que por trás do antipetismo paulista existe uma certa xenofobia com nordestinos e nordestinas.

Tiririca compareceu as votações, pediu apreciação em todos os projetos dos quais fez parte do grupo de estudos parlamentar. Nao votei no tiririca, mas numa democracia não é problema um palhaço ser eleito, o problema é um estado ser laico e possuir uma bancada religiosa. O problema é SP ter reeleito o Alckmin e ter colocado o Serra no senado.

Sinceramente prefiro o Tiririca que o coronel Telhada – aquele mesmo campeão em ações violentas e violação aos direitos humanos quando comandante da Rota e se não bastasse ainda responder judicialmente por intimidação a jornalistas e um mandato de restrição espacial de uma ex-esposa agredida.

Mas tudo bem, o negocio é falar do tiririca.

Prefiro um parlamento repleto de tiriricas do que um governador xenofóbico, eleito por xenofóbicos, o tiririca é pedagógico e quem o critica agora, devia lembrar dessa consciência politica toda na hora que votou José Serra – o vampiro – para o senado, na hora que votou no Alckmin para governador.

O tiririca entrou para o parlamento pela porta da frente, eleito pelo voto popular e com uma campanha repleta de bom humor, num país cuja constituição se ilumina pelo principio da separação entre foro intimo e coisa pública, tenho vergonha é do crime que representa possuirmos no parlamento uma bancada religiosa.
Tenho vergonha é que em pleno século 21, a xenofobia se esconda travestida de consciência politica, a homofobia atende por convicção religiosa e a amnesia seletiva não passa do passivo deixa disso.

No Rio de janeiro haverá segundo turno, para optarem com qual molho as milicias, o crime organizado e a policia vão devorar o povo. Mas o que mais me entristece é saber que em Sao Paulo a população reelegeu um dos governadores mais corruptos da historia da América latina, um facínora que ao concluir o curso de anestesista pediu a um avô general de pijama como presente o cargo de prefeito interventor em Pindamonhangaba – isso mesmo o Alckmin alem de opus dei também foi prefeito eleito sem voto, pratica comum durante a ditadura militar.

Mas é muito mais fácil falar besteira sobre um palhaço nordestino, afinal ele não é paulista, não é branco e o pior, entrou pra vida publica com votos e em plena democracia.
Parabéns paulistas, já podem enfiar suas respectivas suásticas naquele lugar, só tomem cuidado com os fiscais de cu eleitos para o parlamento.

Em tempo:

Entendemos que figuras como Tiririca são utilizados como puxadores de votos, numa logica em que segundo o consciente eleitoral, o cidadão vota no candidato “x” e acaba elegendo outros, como no caso do deputado referido na materia que levará consigo um militar e possivel fundador do partido militar brasileiro. Entendemos que esses casos e tantas outras distorções do sistema politico atual, so poderão ser sanados com a reforma política e que agora mais do que nunca se faz necessário para a saúde do sistema politico nacional, cada vez mais distante dos reais anseios do povo e dissonantes de uma pratica democrática.

Sem mais

Marilena se diz estarrecida e propõe estudo de caso sobre reeleição de Alckmin

Filósofa pede que acadêmicos se reúnam para tentar encontrar explicações para quarto mandato do governador em meio a racionamento, denúncias de corrupção e problemas de gestão
por Redação RBA publicado 06/10/2014 11:29

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JORGE ARAÚJO/FOLHAPRESS
marilena_Jorge Araújo_Folhapress.jpg

Professora da USP considera que discurso do mérito individual e despolitização prejudicam São Paulo

São Paulo – A filósofa Marilena Chauí propõe que acadêmicos somem esforços para tentar entender os motivos que levaram o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a conquistar um novo mandato nas eleições realizadas ontem (5). Em entrevista à Rádio Brasil Atual, a professora da USP afirmou ter proposto ao presidente da Fundação Perseu Abramo, o economista Marcio Pochmann, que estude ao longo dos próximos quatro anos os processos que explicam que o PSDB possa chegar a mais de duas décadas de comando do Palácio dos Bandeirantes.

“O PSDB tem uma monarquia hereditária. Alguém precisa entender o que acontece em São Paulo. A reeleição do Alckmin no primeiro turno é uma coisa verdadeiramente espantosa”, avaliou. Para ela, é difícil explicar como o governador obtém seu quarto mandato em meio a racionamento de água, denúncias de corrupção e problemas sérios na gestão pública, como a perda de qualidade do Metrô paulistano, alvo de denúncias de formação de cartel e pagamento de propina a políticos do PSDB.

“Por que fico estarrecida? Porque você teve milhares e milhares e milhares de jovens nas ruas pedindo em São Paulo mais saúde e mais educação. Se você pede mais saúde e mais educação, considera que são direitos sociais e que têm de ser garantidos pelo Estado. E aí você reelege Alckmin. Estou tentando entender como é possível você reivindicar aquilo que é negado por quem você reelege.”

Ela avalia que o PSDB trata políticas públicas não como direitos, mas como um produto que a população deve ter recursos financeiros para adquirir. Nesse sentido, entende também que uma parcela da sociedade paulista enxerga os avanços que teve ao longo de 12 anos de governo federal do PT não como uma melhoria no papel do Estado, mas como um mérito individual. “Não há nenhuma articulação entre a mudança de trabalhador manual para trabalhador de serviços e as mudanças sociais no país. É visto como uma ideologia de classe média, que é a do esforço individual.”

Marilena Chauí considera que ainda é cedo para estabelecer uma relação entre o saldo final das manifestações de junho e o alto número de abstenções e de votos brancos e nulos – 19,39% se abstiveram, 3,84% votaram em branco e 5,80% em nulo. De outro lado, ela avalia que o resultado geral das eleições de ontem, com crescimento de Aécio Neves (PSDB) na reta final da corrida presidencial e diminuição da representação dos trabalhadores no Congresso, tem um claro reflexo do trabalho feito pela mídia tradicional pela despolitização da sociedade.

“Uma das coisas que mais têm acontecido no país é um processo realizado pela grande mídia, tanto impressa como falada como televisiva, é um processo que vem vindo nos últimos oito anos, e sobretudo nos últimos quatro, de esvaziamento sistemático de toda e qualquer discussão política. Você tem a operação da comunicação por slogan e algumas imagens. Fora disso você não tem o verdadeiro debate político. Eu diria que os partidos políticos são responsáveis também pela ausência de um grande debate político. Ou porque não têm o que propor, ou porque não querem entrar neste debate.”

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Fonte: http://www.revistaforum.com.br/mariafro/2014/10/06/eleitorado-tumulo-das-utopias-troca-voto-por-bala-da-pm-estarrece-filosofa/

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