O comportamento dos institutos de pesquisa e da mídia monopolizada na disputa eleitoral do Rio de Janeiro lembra muito o quadro eleitoral de São Paulo nas eleições para prefeito de 2012, especialmente o comportamento da rede Globo em relação ao candidato Lindberg que coincidentemente disputa o cargo de governador do estado do Rio de Janeiro pelo PT, partido pelo qual também disputou Haddad para o cargo de prefeito de São Paulo em 2012.
Relembrando: durante praticamente toda a campanha eleitoral a mídia inflou a candidatura de Celso Russomano e José Serra e, ao final, dava Serra como favorito para vencer as eleições. Haddad aparecia sempre na lanterninha, acabou indo para o segundo turno disputando com Serra e foi eleito prefeito da capital paulista.
No Rio o comportamento é similar. Considerando que a pesquisa Ibope tem margem de erro de 3 pontos para mais ou para menos, podemos supor que se Pezão tem 18% das intenções de voto, Lindberg tem 12% e Crivella 16%, todos estão tecnicamente empatados.
Ao divulgar a pesquisa anterior (30/07), onde Garotinho tinha 21%, Pezão 15% e Crivella 16%, a Globo afirmou que tal situação configurava empate técnico. Ora, a distância que se configurava na pesquisa anterior entre os três candidatos (e mais precisamente entre Garotinho e Pezão) é a mesma que hoje se apresenta entre Pezão e Lindberg: 6 pontos. O que efetivamente mudou para que a Globo exclua Lindberg da possibilidade de disputar segundo turno em sua interpretação da pesquisa Ibope? Para Globo só estão tecnicamente empatados Crivella e Pezão, excluindo do empate técnico o candidato petista, Lindberg Farias.
Até mesmo outros órgãos da mídia monopolizada leram os resultados da pesquisa Ibope, divulgados na terça-feira (26/08) como empate técnico na disputa pelo segundo lugar para a ida ao segundo turno. Qual o interesse da Globo em excluir tal informação dos eleitores fluminenses?
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