Durante o sexto Congresso do MST, na quinta-feira (13) durante o ato político de diversos partidos, sindicatos, confederações, o dirigente do MST faz um balanço sobre a situação da questão agrária no Brasil.
Tenho muito a escrever sobre este Congresso, vou compartilhando vídeos, fotos e análises a medida que a roda viva da sobrevivência permitir. Por hora fiquem com o que já consegui publicar e com a própria fonte do Congresso, o MST. Esqueçam toda a desinformação que lêem na grande mídia que na defesa de seus interesses de classe só criminalizam este fantástico movimento.
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“No Brasil nunca houve reforma agrária. No Brasil, as classes dominantes sempre impediram a possibilidade de democratizar a terra, mesmo que fosse apenas uma reforma republicana e democrática. Mas a classe dominante brasileira se apropriou dos recursos naturais (da terra, da água, da semente), como propriedade privada; como se só eles tivessem esse direito na sociedade. [...]
{Nós temos, no Brasil} um Estado burguês, que funciona a serviço da burguesia, e impede que os trabalhadores tenham conquistas. [...] Mesmo quando a gente consegue eleger governos ou pessoas comprometidas conosco, o Estado, através dos seus mecanismos, impede os avanços. [...]
Os assentamentos que existem aqui, no Brasil – todos eles -, só aconteceram poque, antes, os trabalhadores ocuparam aquele latifúndio. Portanto, não são frutos de programa de reforma agrária; não são frutos de vontades governamentais; são apenas resultados da vontade e da garra do povo trabalhador, que, com coragem ocupou aquelas terras para distribuir para o povo.”
João Pedro Stédile no ato político de quinta-feira durante o VI Congresso.
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