Ontem, quarta-feira (14/05) ocorreu a palestra com o deputado Alexandre Molon, relator do projeto que virou lei. Lei 12.965, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff cujo anúncio na última Arena Mundial da Internet, diante dos inventores da internet, os fez brindaram a iniciativa brasileira, afirmando que nosso Marco Civil é modelo para o mundo todo.
Conto o episódio para registrar o que aconteceu comigo na terça à noite e com outro participante do evento, que veio de Porto Alegre na quarta pela manhã, chegando no mesmo aeroporto e dirigindo-se para o mesmo hotel no centro do Rio.
Cheguei para o evento no Aeroporto Santos Dumont, na terça-feira (13/05) por volta das 20H. Quem conheço o Rio sabe que do aeroporto até o centro da cidade a tarifa não chega a 10 reais.
Recibo de táxi oficial pego na fila do aeroporto Santos Dumont na quarta-feira, por volta das 8h da manhã com destino ao hotel São Francisco, na Visconde de Inhauma. O percurso é de 3,8km, cerca de 9 minutos de carro.
O passageiro veio do Porto Alegre, Rio Grande do Sul, não conhece o Rio, não verificou o trajeto antes e pagou 7 vezes a mais o preço da corrida.
Na noite anterior o táxi de placa KUZ5832 tentou ignorar o taxímetro e anunciou que minha corrida custaria o dobro do que geralmente pago para fazer o mesmo percurso. Não permiti, pedi para que parasse o táxi e troquei de motorista.
Hoje liguei para o 1746 e fiz uma denúncia. Falei com a atendente Vitoria que disse que o procedimento é encaminhar a denúncia para o CMTR, esperar dez dias corridos, ligar novamente para saber o resultado.
Perguntei quais providências seriam tomadas em relação às empresas que prestam serviço no aeroporto, pois é ilegal a prática de ignorar o taxímetro e daqui a um mês o Rio receberá algumas centenas de milhares de turistas e o que o primeiro motorista tentou fazer comigo e outro conseguiu com o visitante de Porto Alegre não parece coincidência, me parece indício que o superfaturamento de corridas de táxi em empresas oficiais cadastradas pela prefeitura do Rio de Janeiro está se tornando uma prática pré-copa. A atendente Vitória disse-me que o CMTR aciona o motorista para auto-esclarecimento, mas sequer registrou a queixa da corrida superfaturada 7 vezes mais do passageiro de Porto Alegre, já que no recibo o o taxista com prática ilegal não colocou a placa do carro.
Visitantes não cariocas estejam atentos, verifiquem o percurso que farão dos aeroportos ou rodoviárias antes de pegarem um táxi, mesmo que seja oficial. Há uma dezena de aplicativos nos celulares que informam não apenas os trajetos do ponto de partida e chegada, como o tempo de percurso, os lugares mais livres ou mais engarrafados e há até mesmo os que calculam preços das corridas. Esse é um modo de coibirmos esta prática. E se toparem com esse tipo de taxista denunciem para o 1746. Quem sabe assim conseguimos criar uma cultura de respeito aos direitos do consumidor.
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