Urubus da mídia que torcem contra o Brasil, desejam solenemente o desemprego, o aumento da inflação e a entrada do capital internacional no país. No entanto eles não são ouvidos nem por quem eles servem: os capitalistas, ao menos não os nacionais.
Ontem publiquei aqui o vídeo da Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza, a empresária que não tem nada de petista destrói um a um os argumentos do quarteto tenebroso do Manhattan Connection. O vídeo já circulou a rede e foi reproduzido em vários blogs (Viomundo, Diário do Centro do Mundo etc). Luiza, a partir de dados da economia brasileira, tritura todas as bobagens ditas por Mainardi, que num determinado momento deixou de cacarejar e começou a gaguejar (veja aqui: Ela é tucana e musa do Cansei, mas nem ela aguenta as bobagens do Mahattan Connection)
Hoje reproduzo a entrevista de Flávio Rocha, presidente da Riachuelo, que não tem medo nem dos chineses. Em quatro anos a empresa abriu 170 lojas, só em 2013 a Riachuelo inaugurou 43 lojas e até 2016 pretende abrir pelo menos 140 novas lojas! Rocha ignora solenemente os urubus da mídia e afirma: “Vai ser a década do varejo”.
Entrevista“Vai ser a década do varejo”
Por: Gabriela Murno, Brasil Econômico
27/12/13 10:12
Flávio Rocha acredita qna expansão do varejo, principalmente do setor têxtil. Foto:Henrique Manreza
O presidente da Riachuelo, Flávio Rocha, diz que este foi o melhor ano da rede na história, com a abertura de 43 lojas
Segundo ele, a meta de dobrar de tamanho até 2016 está mantida, com a abertura de pelo menos mais 140 lojas, assim como o plano de investir R$ 2 bilhões, no mesmo período. O executivo credita o sucesso à consolidação das sinergias entre indústria, varejo e braço financeiro. E diz ainda que uma das missões da rede é democratizar o acesso à moda.
Em entrevista no início de 2013, o sr. disse que a Riachuelo abriria 170 lojas em quatro anos. Isso significa dobrar de tamanho. Quantas foram abertas? Esse resultado está dentro das expectativas e possibilita atingir a meta? Quantas unidades há hoje?
Inauguramos em dezembro a 43ª loja. Mas, na verdade, construímos 45. Duas estão prontas dentro de shoppings, mas ainda não foram inauguradas. Mantida essa média já seriam 180 novas lojas. Para 2014 já temos 40 contratos assinados. No total, começamos o ano de 2013 com 169 e estamos encerrando com 212. Vale ressaltar ainda que essas 43 lojas representam mais de 85 mil metros, o que equivale a três shoppings de porte médio. As inaugurações foram mais concentradas no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde a nossa presença era menor.
Então podemos dizer que 2013 foi um ano bom pra a Riachuelo?
O ano foi o melhor da história para a empresa, em todos os aspectos. Foi o de maior crescimento de vendas, além de maior crescimento físico. Nos tornamos a marca mais valiosa do Brasil em moda. O resultado mostra o amadurecimento das sinergias entre indústria, varejo e braço financeiro. Além disso, provamos a versatilidade do modelo com a loja conceito da Oscar Freire, inaugurada em 16 de novembro. Foi uma inauguração em um endereço emblemático de São Paulo. Além do êxito em repercussão, em uma rua que é centro exclusivo de luxo, também tivemos um sucesso comercial fantástico. Foi a loja de melhor giro e maior venda por metro quadrado. Ela foi inaugurada apenas quatro dias depois de abrirmos loja na Rua Nova, um dos lugares mais populares de Recife.
Isso mostra a capilaridade da marca e sua capacidade de chegar em diferentes públicos?
As aspirações hoje são universais. Temos nas duas lojas as mesmas coleções com os mesmos preços. Isso mostra também a versatilidade do nosso plano e que há espaço para crescimento. É um demonstração emblemática de que segmentação está obsoleta em moda. Tudo indica que 2014 tem tudo para ser ainda melhor que 2013, com o amadurecimento do crescimento das lojas. O período de maturação de uma loja depois de inaugurada é de 4 ou 5 anos.
Qual é o objetivo dessa loja conceito?
Ser um laboratório, mas não é desconectado do resto da realidade. É uma forma de testar os produtos com um público mais exigente. Mas tudo chegará às demais lojas. Por exemplo, o novo logotipo e a nova programação visual vão ser levados para outras unidades. Tudo que se vê lá também está em Recife.
A ideia é replicar o modelo para outras cidades?
O modelo será replicado em outras grandes capitais sim . Além disso, inauguraremos entre o final de março e o início de abril de 2014 uma loja similar na esquina da Av. Paulista com a Haddock Lobo. Estamos também procurando endereços no Rio. A moda é aldeia global, fator de inclusão.
Vocês estudam outros modelos de loja?
Esses fronts já nos dão espaço suficiente para crescer nos próximos anos. Acho que cada vez mais o público está despertando para a moda. Os gastos com moda e beleza são os que mais crescem na participação do bolso do brasileiro, que antes usava roupa só para cobrir o corpo, passa a consumir moda.
Alguns anos atrás o sr. falou de um grande projeto para a marca Pool, que poderia até ter uma rede de lojas próprias. Como está essa iniciativa?
Outra tendência do varejo é assumir a gestão das marcas. A Pool é a nossa grife mais importante e que recebe investimento publicitário específico. Existe um projeto de ter lojas específicas de moda jovem com a bandeira Pool. Mas nosso esforço de expansão ainda está focado nas lojas com todas as marcas. O que estamos fazendo, e que em 2013 representou 10% das lojas, são as marcas Riachuelo Mulher e as compactas, em shoppings que têm espaços pequenos.
A previsão de investimento de R$ 2 bilhões em quatro anos, contando com 2013, continua?
A previsão continua e os investimentos vão predominantemente para as novas lojas. No ano que vem, teremos um novo centro de distribuição nas imediações do atual, que fica em frente ao Aeroporto de Guarulhos, na Via Dutra.O local ficará a 100 km do atual e terá o que existe de mais moderno em tecnologia. O investimento é de R$ 100 milhões.
A moda feminina ainda é o carro-chefe? Como estão as vendas de moda masculina e infantil?
A moda feminina é praticamente 50% das vendas e é a que mais cresce. O feminino ganhou participação, mas as demais vão bem também.
A aposta ainda é trazer tendências de marcas de luxo com preços mais acessíveis?
A nossa crença é que a informação está democratizada e flui do topo à base, por isso homogeneizamos as operações. O hiato de tempo não existe mais. Os lançadores de moda são reféns de toda a cadeia de logística. As cadeias como a nossa conseguem o que as grifes não conseguem, que é a disponibilidade. É esse um dos motivos do sucesso das cadeias de fast fashion. Não adianta ter uma belíssima coleção, se ela está em falta ou se os itens mais vendáveis acabarem rápido. Nosso modelo de negócios tem o apelo do preço, pois é mais eficiente em custos.
Coleções assinadas devem continuar sendo vistas nas lojas? Qual a importância delas?
A Riachuelo tem como missão democratizar a moda, pinçando objetos de desejo que são inacessíveis ou pouco acessíveis. Também convidamos pessoas para fazer linhas democráticas. Fomos os pioneiros nisso, com a primeira parceria em 1980. Agora mesmo estamos com o Fashion Five.
Quais são as perspectivas para os próximos anos? A Riachuelo tem como característica ser uma rede que pensa no longo prazo…
As expectativas são boas. Essa vai ser a década do varejo, principalmente do varejo têxtil. O mercado é muito pulverizado, temos 1,5% de market share. A próxima década mostrará participação de mercado.
Qual é a meta de crescimento?
O céu é o limite. A tendência é de formalização. Hoje, nosso mercado é marcado pela clandestinidade, que deve chegar a 50%. As armas das empresas legais estão preponderando. Então, acho que vamos ver os principais players crescendo. Vemos em países importantes algumas redes que detém de 10% a 15% do mercado. São dois no varejo de moda, um que amarga fechamento de lojas e margens baixíssimas, que é o modelo do varejo que compra e vende. E há o varejo integrado, somos os únicos no Brasil, o chamado fast fashion. Nele todas as etapas da cadeia estão no mesmo guarda-chuva acionário, o que traz eficiência.
Que tipo de vantagem competitiva ter um parque industrial – produção de roupas traz para o negócio? O modo fabril da Zara, de peças pré-cortadas e finalizadas de acordo com a demanda, foi adotado?
Temos oito unidades fabris, em dois sites, em Fortaleza (CE) e Natal (RN). Adotamos o mesmo modelo da Zara, mas vamos além, porque temos também tecelagem, confecção, estamparia e lavanderia e ainda o braço financeiro, que é fundamental para democratizar a moda. É um patamar de integração não visto no mundo.
Hoje a produção das fábricas é só para a Riachuelo?
Sim. Produzem apenas para nós.
Como aumentar a participação no mercado de vestuário?
Estamos construindo um diferencial competitivo replicável e eficiente.
A participação da empresa no Rio ainda é pequena. Há intenção de expandir a rede no estado?
Duplicamos o número de lojas no Rio e em São Paulo em um ano porque devíamos isso a essas localidades. Mas precisamos ainda de mais lojas.
Como estão as vendas no Norte e no Nordeste?
As vendas estão muito bem. No Sul também. Lá havia problema parecido com o do Rio e de São Paulo, mas também já aumentamos o número de lojas por lá.
Como está indo o negócio de cartões de crédito próprio?
Temos a maior rede de cartões private label do varejo brasileiro. Hoje são 23 milhões de plásticos emitidos. Essa massa está sendo convertida para cartões com bandeira Visa ou Mastercard. Já são dois milhões, mas nós imaginamos que é possível converter a metade da base. Os cartões são importantes para democratizar o acesso à moda.
Qual o número de clientes da Riachuelo? Vem crescendo nos últimos anos?
Temos um milhão de visitas ao dia. Esse número tende a crescer pela maior quantidade de filiais e incremento das vendas em cada loja.
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